quarta-feira, dezembro 31, 2008

2009

Que seja o melhor possível e que se concretizem todas as realizações que têm de ser realizadas (vulgo tese). Estava um bocado deprimida porque era a última bolsa que recebia. Para me consolar comprei umas botas, bem giras por sinal.
Para o meu menino nem é preciso desejar nada (talvez saúde a rodos que é o que se quer) porque acho que ele não podia ser mais feliz.
Mais, são quase onze horas da manhã e o gaiato ainda dorme (deitou-se ontem pelas nove e acordou para beber àgua às cinco). E tem sido assim toda a semana. Não há muito mais que possa pedir!

segunda-feira, dezembro 29, 2008

Também deu

Em bater o pé, qual bezerrinho, quando ensaia as birras.

(vá lá que têm durado pouco, vem logo a correr pedir dicupa).

Já não bastava o foooogo,

Agora temos o "que caiaças"

Mais tento na língua, sra. mãe e sr. pai, por favor.

quinta-feira, dezembro 25, 2008

Correu tudo bem

Passou-se mais um Natal e o Lourenço amou os seus presentes. Não os abriu todos porque é um exagero e ele não consegue dar vazão.
Gostou tanto deles que tenho impressão de que está a dormir com quase todos (todos os meus amicos, mamã!).
Hoje também celebrámos o aniversário do bisavô e, de hoje em diante, também vamos passar a celebrar o nascimento do meu primeiro sobrinho neto. Teremos para sempre um Natal ainda mais especial. Olarecos: sou tia avó, a minha irmã é avó, a minha mãe bisavó e a minha avó trisavó. É uma coisa fantástica e as emoções são indescritíveis.

O nome escolhido é impronunciável, mas nasceu hoje dia 25 depois de um curtissimo parto de sete horas (há muidas com sorte) um menino grande e gordo e, pasme-se, até já estão em casa. Pois é, lá na Alemanha aquilo é muito à frente.
Viva o Natal cheio de alegrias.

quarta-feira, dezembro 24, 2008

Curtas

Em frente à tv, manda-me sentar também: ó mamã, já comeceu!

A sair da creche diz à auxiliar: vou para a minha casa que tá muuuuito fio. E lá tá muuuuito quentinho.

Ontem deliciou-se com um pai natal de cochoáti. É muito bom!

Também gostou das letas para pôr no ifuico.

Gosta de brincar no mê quato e de andar no mê carro. Parece alentejano.

...

Ele não sabe o que é o Natal

E não percebe muito bem essa coisa do pai Natal e dos presentes. Trenós, renas aladas e meninos que se portam bem e outras, a bem dizer tontas, historietas não o comovem nem demovem. Também não nos esforçámos muito em explicar-lhe. Chegará o tempo.
Por outro lado...
Confessou-me que na verdade não é bem não gostar do Pai Natal, o das babas banquinhas, ele tem mas é um bocadinho di medo deli, embora acrescente que ele é meu amico. É o que faz quando se tenta convencer de uma coisa. Reconhece o medo e racionaliza-o ;) e isso sim é prova de maturidade (esqueçamos, só por hoje, as birras homéricas que tem feito e o orgulho que o impede de ceder à vontade de abraçar os pais e pedir desculpas pelas asneiras e ataques de mau génio).

Assim como assim, já vamos no 3º Natal juntos.
FELIZ NATAL a todos.

segunda-feira, dezembro 22, 2008

A minha única preocupação neste Natal

Era que tivesse um boneco que fosse humano (comprado) e arranjar um kit de médico que tivesse o aparelho de observar os ouvidos (comprado).
Quanto ao primeiro parece que os rapazes sem irmãs acabam estando condenados a fazer jogo simbólico com os peluches (po-los a dormir, mudar-lhes as fraldas, etc.). Quando ao segundo, bem, muito gosta ele de tratar das pessoas e dizer que é o doutói. Façamos-lhe a vontade!

O Lourenço

Deve ser a primeira pessoa no mundo, que eu conheça pelo menos, que, efectivamente, gosta de frutas cristalizadas.
É um bocado estranho, ele. ;)

Perguntem-lhe pelo Pai Natal

E ele responde logo que tem babas banquinhas, mas não goto deli.

Antes que me esqueça

O Lourenço passou a incluir a palavra fixe (como sinónimo de giro, cool, bestial, etc.) no seu vocabulário.

Festa de Natal

Era para ter sido um leão (falhei a apanha do fato). Saiu-me um palhacinho.Tão querido.

* Ficou tão espantado com tudo que quase não se mexeu, mas portou-se bem e disse adeus à assistência. Para não variar a melhor figura foram os pinotes das educadoras e o exército de máquinas de filmar na assistência.

sexta-feira, dezembro 19, 2008

Esteve cá a Ju ontem

O Lourenço estava no banho e chamou-a. Ela estava a conversar comigo na cozinha, não ouviu logo. Quando lá foi disse-lhe: eu estava a chamar tu, onde é que estavas?

Analogias escatológicas

Ontem a fazer xixi de pé, na sanita, como os crescidos.
-Olha, o xixi é uma ponte!
-Uma quê?
-O xixi é parecido com uma ponte!
Entretanto termina e acrescenta
- Olha já caiu (a ponte)!

quinta-feira, dezembro 18, 2008

Quem tem amigos tem tudo

Toca a campainha e dizem-me que tenho uma carta para assinar. Pensei logo nas finanças, credo. Mas não. Era uma encomenda vinda do outro lado do Atlântico. A Melissa é mesmo maluca, pensei, mandou-me uma geleia pelo correio, sabendo que fiquei tão triste de ter tido de deixar as que tinha comprado no aeroporto. Ela é assim destas atenções. Nunca se esquece das datas e arranja maneira, mesmo tão longe, de estar sempre presente. Abri a encomenda e comovi-me. Era uma linha completa mamãe e bebé da Natura, uma marca brasileira fabulosa. Foi-me apresentada pela Ju e depois ela já me tinha trazido uma vez alguns produtos incluindo uma colónia com um cheiro inesquecível e doce. Agora quando lá fui era para ter comprado, mas não tive tempo. Ela, atenta como é, fez-me chegar a surpresa. Já não há muitas pessoas assim. Por mim falo, que só para ir ao correio, não me consigo organizar.
É um presente para o Lourenço e ele está inquieto para o experimentar (viu o sabonete dentro de uma caixinha). O Natal, para mim, faz-se disto mesmo: afectos e surpresas inesperadas.

Pega no telemóvel

E diz:
Vou fazer uma massagem. Já sou crescido!!

(MENsagem, MENsagem, pode ser Lourenço?)

A mina está cá

E o Lourenço também. Qual febre qual quê, não larga da mão e exige relato em directo. Mina, Mina, que tás a fazei? O pitiói (aspirador) é meu amico, é muito fofo! O balde é da Mina, não podes mexer mamã, tá bem? Minaaa, és minha amica?
Está tão feliz que só visto!

Hoje

A febre voltou, ou melhor, foi ontem quando chegou a casa. Surpreendentemente jantou muito bem, depois de dias a bananas, iogurtes e biberões a meio da noite. Ficou em casa para ver se amanhã pode ir à festa de Natal.
Nos entretantos fui eu que caí à cama com febre, coisa que não me acontecia há que anos. Foi só uma noite e entretanto já passou. O pai também se queixa das suas mazelas. Portanto cá em casa toda a gente tosse, toda a gente tem alguma dor, toda a gente se queixa. Ninguém escapou.
Esta semana que tinha destinado ao trabalho intenso saiu completamente furada.
Pode adivinhar-se o humor, não pode?

segunda-feira, dezembro 15, 2008

Artilharia de Inverno

E um chapéu com três bicos, um cacá e um memé.

Lourenço e o cão


Pela lente da Cláudia.

domingo, dezembro 14, 2008

Do fim de semana, em três actos

Sexta: pais vão jantar fora, convite de última hora. Antecipam fita para a hora de sair (o costume). Mas nada. Neto encantado com a presença da avó, a quem distribui mimos. Diz-nos com ar de quem dá uma má notícia: Eu fico cá, tá bem? Com a avó, tá bem? Até logo!

Sábado: festa da piscina, família dentro de água. O rapaz dá às pernas, faz o que lhe mandam, mergulha como gente grande. Que diferença do último ano! Depois de uma sesta de 4 horas rumamos à festa. Quem faz anos? É a Alice? É o Pedro? É a Guida? É o Zé Mário? Não Lourenço, é uma surpresa para a Cátia! (Festa para ele é de anos e pronto). A surpresa resultou e o Lourenço passou o serão de volta da pá e da vassoura e, principalmente, dos dois cães da casa: É meu amico, dizia, e abraçava-se ao cão! Estava tão feliz, que ignorou o frio da marquise (e eu também não fui capaz de lhe cortar o barato).

Domingo: Uma festa, de anos finalmente. Chegados lá, os olhos mortiços e falta de apetite fizeram-nos estranhar. Era febre, a testa não enganava. Foi dormir a sesta medicado, apesar do imenso barulho, e acordou passado um bocado dizendo, o louenxo estava a choaí, onde estavas? Não quis comer, apenas brincar. Depois só comeu doces, praticamente, e fruta. Ao chegar a casa a febre estava de volta: o louenxo tá doente, tá? vai fazer fuminhos?
Amanhã fica em casa e eu aqui cheia de culpa, por pensar nele claro, mas ficando inquieta com o atraso no trabalho que tenho de ter pronto no final do mês. Malditos feriados natalícios a meio da semana (nunca pensei vir a dizer uma coisa destas, mas enfim, digo-a com muita convicção: o natal não vem nada a calhar).

quinta-feira, dezembro 11, 2008

Deu em chamar-me

80% do tempo pelo meu nome próprio: sinal de proximidade ou desrespeito?
;)

terça-feira, dezembro 09, 2008

Semanas que começam bem

O carro não pega e falto à reunião de discussão de mais um capítulo. Só penso no dinheiro que vou ter de gastar e na ansiedade de mais um dia sem saber se aquilo vale alguma coisa ou não.

Factos da vida

Que já devíamos saber. Os móveis nas lojas parecem muito mais pequenos do que na verdade são.
Livrámo-nos de um mono feio na cozinha para passar a ter um mono ainda maior. Vá lá que é giro.

segunda-feira, dezembro 08, 2008

Mobilidade social

Eu xou o bobo, o consu(l)tói!

:)

Virou ritual

Sentar-se ao colo do pai para estacionar o carro na garagem, para conduti, como diz.
Ontem gozava com ele e dizia: sr. condutor, ponha o pé no acelerador!
Resposta pronta: Ó mamã, Louenxo não chama condutoi, chama Lou-en-xo Vi-le-la. Ai...
(Desculpe sim?)

Ontem

Os primos experimentavam a consola da criança grande cá de casa. O Lou não queria, claro, ficar de fora. Arranjou-se-lhe um comando antigo, que ligou diligentemente a uma saída usb do DVD, e era vê-lo sentado no chão, com peninhas à chinês, a jogái como se fosse a sério.

Literacia digital das novas gerações, é o que se chama a isto, parece.

Fizemos

Com atraso, a árvore de natal. Para o Lourenço é o natáli e pronto. Delirou com a dita, com as luzes e com tudo. Mas ainda não sabe o que é o Natal. Que nos juntamos e que há presentes. Como explicar-lhe?

quinta-feira, dezembro 04, 2008

Shame on us

A nossa querida Mina (o Lourenço todos os dias fala nela) ralha connosco porque não mantemos as coisas na ordem (uns lençóis na gaveta das toalhas, no caso). Acrescenta, ando eu a tentar organizar... (e eu a ouvir o eco da minha mãe!)

Falhou o sinal de televisão

De manhã diz-me encolhendo os ombros:

-óoooo não há munhecos! Tá tagado. Não tem pilhas? É?

* A qualquer coisa que não funciona faltam-lhe as pilhas na sua opinião ;)

Anda muito amigo dos seus bonecos

Senta-os ao lado dele enquanto vê o seu Pocoyo (fá-lo sozinho, acrescente-se: liga a televisão, o dvd, vai buscar o cd, abre a portinha, fecha e vai-se sentar), pondo a mantinha nas pernas e assegurando-se que o cacá, o memé e a tataiuga também estão tapadinhos.

Conhecimentos inúteis

Que se obtêm por fazer compras online:

20 bananas pesam 4 quilos e enchem um saco.

Que exagero. Devia ter pedido bananas da madeira.

terça-feira, dezembro 02, 2008

Palavras difíceis

* caçadoi não é a pessoa que caça mas sim o o SECADOR. Não há meio de acertar com as sílabas.

*Mamã quéio aquela tóia. Não é tóia mas HIStória. TITÓIA. Não, Hissssstória, tenta lá. Mamã dá cá aquele liv(r)o (e não me chateies mais).

segunda-feira, dezembro 01, 2008

Saltou a sesta,

Para melhor aproveitar a tarde passada na brincadeira com os amigos depois de um almoço. Aguentou-se bastante bem. Apenas uma birrazita à hora do banho.
Eram oito e um quarto e já dormia. Deitou-se e adormeceu quase imediatamente. Não chamou, não exigiu a presença da mãe (mãe anda cá, fica aqui no meu quarto!), nada. Ficou-se.

*Foi para compensar o facto de ter acordado as sete e meia aos gritos (acordei, acordei!!!) e de, na nossa cama e na esperança de voltar a dormir, nos ter feito a vida num pequeno inferno (mamã, mamã, mamã, levanta-te, acorda, abre os olhos, olá, papá, papá, papá, quero o pocoyo, etc e tal.)

sexta-feira, novembro 28, 2008

Este ano já associa

A profusão de luzes com o natáli.

Já conversava muito

Mas cada vez a coisa está mais elaborada.

* qualquercoisaqualquercoisa, pixebes? (influência da mãe)

* apontando para um cotão no chão: óia ali mamã, que pucaria, foooooogo/booooolas/pôoooooxa! (influência da Inês, sobretudo)

* chegou a casa e viu a sala mudada: o que acontexeu à xala, tá ao contário, foooooogo!

*cruza os braços atabalhoadamente e vira-se para o outro lado: tou zangado contico! Não tou a rir, ouviste? (esta deve ser influência da creche).

*seguro a chucha com a boca enquanto abro a toalha com as mãos, para o tirar do banho. Tira-me a chuhca com força e exclama: axim não pexebo nada! (é o que lhe faço quando tenta conversar com a dita na boca!)

*pomos-lhe o soro no nariz a contragosto (o naíz do Louenxo tá muito sujo? Tá?). A seguir exige fazer o mesmo ao Cacá. Segura-o e diz: Vá tem de ser, um dois três. Ponto agóia tá muito limpinho! (tal e qual o que fazemos).
*A corrigir: ouvistis, dissestes, fizestis, voltastis (influência da educadora cujo português podia ser mais aprimorado, mas enfim.)

terça-feira, novembro 25, 2008

De madrugada

Um sorriso enorme: Mamã, voltastis! Onde foste? Porquê? Onde estavas? Porquê? Mamã!!!
(* e de rajada contou-me que a casa estava limpa, que tinha ido lavar o carro, que já não tinha dói-dói no joelho - e isso aconteceu no verão - and so on and so on...)

Não há nada, mas nada, como o regresso a casa quando lá nos esperam os nossos amores.

sábado, novembro 22, 2008

Menti


A conferência até foi interessante. Os convívios melhores ainda, muito chope, samba e colesterol (credo). Hoje já iniciámos o circuito do ouro, por ouro preto, precisamente. Lindo de morrer... só dispensava a chuva mesmo. Aqui, hoje pelo menos, parece Sintra. Com isso ninguém contava (com a chuva e o frio)... Valha a boa disposição!

(*O skype salva vidas e ajuda a matar saudades)

quinta-feira, novembro 20, 2008

O Lourenço

Está convencido que não saí do avião. Parti e lá fiquei, trabalhando. Ontem pelo skype so dizia: mamã!! Com muito espanto e entusiasmo. As sauades são imensas, claro.
A conferência é uma seca, localizada num hotel num arrebalde de Belo Horizonte, donde praticamente não saímos. Chove e quase que faz frio. Atravessa uma pessoa o Atlântico para isto. Vá lá que o jantar ontem, uma overdose de colestrol, custou 5 euros.

segunda-feira, novembro 17, 2008

Estou de partida

Uma semana fora num congresso. Deixo-os cá e lá vou de coração apertado, sem perceber bem se se a aflição se deve ao facto de viajar sem no fundo querer (tem sempre os seus riscos) se se deve a uma tal de voz interior que me diz que não devia ir mesmo.
Mas vou, claro, uma semana.
O Lourenço* percebeu vagamente que vou andar de avião e que vou trabalhar, espero que não se zangue comigo: levo a webcam para que me veja lá longe do outro lado do ecrã.
Se puder postarei as saudades (vantagens de ter internet em todo o lado). E sim, é possível sentir saudades por antecipação.

*tentei filmar o Lourenço a cantar uma tal canção da chuva pic e pic... que molha tudo e tudo molha... e no fim alguém faz atxim. Uma delícia. Já sabe tantas canções o meu boneco!

Digo-lhe que tem de fazer fuminhos (está com tosse e meio constipado)

Não esconde o entusiasmo e diz: Louenxo tá doente, xim?

Para adormecer (anda chato...)

Sussurrava-lhe uma canção e lembrei-me de lhe dar palmadinhas nas costas como quando era bebé. Nem três segundos e vira-se para mim: ó mamã, páia com isso! páia!
Pronto, já cá não está quem falou.

quinta-feira, novembro 13, 2008

Na caixa do correio

Às vezes, muito raramente, há outras coisas além de contas e publicidade. Um postal da Filipa, pois claro, esperava por nós ontem. Lacrimejei, para não variar, mas isso sou eu que sou uma piegas. Imaginei-a lá naquele Outono multicolor que cá não temos e, estando ela na América, tudo me pareceu um filme (bom).
Temos saudades.

quarta-feira, novembro 12, 2008

Cá em casa

A Inês é massacrada com a escola. Não que ache que o massacre seja uma técnica educativa muito boa, mas porque com ela só resulta assim. Já lhe disse que há pessoas (alunos) de todos os tipos: uns precisam de estudar e trabalhar mais que outros para ter os mesmos resultados. E que o truque para nos safarmos bem no percurso é perceber que tipo de aluno somos para não termos dissabores. Ontem trouxe uma negativa a inglês para casa... lá levou mais um sermão de tens-de- trabalhar-mais-e-estar-mais-atenta (acho que ela não é como eu e as minhas irmãs que sempre fomos naturals a línguas, vai ter mesmo de se esforçar). Hoje, ligou-me agora mesmo, recebeu um muito bom a matemática.
Espero que perceba, finalmente, que apesar do estudo ser chato (que é), compensam as alegrias de sentir que é capaz.

Tá giro ele...

Babycenter.com rules!

Os tipos são mesmo espertos e adivinham o que se passa cá em casa ou, hipótese francamente mais realista, os miúdos são todos iguais. Ontem na caixa de e-mail:

"The Power of "No"

When would a child say "no" to ice cream? When she's a 2-year-old in defiant mode who's enamored with the word "no." Hearing the word a lot from your preschooler doesn't mean she has a negative personality. Rather, she's finding out that she has her own personality, and "no" is a good way to let Mom or Dad know she disagrees. Some twos get so entrenched in the word that it's their favorite response, no matter what the question."

A brincar

Com os bonecos (tenho de lhe arranjar um boneco humano, os dele são só animais). Dizia: oláaaaaa meu amóooooi! Tou aqui!

segunda-feira, novembro 10, 2008

Já aconteceu

Um de nós ralhar com ele. Põe-se a chorar. Depois o outro vai lá e pergunta o que aconteceu e ele responde: foi a lua, batê-me.
(Aldrabãozinho)

Basta dar algum sinal que me magoei

(A sério ou a brincar) que diz prontamente: já passou tábem? tou aqui, não chóia... Às vezes acrescenta: podes choái à vontade...

Ontem fomos cortar o cabelo

No fim ele estava tão cool, tão cool, que parecia uma mini-personagem dos Morangos com Açúcar (versão creche).

sábado, novembro 08, 2008

Ontem

Coisas que fazem os pais felizes:
Chegou à cozinha e perguntou: e a minha sopinha? (comeu-a sem um ai)
Depois comeu um prato de risotto (e pediu muito queijinho), pediu mais outro e ainda se lançou ao terceiro, que não acabou. Só dizia: hmm hmmm, tá muito bom!
No fim ainda limpou uma banana enorme.
A falta de apetite, no caso do Lourenço, só é sintoma de mau feitio.

Já não o engano assim

Brincadeira de fingir que lhe arranco o nariz. Exibo, pateta, o meu polegar como se fosse o seu narizinho (pequenino). Responde prontamente: não é não, o meu nariz tá p(r)eso, óia!

Foi a casa da avó

E quando eu cheguei disse-me: a avó Odete cotou o cabelo! Tá assim colado (curto, presumo)!

quinta-feira, novembro 06, 2008

Tiro-lhe o pijama

E enquanto não visto a camisola, encosta a mão ao peito e pergunta: a minha bafiga está fria, tá fesquinha?

*
No outro dia indagava para onde ia a carninha, o arroz, o peixinho, a sopa e a banana... vai para a barriga do Lourenço, respondo. Quéio vei, acrescenta, enquanto levanta a camisola... Fartei-me de rir.

quarta-feira, novembro 05, 2008

Há muito tempo

Vai fazer dia 9 dezanove anos a minha mãe chamou-me e disse: vê com atenção e não te esqueças nunca, que hoje é um dia histórico. E eu não esqueci. Caía o muro em Berlim e desde então, eu que sempre adorei história, tornei este acontecimento no meu favorito da história contemporânea. Pesquisei, vi documentários, emocionei-me mais tarde sempre que via o momento em que as pessoas passavam as cancelas para o outro lado.
Hoje pude sentir as emoções no presente (embora a Fili me bata aos pontos em termos de proximidade). Não deixei de dizer o mesmo à Inês, o Lourenço é pequeno para isso, e expliquei-lhe o quão de histórico tem este dia e como a esperança é um bem inestimável. Fico feliz por ser para ela alienígena imaginar um mundo em que as mulheres não votavam e os negros não podiam partilhar lugares com os brancos.
Oxalá não se esqueça deste dia (nem do que significa) e que possa um dia contar ao primo "sobre o dia em que elegeram um negro para presidente dos Estados Unidos".

Ontem

Um fim de tarde sem birras valeu-lhe uma mini estação de serviço (a de madeira). Gostou tanto, mas tanto, que brincou, brincou, brincou (que significa pôs gasolina e lavou os dois carros incluídos dúzias de vezes) até já não poder mais. Hoje de manhã, depois de perguntar pelo papá e pela Inês, perguntou imediatamente pela figona gandi, e até já nem queria ir para a cozinha comer.
Há presentes certeiros e este foi, certamente um deles.

* Detesto gastar dinheiro em brinquedos inúteis e tenho aversão aos (inevitáveis, ainda assim) amontoados de cacarecos (plásticos). Penso sempre imenso antes de gastar dinheiro num brinquedo (pensando bem, faço o mesmo com os sapatos, manias enfim.)

segunda-feira, novembro 03, 2008

Ora bolas


Ontem descobri que havia isto: fiquei tentada (embora a outra seja mais interessante enquanto brinquedo, não sei se o Lourenço não acharia mais graça a esta - dá para brincar com água e tudo!)

Devia ter tirado uma foto

À mesa do restaurante. Ao jantar de nós os três (mais um amigo a quem fizemos baby sitting) juntaram-se mais três, e depois outros três. Portaram-se todos (os míudos) muito bem, mas credo, é tanta a porcaria que fica no fim, que não posso deixar de pensar que nós somos aquele tipo de clientes (que ainda por cima pronunciam a palavre cocó alto e sem pudor) de que os outros (clientes) fogem e desprezam.

Já o terceiro ou quarto dia

Que acorda a cantar. Ouço-o ao longe a entoar o pacacaio loio, ou o era uma vez um rei. A boa disposição ao acordar, no entanto, não se mantém ao longo do dia. Ontem, por exemplo, esteve chato mas chato. Livra! Choramingas, teimoso, com muitos nãos e arremessos sempre prontos a sair. Eu sei que vem nos livros e faz parte já o pai pergunta-se se são todos assim.
São, sim, às vezes até piores.

sexta-feira, outubro 31, 2008

Ele ainda não sabe, mas encomendámos-lhe isto

Vai poder poi gasuina e lavai os carros que tão todos muito suuuujos, na figona gandi.

Hoje esclareci-me com a educadora

É assim (e é magia):
Pózinhos de perlimpimpim, grãozinhos de arroz, a boca vamos fechar, porque a história vai começar...

Faz sempre isto!

Agora também deu nisto

- Opá, mamã... (quando o impeço de fazer alguma coisa)

Pergunta muitas coisa

E nós também. Pergunta-me coisas como: tu não vais trabalhar na Sint(r)a? O carro do papá tá na gaiagem? A Lena tá à noxa espéia (na escola)? A esfregona gandi não funciona (aconteceu uma vez)?
Fixa tanto as coisas que ontem nos desmanchámos a rir quando ao invés de terminar a frase de uma história que ele adora (coisa que costuma fazer mas que não era lida há três dias) diz: não me lembo!

À mesa

Quando chega a hora de comer a fruta começa, ameaçando saltar da sua cadeira: quéio ir para o pé de nós!
(na sequência de muitas vezes lhe ter dito... queres vir para o pé de nós?)

segunda-feira, outubro 27, 2008

Na festa, a cabeça sempre a funcionar

JU - Lourenço, sabes quem é este? É o meu namorado!
Lourenço - Pacacaio Loio!

Versões

"Atirei o pau ao gato", Lourenço, 2 anos e meio.

"Atirei o pau ao gato-to-to
...
...
Asentada a paximé-é-é
Veio uma puga-ga-ga
modeu-lhe o pé-é-é
ou ela chóia...
ou ela guita....
vai-te embóia...
BATATA FITA!!!!"

:)

sexta-feira, outubro 24, 2008

Hoje ralhei com ele

E ele diz, entre outras coisas, sempre com as mãos na cara:
Não goto di ti!
...
Durou quatro segundos a abraçar-me com tanta força que me desconjuntava os óculos.
A caminho da cozinha, já vestido, diz qualquer coisa como xou muito lindo... já não faço birras (espertinho!).

quarta-feira, outubro 22, 2008

Adivinhem o que fui fazer ontem


*ignorar a desarrumação, o ranho no nariz e os segundos finais em que tento que o Lourenço reproduza a frase duns posts abaixo sem sucesso.

Leituras


Senta-se abre os livros e junta elementos das histórias todas em três frases, rematando com um: vitóia, vitóia, acabou-se a tóia.

Quando pego num livro diz qualquer coisa do género

(Deve ser o ritual pré-contar história da escola):
póxinhos de pimpim, póxinhos de arroz, a boca vamos fechar, a história vai começar.
Uma delícia.

terça-feira, outubro 21, 2008

Hoje usei o aspirador para limpar a cadeira do carro

Porque ele fez um xixi e tive de a lavar toda. Enfim, isso não interessa. Chega a casa e depara-se com o dito. Pensou até que tinha vindo a Mina. Atarefados com a montagem da cadeira, permitimos-lhe alguma liberdade para usar o aspirador. Os olhinhos brilhavam. Foi a loucura total, claro. Veja-se a eficiência doméstica dois anos e meio. Assim continue.



* perdoem o ruído.

Faz hoje um ano

Que fomos conhecer o bebé minúsculo que tinha nascido de madrugada. A barriga acarinhada deu à luz uma menina linda que hoje é bem maior (mas ainda pequenina). É linda e bem disposta. E é nossa amica, como diz o Lou.
Ele tem estado a ensaiar os parabéns à Camila.
E é hoje! Parabéns bebé (e pais)!

Coincidências?

Já nunca mais chorou ao ficar na escola.
Tem dormido bem melhor.

segunda-feira, outubro 20, 2008

Sei que a minha irmã (uma delas em particular)

Me lê. Ficou triste de não lhe ter dado aqui os parabéns. Tem razão, esqueci-me de o fazer aqui, mas fi-lo ao vivo (foi no passado dia 1). Ontem o Lourenço ficou que tempos ao telefone com ela (que está na Noruega). Perguntou-lhe onde estava, onde estava o primo, que ele estava aqui na minha casa com a minha mamã, o meu papá e a minha Inês. Falou e falou e nem queria desligar. Sentou-se do outro lado, meio escondido. Ele gosta da tia Ana e eu fico contente com isso. Sobretudo porque é o futuro que sorri. Do que vem para a frente e que ele já se vai lembrar, significando isso que o que ficou para trás passou e ele nem nunca vai sentir que esse tempo existiu. Parece pouco, mas é importante. Muito mesmo porque é um bom sinal, um sinal de que a tia Ana (ela própria e não uma sombra esquiva qualquer) já faz parte do seu presente, das suas inquietações e afectos. Para sempre, aposto eu.

Ontem

Com o dia claro e o sol a brilhar forcei um pequeno almoço fora e, imagine-se, o jornal partilhado ao ritmo de galões e croissants. O trabalho não pára e exige, diariamente, sacrifícios vários (eu não gosto de trabalhar, ponto final). Mas ontem o dia pedia um pouco de calma, mau grado o pequeno sempre a um passo de fazer asneiras. Às vezes precisamos de vir à tona, respirar fundo, antes de mergulhar de novo na azáfama e no turbilhão.
Isto não tem nada a ver com ele, nem sequer é uma queixa, é mais uma nota mental para não nos esquecermos de parar (por instantes) de vez em quando e curtir um pouco o tempo sem horas, sem trabalho, sem restrições.
Se pudesse era mesmo um dia em central park (e daí um park qualquer), baggels com light cream cheese (os galões só cá mesmo), e a luz do Outono em NYC que a Filipa nos vai mandando de vez em quando.
*Lembrei-me da Filipa porque também me faz falta a paz que ela me dá.

Também sente

Quando estamos atrasados de manhã, pois é precisamente quando escolhe para dizer não a torto e a direito, fazer mini birras e obrigar-me a leva-lo ao colo rua acima.

Escolhem os dias

Claro. Só pode ser. Hoje tive de o acordar às nove e por ele dormia mais. Ontem, simpático, acordou-nos às sete, às oito e chamou por nós até que cedemos. Ah e acordou durante a noite também.

sábado, outubro 18, 2008

Sobre o tamanho

Hoje à saída da piscina (que fica perto do aeroporto):
- óia, um (a)vião xiganti!

Era grande indeed, e assim percebi que já sabe dizer gigante.

sexta-feira, outubro 17, 2008

Não são só os bebés que não sabem falar

A Inês insiste em referir-se às auxiliares da escola como continas.
(E ela até fala muito bem, até melhor do que muitos adultos - a educadora do Lourenço incluída)

Estou-me agora a lembrar

Da conversa de hoje, ainda na cama depois do leitinho.
- Mamã, vou xaí (da cama, presumo) vou no carro do papá comprar bananas (sic). Vou à famácia. É, é.
Depois, passado um bocado:
- A Inês? Está na escola. Na cóia dela? A fazer os trabalhos dela, é? É. Quéio i à cóia dela. Não, Lourenço, hoje tens ginástica. Ginática, é??? Livanta-ti mamã, dipacha-te!
Gosta daquilo o rapaz.

Pus-lhe soro

Porque estava entupido (ó não, constipação agora?). Berreiro do costume.
Passado uns minutos espirrou. Uma, duas e três vezes.
Juro que do seu pequeno nariz saiu um caroço (ele diz que é laranja, só pode ser do almoço na escola, tenho de confirmar).
Ele teve o dia inteiro um caroço no nariz? E dormiu com ele, coitado! O nariz especialmente entupido está explicado, mas a minha incredulidade ainda não passou totalmente.

quinta-feira, outubro 16, 2008

São todos iguais

De regador na mão:
- Mamã, já regueu!

(também diz, já fazeu, fazi isto, etc.etc.)

Livros favoritos


Agora são os do sapo, da Caminho. Alguns já têm uns anos, comprei-os para a Inês, e são efectivamente uma delícia. (Ao ver que é a mesma personagem exclama, óia mamã, o sapo é como eti e eti!). Ontem o pai passou na Fnac e além do presente para mim (consegui um dos poucos exemplares do HH antes que esgotasse - obrigado ao Zé Mário pelo aviso) trouxe mais um para ele. Gostou de tal maneira que entre ontem e hoje já devo ter lido a história umas cinco vezes, no mínimo duas vezes seguidas.

quarta-feira, outubro 15, 2008

Convenco-me

Que uma das razões porque gosta de colo a caminho da escola é o facto de assim se conversar melhor.
Hoje perguntou-me se trabalhava na rua ou na minha casa. Ele não é parvo não senhor.

A falar ao telefone com a tia

- Então beijinhos, tá combinado?

Ou seja, baralha e volta a dar.

terça-feira, outubro 14, 2008

A prima

(Que, by the way vai e vem de autocarro da escola e que não podia ser mais cabeça no ar do que eu fui - ai como eu a compreendo) está cá. É risota, atrás de risota. Dançam ao som da música do telemóvel (tenho de filmar isto). Brincam com uma bola saltitona. Escondem-se e procuram-se. À noite enquanto se deitam diz bôa nôti, Inês. Pela manhã é a primeira pessoa pela qual pergunta.

Além das limpezas

e outras utilidades domésticas, interessa-se por carros. Intrigam-lhe as rodas e os carros parados. Pensa que estão cacátos (estragados ) e que precisam de um senhoi gandi para ficarem muito arranjadinhos (sic). De repente andam e exclama oia as rodas tão a andai.

Também acha que precisam de ser lavados pela piconha gandi, claro, para ficarem muito lavadinhos. É é, mamã.

segunda-feira, outubro 13, 2008

O Lourenço

Não sabe o que fazer aos «éles»: ou diz láia (Lara) ou laua; saia (sala) ou sáua. Ele bem tenta, mas o dito «éle» não lhe sai.

sexta-feira, outubro 10, 2008

Finge que fala ao telefone:

- Ponto, tá combinado.

No banho

Empunhando a sua mini-esfregona e respectivo balde:

-Tu não podis lavai com a figonha. Não podis, é muito pe'igosa!

*É só para ter a certeza que as mensagens passam. Os tipinhos imitam tudo.

É preciso receber uma newsletter

Daquelas que se subscrevem no início da gravidez a rodos para me aperceber que hoje, dia 10, o Lourenço faz 30 meses.

quinta-feira, outubro 09, 2008

Como é que o ser mais adorável do mundo

Consegue ser o mestre da tortura do sono!
Estou cansada.
Tentamos convencê-lo com conversa, resposta o rapaz teve pronta: "não, não, quando acorda queio a mamã e o papá aqui no meu quato!"

segunda-feira, outubro 06, 2008

Ia ficar a domir em casa da Tia Ana com os primos

À saída para a festa dos 50 anos da Tia Susana dizemos-lhe:
-Olha temos de ir a um sítio falar com umas pessoas.
Pouco convencido diz:
-Não, mamã, vou contico. O Louenxo também vai falai com as pixoias.
...
Lá ficou.
No regresso paramos para apanhar a avó que tinha ficado a fazer baby sitting. Ouviu barulho, acordou. Quando nos vê exclama:
- Óia, a mamã xigou! A mamã xigou!!!!

Pronto, lá veio. Está numa fase insegura e quer a mãe e o pai por perto.

Magoou-me sem querer

Diz: chóia, chóia... podis choai à vondati!

sexta-feira, outubro 03, 2008

Tesouras,quedas, saltos, carros e outras conversas


* a piconha que ele refere é o túnel de lavagem de carros naturalmente.
** o vídeo não é de hoje, claro, o frio não permitiria meninos descalços e de cuecas.

Hoje lá foi

Para a ginástica. Compraram-se as sapatilhas e o fato de treino. Agora só queria ser mosca para ver que raio de ginástica é essa.

Não dei pelo Verão passar

Quase nem senti calor. Vejo o Outono chegar sem piedade e as mangas curtas a deixarem de fazer sentido. Não é só a NY que chega o Outono Filipinha. Tenho frio e tive frio ontem à noite. Ainda contava com um último mergulho no mar, mas parece-me que já não será nesta temporada. No próximo verão conto dar um mergulho já livre deste peso que sinto nas costas, que se arrasta sem fim à vista. Sei que terei outros pesos, mas espero que mais pequenos e com uma dimensão simbólica bem menor do que a inominável, inabarcável, interminável, secante e maçadora tese. Tenho nostalgia desse tempo que ainda não chegou.

Ontem

Fomos todos ver a piconha gandi. Dentro do carro lá passamos pelo túnel de lavagem. Lembrei-me tanto do misto medo fascínio que sentia quando era miuda. O Lourenço também deve ter sentido. Agarrado com unhas e dentes ao volante, sentado ao colo do pai, nem dizia nada. Por ele ia lá todos os dias como todos os carros sujos com os quais se cruza.

quarta-feira, outubro 01, 2008

Olho pela janela

Para descansar o olhar por instantes e reparo pela primeira vez nas pequenas mãos que lá estão marcadas e nos vestígios de um beijo dado à janela. Estava ao colo, pela altura das marcas. Devia procurar a lua ou então os nossos carros que tardavam em descer a rua (já os sabe identificar muito bem). Deu-me cá umas saudades!

* apesar de hoje ter estado acordado desde as quatro até às cinco e meia a pedir alternadamente para fazer xixi, para ir para a nossa cama e por leitinho. A verdade é que reclama presença e proximidade. O vento a assobiar lá fora também não ajuda. Oxalá seja uma fase.

terça-feira, setembro 30, 2008

Durante uma gargalhada

Enquanto lhe punha a fralda de dormir, apercebi-me das enorme amígdalas que tem. Não que eu perceba grande coisa de anatomia, mas era por demais evidente. A somar aos oversized adenoides que lhe dão o tom nasalado, o jovem está a habilitar-se aos poucos para uma intervenção no futuro.
Como dizia a pediatra, pode ser que entretanto lhe cresça o nariz!

Está-me cá a parecer

Que temos de inventar uma nova rotina. Ontem não adormeceu sem eitinho. E quando acorda de madrugada pede também. Cadê o meu menino a quem eu tinha acordar de manhã, no limite das nove horas?

Cortou os caracóis

Mas não faz mal que eles crescem. O cabelo já estava tão incerto à conta das nossas investidas ocasionais que só um corte mais curto poderia solucionar o problema. Ele diz que tá gi'o. E eu concordo.

segunda-feira, setembro 29, 2008

Vamos a casa do Pedro

-Bámos a casa do Pêdo? Bámos? Há lá carros para eu andai?

(vá lá não perguntou pela esfregona, nem pelo aspirador)

Não me lembro dele ter feito isso alguma vez

Mas no sábado acordou às seis e meia da manhã.
A somar a um conjunto significativo de noites muito más, em que acorda ora a gritar ora a pedir leitinho, pode adivinhar-se o nosso humor durante o fim de semana. Vá lá que esta noite foi menos má (só acordou uma vez acho e voltou a adormecer sem dificuldade). Estava prestes a gritar por socorro.

domingo, setembro 28, 2008

A tia Cláudia esteve cá em Julho

Mas ele não se esquece dela. Hoje dizia:
-Adeus, vou com a tia cautia vei a pirronha gandi (i.e. cláudia com a esfregona grande, que é como quem diz aqueles túneis de lavagem automática de carros que existem nas estações de serviço.)

Vendo uma foto

- Olha é a mamã!! (aponta para mim e acrescenta) É como éta!!!

sexta-feira, setembro 26, 2008

Reunião de Pais (2)

O Lourenço precisa de sapatilhas para fazer ginástica.
LOL.

quinta-feira, setembro 25, 2008

Interessa-se pelas letras

Sabe o que são, mas baralha-se todo evidentemente. Já sabe identificar o A e é só. Mas ai de quem lhe diga que não é um S ou um G. Se ele diz, é porque é.
Teimoso que se farta. Livra.

Reunião de Pais

Business as usual. Gostei de estar do lado de dentro da sala e constatar como é ampla, luminosa e agradável. Dizem-me que o Lourenço não é agressivo não tem muitas fúrias e come sempre tudo, sorve o molho da taça e se preciso for, come o do colega do lado. Já em casa fez uma birra monumental de atirar tudo pelo ar, bater furiosamente com as mãos na mesa (e em nós se estivessemos suficientemente perto) e estava mesmo a ver que ia dormir sem comer.
Valeu-nos um interregno para acalmar e uma romã para animar. Enquanto punha a loiça na máquina dou com ele a comer o resto. No fim ainda me pediu mais.
Já percebi que o que ele gosta é de drama.

Mamã...

Pexisas de batei na parêdi. Pexisas, pexisas.
Porquê?
Para podei pôr xelo.
...
Bámos lavai os dentis? Bámos?
Todos juntos bámos?
Vamos claro!


terça-feira, setembro 23, 2008

No supermercado)

Enfiou um dedo num figo. Pegou nele (no figo) para o trazer (já tinha tirado dois dentro do civilizado saquinho) com a indicação de que o comeríamos em casa. Aguentou dois minutos no máximo com ele na mão, a lamber de vez em quando a ferida que tinha feito com o dedo e a pedir para o comer. Vai daí, marimbei-me para o facto de não o ter pago e disse-lhe. Pronto, come-o lá. Abri-o e ele foi comendo, comendo. Ia dizendo: tá aqui mais um bocadinho!. Às tantas já nem era figo mas casca. A casca não se come, Lourenço. Comi, comi. E comeu. Inteirinha, sem água. Iec. Far-lhe-á mal?


*E o que ele gosta dos figos secos que a vizinha da minha avó trouxe do algarve?

segunda-feira, setembro 22, 2008

Hoje à tarde (2)

Depois do banho, sentado no sofá (antes ou depois do episódio do folheto) e pergunta:
-Posso tiai sapatos?
-
Podes.
-Posso cheirar xulé? Posso?
-
Ó Lourenço, que porcaria, o xulé cheira mal.
Chega um pé à cara.
-Agóia o outo.
Chega o outro pé à cara.
Punch line:
-O xulé é noxo amico! (enquanto abraça o pezinho junto à cara e faz cara fofa!)

Sem palavras. Já não bastava o cocó, agora o xulé também faz parte do seu círculo de amizades.

Hoje à tarde

Sentado no sofá, entretinha-se a cortar um folheto de electrodomésticos com uma tesoura de plástico que nas suas mãos não corta. Mostro-lhe o aspirador e ele fica histérico. O pitioi gandi para apiai a sala que tá muito suja de pó. Ele sabe que o aspirador está guardado à chave e que só a Mina o pode usar. Vai daí pede que o tire(?) não o verdadeiro, mas o do papel. Tia, mamã, tia o pitioi! O quê? Tia mamã, tia! Ó Lourenço, não posso tirar, é uma fotografia, enquanto me arranca o papel das mãos e começa a puxar. Começou a rasgar-se o papel e eu morta de riso com o seu empenho e credulidade. Na cabeça dele podia tira-lo dali e pôr-se a aspirar alegremente, contornando a proibição de mexer no pitioi gandi.
Era bom, mas não dá!

Hoje

Faz anos a sobrinha mais velha de todas. Vinte sete velas a soprar já é qualquer coisa. Ela a caminho dos trinta e eu, a bem dizer, a caminho dos 40(?!?!).
Soa-me mal isto, mas parece-me bem tudo o resto. Parabéns minha linda!

domingo, setembro 21, 2008

Natação

É pataxão.

Agora

Deu em reivindicar muito claramente o colo da minha mãe, ou da minha mamã. O do papá também é reivindicado, atenção, que ele divide muito irmamente as carências e os anseios.

Domingo


Em contra luz...
... e com amigos que levam o pequeno a ver as máquilas gandis.

*À noite calha estar uma banda a tocar na tv e ele identifica imediatamente o quitinete (clarinete).

Há coisas...

Os tipos estão sempre a surpreender-nos. Depois de começarem a falar... melhor, depois de começarem a argumentar mais ainda. Responder um assertivo sim, quando se ameaça com um castigo é uma das respostas desconcertantes mais habituais. Desta feita não quis comer. Nada de novo, volta e meia dá-lhe: diz que não, atira com os talheres enfim, uma fita pegada. Lá comeu um pêssego e duas ou três colheres de carne e arroz. Já depois de pronto (dentes lavados e pijama renovado) lembrou-se do pote que lhe ofereci e que ele, com a birra, recusou. O poti, o poti! Pote não há, se quiseres dou-te a sopa que não comeste. Queres? Xim! (????). Ok, sopa na tijela já no frigorífico, 20 segundos de micro-ondas e pimba, come-a toda com gosto. Depois lá pediu o pote e, ainda estupefacta com o acontecimento, dei-lho. Comeu-o, re-lavou os dentes, e agora já dorme (atrasado, mas bem alimentado).

Foi ontem

Que recomeçámos a piscina. Sem birras e com (quase) total colaboração.

Quase porque, assim que pôde, fugiu. :)

quinta-feira, setembro 18, 2008

São onze...


...os anos que ela (já?) faz. Parabéns, bebé!

quarta-feira, setembro 17, 2008

Quando sai da cama

Gosta de trazer os amigos todos (bonecos, xuxas, almofada...). Quando chega da tarde costumamos, por vezes, ir brincar (e mimar) para a cama (e lá está, temos de trazer os amigos todos):

Hoje voltou a falar na Cecília

E, apesar de não ir lá há mais de um mês (e de não ir lá assim tão frequentemente) lembrava-se que tinha um correca (escorrega), uma piscina e uma casinha.
Por razões óbvias, gosta mesmo daquilo o rapaz!

Eu queria filmar

Mas ainda não consegui. Entretanto já corrigiu e diz bem primeiro verso da canção do papagaio louro. Antes cantava entusiasmado a versão oficial e a alternativa ensinada pela avó:

Pacacáio olho, de bico amalelo
faz xixi na cama
leva c'o chinelo!

(gargalhadas)

Sento-me ao computador

E ele também quer. Manda-me estar quieta - páia mamã!, porque ele tem de fazer uma coixa (é o que eu lhe digo quando me sento aqui, espera um bocadinho que vou só fazer uma coisa).
Não quer que lhe ensine nada - sou eu soxinho! -, e pior: ainda me quer ensinar a mim.
Estou feita ao bife!

Disse-lhe

Vá, diz lá à lua que vais descansar... E ele diz: vou discansai, tou muito canxado. Encena espreguiçar-se, esticando as mãos por cima da cabeça e acrescenta: ai que peguixa!

A febre continua

A subir (ainda que pouco) de oito em oito horas (às vezes um pouco mais). Suspeito que será mais uma daquelas viroses, sem grandes sintomas a registar além da dita febre. Também concluí que a dor de ouvido devia ser mais dor de cabeça causada pela febre.
Vai daí não há creche e lá foi ele para casa da avó. Ficou exultante: vou regai as pantinhas que têm muita sedi. E vou apiai o chão que tá muito sujo pó. Tá tudo muito sujo.
O meu filho saiu-me cá uma Rosalina das limpezas!

terça-feira, setembro 16, 2008

A lua ontem estava linda

E o Lourenço, mesmo cheio de febre e de dores, já de madrugada, insistiu em ir vê-la à janela. Ficou um pouco, aprendeu que é só uma lua que muda de lugar e não várias como julgava, e depois disse. Ponto, bámos.

Em doiis dias

Vários doutois. Ontem o dermatologista (por descargo de consciência) hoje as urgências (febre e dor de ouvido desde ontem). Não é uma otite, mas valeu pela constatação que perde os medos e as estranhezas aos poucos. Colabora, conversa, abre a boca quando lhe pedem, porta-se inclusivamente um bocadinho mal, quando decide correr nos corredores e explorar os gabinetes. Depois de uma noite, enfim, daquelas, fiquei derreada. Já ele nem por isso, e está sempre pronto para mais uma asneirola.

Do fim de semana

Restou o doce sabor do passeio com os amigos pequenos no parque de Alvalade. Já lá devia ter ido é o que é. Os meninos já se passeiam e adoraram o barulho das folhas outonais. Houve tempo para sanitas improvisadas, para canções em coro, e para teimosias q. b. A que mais gostei foi a do Lourenço e da Alice a tentarem dar a mão um ao outro. Como são os dois mandões, queriam ambos decidir quem dava a mão a quem. Crescem todos em escadinha e juntos, sendo um bocado selvagens, são uma delícia.

quinta-feira, setembro 11, 2008

A mãe de todas as birras

Foi ontem. Nunca o vi assim tão possuído. Gritou, soluçou, bateu, sei lá, até cair para o lado (no caso no meu colo). Tudo por causa de uma banana, à qual ousei tirar um pedaço já passado. Queria a banana inteira. Passado uns valentes minutos ainda gritava pela banana que queria comer, mas que não queria comer, que queria, mas não queria, and so on.
Esta fase (espero bem que seja uma fase muuuuito passageira) é, literalmente, do demo!
Ficam viradas ao contrário, as dóceis crianças que ainda há pouco diziam gracinhas e davam mimos.

quarta-feira, setembro 10, 2008

Ainda não me acerto bem com a máquina

Mas ele está tão giro nesta foto que não resisto a publicá-la.

terça-feira, setembro 09, 2008

Anda vidrado neste livro

É, sem dúvida, uma delícia de livro.
Só tenho pena, honestamente, de não ter o gingar do brasileiro no falar. Seria ainda mais giro.

Vou tentar

Apagar este dia (no que diz respeito ao Lourenço) porque se portou tão mal, tão mal que já nem tinha energia para o repreender. Foi de manhã, foi no regresso da escola, foi em casa antes e depois do jantar, enfim, nem vale a pena enumerar. As asneirolas toleram-se, já as mãos em riste sempre prontos a bater é que não! Deste dia guardo apenas o finalzinho, já de luz apagada, quando finalmente me chamou e pediu desculpa. Ofereci colo e assim ficámos abraçados uns minutos até que o deitei.
Ficámos em paz e, espero sinceramente, que assim continue amanhã.

segunda-feira, setembro 08, 2008

Lourenço, dás-me um beijinho?

Agora, não mai' logo.
Lourenço, vamos tomar banho?
Agora não, mai' logo.
...

domingo, setembro 07, 2008

Brincadeira

(Es)condi, (es)condi que a lua vem aí! diz entre gargalhadas nervosas enquanto se esconde debaixo das mantas.

Não gosta

De pôr perfume na pitola (camisola). Só no picoxo.

Na festa

Eram tantas as crianças e as pessoas que logo imaginei que a Filipinha ia para o outro lado do oceano com o coração cheio. O meu lá se engalfinhou com outro pela posse de um brinquedo, mas tirando isso esteve na maior e foi muito feliz. Quanto a mim mim só pensava que a Filipa (e ela sabe) vai-me fazer muita falta. Valha-nos a comunicação virtual que, nunca jamais substituindo o abraço e o beijo, nos faz sentir um nadinha mais próximos.

No parque


Diz opáaaa quando outro menino lhe quer roubar o monopólio do brinquedo. Já se aventura em tudo e mais alguma coisa se eu deixasse. Não quer dar a mão na rua e isso sim já é motivo de chatice. Ainda não salta bem , mas trota na perfeição. Aliás qualquer bicho que vê quer andar a cavalo nele (gatos, cães, peluches). Lá tenho de lhe explicar que se calhar os bichos não acham muita graça. No supermercado, no caminho para casa, não quer doces, mas rouba uvas descaradamente.

sexta-feira, setembro 05, 2008

Venho a correr

Para o ir buscar, hoje um pouco mais tarde por causa de uma reunião. Corro esbaforida e encontro-o felicíssimo agarrado a um ferro (imitação dos nossos tal e qual). Não queria vir e foi um sarilho para o tirar de lá (sem o dito ferro). Ao fim de uns dez minutos lá veio com o prémio de consolação. Duas bolachas pa tajei pa casa ( em jeito de não levo o ferro mas sempre consegui sacar qualquer coisa.)
Cadê o filho que corre para os braços de sua mãe ao fim de um dia de escola?

* E depois a birra pelo caminho e o filho deitado no hall do prédio, a dizer não... não... Uma maravilha.

quinta-feira, setembro 04, 2008

No carro

Estava outra vez com o disco riscado. Mamã, a lua ... Mamã, isto e aquilo... Mamã, aquilo e aqueloutro. Às tantas não devo ter respondido. Logo se sai com um sonoro Mamã!!! Fala comico!!!
Pronto pronto, sempre às ordens, senhor ;).

Falei depressa demais

Hoje já não trouxe os mesmos calções. Calças aliás. E logo hoje que tinha ido de ténis para variar. O que vale é que tinha mandado os crocs, just in case.
Mandei-o tão bonitinho e quando chego tenho um menino de calções verdes e laranja, t-shirt nada a ver e os crocs com umas meias castanhas e azuis às riscas.

Cucuáti

Não, não é chocolate. É restaurante!
Foi hoje, pizza (que ele adora, diga-se de passagem). Começou mal (com muita asneira) mas acabou em beleza (portou-se lindamente).

quarta-feira, setembro 03, 2008

Fala muito na casa da avó kali

Pelos mimos da avó e por lhe permitirem o uso indiscriminado do aspirador pequenino para limpar a cozinha.

Conseguimos finalmente

Pôr em prática os conselhos da Ana Rute. Jantamos bem cedo e o Lourenço, às 20:30h, já dorme. Poupam-se birras (de sono) e ganha-se tempo.

Primeiros dias

E tem regressado sempre a casa com os calções que levou vestidos.

De manhã

Acordo-o (tinha acordado quase às sete, bebeu leite, e voltou a dormir). Fica ali um bocado enquanto abro os estores. Ofereço cólo, finalmente. Responde: (es)péia, ainda não tou acodádo, (es)péia.
Ele adora ronha. :)

terça-feira, setembro 02, 2008

De manhã

Ondi bámos? (é sempre assim, acha que todos os dias temos um programa fantástico reservado para ele).
À escola, respondo.
Quéio ir à caja dos ursinhos, varrei. Tá muito sujo. (Ora bem, retomar a tarefa deixada incompleta ontem quando o fui buscar).

segunda-feira, setembro 01, 2008

Já me contou, fascinado,

Que a Lena comprou um ferro (de engomar)* encarnado. E que, melhor que isso, ele pôde brincar com ele.

*Mau grado as tentativas jamais mexe no ferro cá de casa, por razões óbvias. É uma das suas grandes frustrações.

Na escola

Tudo bem. Comeu, dormiu, usou a casa de banho*. Brincou com tudo e com todos. Quando fui o fui buscar ainda quis brincar mais um bocadinho. Estava a varrer, pois claro.

* O último xixi fê-lo no chão do minipreço. Ele bem que me tinha pedido para fazer nas ervas no caminho, coitado. Portanto a culpa é minha e as compras que as faça amanhã.

Agora já está na escola

Depois de um interminável mês de Agosto. Entrou com vergonha, mas não chorou. Passado um bocado lá foi ter com os brinquedos e já nem olhou para trás. Por todo lado via educadoras e auxiliares com bebés chorosos ao colo. Foi só há um ano que também ele se desfazia em lágrimas. Entretanto cresceu tanto e já sabe fazer tanta coisa. Como virar costas sem pensar duas vezes.

sexta-feira, agosto 29, 2008

No outro dia

Foi à casa da doutóia. Pela primeira vez não chorou. Tomou conta do gabinete e até já queria vir de lá com um telemóvel de brincar. Falou, falou, falou. Está grande e menos gordinho.
Dizia a doutora que se diz que o verão aduba os meninos. No caso dele tem sido mesmo assim: cresceu por fora e por dentro. Conversa, argumenta, pergunta, interessa-se. Já pouco tem de bebé, embora eu ainda o chame assim (a Inês tem dez anos quase onze e eu ainda a chamo de bebé, mas enfim).
É um safado, muito meigo, com repentes de agressividade.

Já gostava muito de música

Mas agora descobriu o dançar. Parece maluco na sala de braços no ar e a dar voltinhas. Não pode é dançar sozinho, exige companhia: dança papá, dança mamã, dança Inês!
Tenho pena da máquina avariada. É daquelas coisas que só visto mesmo!

segunda-feira, agosto 25, 2008

Primos

Na casa de banho

Gostamos do papeli nético e de puxai o itocomo. Às vezes o cócó também é amico, mas essa parte não estimulamos muito porque, pronto, é nojento.

Por causa do dia passado na Ericeira*

Fixou um novo interesse no Livro do Mar. As rochas que escorregam, por causa das alcas ;)
É mesmo pena a água gelada, que aquelas pocinhas (piscininhas o que mar fez para ele) são tão boas para brincar!

*Há lugares que serão sempre nossos.

Depois de uma brincadeira na nossa cama

Todos os dias quer fazer uma «caxinha». Metemo-nos debaixo do edredão, levantamos os braços e é a alegria total. Não pode haver uma nesga de luz que logo manda «fecha essa pota, mamã!».

Aliás,

Gosta de dizer que é amigo das coisas. Os bonecos dos livros, os bonecos themselves, as pessoas, a natureza, o céu, a lua, os bichos, you name it. «É amico eu! É amico Louenxo!». Depois abraça-se como pode, que às vezes não dá jeito.

O tipinho é giro e tal

Mas às vezes tira-me do sério. Principalmente a mania de levantar a mãozinha quando se frustra com alguma coisa. Vai daí depois de dois ou três sérios avisos levou mesmo a sua primeira palmada no rabo.
Atenção que ele não é nenhum anjinho e esta não é a primeira vez que ele se porta mal. Pelo contrário. Mas pronto, apanhou-me mal disposta e menos tolerante e por isso em vez do costumeiro castigo para pensar, levou uma palmada no rabo (x3) e percebeu que eu estava zangada a sério.
Depois o filme do costume. Chora como se lhe tivessem arrancado o braço e recusa pedir desculpa até finalmente ceder e abraçar-se «à minha mãexinha». E ficámos amigos outra vez.

quinta-feira, agosto 21, 2008

Quando ralhamos

E enquanto faz aquela cara estou-a-fazer-beicinho-e-quase-a-chorar-mas-não-choro, repete louênxo tá bonito. (Apesar de me estar a portar mal) louênxo tá bonito.

Dos jogos olímpicos

Ficou o gosto pela nática. É vê-lo a manejar a esfregona como se fosse uma barra, dar balalotas na cama, enquanto diz: tou a fazei nática, vês?

quarta-feira, agosto 20, 2008

Diz coisas giras

Está sempre a condutir (conduzir), imita-nos nos gestos e é muito orientado a passear com o carro pela casa.
Gosta de dar balalotas (cambalhotas) em cima da cama.
Adora pecacia (melancia) e grita se alguem se atrever a tentar descascar-lhe as maçãs. Elas comem-se inteiras.
Anda a tentar dizer bem esfregona. Já não é putonha mas passou a urrona, mais ou menos.
Lá chegaremos.

segunda-feira, agosto 18, 2008

Do desfralde

Corre bem, tirando quando corre mal. Por norma em público e sem casas de banho por perto. Assim como assim já não se volta atrás.

Na Quinta Pedagógica

Passou-se uma bela manhã com os amigos grandes e pequenos. Confirmo que o Lourenço não tem medo de animal nenhum. Quer mexer em todos. Gostou mais do cavalo, acho, e à tarde dizia que queria ir ver os bichinhos outra vez.
A ver se ao vivo os bichos deixam todos de ser cães grandes.

É que esta coisa da Lua

Perturba-o. Não passa sem a ir espreitar à janela. E fica triste quando não a vê. Mas de todas as vezes que acorda, ou é acordado (dorme que se farta), me fala nisso. Ontem: «mamã, a lua gandi cai aqui na cama em cima dos péxinhos, é!». Hoje: «mamã a lua cai...e...e... (de)pois.... pate-se!».

Será que tem pesadelos com isto?

quinta-feira, agosto 14, 2008

No fim da brincadeira


Caiu e partiu o barquito que transportava os brinquedos da praia.

*Sim, sou chata e um bocado tonta.

Agora que o pai

Já pode chegar mais cedo, comemos todos juntos sempre. Também já não dispensa o gafo paca, que isso das colheres é para os bebés.

terça-feira, agosto 12, 2008

Às vezes não o percebo

Mas ele insiste diz a palavra sílaba a sílaba muito devagarinho e em voz alta.
A maioria das vezes continuo a não perceber. Às vezes finjo que percebo, ou não fosse aprender a falar e aprender a ouvir um belíssimo exercício de ficção.

Diz muitas vezes

«Não é pexiso» e «não faças ixo». Manda-me chorar a fingir «arróia choia» para depois me dar abraços e «beixinhos».

Uma das grandes excitações

Do desfralde é, sem margem para dúvidas, puxar o «atocotuitumo» (as sílabas iniciais vão variando).

segunda-feira, agosto 11, 2008

O golpe

Tanta preocupação e até me esqueci. Logo no primeiro dia (ou terá sido no segundo?) caiu na ria sobre uma pedra pontiaguda e fez um golpe no joelho. Aquilo sangrou feio e eu devia ter seguido os meus instintos que me diziam que aquilo levava um ponto ao dois. Férias e feridas no joelho não são compatíveis e aquilo ficou com mau aspecto. Hospital e antibiótico e cicatriz digna desse nome só mesmo depois de voltar. Foi a aflição das minhas férias (será que está melhor, ai que está com mau aspecto, ai que abriu outra vez, ai ai ai, a azucrinar o pai que já não me podia ouvir). E já passou e já me esqueci. Para a história uma bela cicatriz no joelho. Um dia terei de lhe lembrar como a arranjou.

À conta do Livro do Mar

Não posso chamar concha a uma vieira, ou confundir uma conquilha com uma ameijoa. No Algarve sobram os exemplares de conchas para ver e aprender. Mas o que ele gostava mesmo era de ver as asas (de kitesurf) na ria, as únicas satisfeitas com a nortada. Também não venham cá chamar asas aos pacacaios di papeli e muito menos às velas de widsáfi. Por favor! Isso é um verdadeiro insulto para um especialista.

É um autentico profissional

A comer fruta inteira e com casca. Os pêtigos estão entre os favoritos. Não sobra nada a não ser o caôxo.

Volta e meia diz

Que tem medo da lua gangui. É um contrasenso porque adora a lua. Ontem conseguiu finalmente explicar: «Mamã, medo lua gangui! A lua (pode) cai aqui do chão!».

Não cai, Lourenço, tá pendurada de um jeito que não cai.

Com a colaboração de máquina alheia

Uma memória das férias.

Ontem

Dia espetacular: sol, piscina, jardim, brincadeira em casa de uns amigos. No regresso contava ter paz antes da primeira curva. Mas não, o bebé não adormece. Não contente, veio o caminho todo, mas todo, a falar. Podia ser lá só com ele, mas não. Mamã, a lua? Mamã, olha ali os candieiros amarelos? Mamã, o que estás a fazer? Mamã, as nuvens? Mamã, o rio? Em loop e entremeado por coisas que nem percebi, mas que começavam invariavelmente com Mamã.
Nunca pensei que teria vontade de o mandar fechar a matraca.

O filho pródigo



Regressa a casa pela mão dos pais (muito agradecidos à tiniana pela semana de puro deleite). Tantas saudades tivemos dele. Ele brindou-nos com mimos e abraços, algumas birras e choro. Faz parte. Arrumei de vez a minha arrogância de achar que só comigo é que fica mesmo mesmo bem. Sei, portanto, que está bem sem nós, que se aninha noutros colos, que se diverte tanto ou mais junto de outras pessoas e é muito feliz com elas.

terça-feira, agosto 05, 2008

As saudades

São tantas, tantas que me está a custar imenso, apesar de o saber bem. Dizia-me há pouco: «mamã não tabalai, vem pa casa esta.»

segunda-feira, agosto 04, 2008

Também não há fotos

A máquina avariou-se e não tenho leitor de cartões. Mas tirei muitas e giras claro. Da imensa felicidade com a praia e com tudo o que pode viver por lá.

Snapshot das férias

Em modo trabalho intensivo. Voltámos e o filho já foi outra vez (sem nós e só com as tias). No regresso do Algarve trouxemos um bebé sem fraldas e tínhamos uma porta arrombada e um aviso do irs. Do melhor.

Apesar de tudo muita sorte: escapámo-nos miraculosamente à gastro viral que dizimou os nossos parceiros de férias, coitados; não nos roubaram nada (nada como ser pobre em ouro e rico em sonhos ou lá o que era); e o irs resolveu-se com uma hora e meia de espera na repartição. Parece que em vez do filho assinalei que tinha dez. Tem graça a piada, menos graça o rombo no cheque do reembolso. Mas pronto, haja saúde.

quinta-feira, julho 17, 2008

Das nozes e dos dentes

Vou de férias e não tenho espírito e nem me convém. Levo na bagagem um coração apertado de afazeres e a mala do computador para trabalhar. Levo um filho farto da escola, sedento de praia, histérico com o regresso da prima ao seu quotidiano.
Vou de férias quando tanta gente não tem como ir e queixo-me da inconveniência das datas.
Não devia serquer ter coragem para tanta lamúria.
Ainda bem que é a Ria que nos espera. Tenho a certeza que me trará muita paz.

quarta-feira, julho 16, 2008

Agora

É arrora. "Arrora eu, arrora enxo."

Quando lhe pergunto

Que brinquedo quer levar para a escola (facilita as negociações matinais), diz que quer levar uma "tuita" (toalhita). Para as suas limpezas, pois claro, porque "tá tudo muto sujo!".

E vale a pena gastar contos de reis em brinquedos? Vale? Ainda bem que somos selectivos nesse departamento. Sempre poupa algumas frustrações.

Já quer negociar

E até argumenta:

-Vamos da paqui (parque)!- diz quando o vou buscar à escola
-Ai é?
-Pa casa não!
-Pa casa tá caloi, vamos da paqui. É.

A sorte dele é que a prima estava de regresso e acabou por ir com ela e com a avó dar um girinho ao parque. Veio muito feliz, claro (enquanto a prima esteve fora, se lhe perguntassemos por ela dizia prontamente que ela "ta no avião, para a (noru)eca".

Para a Ana Rute

Para o ano o meu filho vai ser urso. Vá lá que acrescentaram um inho para aliviar a coisa...

sexta-feira, julho 11, 2008

Passou

De não dizer os éles, para os colocar mesmo onde não existem. Quéio passou a quélo. Máquina passou a máquila. Papai passou a papale. Parece um chinesinho, só falta dizer: qué clepe?

Preciso de truques

Por favor, para que não me faça tanto de mula/burrica de transporte pessoal.

* Alguma vez já disse aqui que de todas as transformações que senti com a maternidade (e são muitas eu sei) a que mais me ocorre é que me sinto muitas vezes uma burra de carga (criança e tralhinhas e saquinhos e compras e birras, tudo ao mesmo tempo)?
** Já me ocorreu (uma vez que é um bocado trôpego a correr e pareceu-me que já o vi coxear) que tenha alguma dor. Que lhe doam os pés com os «cóquis» ou que os ténis que levou hoje ainda lhe estejam demasiado grandes.

Hoje (II)

A ti fufia (Sofia) faz anos. Muitos mais do que os que aparenta, permitindo-lhe permanecer (aos olhos do sobrinho) na categoria de menina.

Parabéns querida irmã.


* Por coincidência, também fazia anos o meu pai. Setenta e muitos anos se fosse vivo. Apesar das ambíguas memórias que dele guardo, tenho muita pena que não tenha conhecido o Lou. Chamar-lhe-ia bolinha como a mim com a idade dele, se calhar. Ele lembra-me tanto de mim na mesma fase ...

Hoje

Queria, porque queria cortar as (inexistentes) unhas do Pocoyo de peluche. Tive de lhe tirar a tesoura, iniciando assim a mini-birra matinal para sair de casa.

quinta-feira, julho 10, 2008

Quando chego à creche

Ultimamente anda sempre em limpezas. Limpa a mesa, limpa os bonecos, as bancadas o que houver. Delira quando a Mina está cá em casa como hoje. Ela «paxa a péco tudo», as «poupas de eu» (passa a ferro tudo, as minhas roupas) , «apia» (aspira) e usa a sua amada «munhona» (esfregona). Sem margens para dúvida: «A Mina é amica de eu!» dizia enquanto caminhávamos para a escola.

Negligenciar

Este blogue, é usurpar-lhe as memórias. Porque o que se passa, não registo em mais lugar nenhum. E logo agora que se acalmaram as fúrias e anda tão giro. Pede muito colo e isso é chato (cóio mamã, diz assertivamente não deixando margem para outro tipo de transporte), mas de resto anda mesmo querido. Até quando me manda embora para a cozinha «fazei a papa» preferindo o papá como companhia na casa de banho. Mas especialmente quando diz «é amica de eu» referindo-se às pessoas de quem gosta, ou «papou tudo eu» pedindo mais bolachas, quando fala ao telefone a fingir e quando vê em qualquer objecto outra coisa qualquer iniciando uma brincadeira. A que mais graça achei foi uma caixa das toalhitas nova mais quadradinha. Olhou para aquilo e pareceu-lhe que aquilo é o computador que serve para «tabalai» e «vei o pocóio». E finge que tecla e tudo.
O máximo.

segunda-feira, julho 07, 2008

Partida

Largada, Fugida*.

* Sem mais desculpas/tarefas inadiáveis e essenciais que é preciso cumprir, lanço-me pois ao inevitável, que por estes dias é escrever a parte empírica da tese (que na cabeça ainda nem sequer está muito bem estruturada mas enfim, não-vou-pensar-nisso-agora). É um salto sem rede (uica medo/pânico me invade de vez em quando), mas com prazo. O prazo que falta e o prazo que dita que isto tem de ter um fim. Escrevo isto aqui, porque é o único espaço onde posso verbalizá-lo publicamente de forma a que também para mim esta afirmação se torne um compromisso.

sexta-feira, julho 04, 2008

As tias são

Tiniana (tia ana)
Ti fufia (tia sofia) - destas tem várias além das legítimas.
E a última, cá de visita, é a tia cátia (cláudia). Demorei a perceber. Cátia, mas quem é a Cátia? (eu sei quem é a Cátia, mas não fazia sentido ele estar a chamar pela Cátia num convívio familiar). Passado um bom bocado é que percebi: Cláudia... ok. Ele lá explicar tudo explica, nós é que não percebemos. Ah, e apesar de estar a meses de ser avó, para o Lourenço ela é menina e não senhora. Tome-se isto como um elogio.

Diz os éles. Enroladinhos mas diz: lia, papéle, paula, you name it.
Também diz muitas vezes eu, referindo-se a si próprio, nomeadamente afirmando: é de eu que é como quem diz é meu.

Quando brinca

Diz algumas vezes sentando-se no carro dele: xau, beijinhos, vou às pompas à famácia.

Passo os dias a responder a

O que é ito? (é uma coisa, é uma caixa, é uma fruta, ...)
Quem é? (é uma senhora, um senhor, uma menina, um bebé...)
e logo a seguir
A sinhoia? (vai à vida dela, vai para a casa dela, vai às compras...)

Sobrinhos e irmã

Acabam de partir, num avião, para a Noruega. Embora ela já lá trabalhe há mais de dez anos, só agora conseguiram ir lá de férias. Vão felizes, aposto que nem dormiram na perspectiva de andarem de avião. Iam muito felizes todos, especialmente a Inês que melhor percebe o que isto tudo significa: a vida a melhorar, as coisas a correrem bem. A Inês atingiu os objectivos e superou as expectativas.
Na verdade, já é a segunda pessoa que me dá os parabéns pelas suas boas notas (5 quatros e 3 três - sendo que o início do ano não correu propriamente bem). Não deixa de me causar alguma perplexidade: parabéns? A mim? Parabéns a ela por favor, pois só ao seu esforço e capacidades se devem os resultados. Eu só a ajudei a descobrir o melhor caminho para aprender a estudar. E a partir de agora é sempre a melhorar!

PARABÉNS QUERIDA INÊS!

segunda-feira, junho 30, 2008

Isto é mesmo ele

Gargalhadas fáceis.

Desde que passou um dia

Em casa doente que todos os dias diz que não quer ir à escola. Diz: cóia não. Achei estranho, claro, mas tentei não dar muita importância. Hoje repete, cóia não. Já tinha desconfiado que ele achava que ele ia para a escola e nós ficávamos em casa ou iamos passear ao parque ou à praia sem ele. Parece que é mesmo isso. Disse-lhe que o papá já tinha ido trabalhar e que, por isso, ele ia para a escola. Continuei dizendo que a Alice estava na escola e que o Pedro também, e até a Camila (mentirinha) também ia para a escola, enquanto os respectivos pais trabalhavam. Até eu tinha de trabalhar. Por isso ele ia para a escola.
Ficou em paz com a explicação. É para aprender que isto de apenas levar a chave de casa para o ir levar teve as suas consequências. Ele sabia que eu voltava para casa e não queria lá ficar.

Primos


Não falei aqui

Do bem que se portou num concerto de violinos (dos Violinhos, mais precisamente). Foi no solistício de Verão, num cenário fabuloso que é o Museu da Electricidade. Gostou muito da múquia, que é como ele diz música.
Valeu por um dia inteiro de birras e uma aula de natação frustrante em que se recusou a fazer quase tudo.

Identificando bichos num livro

Leão
Pópotamo
Quigui (tigre)
Giafa
...
Eu ajudo: Zê.... zê....zê...
Lourenço: Zê...zé mário!

Da festa da escola



O meu filho é um dos pequeninos que percorre o palco improvisado sem grande convicção, meio assarapantado. Portaram-se bem, alinhadinhos e sem lágrimas nem debandada. As lágrimas ficaram por conta dos pais, claro. Ele ainda só marcha, imagino quando cantar, dançar ou tocar algum instrumento.

quarta-feira, junho 25, 2008

Segundo dia

Em que, do nada, diz: cóia não. Não queio, queio pacasa (que é casa de quem ouve sempre vamos p'ra casa).
Só não ficou a chorar porque o aliciaram com o recreio. Para o que lhe haveria de dar.

Nomeando as cores

Dos objectos (camisolas de pijama, toalhas) enquanto estava sentado na sanita: ajui, banco, isto aquilo, até que (chegando ao sutiã esquecido no toalheiro) continua sem hesitar, maminhas. Está certo, mas era mais verde.

terça-feira, junho 24, 2008

Gosta de gozar comigo

Põe-se ele com ar maroto: mamã bola, mamã antónio, mamã avó, mamã o-que-estiver-no-alcance visual, até que diz mamã lia e eu fico muito contente e ele também.
Tento fazer o mesmo: Lourenço banheira... só que ele responde logo, não, não «enxo viéia»!

Do dia de hoje

Bate à mãe quando fica com os azeites depois do banho. Vinte minutos de castigo na cama, sem chucha, recusando-se a pedir desculpa (fui lá umas três vezes até que cedeu) e jantar todo comido sem fitas e todo amoroso. Parecia outro.
Na escola confirmam que anda meio avariado. É uma fase, espero que seja só uma fase. Até passar sejamos implacáveis, que eu não pretendo educar este moço com pinças para evitar birras. Nunca como agora me perguntei tanto se estaremos a agir bem, a fazer o correcto.
Ó mau génio.

Ao vê-lo fingir falar ao telefone

Percebo: que sou um bocado bruta a atender com um sonoro "tou!", dito assim de rajada, e que me despeço sempre da mesma maneira, com um «xau, bêjinhos».

Surpresa

Hoje acordou com a fralda seca!!!! Filho que é de alguém que tem alguma vergonha em confessar a idade em que largou as fraldas de noite, é um motivo de grande orgulho*.


*Está tudo a compor-se para tirar a fralda no verão. Terá de ser nas férias já que o infantário não me parece estar particularmente empenhado.

A fase

Já não são só as birras, é o desafiar constante (de mão em riste a ensaiar palmadas, pontapés ou cabeçadas - para o que lhe havia de dar), o consequente castigo, o choro interminável, o não querer ir para a escola (cóia não, disse logo de manhã), e o ficar lá a chorar.

Vem nos livros, é certo, mas para quem estava habituada ao bebé dócil, vê-lo transformado por súbitos ataques de mau humor e mau comportamento deixa-me mesmo desanimada.

quarta-feira, junho 18, 2008

Ainda assim é muito querido


Hoje

Tenho o Lou a dormir a sesta em casa. Causa: uma febre ontem à tarde ainda na escola, confirmada por um novo episódio febril de madrugada. Outros sintomas? Nenhuns. Aflige-me não poder trabalhar em condições, embora não possa garantir que na sua ausência seria mais produtiva. Pior é termos um dia só para nós e parte dele ser passado em birras que me tiram do sério. A natural falta de apetite não explica a choradeira ao almoço. Talvez fosse já o sono, não sei. Suspeito que a coisa correu logo mal quando não se quis sentar na cadeira dele. Daí em diante o descalabro. Resultado: sesta dormida em jejum (meninos sem comer provocam, qualquer um sabe, um desgaste especial nos pais).

terça-feira, junho 17, 2008

Para além

Do uso mais aprimorado dos verbos, que resulta em frases mais completas, noto que deu em usar os diminutivos. Principalmente quando ou quer alguma coisa que não deve ou tenta autorização para uma potencial asneira. Do tipo: pãozinho? Sim? (com uma carinha fofa forçada a acompanhar) ou Regai pantinhas (regar plantinhas)? Sim? Posso?.

Hoje

Foi muito feliz para a escola, levava a sua palmeira de plástico (à rua) - repetiu isto mil vezes para ter a certeza de que eu o deixava levá-la. Parece que assim que chegou andou a mostrá-la, orgulhoso, aos colegas: «óia, óia, málmeira!».

Tenho uma sobrinha

Que mora longe, tem outra nacionalidade e que até tem dificuldades com o português. Mas tem lá qualquer coisa de portuguesinha ou não fosse o peixe fresco e o marisco a sua verdadeira perdição. É muito meiga e sensível e nos seus 23 anos chorou mais lágrimas do que as que deveria chorar na vida inteira. Espero muito que lhe tenha passado a má fase. Ela vai precisar de toda a sua energia e alegria para o que aí vem.
Ainda me custa verbaliza-lo, mas o facto é que vou ser tia-avó.

segunda-feira, junho 16, 2008

Chega-me pelo telefone

A triste notícia da morte de uma prima, 26 anos acabados de fazer. Ela e a irmã faziam um duo semelhante a mim e à minha irmã, uma loira e outra morena, o que desde cedo fez com que fossem comparadas a nós. Não que estivesse entre os mais próximos, mas uma tamanha injustiça e crueldade nunca deixa de fazer mossa. Doi(-me) particularmente a ideia de que não poderemos, jamais, proteger os nossos filhos de tudo.
Deixo em draft o post que, antes deste, tinha escrito para partilhar uma boa notícia.
Hoje o (meu) pensamento fica para quem parte.

No jardim aqui ao pé de casa

Estava uma menina que trouxe brinquedos (comidas e tachos). Ele fixou-se na mini varinha mágica. Fartou-se de fazer «pôpa» e depois de a passar toda, não se esquecia de bater ligeiramente na borda do tacho para tirar os restinhos da varinha. Tal e qual como eu faço.

Brincadeiras

Pergunta se queremos «boio (bolo), sim?» do balde iaranja ou do vêdi?, diz toma, nós comemos, depois pergunta se quermos «mais, sim?» e nós queremos claro. Fica que tempos nisto.

domingo, junho 15, 2008

Anda

Todo papá. Agarra-se a ele e diz muito sério, afastando-me: «é meu... meu papá!»

Para que não se pense

Que ele é só coisas giras, meiguices e afins registe-se o facto de nesta fase (espero que muito passageira) ele andar um verdadeiro chato. Choraminga que se farta por tudo e por nada, principalmente quando é contrariado. Anda outra vez com a mão muito leve e por isso fica de castigo de vez em quando, o que o faz chorar ainda mais.
Exemplo: se o iogurte não é disposto lá com a colher que ele quer e se por algum motivo lhe dá a veneta começa com um interminável (chorando, claro): não quéio, chora, grita pelo (io)tuti, dou-lhe o iogurte, não quéio afastando, chora, grita pelo (io) tuti, and on and on.

Chora ele e bufo eu.

quinta-feira, junho 12, 2008

E quem é que o convence

que os golos não são do Sporting, mas sim de Portugal?

quarta-feira, junho 11, 2008

Pudesse

Ele passar os dias assim. De manhã praia, água e areia com fartura. À tarde primos, campo, piscina de borracha e muita água para regar plantas, pés, t-shirts, barrigas e cabeças. Portou-se lindamente à mesa, distribuiu miminhos e foi muito muito feliz.

Tanto que não lhe sobrou energia para jantar.
Tanto que hoje teve dificuldade, pela primeira vez em muitos meses, em se separar do pai para ir para a escola.

Numa borbulha gigante coberta com creme

O meu filho vê uma «fiói munita» (flor bonita).

sexta-feira, junho 06, 2008

Já não quer

A colher. Quer um «gafo» e «paca». Dos nossos, não lhe dêem os de plástico, por favor! Voltámos, por isso, à mixordia total, comida por todo o lado e filho muito feliz.

O meu filho

Não sabe saltar. Devo preocupar-me?

quinta-feira, junho 05, 2008

Daria uma péssima professora

Sei porque me enervo, sou pouco paciente e tolerante. Mas não desisto. Ontem vi num programa um senhor que dizia que quando alguém não se importa se fazemos pouco ou fazemos muito é porque desistiu de nós. E se, ao contrário, está disposto a levar-nos ao limite é porque se importa e muito connosco. Pensei imediatamente na Inês que, coitada, atura os meus enervamentos quando chega a altura dos testes. Espero que ela um dia perceba que me importo tanto que não desisto, que insisto, com lágrimas às vezes, para lhe dar as ferramentas para que o mais cedo possível não precise de mim. E tenha todo o sucesso do mundo, claro.

quarta-feira, junho 04, 2008

Ontem

Em vez de ir às compras, fomos ao parque. Dificil foi tirá-lo de lá. Por ter levado um baldinho (esquecido na mala da escola) entreteve-se a encher o balde no bebedouro e a regar plantas e árvores nas imediações. «O bádi, o bádi...» gritava, quando tive de pegar nele para se vir embora. Foi, seguramente, uma meia hora de choro inconformado (suor, ranho e lágrimas) do parque até casa. Livra, que eles conseguem ser chatos!

Da feira do livro


Trouxemos este livro por sugestão de outra família mais experimentada nesta coisa dos livros. Depois de já ter procurado um livro apelativo para estimular a transição, este foi o primeiro e único a fazê-lo de forma divertida e simples.
O resumo diz assim: "Acabou-se a ida ao penico! O pequeno pintainho, que continua a usar o penico, depara-se com uma série de animais (uns mais simpáticos, outros mais assustadores) que ao longo desta história o incentivam a ser como os grandes... e usar a retrete!"
No fim um bónus a fazer as delícias do pequeno, carrega-se no autoclismo e ouve-se o som do mesmo na perfeição.

Quando acorda

Continua a dizer que tem medo do «tieio» (candeeiro) pequeno que tem na cómoda ao pé da cama. Logo a seguir acrescenta, como que em processo de auto-convencimento «tieio amico» (candeeiro amigo).

Há alguma coisa errada, ou sou só eu

Que sou particularmente esquisita? Ultimamento tenho tido o prazer de assistir a alguns ensaios de flauta da Inês (instrumento obrigatório no 5º ano, o que me parece bem). O que não me parece nada bem é, digamos, a partitura de referência. Ela aprende música aprendendo a tocar o tema do Titanic, celebrizado pela Celine Dion (yec).
É ou não é o abandalhamento total? Não se pede música erudita, mas a Celine Dion?

Credo!

segunda-feira, junho 02, 2008

Dilema de um fruit lover

Distinguir e escolher entre (al)péxes de mêpas (nesperas).

*Hoje vi-o percorrer a cozinha várias vezes para cá e para lá. Só depois percebi que andava a roubar uvas (por lavar).

Hoje

Encontrei-o no chão da sala, espojado, a chorar horrores (quando chora assim, fica todo encarnado, cheio de ranho e suado). Veio a correr fazer-me queixas. Parece que «a Margarida batê-me», por causa de um brinquedo que disputavam, acrescenta a auxiliar.
O meu filho é cheio de drama, haviam de ver. Só me consegui rir.

Fashion forward

Ontem vesti-lhe uns calções compridos. Fica o máximo claro. Fashion forward não porque sejam particularmente modernos (a roupa de rapaz consegue ter algum grau de modernice?) mas porque não tolero mais inverno/outono e exijo uma primavera/verão urgente. Nem que seja à força de vestir roupa própria da época.

(Sim, estamos um bocado viciados em project runaway.)

Agora deu em ter medos

De coisas tão parvas como uma concha, um candeeiro, uma mão de madeira que a minha mãe usa como modelo para pintar. Ok, concedo que uma mão de madeira caída de repente aos pés seja um bocado creepy, mas o resto não percebo.

sexta-feira, maio 30, 2008

Mais palavras

(plas)titina; tanetas (canetas); tianhos (desenhos); putóne (telefone); muiado (molhado) e tequinho (sequinho).

Viu-me

Conheceu-me e mais tarde disse que estava bonita. Como diz sempre aliás, porque ele é um querido e parece já conhecer a minha necessidade de reconhecimento (sou chata, chata). A sua meiguice já é imagem de marca na creche, onde distribui abraços às auxiliares, agora que os puxões de cabelos aos outros meninos vão sendo menos frequentes. É um doce com mau génio ocasional, o meu menino.

quinta-feira, maio 29, 2008

Photo update



Oceanário.

Já o estou a ver mais logo


A ter dificuldades em me reconhecer, e a ficar dias a fio a falar no (ca)pêuo que deixou de me cobrir os ombros.
Se outra razão não houvesse, cortar o cabelo no salão de um palácio, com um cabeleireiro vindo directamente de Paris, seria sempre uma experiência imperdível. Um cabeleireiro amoroso que, em francês, disse que era linda, que parecia uma actriz qualquer e que me estava a fazer um corte com personalidade (meio anos oitenta mas com muita classe). A imagem que o espelho me devolve confirma.

Sabem-me bem as mudanças. Há sempre uma certa nostalgia pelo cabelo que fica amontado no chão. E também um frio na barriga enquanto se diz «faça o que entender, dou-lhe liberdade criativa» (num francês macarrónico). Mas faz-me bem lembrar de vez em quando, mesmo com uma coisa pequena como um corte de cabelo, que o medo (de mudar) é o pior dos conselheiros.

segunda-feira, maio 26, 2008

Anda muito

Gozão. Muito mesmo. Finge, imita e brinca ao faz de conta. No sábado fomos converter em brinquedos os cheques prenda que vinham do Natal (pois), antes que acabasse o prazo. Do corredor cheio só quis uma coisa.
A peça que lhe faltava no seu, já grande, arsenal de limpeza. O mesmo que usa amiúde. Agarrou-o disse, é meu (inclusive à senhora da caixa) e não o largou mais. Agora, bom, bom, era a mãe deixar encher o balde com água para limpar o chão...

As segundas feiras

Custam mais. Por todos os motivos. Por mais anos que passem, nunca é bom voltar ao trabalho depois do fim-de-semana e depois de dois dias inteirinhos juntos (que correram bem) as saudades agigantam-se logo pela manhã.
É estranho sentir às vezes um cansaço tão grande que se anseia pela hora de dormir e de tudo ficar em silêncio (e isto acontece muitas vezes, confesso), e depois (no minuto a seguir) sentir saudades da voz e da energia do bebé.

sábado, maio 24, 2008

Falta de tempo

E, confesso, vontade, este espaço tem estado ao abandono. Não faltam episódios, experiências e até novidades, mas tem faltado o estímulo. Redimo-me com um flash de registos para memória futura.
1. A ida ao oceanário, um ano e pouco depois. Repete-se a novidade e o fascínio pode ser agora traduzido em palavrinhas. É de facto um lugar fascinante. Adorou a água corrente e em piscina, os peixes «gaaaangues» e outros pequeninos. Tentou senti-los quando se aproximaram do vidro e, sem dúvida, confirmou que é um lugar a revisitar sempre que possível.
2. O desfralde gradual avança a olhos vistos. Já abandonou o bacio e a sanita é visitada com frequência. Na escola também aderiu à nova rotina, embora nem sempre coincida a rotina com os seus ritmos. Noto que mesmo em relação aos chichis, ele está a cada dia mais atento. Fala em cocó e sinto que se referia ao chichi que acabou de fazer na fralda-cueca. Ou muito me engano ou chegamos ao final deste verão sem fralda.
3. No dia do meu aniversário registe-se o «tuto» (susto). Uma escultura de madeira que cai de uma prateleira, devido à bola jogada indevidamente no hall pela Inês. Chora ela e guincha ele. Aterrorizou-se. Resultado, acorda a falar nisso (caíu, muneco, lá de cima, tutou-se!) e durante um dia, enquanto os restos da dita estátua estavam em cima do ecoponto, só ia à cozinha acompanhado (por causa do «mêto»).
3.1 Ainda sobre o aniversário, encheu-me a alma ver tantos amigos a empanturrar a pizzaria do costume, para infelicidade de quem julgava ter uma tarde calma de serviço. O Lourenço apreciou particularmente o carreiro de «micas»(formigas) que percorria a janela.
4. Não diz os éles. Aliás é muito trapalhãozinho a falar. Tentamos que enrole a língua para dizer lua em vez de ua. E, incrivelmente, resultou. Diz um lua muito enrolado na perfeição.
5. À semelhança de outros meninos que conhecemos trata-nos pelo nome, especialmente o papá que virou a maioria das vezes «atónio».
6. Não pede desculpa pelas sapatadas que dá quando tem fúrias. Diz apenas «paxou? paxou?» e dá um «abaxo» muito sentido. É determinado, mas muito meigo este filho.

segunda-feira, maio 19, 2008

Mais palavras (que me fui lembrando)

Munhona (esfregona misturado com molhado); tuti (iogurte, one of my personal favorites); miácos (morangos); puta (fruta); mióia (meloa, his personal favorite, pois não gosta de a dividir com ninguém); pata-eca (fralda-cueca); miói (melhor).

sábado, maio 17, 2008

Palavras com graça (ou das coisas que se esquecem primeiro se não se escrever)

Pópóio (combóio); pupos (cubos); tatáio (contrário); ifo (livro); tieia (cadeira); tioi (aspirador); baxóia (vassoura); toutóia (tesoura); bieta (borboleta); mámeiros (bombeiros); caco (casaco); múquia (música); gangui (grande).

Muito à vontade com o caoui (calor), com o fio (frio); vaxio e cheio; em cima e atrás (em baixo é no chão, naturalmente).