segunda-feira, junho 30, 2008

Isto é mesmo ele

Gargalhadas fáceis.

Desde que passou um dia

Em casa doente que todos os dias diz que não quer ir à escola. Diz: cóia não. Achei estranho, claro, mas tentei não dar muita importância. Hoje repete, cóia não. Já tinha desconfiado que ele achava que ele ia para a escola e nós ficávamos em casa ou iamos passear ao parque ou à praia sem ele. Parece que é mesmo isso. Disse-lhe que o papá já tinha ido trabalhar e que, por isso, ele ia para a escola. Continuei dizendo que a Alice estava na escola e que o Pedro também, e até a Camila (mentirinha) também ia para a escola, enquanto os respectivos pais trabalhavam. Até eu tinha de trabalhar. Por isso ele ia para a escola.
Ficou em paz com a explicação. É para aprender que isto de apenas levar a chave de casa para o ir levar teve as suas consequências. Ele sabia que eu voltava para casa e não queria lá ficar.

Primos


Não falei aqui

Do bem que se portou num concerto de violinos (dos Violinhos, mais precisamente). Foi no solistício de Verão, num cenário fabuloso que é o Museu da Electricidade. Gostou muito da múquia, que é como ele diz música.
Valeu por um dia inteiro de birras e uma aula de natação frustrante em que se recusou a fazer quase tudo.

Identificando bichos num livro

Leão
Pópotamo
Quigui (tigre)
Giafa
...
Eu ajudo: Zê.... zê....zê...
Lourenço: Zê...zé mário!

Da festa da escola



O meu filho é um dos pequeninos que percorre o palco improvisado sem grande convicção, meio assarapantado. Portaram-se bem, alinhadinhos e sem lágrimas nem debandada. As lágrimas ficaram por conta dos pais, claro. Ele ainda só marcha, imagino quando cantar, dançar ou tocar algum instrumento.

quarta-feira, junho 25, 2008

Segundo dia

Em que, do nada, diz: cóia não. Não queio, queio pacasa (que é casa de quem ouve sempre vamos p'ra casa).
Só não ficou a chorar porque o aliciaram com o recreio. Para o que lhe haveria de dar.

Nomeando as cores

Dos objectos (camisolas de pijama, toalhas) enquanto estava sentado na sanita: ajui, banco, isto aquilo, até que (chegando ao sutiã esquecido no toalheiro) continua sem hesitar, maminhas. Está certo, mas era mais verde.

terça-feira, junho 24, 2008

Gosta de gozar comigo

Põe-se ele com ar maroto: mamã bola, mamã antónio, mamã avó, mamã o-que-estiver-no-alcance visual, até que diz mamã lia e eu fico muito contente e ele também.
Tento fazer o mesmo: Lourenço banheira... só que ele responde logo, não, não «enxo viéia»!

Do dia de hoje

Bate à mãe quando fica com os azeites depois do banho. Vinte minutos de castigo na cama, sem chucha, recusando-se a pedir desculpa (fui lá umas três vezes até que cedeu) e jantar todo comido sem fitas e todo amoroso. Parecia outro.
Na escola confirmam que anda meio avariado. É uma fase, espero que seja só uma fase. Até passar sejamos implacáveis, que eu não pretendo educar este moço com pinças para evitar birras. Nunca como agora me perguntei tanto se estaremos a agir bem, a fazer o correcto.
Ó mau génio.

Ao vê-lo fingir falar ao telefone

Percebo: que sou um bocado bruta a atender com um sonoro "tou!", dito assim de rajada, e que me despeço sempre da mesma maneira, com um «xau, bêjinhos».

Surpresa

Hoje acordou com a fralda seca!!!! Filho que é de alguém que tem alguma vergonha em confessar a idade em que largou as fraldas de noite, é um motivo de grande orgulho*.


*Está tudo a compor-se para tirar a fralda no verão. Terá de ser nas férias já que o infantário não me parece estar particularmente empenhado.

A fase

Já não são só as birras, é o desafiar constante (de mão em riste a ensaiar palmadas, pontapés ou cabeçadas - para o que lhe havia de dar), o consequente castigo, o choro interminável, o não querer ir para a escola (cóia não, disse logo de manhã), e o ficar lá a chorar.

Vem nos livros, é certo, mas para quem estava habituada ao bebé dócil, vê-lo transformado por súbitos ataques de mau humor e mau comportamento deixa-me mesmo desanimada.

quarta-feira, junho 18, 2008

Ainda assim é muito querido


Hoje

Tenho o Lou a dormir a sesta em casa. Causa: uma febre ontem à tarde ainda na escola, confirmada por um novo episódio febril de madrugada. Outros sintomas? Nenhuns. Aflige-me não poder trabalhar em condições, embora não possa garantir que na sua ausência seria mais produtiva. Pior é termos um dia só para nós e parte dele ser passado em birras que me tiram do sério. A natural falta de apetite não explica a choradeira ao almoço. Talvez fosse já o sono, não sei. Suspeito que a coisa correu logo mal quando não se quis sentar na cadeira dele. Daí em diante o descalabro. Resultado: sesta dormida em jejum (meninos sem comer provocam, qualquer um sabe, um desgaste especial nos pais).

terça-feira, junho 17, 2008

Para além

Do uso mais aprimorado dos verbos, que resulta em frases mais completas, noto que deu em usar os diminutivos. Principalmente quando ou quer alguma coisa que não deve ou tenta autorização para uma potencial asneira. Do tipo: pãozinho? Sim? (com uma carinha fofa forçada a acompanhar) ou Regai pantinhas (regar plantinhas)? Sim? Posso?.

Hoje

Foi muito feliz para a escola, levava a sua palmeira de plástico (à rua) - repetiu isto mil vezes para ter a certeza de que eu o deixava levá-la. Parece que assim que chegou andou a mostrá-la, orgulhoso, aos colegas: «óia, óia, málmeira!».

Tenho uma sobrinha

Que mora longe, tem outra nacionalidade e que até tem dificuldades com o português. Mas tem lá qualquer coisa de portuguesinha ou não fosse o peixe fresco e o marisco a sua verdadeira perdição. É muito meiga e sensível e nos seus 23 anos chorou mais lágrimas do que as que deveria chorar na vida inteira. Espero muito que lhe tenha passado a má fase. Ela vai precisar de toda a sua energia e alegria para o que aí vem.
Ainda me custa verbaliza-lo, mas o facto é que vou ser tia-avó.

segunda-feira, junho 16, 2008

Chega-me pelo telefone

A triste notícia da morte de uma prima, 26 anos acabados de fazer. Ela e a irmã faziam um duo semelhante a mim e à minha irmã, uma loira e outra morena, o que desde cedo fez com que fossem comparadas a nós. Não que estivesse entre os mais próximos, mas uma tamanha injustiça e crueldade nunca deixa de fazer mossa. Doi(-me) particularmente a ideia de que não poderemos, jamais, proteger os nossos filhos de tudo.
Deixo em draft o post que, antes deste, tinha escrito para partilhar uma boa notícia.
Hoje o (meu) pensamento fica para quem parte.

No jardim aqui ao pé de casa

Estava uma menina que trouxe brinquedos (comidas e tachos). Ele fixou-se na mini varinha mágica. Fartou-se de fazer «pôpa» e depois de a passar toda, não se esquecia de bater ligeiramente na borda do tacho para tirar os restinhos da varinha. Tal e qual como eu faço.

Brincadeiras

Pergunta se queremos «boio (bolo), sim?» do balde iaranja ou do vêdi?, diz toma, nós comemos, depois pergunta se quermos «mais, sim?» e nós queremos claro. Fica que tempos nisto.

domingo, junho 15, 2008

Anda

Todo papá. Agarra-se a ele e diz muito sério, afastando-me: «é meu... meu papá!»

Para que não se pense

Que ele é só coisas giras, meiguices e afins registe-se o facto de nesta fase (espero que muito passageira) ele andar um verdadeiro chato. Choraminga que se farta por tudo e por nada, principalmente quando é contrariado. Anda outra vez com a mão muito leve e por isso fica de castigo de vez em quando, o que o faz chorar ainda mais.
Exemplo: se o iogurte não é disposto lá com a colher que ele quer e se por algum motivo lhe dá a veneta começa com um interminável (chorando, claro): não quéio, chora, grita pelo (io)tuti, dou-lhe o iogurte, não quéio afastando, chora, grita pelo (io) tuti, and on and on.

Chora ele e bufo eu.

quinta-feira, junho 12, 2008

E quem é que o convence

que os golos não são do Sporting, mas sim de Portugal?

quarta-feira, junho 11, 2008

Pudesse

Ele passar os dias assim. De manhã praia, água e areia com fartura. À tarde primos, campo, piscina de borracha e muita água para regar plantas, pés, t-shirts, barrigas e cabeças. Portou-se lindamente à mesa, distribuiu miminhos e foi muito muito feliz.

Tanto que não lhe sobrou energia para jantar.
Tanto que hoje teve dificuldade, pela primeira vez em muitos meses, em se separar do pai para ir para a escola.

Numa borbulha gigante coberta com creme

O meu filho vê uma «fiói munita» (flor bonita).

sexta-feira, junho 06, 2008

Já não quer

A colher. Quer um «gafo» e «paca». Dos nossos, não lhe dêem os de plástico, por favor! Voltámos, por isso, à mixordia total, comida por todo o lado e filho muito feliz.

O meu filho

Não sabe saltar. Devo preocupar-me?

quinta-feira, junho 05, 2008

Daria uma péssima professora

Sei porque me enervo, sou pouco paciente e tolerante. Mas não desisto. Ontem vi num programa um senhor que dizia que quando alguém não se importa se fazemos pouco ou fazemos muito é porque desistiu de nós. E se, ao contrário, está disposto a levar-nos ao limite é porque se importa e muito connosco. Pensei imediatamente na Inês que, coitada, atura os meus enervamentos quando chega a altura dos testes. Espero que ela um dia perceba que me importo tanto que não desisto, que insisto, com lágrimas às vezes, para lhe dar as ferramentas para que o mais cedo possível não precise de mim. E tenha todo o sucesso do mundo, claro.

quarta-feira, junho 04, 2008

Ontem

Em vez de ir às compras, fomos ao parque. Dificil foi tirá-lo de lá. Por ter levado um baldinho (esquecido na mala da escola) entreteve-se a encher o balde no bebedouro e a regar plantas e árvores nas imediações. «O bádi, o bádi...» gritava, quando tive de pegar nele para se vir embora. Foi, seguramente, uma meia hora de choro inconformado (suor, ranho e lágrimas) do parque até casa. Livra, que eles conseguem ser chatos!

Da feira do livro


Trouxemos este livro por sugestão de outra família mais experimentada nesta coisa dos livros. Depois de já ter procurado um livro apelativo para estimular a transição, este foi o primeiro e único a fazê-lo de forma divertida e simples.
O resumo diz assim: "Acabou-se a ida ao penico! O pequeno pintainho, que continua a usar o penico, depara-se com uma série de animais (uns mais simpáticos, outros mais assustadores) que ao longo desta história o incentivam a ser como os grandes... e usar a retrete!"
No fim um bónus a fazer as delícias do pequeno, carrega-se no autoclismo e ouve-se o som do mesmo na perfeição.

Quando acorda

Continua a dizer que tem medo do «tieio» (candeeiro) pequeno que tem na cómoda ao pé da cama. Logo a seguir acrescenta, como que em processo de auto-convencimento «tieio amico» (candeeiro amigo).

Há alguma coisa errada, ou sou só eu

Que sou particularmente esquisita? Ultimamento tenho tido o prazer de assistir a alguns ensaios de flauta da Inês (instrumento obrigatório no 5º ano, o que me parece bem). O que não me parece nada bem é, digamos, a partitura de referência. Ela aprende música aprendendo a tocar o tema do Titanic, celebrizado pela Celine Dion (yec).
É ou não é o abandalhamento total? Não se pede música erudita, mas a Celine Dion?

Credo!

segunda-feira, junho 02, 2008

Dilema de um fruit lover

Distinguir e escolher entre (al)péxes de mêpas (nesperas).

*Hoje vi-o percorrer a cozinha várias vezes para cá e para lá. Só depois percebi que andava a roubar uvas (por lavar).

Hoje

Encontrei-o no chão da sala, espojado, a chorar horrores (quando chora assim, fica todo encarnado, cheio de ranho e suado). Veio a correr fazer-me queixas. Parece que «a Margarida batê-me», por causa de um brinquedo que disputavam, acrescenta a auxiliar.
O meu filho é cheio de drama, haviam de ver. Só me consegui rir.

Fashion forward

Ontem vesti-lhe uns calções compridos. Fica o máximo claro. Fashion forward não porque sejam particularmente modernos (a roupa de rapaz consegue ter algum grau de modernice?) mas porque não tolero mais inverno/outono e exijo uma primavera/verão urgente. Nem que seja à força de vestir roupa própria da época.

(Sim, estamos um bocado viciados em project runaway.)

Agora deu em ter medos

De coisas tão parvas como uma concha, um candeeiro, uma mão de madeira que a minha mãe usa como modelo para pintar. Ok, concedo que uma mão de madeira caída de repente aos pés seja um bocado creepy, mas o resto não percebo.