domingo, janeiro 28, 2007

No ano passado


Estava um Janeiro muito frio. Mas o Lourenço na barriga poupou-me alguns arrepios (embora não tantos como eu pensava). Fazia muito frio aqui quando partimos para lá. E há um gostinho muito especial em apreciar um dia de praia quando sabemos estar muito frio na nossa latitude.
São muitas as saudades desses banhos de mar.

Não tarda nada anda.

Passinhos (in)seguros agarrado ao andador. É deslumbrante.

On being a mother

Desde o dia 1 que das coisas mais difícieis de discernir, no que respeitas às milhentas decisões que se tomam a toda a hora acerca do bebé, é o número de peças de roupa a vestir à criatura. Temo torná-lo como eu, um friorento visceral. A maior parte do tempo, a menos que o termómetro suba acima dos 35º, eu tenho frio. Um frio que vem das entranhas. Por estes dias, abstenho-me de fazer qualquer comentário. Há momentos de um sofrimento atroz, como sentir os pés frios dentro das meias de lã quando me deito. Nada a fazer. Dizia eu que não o queria tornar como eu, sempre me fez impressão ver crianças atabafadas, mas já aconteceu dar com ele suadinho, ou seja, cheio de calor. É, por isso, muito difícil saber se terá frio ou calor. Tem feito frio... muito frio mesmo. E suspeito que o deixei passar frio de noite. E que isso o fez acordar mais vezes. Mea culpa. Desde esse dia dorme com dois babygrows por cima do body, com uma camisola polar a rematar. Ele que sue (não tem suado, apesar de tudo), mas frio não há-de passar.

segunda-feira, janeiro 22, 2007

É o último, prometo

São o meu coração.

No fim de semana...


Enquanto o primo brilhava como planeta Terra na peça de teatro da escola, o Lourenço percorria os mesmos passos (embora de gatas) que a prima trilhou, há já alguns valentes anos. Um espaço tão familiar para mim que tantas vezes a fui buscar ali, no fim de mais um dia de escola.

Saudades, por um lado. Alegria por ver o gatinhador feliz nos mesmos lugares, por outro.

Bolas...


...no buraco (de cima, sucesso em 90% das tentativas).

O nosso primeiro jogo de encaixe. Antes de pôr a bola no sítio, uma moridela. Aliás o meu filho assemelha-se por estes dias a uma miríade de bichos... ora roedor, ora enguia, ora pulga. Não pára nunca. O que é óptimo para ele, um bocadinho pior para quem não faz mais nada do que andar atrás dele.

Tem-tem

e.g. manter-se em pé, sem apoio, por longos segundos. Fruto de pura distracção ou entusiasmo, rapidamente corrigido com um ar espantado e uma mão oportunamente poisada na superfície mais próxima. Novidade para pai, que nunca tinha ouvido falar de tal coisa, e para bebé que de repente deu em fazer essas coisas estranhas.

Passou uma semana

E para variar aconteceu muita coisa. Não proclamo como achei que faria o início das noites completamente inteiras, passo a redundância. Foram duas, ou terão sido três, as noites dormidas das 9 às 8. Falso alarme. Temos acordado de madrugada pelas quatro, cinco e seis da manhã. Cede-se facilmente ao leite. Pudera. A continuar assim, voltamos ao leite da meia-noite. Até hoje a melhor garantia de oito horas de sono seguido. Como se diz, em equipa que ganha não se mexe.

Ao alinhar fotos

Para preencher o álbum de bebé menos mau que encontrei (depois de perceber que tão cedo não tenho tempo para encher o álbum personalizado que comprámos pouco tempo depois dele nascer) concluo que não sou especialmente talhada para este tipo de tarefas. Falta-me a paciência. E o tempo, é verdade. Cada minuto a mais gasto aqui é minuto a menos gasto a fazer as inúmeras tarefas que me consomem os dias.
Ao mesmo tempo roubo-lhe, de certa maneira claro, a memória precisa dos primeiros tempos.
Hei-de arrepender-me, eu sei, mas a culpa é do frémito das obrigações sucessivas. O peso dos prazos não me dão margem de manobra. Mas ele há-de perceber. Espero.

quarta-feira, janeiro 10, 2007

Para memória futura

Foi a Alice, com o seu sentido prático e rápido, que atribuiu o primeiro petit nom ao Lourenço (o que não é fácil, o bebé já leva nove meses e nunca conseguimos). Não garanto que o vá adoptar, mas que fique registado: em alicês o Lourenço é o xenxo. Assim mesmo.

Despojos do Natal ou o tempo passa mesmo a correr...

Montar a árvore com um bebé que ainda não se senta sozinho e
desmontá-la com o bebé em pé, a observar a agitação.

Às vezes é mesmo difícil apanhá-lo...


a. k. a. Pepe rápido

Neste mês

Também descobriu o indicador. Passa o dia de dedo espetado a explorar micro superfícies, buracos, cotões, botões, etc. Já tentou as tomadas, mas antevendo as curiosidades já tínhamos dado conta delas há umas semanas. É certo que lhe falta a luz no dedo, e sem dúvida que é mais bonito, mas lá que lembra, lembra...

«ET phone home, ET phone home!»

Nove meses!

Esta é uma data importante: a partir de hoje vai começar a somar mais dias fora do que dentro da barriga.
O nono mês foi um mês de grandes conquistas. Sentar-se, gatinhar, pôr-se em pé, explorar tudo ainda com mais afinco. Primeiras experiências com as sílabas (estou renitente a anunciar o uso de palavras...). Denuncia cada vez mais um feitio dócil, mas com ginetes. Muita obstinação. Que o diga o dvd e a tv box. Não falha. Apesar disso gosta de brinquedos: primeiro prémio para o andador da chicco que faz as delícias do pequeno, em todas as modalidades possíveis. Até de pernas para o ar: não faz mal, sempre se dá uma roedela nas rodas.



Foi também o mês do primeiro acidente doméstico. Sem saber como (nunca se sabe como) caiu da cadeira de comer. Suspeito que o sentei mal deixando o pé\mola por baixo do rabo, permitindo que se levantasse durante os trinta segundos em que o pai foi à despensa buscar um potinho de fruta. Do episódio, além da adrenalina que me fez tremer as mãos durante horas, não sobraram nem galos, nem mossas felizmente. A lição essa ficou bem (a)prendida de hoje em diante.

Parece que dorme melhor estes dias, apesar de ontem ter decidido que entre as cinco e as seis era hora de se pôr em pé na cama em loop contínuo, para mal do meu sono claro está.
Temos carta verde para novas experiências alimentares: o peixe engolido com satisfação iniciou uma nova era.

terça-feira, janeiro 02, 2007

Tenho a certeza

Que vou achar que diz palavras pela primeira vez muitas vezes. Assim como se fossem falsos arranques... Já anunciei aqui um ou dois, se bem me lembro. Um excesso de entusiasmo ao vê-lo balbuciar sílabas, com mais sentido para nós do que para ele certamente. Afinal tem apenas quase nove meses.
Depois de um tempo mais concentrado a mexer-se do que a palrar, desde ontem que voltámos ao bla-bla-bla de antigamente. A oscilar entre o «ba» e o «pa». Em loop quase contínuo. À noite, demorou mais do que o costume a adormecer depois do leite. Agora custa-lhe mais resignar-se apenas a dormir . Às tantas já só queria brincadeira e nem o «Era uma vez o rei...», a cantilena de embalar mais eficaz desde a nascença, estava a resultar. Chamei o pai pelo intercomunicador, assim baixinho. Ele chegou e pegou-lhe ao colo. Ele olhou para ele fixamente, tirou a chucha e de disse «pápá», enfiou a de novo a chucha e encostou-se. Senão foi uma primeira palavra, pareceu. O que para mim vai dar ao mesmo.

São este tipo de coisas que eu não posso deixar de registar. Para memória futura.

2007


Começou na companhia de amigos grandes e pequenos. O Lourenço acordou a minutos da hora do champanhe. E assim entrou o ano connosco. Bem disposto como sempre, apesar dos olhos ensonados. A três pela primeira vez. Para relembrar (como se alguma vez me esquecesse) que a vida é agora irreversivelmente mais completa.

Se os posts se sucedessem

À velocidade das novidades, não fazia mais nada... As últimas duas ou três semanas têm sido um frenesim de evoluções e progressos. Sublinho especialmente a ideia de velocidade, pois foi uma das conquistas. Faz talvez as mesmas coisas mas a uma velocidade alucinante. O gatinhar de perna alçada, a velocidade com que chega ao DVD e à TVBox (mesmo em casa alheia), com que se põe em pé agarrado ao brinquedo que lhe oferecemos (excelente presente... não quer outra coisa sem ser o seu andador da chicco), com que abana os braços de felicidade...



Todos os dias penso, tenho de registar isto, tenho de registar aquilo senão esqueço-me, mas a este ritmo não consigo. Ainda bem...