quinta-feira, dezembro 23, 2010

Não há quem o convença

Vai-se ao espaço numa...

NAVE ESPECIAL.

(enfim, não deixa de ter razão...)

As festas de natal da Creche

São motivo de lágrimas e riso.
Lágrimas porque não há nada mais comovente do que crianças com menos de cinco anos, vestidas de forma ridícula, a gritar coisas imperceptíveis ao microfone e a dançar ao som de músicas de natal (não estou a ironizar, é mesmo comovente).
Riso porque ver as educadoras a fazer figuras ridículas é de fazer desmanchar a rir o mais sisudo.

terça-feira, dezembro 21, 2010

sete e meia da manhã

O filho cantarola no quarto. Os pais dormem com aquele ruído de fundo. De repente oiço o pai levantar-se de um salto e perguntar:
- Ele disse cocorococó ou quero fazer cocó?
-????

quarta-feira, dezembro 15, 2010

De certeza que foi em modo papagaio

Mas ontem dizia-me que não sei quem não sabia dizer a palavra respeito. E eu, e o que é o respeito? e ele continuou a sua conversa (não sei se respondendo à minha pergunta), devemos manter a tranquilidade mesmo nos momentos mais difíceis (???!!!???)

Pergunta: o que raio andam eles a ensaiar para a festa de natal?

No regresso a casa

- Olha mãe, olha ali a lua, está tão bonita, que linda. Gostava imenso de ir ao espaço.
- Para isso precisavas de um foguetão e de ser astronauta. E para ser astronauta é preciso estudar muiiiito.
(pausa)
- Então a Inês (prima que quando vem cá para casa é obrigada a estudar porque não se tem safado assim grande coisa na escola) vai ser astronauta, não é?

Era bom sinal era... mas não me parece :p

sábado, dezembro 11, 2010

Brinca aos médicos com o pai

- O senhor está doente, precisa de remédio. Vou ali buscar o trombocid*, 'tá bem?


*a memória (não) é curta quando se tem quatro anos.

quinta-feira, dezembro 09, 2010

Passamos por uma vivenda

- Ó mãe aquela casa tem imensas decorações! Tem luzes às cores, luzes na palmeira, um pai natal pendurado... É uma casa impressionante não é?

* isto é ele a convencer-me a comprar enfeites suficientes para que a nossa casa pareça um casino.

terça-feira, dezembro 07, 2010

Aprendeu só de ver fazer

A abrir um novo documento no paint.

(onde é que isto vai parar?)

domingo, dezembro 05, 2010

Se há coisa que me enche de orgulho

É ver o meu filho ser amigo (muito amigo até agora) dos filhos dos meus melhores amigos.
E que bem que eles se entendem (para o bem e para o mal infelizmente).

segunda-feira, novembro 29, 2010

Habemus...

... Árvore de Natal.

*O rapaz morria se não a fizessemos. E depois repete-se o cenário de sempre. Vai buscar um banquinho e senta-se lá ao pé a mirar as luzes. É um fascínio que não esmorece com os anos...

No centro comercial

Teve vergonha do pai natal. Não quis entrar na casinha e tal... mas depois arrependeu-se, quis voltar atrás. Já não temos tempo, por isso tento dissuadi-lo...

- Lourenço, achas que é o Pai Natal a sério?
- Não, é só um senhor ou uma senhora mascarados de Pai Natal.


A fantasia e credulidade tem limites. Até para uma criança de quatro anos. :)

segunda-feira, novembro 22, 2010

Tenho a dizer

Que foi um fim-de-semana pica-miolos.
É certo que uma gastroenterite (não muito grave) não ajudou. Mas tanto mau feitio é difícil de aturar.

(gosto particularmente quando as discussões evoluem para uma fase - sim, eu tenho altercações duríssimas com um miúdo de quatro anos e meio -, em que eu digo Lourenço tens de te controlar e ele responde, meio a chorar, meio a berrar, Não consigo!!! A birra não deixa...)

sexta-feira, novembro 12, 2010

Pedidos ao Pai Natal

- Uma pista de comboios e tubinhos de cola quente.

* o que vale é que é modesto...

quarta-feira, novembro 10, 2010

Ele as obras

-Ó mãe como é que os senhores que já morreram antes de nós faziam buracos?

Aponta para o pulso, parte interior

- Ó mãe aqui nas minhas raízes* o sangue é green ou red?

*e olhamos para o pulso e conseguimos imaginar umas raizes da árvore que cresce pelo braço acima.

terça-feira, novembro 09, 2010

Coisas que fazem as crianças felizes..

...desde sempre: um belo par de galochas*.

*e o que eu me lembro de querer levar as minhas para a escola e da minha mãe dizer: olha que isso faz suar muito dos pés...

terça-feira, novembro 02, 2010

Da mudança de hora

- Mãe sabes uma coisa?
- Não.
- Hoje na escola ficou de noite!

Gosta...

... de desenhar letras e formas no ar.

Em compensação entre domingo e segunda...

- Planetário e museu da marinha (o hangar com os galeotes e os hidro-avioes)
- Lanche e jantar com amigos
- cinema (ver filmes sem ser a 3d hoje em dia não é fácil...)
- uma hora de brincadeira nas bolas do IKEA (vou lá de propósito para isso - ele adora e é de borla)

Adorou cada bocadinho!

Ele

Deve estar tão habituado a uma vida social intensa que no sábado, depois de tomarmos banho e vestirmos de novo um pijama disse:
- Então e hoje, não vamos à casa de ninguém?

sexta-feira, outubro 29, 2010

O entretém favorito do momento

É o de desmontar e remontar a cadeira dele (do IKEA).

quarta-feira, outubro 20, 2010

Eu, os meus caracóis e o meu cacá


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Afinal o coração é grande

No outro dia quando acordou sai-se com esta:
-Mãe, afinal gosto de todas as pessoas menos cactos e abelhas porque picam.

;)

domingo, outubro 17, 2010

Anda um bocado obcecado com o Natal

Já lhe disse que ainda faltam mais de dois meses, mas ver decorações a serem montadas no centro comercial não ajuda...
Hoje quando as viu, os olhos brilharam e disse:
«Mãe, o Natal chegou!!!»

Por mim, óptimo, mais um mata-birras disponível no reportório (olha que os presentes são só para quem se porta bem/come tudo sozinho/não faz birras...)

Quando nós morrermos

Continuamos a ser rapazes?
(como?)
Sim, vamos ser sempre rapazes?
(epá, pensei: sinceramente não sei, dizem que os anjos não têm sexo, mas não disse nada, o after life continua a ser um mistério para mim)

Cresceu

E mudou (nalgumas coisas, que nas birras e na metralhadora de nãos continua mais ou menos na mesma).
-Gosta de desenhar e faz desenhos sentidos e com sentido.
-Entretém-se mais com os brinquedos, sobretudo com os legos e com as máquinas.
-Vê mais televisão, nunca precisei de controlar muito que nunca foi viciado, mas agora parece que sim.
-Interessa-se como nunca pelas coisas, estabelece relações, causalidades...
-Quer saber, escrever e contar.

De facto, não vale muito a pena abrir o mundo aos filhos (ou tentar forçar). Os filhos é que se abrem ao mundo, se e quando estão preparados. E para o Lourenço, aos quatro anos e meio, o mundo é definitivamente muito maior. E bonito.

O mundo é tão bonito...


Imagens de um dia feliz*.

*visita à «frábica»
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sábado, outubro 09, 2010

Ontem

Foi dia de relâmpagos e «turvões».

"Mãe, estivemos todos à janela e eu tive um bocadinho de medo..."

terça-feira, outubro 05, 2010

Ó mãe

Tenho saudades do pai Natal... blablabla... ele no ano passado nem me deu um beijinho!
(e o que é que vais pedir este ano?)
Uma grua.
(mas uma grua já tens...)
Não, uma grua para eu entrar e carregar nos botões e levantar coisas...
(mas isso é muito grande... errr... não cabe no trenó....errr... coitado do pai Natal...)
Ó mãe... claro que não vinha inteira... vinha desmontada, mãe...
...

God, ainda nem chegámos a Novembro...

Em tempo de Nobel

Se houvesse um para brinquedos o Lego merecia ganhar todos os anos.


* Ontem passámos definitivamente para os legos de crescidos e o sucesso é inacreditável. Se ele já gostava dos duplos agora encontrou-se num brinquedo que absolutamente adora.

** pronto também gosta de brincar com os sinais de trânsito miniatura e de tudo o que tem a ver com cola, tesoura e papel.

quarta-feira, setembro 29, 2010

Mãe,

Olha ali um «poste de atenção*»

*alta tensão

domingo, setembro 26, 2010

O Museu da Electricidade

Doravante será conhecido como a fábrica (ou frábica, que não há meio de acertar). Foi tão bom ou tão pouco que quando saiu disse:
- Mãe podemos cá vir todos os dias?

Hoje

Ao avistar o Tejo a caminho do Museu da Electricidade disse:
-Ai mãe, o mundo é tão bonito!

sábado, setembro 25, 2010

A vida dá umas cambalhotas

E a minha (nossa) também deu.

Chego tarde a casa, mas ele está acordado ainda, para me dar um beijinho.
No escuro do quarto diz-me baixinho:
-Mãe, não quero que sejas professora... (suspiro) quero que sejas só mamã...

(anda numa fase de profundo agarramento aos pais)

quinta-feira, setembro 16, 2010

Hoje a fazer pinturas

-Então não fazes uma pessoa?
-Não, isto é um país onde não há pessoas, só coisas.

*Na escola deparei-me com um desenho onde se desenhou a ele, enorme, e ao pai "a despejar o lixo na reciclagem".

Para complementar

Uma semana cheia de médicos, fomos forçados a ir à urgência (na véspera da consulta de dentista) porque o apareceu-lhe um derrame pequenino num olho, já de si castigado por uma inflamação alérgica há semanas.
Primeiro Estefânia, onde me garantiram pelo telefone haver urgências de oftalmologia. Era mentira não tinham.
A pediatra confirma pelo telefone que tem de ser visto é por um oftalmologista. Sugeriu os privados, por não ter a certeza se o aceitavam em Sta. Maria.
Já na Luz foi visto por uma pediatra e de assinalar só a reacção hilariante quando o Lourenço percebeu que ela estava grávida. Fico vermelho que nem um tomate e agarrou-se a mim cheio de vergonha (ele anda fascinado pela origem da vida, digamos). Depois seguimos para oftalmologia. Uma hora depois lá somos atendidos e, apesar de uma breve resistência inicial, ele portou-se lindamente, colaborou com tudo e até deixou que lhe enfiassem um cotonete no olho. Veredicto um pequeno corte feito possivelmente por uma unha (cortadas na véspera) enquanto coçava o olho. Remédio? Como não se pode por betadine nos olhos põe-se antibiótico.

Livra que ultimamente tudo lhe acontece!

Afinal

O dente que caiu não caiu devido a traumatismo. O que aliás é coerente com o facto de ninguém (em casa ou na escola) se lembrar de nenhuma queda aparatosa.
O dente caiu, disse o dentista (onde ele se portou lindamente), porque o Lourenço é o detentor de um dente de leite extra-numerário que fez com que o primeiro caísse*.
Ou seja, ele não é bem batráquio. É mais tubarão.

*pelo que pude perceber é um dente que a nascer vai ter de ser extraído, pelo que mais valia não te-lo. De qualquer forma é mais um sinal de que cá em casa, à excepção de moi même, só vivem aves raras.

Ora bem

-Ó mãe, antes de nascer onde é que estávamos? Estávamos morridos?

sábado, setembro 11, 2010

Aos quatro anos e quase meio

O Lourenço deixou as fraldas de noite, registando-se apenas dois acidentes até ao momento.
...

O Lourenço perdeu o dente da frente. Não porque tivesse de ser, mas porque algum traumatismo o fez abanar e perde-lo era uma questão de tempo, embora tivesse consulta marcada para a semana para justamente ver se fixavam o dente. Quis o destino que fosse na creche, na relva, e que eu não estivesse cá. Recebi a notícia por mms e fiquei agarrada ao telemóvel incrédula a pensar se não fui despiciente quando achei que podia esperar mais uns dias. Consolou-me uma colega, com um filho da mesma idade que só me disse «olha, o meu está sem o dente da frente já há um ano...»
Ainda mal me refiz do choque.

...

O Lourenço acorda com questões filosóficas todos os dias quase que nos obrigam a pensar quando o cérebro ainda está a dormir. Hoje perguntava-me se na verdade nós também éramos animais. Sim, somos animais racionais. Então as minhas mãos são patas. Errrrr here we go again...E assim começa o dia.

segunda-feira, setembro 06, 2010

Continua demasiado literal

De manhã ainda com sono o pai diz:
-Estás molinho é?
Ele apalpa-se e responde:
-Sim, não vês, estou molinho olha aqui.

As crianças e o sentido de oportunidade

Para a minha prima:
-Porque é que tens os dentes tão tortos?

No carro dos amigos:
-Este carro está «aimundo». Prometes que vais lavar o carro?

A nova mania é

Quando ralho começa a repetir ipsis verbis aquilo que eu digo e a contribuir para o aumento do meu nível de irritação. Até ao momento em que replico:
-Agora diz lá o que eu vou dizer: vais ficar de castigo uma semana sem ver nada no youtube.
É o repetes.


Ou então quando é contrariado sair-lhe entredentes a palavra porcalhota (o cúmulo do insulto para ele).

Ou, por último, virar-se para nós e dizer coisas do estilo: «eu faço-te sempre as vontades e tu estás sempre a dizer que não quando eu te peço alguma coisa!» e a minha favorita «vá controla a tua raiva!»

É um lindo espelho este rapaz (tirando o porcalhota, claro, que nunca me ouviu chamar a ninguém).

Fez uma birra imensa

Para ir à festa de aniversário no jardim zoológico. Não queria que eu não fosse. Esperneou, gritou, chorou, enfim, parecia o primeiro dia de escola.
Parece que demorou dois segundos a calar-se. Três para começar a apreciar.
À saída confessou:
-Aquilo afinal era muito divertido!*

(ai santa paciência... ainda bem que não cedi quando implorou que o levasse para o carro)

* Gostou dos bichos e das regas automáticas que davam para a piscina (vá lá entender os fascínios das crianças)

Como continua a insistir que corpo humano

É o mesmo que dizer corpo do mano. Lembrei-me de mais uma:

- E tu? Demoras nesta casa?

terça-feira, agosto 24, 2010

Um dos pontos altos das férias

Foi passar bem perto das éolicas e, top of the tops, por uma fábrica de electricidade a sério!

segunda-feira, agosto 23, 2010

Batráquio

E basicamente foi isto: piscina até ficar roxo de frio: mergulhos e pirolitos (que não há meio de se lembrar de fechar a boca quando mergulha ou nada...)

Das férias

Assistir à rega automática como se fossem desenhos animados na televisão.

domingo, agosto 22, 2010

Demasiado literal

- blablabla, ficas lindo de morrer...
-Vou morrer, mãe, é hoje mãe?
- Não Lourenço, que disparate!
...
- É amanhã, mãe?

(desisto)

Lourenço e os feitos das férias

Adormecer no sofá depois do jantar de pura exaustão e nadar sem braçadeiras.

Lourenço e as palavras-chave das férias

Descascar(-se)*, regas (automáticas) e incêndios. E como e porquê, e como e porquê, e como e porquê...


*para evitar que use os meus cremes ou outras substâncias digo que se descasca, e ele assimilou de tal maneira que passa a vida a dizer, se o proíbo de mexer em alguma coisa: vou-me descascar, mãe, vou?

quarta-feira, julho 28, 2010

É

Que eu estou muito agarrado a ti, não é mãe?

(ouve tudo, repete tudo)

Chinesinho

Tanto é o esforço em dizer os "Rs" que agora, sem querer, às vezes diz 'ablaço', 'plato' e outras que tais...

Gostos

Uns persistentes outros de época como a fruta.
Estive a mostrar-lhe no youtube o movimento de rotação da terra (e o de translação também, embora este seja mais complexo). Não percebia bem como era a terra que girava em volta do sol e tive de lhe mostrar. Disse "como o pai está em Sta. Maria, tens de ser tu!". Ficou contente. E este é um interesse persistente... perceber as coisas, como funcionam, do modo mais científico possível.
Agora o tema da semana são os incêndios. Como é que aparecem, aonde, etc. etc. Aliás, sentou-se em frente à televisão para ver as notícias sobre incêndios como se fossem desenhos animados e já ao deitar disse-me: "a minha cama não tem fogo? É que, sabes, estou preocupado..."

terça-feira, julho 13, 2010

E não é que à conta deste livro


Passou a ter medo das ondas. Diz que têm nariz e boca e ganhou-lhes um pó que só visto. Sendo assim mar só nas piscininhas. E não vale a pena falar das ondas boas, que ele só fixou as más.

Durante um episódio de birra

-És feia, bebé e porcalhota! diz a chorar e com raiva.

Viro-me para trás e abro-lhe os olhos de uma maneira que foi elucidativa do que ia fazer a seguir (arrastá-lo para o castigo). Começa a chorar ainda mais alto.

- Não estava a dizer a ti, era para a parede!!!

Exacto, vou fingir que acredito.

sexta-feira, julho 02, 2010

Ilustração 2

A luz ao final do dia. Brincadeira até cair para o lado.

Ilustração 1

Aprender a mergulhar de boca fechada!

quarta-feira, junho 30, 2010

Ouço-o chorar

Levanto os olhos do livro e diz-me:
-Ó mãe o menino diz que o céu vai cair... e eu não quero que ele caia!

(o miúdo, mais velho, estava numa de naves espaciais e discos voadores... e o Lourenço, enfim, ainda é muito literal.)

Mas ao princípio

Teve medo. Que tinha demasiada água a piscina, que as braçadeiras apertavam, que afinal já não gostava da «casa das férias». Foi até ao momento em que como quem não quer a coisa, ganhou confiança e nunca mais parou.

- Ó mãe, afinal já adoro a casa das férias!

(e adorou mesmo, alternar entre a piscina, o parque infantil, a bicicleta, os bichos e os amigos que fez, foi perfeito!)

Das micro férias

Valeu umas valentes gargalhadas:

Mergulha na piscina e volta a mergulhar, nada, mergulha e salta e pula. Sai-se com esta:
-Ó mãe eu «di» um «roto»! Não gosto de «rotos»

:)

quarta-feira, junho 16, 2010

Livro do momento

Partilhar é bom, dizem as fadas e nós concordamos!

"As nuvens às vezes caem, pai!"

"Não... a chuva é que cai!", diz o pai
"Não, quando saem os parafusos elas caem!"
"As nuvens não estão parafusadas, Lourenço!"
"Então como é que elas estão penduradas no céu, pai? Como?"


E agora como explicar que as nuvens flutuam porque são leves como os balões...

terça-feira, junho 15, 2010

Foi ontem

Tememos sempre aquele dia em que não tomamos todas as precauções, não temos mil olhos, não pensamos em tudo. Ou não vemos os perigos com eles ali mesmo à frente.

Andávamos no quarto à procura das aguarelas. Não as encontrava e aproveitei e arrumei umas caixas dele (limpar as tralhas que não correspondem àquela caixa - lá em casa é assim: cada caixa sua brincadeira). Ouço-o dizer: olha mãe lá em baixo há uma piscina! Olho para trás e vejo, aterrorizada, a janela aberta e escancarada (tinha sido o pai para arejar) e ele semi pendurado na janela a espreitar lá para baixo (moramos num 4º andar alto). Lanço-me imediatamente para ele, confuso pelo meu ar aflito, e arranco-o dali, aos puxões. Fecho a janela com as mãos a tremer e as lágrimas nos olhos a imaginar coisas que nem tenho coragem de escrever.

Tentei que compreendesse o perigo que tinha corrido (tu ficavas a chorar, mãe?), embora saiba que o erro foi meu que olhei para a janela e não a vi aberta. Logo eu que sou super cuidadosa com isso. Logo ontem que ele se lembrou de se empoleirar para ver melhor a piscina de borracha que os vizinhos montaram lá em baixo. E é assim que as tragédias acontecem: um filho destemido, um dia normal, uma excepção, uma distracção.

Lesson taken: JAMAIS DEIXAR AS JANELAS ABERTAS O SUFICIENTE PARA ELE SE EMPOLEIRAR. Os perigos estão literalmente à espreita.

Quando lhe dissemos que íamos lanchar

Ficou contente. E disse: lá na escola também lanchámos... não, primeiro almoçámos, depois fomos à casa de banho, fizemos xixi e lavámos as mãos e a cara, depois não havia papel e limpámos às calças (com gestos), depois fomos dormir, e depois acordámos e lanchámos. (e depois um esgar de desagrado) Lá na escola lanchamos poucas coisas... só duas!

Ah, está bem.

segunda-feira, junho 14, 2010

O nosso vizinho (colega dele da creche) tem um cão

É um cachorro igualzinho ao do anúncio scotex, lindo e fofinho. Desde que nos cruzámos no elevador e o vizinho proclamou com orgulho "eu sou dono" que o Lourenço quer visitá-lo (mesmo sem convite) e, adivinhe-se, quer um cão. Para quê? Porque também quer ser dono.
Isso é que era poder mandar em alguém...

Está gradualmente a desaparecer

o terrível mau hábito de levantar a mão quando é contrariado. Agora optou por rebater à nausea todo e qualquer argumento: insiste, confronta, resiste. Em suma, é um chato.
Às vezes dizemos-lhe mesmo: ai Lourenço és tão chato!!!
E ele responde (sempre, para não variar, quer ser sempre o dono da última palavra): Ó mãe, não se diz isso aos amigos!

sexta-feira, junho 11, 2010

Tempo de mudar

Já lá vão quase quatro anos de blogue.

quinta-feira, junho 10, 2010

Fomos comprar um livro

Sobre o CORPO HUMANO. Achámos um giríssimo, mas muito manuseado... Ficámos de procurar noutro lado. Prometi que muito em breve. Já no carro:
-Mãe, onde ficou o livro do corpo do mano?
-COR-PO HU-MA-NO
-Sim, corpo do mano!

lol!

segunda-feira, junho 07, 2010

Ora bem

Os morangos vêm do morangueiro, as maçãs também são um vegetal e vem da maçãzeira ...

- E os queques mãe, vêm de onde?

Hoje de manhã

- Ó mãe como é que nos descascamos?
-???
- Sim, como é que a pele está colada a nós?

(ó não, here we go again...)

Gosta de saber tudo

E não se fica com explicações fantasiosas. Ontem caminháva-mos em direcção a casa com o sol (e vento) de fim de tarde a bater na cara. Já tínhamos passado por um prédio cheio de andaimes (são maiores do que nós, mãe). Depois de em casa termos falado que as árvores crescem, sim senhora, mas não até ao céu (e porque é que param de crescer, mãe?) diz-me:
-Devem precisar de um escadote gigantesco os senhores...
-Como?
-Sim, um escadote gigante para poderem pintar o céu de azul. Como é que os selhores fazem, mãe, para conseguir pintar o céu?
- O céu não é pintado, ele é azul (e escapou-me a explicação científica, suponho que tenha a ver com os gases da atmosfera, mas não quis ir por aí).
Lá se ficou, felizmente, porque às vezes deixa-me mesmo sem argumentos, o que, diga-se, não é fácil.

terça-feira, junho 01, 2010

Festa

Vai haver uma festa no final do ano, o costume. Pessoalmente acho que perdem demasiado tempo com aquilo (e outras coisas), mas isso sou só eu a pensar, porque mais ninguém parece concordar comigo. Ontem quando cheguei à escola percebi que tinham estado a ensaiar. Já em casa, a propósito de não sei o quê o Lourenço diz assim:
- Eu sou uma árvore, mas eu queria ser o boi... (???)
De repente põe a mão na boca e diz:
-Ai que nós não podemos dizer aos pais!
(pronto lá se foi o segredo, porque percebi logo que vão fazer uma representação da história do coelhinho branco... e que o meu filho queria ser o boi - não o gato, não o cão, mas o boi ;))

segunda-feira, maio 31, 2010

Foi a uma visita de estudo

O Museu da Criança era o objectivo.
-Lourenço, do que é que gostaste mais?
-De andar de autocarro!

(até podia ter sido uma visita a lugar nenhum, portanto...)

Olhando para um anúncio da Caixa Geral

Onde aparece a Catarina Furtado comenta:
-Olha mãe, a senhora que cozinha*!

*Suponho que seja a Nigella Lawson, e pensando bem até que são parecidas. É muito observador...

sexta-feira, maio 28, 2010

Sabes mãe,

- Eu quando for crescido assim como tu vou casar!!!!
-Ai é? Com quem?
-Contigo e com o meu primo, com mais ninguém...

E eis se não quando


O diabrete-leva-me-constantemente-à-beira-da-loucura transforma-se num menino relativamente dócil, relativamente obediente*, substancialmente menos birrento. Bem me diziam que eram os quatro anos, mas a mim, sinceramente, até me custava a crer.

*Agora até me diz ó mãe, estou a obedecer, não estou mãe?

terça-feira, maio 18, 2010

Não faço ideia do que andam a falar lá na escola

Mas ontem disse isto:
- Um dia o papá vai-se embora desta casa e vem para cá outro senhor.
-O quê?
-Os meus amigos disseram...

Ainda de quando chegámos

Eu descansada na casa de banho e entra-me pela porta a dentro.
-Então?
-É que a Inês disse que me dava uma palmada a sério e eu não quero que ela faça isso.

segunda-feira, maio 17, 2010

Ele quer um mano

Vai daí disse-me para irmos comprar sementinhas.
A sociedade de consumo incorporada é o que é.

Perguntas de resposta complexa

Mãe, o que é namorar?*

*Claro que, respeitando o pequeno Édipo que há em todos os filhos, me perguntou se podia namorar comigo...

Quatro dias depois

Parece-me mais crescido. Espigadote e atrevido.
A melhor parte (tirando as muitas saudades e mimos trocados) foi ve-lo aos pulos em cima da cama a cantar, com falhas, a canção da vila moleza. Isso e a atirar-se para cima da cama a brincar ao «estou morrido».
Imperdível.

segunda-feira, maio 10, 2010

Hei-de pôr fotos

Mas eu e o Lourenço fizemos um elevador com uma caixa de um creme (tem cabos e tudo), e uma casa com uma caixa grande de papelão, com dois andares para o elevador subir e descer.
A grua serve de motor e assim se faz uma brincadeira brutalmente barata e engraçada que faz o filho feliz.
Claro que no fim ele disse: eu queria mesmo era um elevador grande a sério. Enfim.

Pode ter sido coincidência

Mas depois de instalar a luz de presença tivemos direito a uma sesta enorme (mais de duas horas) e a uma noite sem interrupções.

sábado, maio 08, 2010

Ele faz imensas birras

Mas:

- não se levanta da cama à noite (os rituais cumprem-se e tirando chamar para pedir beijinhos e copos de água a coisa funciona bem).

- come de tudo com gosto: adora pimentos padrão, se calhar um bocado de picante não se põe aos gritos (limita-se a emborcar um copo de água), come saladas (adora vinagre ao ponto de no fim querer beber o molho que sobra da taça da salada).

Ontem

A propósito da sobremesa (fruta com iogurte), contrariei-o em qualquer coisa dizendo que quem mandava era eu.
Desabafo dele logo de seguida:

- Ó mãe, mas não podes mandar em tudo!!!

Tudo nesta casa

É um braço de ferro. Com o Lourenço, entenda-se. Teimosia atrás de teimosia, desafio atrás de desafio, ataque de mau génio atrás de ataque de mau génio. Dizem-me que será uma fase, mas começo a desconfiar de que é mesmo mau feitio ou, como dizem outros, «personalidade».
O que quer que seja tira-nos do sério mais vezes do que as que gostaríamos.
Não leva a dele a avante, mas o custo são castigos, choros e tira-teimas.
Sobre isso tem ele a dizer que

-Sabes mãe, eu tenho aqui muitos nãos (aponta para a garganta)... estão sempre a querer sair. Olha agora estão a morder-me (abre a boca e aponta para a bochecha)!

segunda-feira, maio 03, 2010

Nos desenhos

Em que representa pessoas faz orelhas grandes. No seu interior faz umas pintas. «São porcarias, mãe», «?????», «mas estão escondidas!». Ah, muito melhor.

Tem dificuldade em localizar o local de onde saem os braços, mas gosta de pormenores como a cera dos ouvidos, as pestanas dos olhos e os sapatos. Não podem faltar sapatos aos bonecos.

Além de o privar de memórias

Não escrever só adensa as culpas. De não ter paciência suficiente, de me deixar enervar com os desafios constantes. De, às vezes, não o aceitar exactamente como é. Ou seja, regressada da festinha do dia da mãe, estou para aqui a remoer-me por me ter enervado porque ele não estava exactamente numa de fazer o trabalho que era suposto fazer. De isso ter quase dado origem a uma birra (em que começa com os não quero, não faço e por aí fora...). De ter desejado naquele momento que ele fosse como os outros que colaboravam alegremente e que se concentravam no que estavam a fazer.
Ou seja, de fazer e pensar tudo aquilo que considero errado.


* Foi um fim-de-semana difícil.
** Depois de acabar o tormento do trabalho, em que acabou por colaborar sem grande empenho, com intervalos para deitar a birra fora e reprimendas da educadora, lá estivemos a brincar e despedimo-nos com muitos beijos e abraços.

quarta-feira, abril 14, 2010

Cenário idílico

E antes de perguntar pelo castelo (porque é que não tem janelas, mãe?) diz logo muito contente, olha ali uma grua!

Reforçado o material para o estaleiro

Ou seja, uma festa e várias escavadoras e ferramentas depois...

Tenho um filho que dorme vigiado pela sua grua (guiua, que ele não diz os "r"s). E que quer vir depressa para casa para poder brincar com ela.

Ó mãe, é hoje que eu faço anos?

-Sim.
-Então os presentes são todos para mim!

1,2,3,

4 (anos)

quinta-feira, abril 08, 2010

Estava a falar no Skype

Ele estava na cozinha, silêncioso há demasiado tempo. Chamei-o.
- Lourenço, anda cá.
Quando apareceu, perguntei-lhe:
-Já estás a fazer alguma asneira, não?
- Tu (ou)viste mãe?
(Ainda não vejo através das paredes, mas para estar quieto é porque está a fazer alguma vilania. Desta vez decidiu espalhar cola de brilhantes na gaveta da máquina de lavar roupa. Vá lá que até ficou giro ;))

Desafiador

Na rua:
-Tu não mandas na rua!
-Ai não? Mando aonde?
-Em casa...
-Pois, mas estás com azar, porque eu não mando na rua, mas mando em ti, onde quer que estejas.

Pedro Grande


(nas férias)


- Ó mãe, diz ao primo para vir para o pé de mim.


- Porque é que ele não me dá um beijinho, diz a ele para vir para aqui um bocadinho...


-Quero ficar aqui ao pé do primo (à mesa).


(depois de virmos de férias)


-Porque é que o Pedro Grande não chama papá ao meu pai?


-O primo pode vir à minha escola brincar comigo? Eu prometi aos amigos... A Inês pode ficar na casa da Avó... ( sim, sim, um dia destes, quem sabe)


(hoje, assim que me vê)


- Já telefonaste ao primo para vir brincar comigo à minha escola?


Das mini-férias

-Ó mãe, porque é que já não estamos nas férias?*
* Terra, lama, areia, caminhadas, bichos, ovelhas, correrias, disparates, azedas, primos, amigos.

quinta-feira, março 25, 2010

Choramingão

Is my middle name.

terça-feira, março 23, 2010

Livros quase de certeza editados a pensar no Lourenço

*Ó mãe, compraste-me este livro porquê? Porque achei que ias gostar... Ó mãe eu adoro este livro, posso levar para a escola?

domingo, março 21, 2010

Estava a tomar um comprimido

Diz o Lourenço:

-Porque é que estás a tomar um comprimido? É para ficares robusta e forte?

sexta-feira, março 19, 2010

Sobre os trabalhos da creche

Acho que vou sugerir uma política a la Ikea

Trabalhos planos, sem grandes volumes, que dê para arrumar uns por cima dos outros, rentabilizando o espaço disponível. Tipo: desenhos.

Não sei como como é que vou guardar tanto trabalhinho manual feito pela educad... ooops, pelo Lourenço. Ainda só tem três anos e já tem duas caixas cheias.

Ontem ao jantar

- Mãe, isto está magnífico*!

* é para compensar os poças que está sempre a dizer quando refila entre dentes.

Cada um acredita naquilo que quer

Quando quase corre para a passadeira, ou quase se debruça num corrimão, alerto:

-Olha que depois não há mais Lourenço!
- Depois morro, mãe?
-Sim, não há mais Lourenço!
- E depois volto para a tua barriga?*

*Já chegou a perguntar-me: e depois, mãe, compras outro?

O fascínio do momento

São as fotos em que eu «tinha a barriga tão gorda».
Observa-as intrigado e pergunta insistentemente:
-Mas porque é que eu não nasci (ainda)?

Ou então pede:
-Mãe, posso cortar para ver por dentro?

segunda-feira, março 15, 2010

Perguntas inevitáveis

- Mãe, como é que o senhor está ali na televisão? Explica-me!

Mãe viste a estrela na caverna?

- Na caverna? Qual caverna?

- Estrela caverna mãe!

-Caverna, qual caverna, não estou a perceber!

- Ó mãe, estrela caverna, assim no céu!

-Ah, estrela cadente, queres tu dizer, estrela ca-den-te ....

(repeat after me)

terça-feira, março 09, 2010

Hoje (à mesa)

- Quem está doente* pode ir para o sofá!

*quando chegou a casa perguntou logo mãe, já passou a tua dor? ;)

Hoje

- Mãe, 'bora brincar aos quartos? Tu fazes uma birra e eu levo-te para o quarto, boa?

domingo, fevereiro 28, 2010

Mãe

-Como é que a água é líquida? Explica-me.
(o estado da água varia com a temperatura, quando fica muito frio fica gelo, quando fica muito quente fica vapor)

-Como é que se faz o creme? Explica-me!
(há uma fábrica muito grande, onde há máquinas e pessoas que juntam os materiais como se fosse um cozinhado só que não é para comer e depois põem no frasco, embalam e levam para a farmácia onde o fomos comprar)

-E como é que se fazem os aquecedores? Explica-me!
(também é numa fábrica, mas numa diferente, os senhores trazem os materiais, põe-nos nas formas, e depois montam com as suas ferramentas)

-E os meninos como é que se montam os meninos? Explica-me!
(lol*)

*os meninos não se montam, crescem....

terça-feira, fevereiro 23, 2010

Do dia dos namorados:

Ser amigo é:
  • dar beijinhos e abraços
  • não bater
  • não chamar feios* aos pais
*fico feliz por este ser, por enquanto, o mais feio dos insultos.

segunda-feira, fevereiro 22, 2010

Ao deitar

- Ó mãe, porque é que vocês ficam acordados?

Quando quer mais uma bolacha, um doce, uma fruta diz

- Ó mãe, a minha barriguinha está a pedir!

(não sou eu que sou guloso o que é que julgas)

Lourenço "trolha" Vilela

De martelo em punho, ele achava que era o Senhor Arranjador.

Não escrevo

Há imenso tempo. Justificações não tenho. Verdadeiramente impeditivas pelo menos. Aconteceu imensa coisa (doutorei-me, uma irmã a passar um momento menos bom, trabalho a rodos para não variar). Faltou-me a vontade, é isso, deu-me preguiça e com isso roubo-lhe recordações. O que não é justo, claro.
A nossa vida corre (literalmente) depressa. E ele cresce a olhos vistos, cada dia com mais perguntas e curiosidades. Cimenta as suas paixões (escavadoras, gruas, máquinas em geral). Delicia-nos com graças e massacra-nos com birras. Enfim, tudo normal.

Não me vou esquecer, porém, do que me disse na véspera da defesa. Eu disse-lhe que tinha de ir a um sítio mostrar a uns senhores que o meu livro estava bem feito. Olhou para mim (estava sentada na cama dele) e disse:

- Olha mãe, chegas lá e dizes aos senhores que és uma princesa*.

* percebi logo que só podia correr bem.

quarta-feira, fevereiro 03, 2010

Ando mesmo distraída

Tenho de lhe arranjar um fato de trolha a tempo do carnaval.

Nos próximos dias

O meu coração estará bem longe, lá na Alemanha, a aquecer quem precisa.

Está numa fase terrível

De birras atrás de birras. Mau génio e ataques de fúria. E, pelos vistos, na escola o comportamento também já viu melhores dias.
É nestas alturas que me pergunto mais vezes se estou a agir bem (sabendo que me tira do sério de uma forma que julgava não saber possível). Muitas vezes não estarei, mas em tudo isto, só uma certeza: não me verga. Pode chorar, espernear e gritar o quiser.

Para os próximos dias: stay cool and calm é o meu mantra

segunda-feira, fevereiro 01, 2010

Não há criança que não faça este erro

- Mãe, temos aqui um puglema!

* isso e o di, fazi, puzi...

terça-feira, janeiro 26, 2010

Manhas para pedir colo

Depois do «estou quase cansado...» e do «é para te dar miminhos» saiu-se com esta:

- Ó mãe, os meus pés não gostam de mim...
- Porquê?
- Porque não querem andar...

lol

Ó mãe

é que eu gosto tanto das obras!!

No carro, na conversa com a minha irmã

- Falem mais baixo que já me doi a cabeça*!

;)

* às vezes também nos manda falar mais baixo que quer dormir, logo a seguir a deitar.

Pediu um bolo de arroz

- Sabes quando eu era da tua idade também comia sempre um bolo de arroz.
-E arroz doce?
- Também. O meu pai é que gostava muito de arroz doce.
- Ele já morreu, não é (já lhe tinha dito uma vez...).
-Sim.
-Porquê?
- Olha, porque estava muito doente e já era velhinho...
- Porquê? Não secou o cabelo foi?

Atelier, guarda chuva e gruas de brincar

Foi assim o nosso fim de semana. Um atelier de música na Gulbenkian, com umas senhoras muito new age a cantar canções do mundo com voz fininha (sim, cantei em hebraico) e instrumentos de madeira para experimentar (melhor parte).
Trouxemos um guarda chuva da Gulbenkian, giro giro, logo agora que deixou de chover. Vá lá que o experimentou no sábado (foi um sarilho para o tirar da chuva e arrastá-lo para o alpendre).
No domingo foi o delírio total no Pavilhão do Conhecimento na companhia do primo. Já andava há uns tempos para lá ir e, na verdade, aquilo é perfeito para ele. Para além das experiências, tem a casa inacabada, um estaleiro em miniatura, com uma grua, tijolos, portagem, capacetes. Ficou tão histérico e feliz como nunca o tinha visto: deu pulinhos de felicidade e correu para lá esgueirando-se pela vedação. Só depois consegui convencê-lo a entrar pela porta. Lá ficou em construções mil, a operar a grua, a fazer muros e a dar ordens aos outros meninos de mão na cintura.
À saída, enquanto caminhávamos para o carro, pediu colo (costuma pedir, diz que está quase cansado). Desta vez disse (e devia ser verdade): «colo, mãe, doem-me as perninhas!»

quinta-feira, janeiro 21, 2010

Filho (ou como manter as coisas no seu devido lugar!)

- Que conselhos me dás para a apresentação de doutoramento?

- Doutor médico?

- Não, doutoramento.

- É dos dentes?

- Não, é uma coisa lá da universidade...

- Sporting?

(não, mas é lá perto...)

segunda-feira, janeiro 18, 2010

No outro dia

Pediu um beijinho aos pais, que foi dado na hora e ao mesmo tempo:
- Que lindos! Vou comprar uma grua a vocês, vou comprar três gruas, uma para a mamã, uma para o papá, e outra para mim!
- Ai vais? E como é que vais comprar, conta lá...
(pausa)
- Claro (que ele pronuncia como claio), que têm de vir comigo... Eu não consigo conduzir!

Antes de dormir

...
- sim, mãe, estava com as minhas colegas e os meus colegos.

:)

segunda-feira, janeiro 11, 2010

Do ritual de dormir

Além das histórias (duas por vezes), de pedir água, de chamar vinte vezes e não raras vezes se pôr com birras de última hora, fazem parte o chamar para dar abraços, dizer que gosta de mim (ou do pai) e/ou lemnbrar-nos que «ainda não te disse um segredo». O de ontem era:

- Vou dizer ao Pai Natal* que quero gosto de uma grua e uma Hello Kitty.

(como disse a Guida, vá lá que não pediu uma grua da Hello Kitty...)

*Anda triste com o desaparecimento das luzes das montras e dos enfeites de Natal... essa coisa de agora o Natal é só no fim do ano não lhe diz (naturalmente) nada.

Em casa dos amigos

Na casa de banho, sentado na sanita, fazendo um esgar de aborrecimento:

- Ai, estou aqui à horas (hóias, porque é trapalhão e não diz os «r's»)!

(ri-me da gracinha, claro, que engraçado, giro e fofo que é...)

- Vá, agora vai lá dizer às pessoas (pessoias)! (???!!!???)

(com que então as crianças são inocentes e ingénuas...)

quarta-feira, janeiro 06, 2010

For the record

A primeira vez no cinema foi domingo e o filme Planeta 51. A fixação com que viu o bee movie (ainda que só uma parte) fez-me crer que estava preparada.
Adorou as luzes, a televisão gigante, a companhia da vizinha (a quantidade de festinhas que lhe deu) e sobretudo, os sinais luminosos com as letras das filas. Gostou tanto destes últimos que a dada altura quis sentar-se nas escadas para lhes tocar como se fossem botões. Quis ir à casa de banho a meio e teve alguma dificuldade em manter-se sentado o tempo inteiro. Definitivamente ele não vidra com a televisão. Do filme lembra-se de algumas coisas, mas de facto o universo alienígena é ainda um conceito um bocado abstracto. Ele ainda se fixa nas coisas que conhece e domina (abelhas e flores é, nesse aspecto, um universo vagamente familiar).
A repetir, com melhores filmes espero.

Ó mãe

- Lembraste quando estava a chover brasil?
- Brasil?
-
Sim, chovia pedras de gelo e tudo!
- Ah, granizo, queres tu dizer, chovia GRA-NI-ZO.
(risos)
- Pois era mãe, é que já não me lembro... granizo.

(só não percebo a semelhança entre brasil e granizo, mas vá...)

Ano novo

Ainda sem idade para resoluções de ano novo, mantêm-se um rapaz de feitio difícil e obstinado. Mas tão terno e meigo que custa a crer que é o mesmo rapaz. As birras em que testa os limites (da paciência, entre outros limites) continuam, mas parece-me que começa a perceber que não tem lá muita sorte. Já lhe disse várias vezes (é melhor não repetir demasiado, porque não tarda nada começa a usar isso contra mim) que «não me hás de vergar!». E não verga mesmo. E, na verdade, apesar de não ser agradável, tenho sentido uma força enorme nessa resolução (que ele não me há de vergar dê lá por onde der). Enervo-me menos, aguento o embate, os ataques de fúria e as lágrimas com a serenidade possível e espero que lhe passe, mostrando com castigos que a vida não é como ele quer.
Por isso a frase que marca o seu final de ano é mesmo: «mas eu quero!». E a que marca o meu é: «quem manda aqui sou eu!»

A terminar o ano...

...era o caos no mundo da brincadeira e excitação!