segunda-feira, julho 29, 2013

Pitu em imagens

O Lourenço

A quem se eu peço para trazer um prato da sala para a cozinha mostra enfado, dando azo a refilice, é a criança que, na escola, gosta: de varrer, de ajudar na pré, de ajudar na cantina, qualquer tarefa que implique ajudar.

Vá lá entende-lo.

Lou

O Lourenço, já tenho escrito aqui, é um miúdo difícil. Desafiador até dizer chega, não gosta de regras nem de obedecer. Chato isto, heim?
Mas há que reconhecer que, apesar das crises, tem evoluído. Tem crescido. Não foi um aluno brilhante no 1º ano, mas vê-se que é esperto e curioso (sabe imensas coisas que não faço ideia onde aprende). Falta-lhe é a paciência para a minúcia da caligrafia e da aprendizagem lenta e por fases, a concentração para os trabalhos escolares, os nervos e raivas que é preciso controlar. Mas até nisto noto-o melhor.
Dito isto, os castigos são frequentes cá em casa. Mas reconheço que fazem efeito e que, aos poucos, ele vai encarreirando. Sempre com desvios, tentando sair dos carris, mas seguindo caminho.


A ausência de escritos

Não está  relacionada com ausência de momentos dignos de registo.
Aliás, é com frequência que digo para mim mesma, tenho de registar isto, porque senão vou-me esquecer. Como o hábito que a menina Laura tem de recusar calçar sapatos, e a fona com que vai buscar os seus sapatos cor-de-rosa e pede "calxa, calxa". O facto de gostar de arrumar os sapatos (papos) que ela desarruma. Ou a enormidade de coisas que diz, a facilidade com que se explica através do verbo. Ou o facto de nos chamar pelo nome e pelo parentesco (é uma ternurinha ouvi-la chamar pelo maum ou pelo ênxo). Ou do seu amor pelo primo Pedro a que já chamou de pêpo e agora de pêdlo, assim mesmo. Ah, não me posso esquecer que sábado comeu a comida toda so-zi-nha, à excepção das últimas três colheres de sopa. Achei fantástico. O facto de nos imitar em tudo, nos gestos e nos hábitos, revelando imenso sentido de observação. Não quero esquecer-me nunca de como diz água: arla (bebe tanta meu deus!). Adora a mota do pai e todas as motas por sinal, chama-lhe bota, e não há quem a convença a mudar para o éme. Até o facto de ser uma alpinista e coleccionadora de galos na cabeça (escala tudo, empoleira-se em todo o lado) tem graça. Queria, sobretudo, guardar os abracinhos com palmadinhas nas costas para sempre.
Só (Já?) tem 16 meses este nosso doce.
Um bem haja para ti, Laurinha.

domingo, julho 14, 2013