sábado, dezembro 26, 2009

Pinheiro update

O tipo está depenado, as folhas caem que nem tordos e não sei se reguei demais ou de menos. Com as pessoas a passar estes dias então, foi o descalabro. No outro dia até lacrimejei, achando que estava a matar a árvore.
Esta experiência talvez tenha sido uma forma de dizer que a minha vocação é mesmo cuidar de pinheiro de plástico.
Agora é fazer um countdown até dia 7 (data da devolução do dito).

Skiping in.

O skype e as webcams permitiram que partilhássemos um pouco da consoada com parte da família sedeada na Alemanha (o sobrinho neto fez ontem um ano!). A neve que o Lourenço tanta esperança tinha de ver chegar com o Natal (Ó mãe, no Natal neva...!) lá apareceu por via do ecrã, segura nas mãos das tias (ó mãe, afinal parece gelo!).
Depois, tendo o Pai Natal já passado por lá, disseram ao Lourenço que o tinham mandado directo para cá. Assim se estabeleceram pontes sobre os milhares de quilometros que nos mantém afastados nesta época (em que nos custa especialmente a distância).

Enfiou

O dedo no pacote do açúcar. Lambeu e disse:

-Mãe, este sal é bué* da bom!

*palavra recorrente em expressões como bué da avariado, bué da fixe e quejandos.

O pai natal é mesmo meu amigo.

A véspera de Natal foi passada em constante birra com intervalo para a sesta. A excitação é demasiada, mas a fase é de afirmação extrema da personalidade, pelo que a primeira coisa que lhe sai da boca é sempre um rotundo não. Enfim, lá foi ajudando aqui e ali, sempre à espera do Pai Natal que «estava a demorar muito imenso tempo».
Chegada a hora, deixámos os sacos lá fora e tocámos à campainha. Ele foi abrir e a cara dele de espanto é indescritível. Sem surpresa, o que gostou mais foi da retro-escavadora que valeu pulinhos de alegria e um sentido «o pai Natal é mesmo meu amigo!». Na verdade aquilo tinha-lhe bastado. Nem ao cilindro ligou muito. Desde então que dorme agarradinho à pá da escavadora (cada miúdo a sua mania).
De resto tem brincado com tudo: divide o seu tempo pelas brincadeiras e diga-se de passagem que com o Natal, tem agora uma autêntica frota de veículos para obras, de várias escalas e qualidades. Assim uma espécie de Soares da Costa caseira ou assim.
No dia de Natal, já com a presença dos primos e da Daniela tive o gosto de os ver brincar os quatro à mesma coisa. Com idades que vão dos três aos doze não deixa de ser obra.

segunda-feira, dezembro 21, 2009

Boas Festas em cantorias


* É o melhor que se consegue de um miúdo gozão que gosta de provocar e que está naquela fase bastante parva em que qualquer elemento escatológico é tido como uma piada.

quarta-feira, dezembro 16, 2009

Carinha marota

Em dia de galo gordo. Gostou tanto que desde então não canta outra coisa. Ao princípio teve vergonha de bater palmas(!?) mas depois lá relaxou e apreciou. Ele e o amigo Pedro pareciam ligados à electricidade, mas também aí nada de novo.
Sempre que ouve o cd lembra-se do senhor cantor e reconhece as canções que ouviu no teatro. Lembrava-se inclusivamente que o músico tinha calças brancas, coisa que confirmei depois nas fotos.
É um observador*.

* Num livro perguntou imediatamente porque é que numa página a vela de um barco estava levantada, e na seguinte não estava. Tive de ir ver, porque apesar de ser o livro do momento (O sapo é um herói) nunca tinha reparado.

Entretém favorito

Ver escavadoras, máquinas do alcatrão e cilindros no Youtube.

Ainda no Centro Comercial

A primeira interacção com um Pai Natal (diga-se de passagem que o deixou desconfiado, aquelas barbas não lhe pareceram verdadeiras, suspeito).

Entrou na casinha, só se enrolou nas minhas pernas moderadamente. O Pai Natal quis interagir com ele cumprimentando-o e dando a mão para um passou bem.
-Olá, como te chamas blablabla, dá cá um passou bem.

(pausa e olhar desconfiado do Lourenço para a mão enluvada)

-Não, está suja.

(e não é que estava imunda de tintas que os miudos levam dos desenhos que estiveram a fazer cá fora?)

O Lourenço

Não liga muito à roupa. Não pede coisas especiais, não faz fitas com o que escolhemos, com excepção raras em relação às cuecas das escavadoras ou do faísca. Constatando que lhe sobrava apenas um par de sapatos que lhe servisse (dos dois que estavam a uso) fomos comprar uns, já adivinhando que seria uma fita porque ele não gosta de coisas novas.
Na loja escolho dois ou três pares para ele experimentar. Ele olha para uns (os mais giros por acaso) e diz:
- Mãe isso são umas botas?
-São, por acaso são?
- Posso levar? O Gonçalo tem umas botas e eu também quero.
(?????)
-Tens de experimentar.
Experimentou e já nem quis tirar. Ficou tão orgulhoso e vaidoso! Noutra loja tentei comprar uns ténis, mas nem pensar em tirar as suas botas para experimentar os ténis, gritou-me imediatamente:
-Eu quero estes, eu levo estes, eu só quero estes!

No parque de estacionamento

- Ó mãe conduzes tão bem!
-O quê?
-Conduzes bem, assim com as rodas a rodar...

(pronto, está bem!)

Faz demasiado tempo

Que não escrevo. Logo agora que está tão engraçado, sempre com observações oportunas e surpreendentes. Também anda birrento e maniento, mas isso já é costume.
Canta imenso, pergunta tudo, anda fascinado com o Natal. Está verdadeiramente crescido o que é bom, mas assustador. Já pouco resta do bebé Lourenço.
Repete muito, para nosso prazer:
«Gosto muito de ti. És linda!».

terça-feira, dezembro 01, 2009

Não sei se não acabei

Por comprar o maior pinheiro que lá havia. É que, olhando agora para ele já montado, vejo como é mesmo grande e volumoso.
Tudo isto porque, inspirada pela Ana Rute, fui comprar um pinheiro verdadeiro ao IKEA, com a promessa de que será replantado. Mas quase desisti. Não fosse o entusiasmo do pequeno, meu companheiro nas aventuras de fim de tarde, juro que desistia. Eram pesadíssimos, picavam e estavam numas caixas com outros por cima. Logo se esvaiu o espírito natalício. Na verdade, não percebo nada de pinheiros. Não sei como ver se são bons, se estão bons, como é que devem parecer. Ideia peregrina portanto. Como não sou de desistir, lá comprei, praguejando entredentes, e trouxe-o a custo para casa. Os transtornos causados pelo pinheiro não ficam, porém, por aqui.
Com a excitação de fazer a árvore, o Lourenço acordou mais cedo hoje (note to self: nunca anunciar programas para o dia seguinte, acorda sempre mais cedo com o sentido na promessa da noite anterior). Depois de nos chatear até à medula, teve mesmo de esperar por depois da sesta que a manhã serviu para montar a árvore num vaso (mais um elemento a ajudar à categoria de «ideia peregrina». Depois, revelou-se um ajudante diligente, algo apressado, mas muito entusiasmado, sobretudo com as luzes. No fim, sentámos-nos os dois no tapete a mirar a obra.

- Está linda, mãe.

E pronto, fiz as pazes com o pinheiro.

Top 5 de frases mais repetidas cá em casa

- Não mexas.
-Está quieto.
-Já te disse que não é para mexer.
-Sai daí/daqui.
-Quantas vezes é preciso dizer para não mexeres em tudo.

*Na escola a alcunha dele é mãozinhas. É um desespero (principalmente em dia feriado em que não saiu de casa).

quinta-feira, novembro 26, 2009

Entremear

Momentos de pura felicidade...

Oferecer um cilindro (daquele das estradas) pequenino, que estava à venda na caixa do supermercado (és linda mãe).

... com momentos de puro terror:

Acordar espavorida às sete e pouco, com a criança aos gritos porque perdeu o cilindro (fez questão de dormir com ele).

Rais parta mais o cilindro!

*Lembrei-me logo do meu sobrinho que insistia em dormir agarrado a uma espada de um boneco da playmobil (a sua loucura eram as espadas) e depois acordava a meio da noite desesperado porque, naturalmente, já não sabia onde ela estava. A ternura em vê-lo agarrado a um objecto tão pequenino, logo se convertia em desespero...

Ontem depois de voltar do supermercado

Pai: Então, onde é que foste?
Lourenço (trauteando): Pingo doce, venha cá!*

*Lavagem cerebral, só pode.

Perguntas que a wikipedia não vai conseguir responder

- Mãe, porque é que eu sou o Lourenço?

domingo, novembro 22, 2009

Distribuição universal de mimos

Para o pai:
-És um querido. És meu amigo? Gosto muito de ti.

Para a mãe:
-És uma linda!

quarta-feira, novembro 18, 2009

Não queria sair de casa hoje

Entre soluços:

-Mas que quero ficar ali a brincar à vontade*!

* Vá lá que não acrescentou, como já tem feito, mas tu prometeste!

Absorve tudo

Às vezes são expressões que eu lhe digo muito:

Desculpa lá, mas eu quero, já disse, ou em alternativa, sou eu que mando* (sim, está bem, deves ter muita sorte, deves).

As lições ecológicas em grande destaque:

-Ó mãe apaga a luz, tem de se apagar porque a luz é preciosa, não é pai?

Mas as aulas de inglês também produzem efeito papagaio num ápice:

-Ó mãe isso agora fica blue?


*Hoje ouvi-o bufar e dizer bolas, tal e qual como certa e determinada pessoa se queixa de um filho teimoso.

terça-feira, novembro 17, 2009

Mais um para acrescentar à lista


Este, por todas as razões e mais algumas.

*Hoje perguntou-me se havia duas luas, que sim, que tinha visto e que à noite apareciam. Deve ter sonhado, mas para ele é tudo verdade. Bem dizem os livros que nesta idade é difícil distinguir o mundo da fantasia da realidade (daí os medos, também, os «monstros são bem reais e possíveis»).

segunda-feira, novembro 16, 2009

Ir também é regressar a um lugar que nos pertence

Gostava que o Lourenço tivesse orgulho nas suas raízes.

A cada criança as suas obsessões

Falávamos do nosso amigo Pedro e a sua obsessão pelos animais (em especial os flamingos). E tu qual é o teu animal favorito?
-A escavadora.

;)

Quando deixou a chucha

Tivemos dificuldade em manter a rotina de dormir. Mais carente e choroso, exigia a nossa presença e demorava séculos a adormecer. No espaço de poucos meses (que pareceram muitos) a coisa estabilizou. Há história(s) escolhidas, há conversa breve, há sempre festinhas. Tem de haver, ritualmente, uma sucessão de boas noites, bons sonhos e sonhos cor-de-rosa (como num livro de que ele gosta). Ultimamente há também o cantarolar. Fica lá na penumbra e canta até adormecer.
Isto e as birras que quase já não faz, a barriga de bebé que de súbito desapareceu, só mostram como está de facto imensamente crescido.

A folhear um daqueles catálogos de Natal

(muito contente a pedir que lhe compre isto e aquilo)
- Agora vamos ver as «vinkssss»
-O quê?
- As vinkssss.
-O que é isso? (eu sei que ele nunca viu as winxs)
-É de meninas.
-E o que é que é de meninos?
-As motas e os triciclos... as escavadoras... é de meninos.

E assim se aprendem os preconceitos e os estereótipos. Antes que dêmos conta deles eles já lá estão.

terça-feira, novembro 10, 2009

Vim da Grécia afónica

-Ó mãe porque é que estás a falar assim?

-Estou rouca (num sussurro)...

-Estás louca, é?

-Não (risos), estou Rou-ca (mas a pensar que também sou um bocado louca de facto).

:)

Não lhe trouxe

A escavadora com uma pá à frente e uma atrás como ele queria. Trouxe-lhe uma camisola, alperces e figos secos que lhe dei logo quando o vi de manhã. Só ontem à noite é que me lembrei da esponja (de Kalymnos).
Quando cheguei à casa de banho e a viu: ó mãe eu gosto tanto de ti, tu compras-me esponjas e muitas coisas. És mesmo lindinha!

lol.

Das saudades

Ao telefone, eu em pleno teatro de Epidauro, e ele: mãezinha? ó mãezinha, enquanto beijocava sonoramente o telemóvel.
:)

segunda-feira, novembro 02, 2009

Na despedida do calor

uma recordação do Verão.

Ele tem

Uma coisa que eu nunca tive: vizinhos da mesma idade com quem brincar. Ele até tem mais do que um, sendo que andam todos na mesma escola. Este fim de semana foi até se cansarem um do outro, jardim de manhã, almoço no restaurante, tarde na esplanada, sesta no carro, banho em casa e, finalmente, casa, que já não os podíamos aturar de tão cansados e birrentos.

É bom poder seguir de chinelos e pijama para casa, à distância de dois lanços de escada. :)

Acho que é de registar

O facto de um mês e meio depois ter começado finalmente a fazer a breve aula de ginástica antes da piscina. Eram sempre umas fitas de meia noite em que, entre outras coisas, exigia que fizesse tudo com ele basicamente colado a nós. Já não sei o que lhe prometemos desta vez (ir lavar o carro, ver escavadoras no youtube, ir à festa...) mas parece que resultou. Lá desemburrou e ginasticou.

Here I go again

Desta vez à Grécia, terra das raízes. Já deve estar habituado, por esta altura, com a conversa do avião, do longe, do aeroporto e do portas-te bem com o papá até a mãe voltar. Eu é que não me habituo aos receios, às saudades e à sensação de que não devia ir.

No outro dia foi ao acordar

Hoje foi antes de adormecer. Ouvi uns sons e quando fui ao hall espreitar ouvi-o a cantarolar na penumbra. Não chamou, nem choramingou, só cantarolou. Este rapaz não pára de me surpreender.

Hoje

Começa o inglês. Vai motivado porque recentemente descobriu a Dora (os desenhos animados mais irritantes da televisão). Chegámos à escola e ainda ensaiou enfiar-se debaixo das minhas pernas, mas lá foi. Estou curiosa para saber o que vai saber dali.

sexta-feira, outubro 23, 2009

Hoje

Mãe, cheira buéda mal!

(what???)


* a juntar ao chiça, bolas, fogo e fixe.

terça-feira, outubro 20, 2009

Registe-se

A borrifadela de perfume que deu no olho enquanto mexia no que não devia na perfumaria.
A preocupação dele era só uma: ó mãe isto depois passa?

Ó mamã...

...O céu é muito enorme*, vai para ali e para o outro lado, já viste?

* expressão habitual para sublinhar a grandeza das coisas.
** Também me perguntou ontem, acho, quem é que tinha pintado o céu (de cinzento suponho) e como é que se pintava. Ele é todo de como se fazem as coisas.

Está crescido...


e giro.

Cantorias


:)

quinta-feira, outubro 15, 2009

Fazemos um desenho

E começamos a pintar. Passado uns segundos, pousa o lápi(s).
-Vá, agora faz tu que eu estou muito cansado.

Hoje

Apercebi-me que não o fotografo/filmo há demasiado tempo.
Uma falha que não tem retorno. Pelo sim pelo não pus a máquina a carregar. Amanhã mesmo pretendo bombardea-lo.

Às vezes

Em vez de Lourenço, devia chamar-lhe «meu pequeno Édipo».

*Nos desenhos na escola, por exemplo, aparece sempre uma enorme mãe e pouco mais (uma vez a lavar o carro, outra a estender a roupa).

terça-feira, outubro 13, 2009

Ontem ficámos mais de dez minutos

A ver o cilindro a terminar o alcatroamento do estacionamento.

domingo, outubro 11, 2009

É um facto

Ele entrou naquela fase parva em que diz a despropósito as palavras cócó e xixi e acha graça.

Obrigado amigos.

É o máximo a história.

Hoje acordou cedíssimo.

O pai trouxe-o para a sala mas não lhe pôs o Bob. Disse-lhe que estava a dormir a ver se ele se convencia a voltar para a cama.
Passado um bocadinho, lá do quarto ouviu-se o Lourenço a cantar.
Um three year old tem de se entreter às sete e meia da manhã, não é?

Não reconheço

O Lourenço nos trabalhos afixados lá na escola. Tem muito mais habilidade do que a que julgava que tinha. Está crescido é o que é.

Da médica trouxe um balão porque largou a chucha e a fralda durante a sesta.

Não trouxe um cromo (coisa que ele não sabe o que é, pois perguntou-me se se podia comer) porque ensaiou umas vergonhas e exibiu o Édipo que há nele (ai a minha mãe). Mas aguentou-se.

Em seis meses cresceu quase 5 cm. De resto está bom e recomenda-se. Se só lá voltar quando fizer 4 anos é porque o Outouno/Inverno correu mesmo bem.

Fomos à praia.

E estava um dia de verão. Ele delirou como se fosse o primeiro dia.
O sol e o mar têm um efeito retemperador, sem dúvida.

quarta-feira, outubro 07, 2009

Post assumidamente escatológico

Sentado na sanita.
-Ó mãe, como é o teu cócó?
-O quê?
-Como é o teu cócó?
-Como é como?
-Ó mãe, é uma bola ou um pau?

Sem comentários, mas muitas gargalhadas.

terça-feira, outubro 06, 2009

Na festa de anos do Pedro pequenino

Só os dois rapazes se apresentavam tresloucados, suados, com um aspecto esgrouviado.

A testosterona é uma força poderosa, não?

Ainda em casa dos amigos

Registo a paixão pelo Mimi (o pequeno gato preto da casa). Tão grande que veio à cozinha dizer-nos que lhe tinha emprestado o seu Cacá. Fui à sala e lá estava o Cacá no meio do playground do gato.
Quem o conhece sabe que ele só empresta os bonecos a quem quer meeeeesmo muito bem.

Registo ainda a sua memória. Ao explorar uma divisão encontrou um peluche que antes estava na sala. Disse logo: já não me lembrava disto! e em vez de ir directo para a casa de banho vai a correr à sala dizendo deixa-me só ir mostrar isto às pessoas, 'tá bem?

Levantavam-se hipóteses

Para o aproveitamento do terraço coberto de uns amigos (último andar). Fazia-se isto e aquilo, deitava-se abaixo uma parede, mudavam-se umas janelas.
O Lourenço continuou:
"E punha-se uma lavagem, depois havia água e espuma, e depois os carros vinham..."

Exacto.

Falando em beijinhos

Queria dar-me um beijinho (quer muitas vezes no meio das birras, para depois voltar ao desvario).
Mas bem queria dar o beijinho e eu aproximei-me dele. Não o suficiente, pelos vistos. Ao beijinho na bochecha muito ao de leve, sucede-se mais um lamento choroso:
-Mas a tua cara nem ficou molhada....

Beijinhos só de for babados. Que sina!

Todas as birras

E todos os momentos em que sinto a paciência faltar são compensados com o abraço de boa noite, o beijinho demorado e a frase: "Gosto muito de ti, mãe!".
Hoje complementada pela frase: "Obrigado pelas tesouras (tisoias) novas!"*

*Fez o mesmo quando lhe comprei as aguarelas!

Hoje

Quase, mas quase que ficava pela primeira vez na zona de brincadeira do IKEA. Ele queria muito ir, só não queria é separar-se de mim. Logo vi que o entusiasmo se desvaneceria assim que percebesse que a frase «eu não posso ir para ali, mesmo» não era uma brincadeira.

Já não deve haver muita volta a dar

Hoje avistou a bandeira da junta de freguesia (verde e branca) e grita lá de trás: mãe olha ali o Sporting!

segunda-feira, setembro 28, 2009

No outro dia

A tentar explicar-lhe que não podia fazer asneiras life thretening, porque depois a mãe ficava sem Lourenço e depois não havia mais Lourenço e tal (reconheço desde já que esta pedagogia sucks, mas enfim, foi o que me ocorreu). Diz ele pronto:
- E depois, compras outro é?

Ontem

A ensaiar uma birra antes de ir deitar.
-O Lourenço, upa, vá lá...
Responde muito firme:
-Não upo, não!!!

lol

sexta-feira, setembro 18, 2009

É que já nem me lembro

Da ultima vez que fui ao cinema.
Não sei se chore se ria.

Hoje

A minha boneca faz 12 anos.
Estava imenso calor quando ela nasceu (serve-me desde então de barómetro em relação aos avanços e recuos do Outono). Vive aquela paradoxal fase da vida em que já não é criança (nem quer ser) mas ainda brinca às professoras. Abraça sem reservas a condição juvenil, imitando gestos, imagens, linguagens e aquilo que acredita ser a pose adequada. Não critico, também fui assim.
Enternece-me a enorme ternura que ela tem, o gosto em agradar aos outros, a paciência, o carinho e o enorme afecto que demonstra com o Lourenço (visível até quando tem ciúmes das meninas entre 7 e 9 anos por quem ele se «apaixona»). Não é lá grande aluna, mas tem um coração enorme que é o mais importante.
Gosto tanto, mas tanto dela que me faltam as palavras. Parabéns, Inês!

segunda-feira, setembro 14, 2009

Mirando a capa do livro

O alfabeto dos bichos, o Lou identificou as letras todas da palavra alfabeto sozinho sem eu lhe perguntar.
*Ele gosta das letras, é como um jogo, mas não percebeu a lógica das letras, acho....

O fim de semana foi cheio

Amigos, muitos amigos e primos. Um Lourenço diferente com cada situação. Muito meiguinho com o pequenino (tão meiguinho que um abraço com os braços em volta do pescoço sufoca). Selvagem com os da idade dele (correm, gritam, correm e gritam, that's all they do). Apaixonado pelos mais velhos (especialmente se forem meninas no intervalo dos 7 aos 9). Cora e fica triste quando percebe que as meninas (no caso a Dani e a Rita em dias diferentes) não podem ir para a casa dele porque "são das mães delas".

Digo ao pai

- Vamos arrumar a dispensa.
Sai disparado da sala a correr e repete excitadíssimo:
-Vão fazer limpezas, vão? É agora, vão fazer limpezas?

quinta-feira, setembro 10, 2009

Nos entretantos

Deixou de usar fralda durante a sesta.
Já não há biberões, chuchas e quase não há fraldas. Ai que saudades do meu bebé.

Regressar à escola, Ano 3

Não quer ficar.
Não quer sair.

domingo, setembro 06, 2009

- Quando eu for assim...

...Muito crescido, muito crescido e chegar com os pés aos pedais vou levar a minha avó no carro.
- Ai sim qual?
- A avó Kali, aquela da minha mãe.
:)

O meu primo

Para ele é «o meu Pedro».
No outro dia à noite estava o Pedro triste e a choramingar. Da sua cama dizia o Lourenço:
-Ó Pedro não chores, eu 'tou aqui! ... Eu b(r)inco contigo e empresto os meus brinquedos! ... Mãe, dá-lhe o meu boneco (passa-me a ovelha)! Pedro... gosto muito de ti, sabes?

domingo, agosto 30, 2009

Muitas vezes sem exemplo

A troco de sopa e resto, comeu sobremesas todos os dias. Estavam à vista e eram absolutamente irresistíveis.
Aquilo não é para dietas.

Não se queria vir embora

1) que ficava lá sozinho com os meninos (havia alguns com os quais ele gostava de brincar) sem os pais por perto. Iam ver os cães, andavam em explorações e correrias.
2) que queria lá ficar todos os dias, para dar mergulhos, brincar com os amigos...
3) chegou a achar que era uma casa nova.

E foi isto...


...basicamente. Puro deleite*.

*Não pus um pé num supermercado. :)

sábado, agosto 22, 2009

O verão é bom

E nós gostamos. Até já.

Vamos

Finalmente de FÉRIAS.

terça-feira, agosto 18, 2009

Hoje

Pela manhã, depois de olhar para o meu pé, diz-me muito impressionado:
-Ó mãe tens ali um (trem)osso!
-O quê?
-Um (trem)osso, mãe, olha!

Era o meu tornozelo. Pelos vistos numa tinha reparado no osso saliente, ou melhor, no (trem)osso, que sempre tem mais piada ;).

quinta-feira, agosto 13, 2009

Ontem

Foi um dia muito bom. Tirando o filho andar nervoso, irritadiço e birrento, entre piscina e praia a diversão foi à grande. Até voltou a dar mergulhos (seis meses sem piscina fizeram com que se esquecesse de tudo).
Estivemos em casa da vizinha na margem sul o dia todo. Engraçado foi de manhã, preparadíssimos para a praia (aparato completo), ele recusar-se a carregar no elevador para baixo. Não mãe, é no seis, dizia.
Falei na casa da vizinha: nem imaginou que pudesse ser outra que não a onde ela mora normalmente...

segunda-feira, agosto 10, 2009

Eu até tenho muito para contar

Como por exemplo que entreguei a tese, sem pompa nem circunstância (devia haver uma cerimónia ou assim, tanto esforço para chegar lá com umas caixas e já está). E outras coisas como ter por cá os primos mais vezes. Ou como já aconteceu várias vezes uma coisa maravilhosa que é o Lourenço acordar e ir brincar com o primo para a sala e não me acordar. Como também dorme pior e acorda de noite e quer festinhas e que fiquemos lá. As graças dele (um three year old a falar é sempre uma graça - tirando quando faz birras e é chato -).

Mas ando sem cabeça. :)

Heje entrou no carro e diz

Está cá uma brasa!

Gangui

Já passou a ser gandi. Podia ser o nobel indiano, uma figura que muito me inspira, mas não: é grande mesmo.

segunda-feira, agosto 03, 2009

No outro dia

Para ver se sossegava pus-me a fazer-lhe festinhas nas costas e na barriga. Ficou viciado.
Agora tenho de negociar festinhas antes de dormir:
-Vá, vinte festinhas...
E ele:
- Não, mãe, muitas festinhas, todas!

Ontem

Fui lá pela enésima vez depois de se deitar (sem chucha agora é isto). Ponho-lhe a mão nas costas e estão encharcadas:
-Coitado, estás cheio de calor!
- Pois é, não sei como foi isto! (sic) Foi o sol(i)!

;)

quinta-feira, julho 30, 2009

O carro está na revisão

E hoje era dia de consulta de otorrino.
Fomos de táxi (palavra que o Lou tem imensa dificuldade em pronunciar) o que já era uma grande novidade. Lá fomos vistos e em todo o processo percebo que o Lourenço já não é tão tímido.Mete-se com as pessoas e pergunta-lhes coisas. Por exemplo: queria por força que o sinhoi do táxi visse a retro-escavadora, mas o dito não lhe ligou nenhuma.
Moral da história: está liberado para os mergulhos, os tubinhos hão-de sair por si.
O melhor de tudo porém foi a viagem de regresso: um autocarro fresquinho. Que grande novidade. Aborrecido por não chegar com os pés ao chão foi atento todo o caminho a fazer perguntas. Vinte minutos para um percurso de cinco, mas não faz mal. Só para o ver feliz assim até repito!

terça-feira, julho 28, 2009

sem chucha

Demora mais a adormecer e tem feito um bocadinho mais de birras.
Nada de mais.
Prova superada.

domingo, julho 26, 2009

Ainda sobre a Expo

O que ele gostou dos vulcões. Já lá estivemos algumas vezes mas nunca calhou passar por ali. À vinda era vê-los aos três aos pulinhos à espera da onda. Felicidades simples que me lembraram da Inês pequenina (menos de um ano) a molhar os pezinhos no mesmo local durante a exposição de 1998. Na altura as árvores mal tinham galhos, quanto mais ramos. Hoje formam uma alameda frondosa cheia de sombras. Também a Inês cresce a olhos vistos e em vez de molhar os pés roliços prefere trocar sms e telemoveis com amigas acabadas de conhecer durante as férias.
É o tempo a passar, sem dúvida.

Lá está

A adormecer. Pediu a chucha duas vezes antes de dormir (compreensível), longe da sofreguidão com que a procurava cada vez que entrava em casa. Pede muitos beijos e chama várias vezes, mas até ver não parece estar a ser tão difícil quanto temia. E temia, não vou mentir. Mas bem a natureza humana é assim mesmo: adaptarmos-nos às situações para sobreviver.

*Valeu o cansaço de um dia com os amigos Alice e Pedro (com um interregno para almoço e sesta) entre Gulbenkian e Expo. Estava(mos) com saudades deles...

Algum dia teria de ser

E ontem pareceu-nos bem. Combinámos que a chucha não voltaria das férias com a tia, doesse o que doesse. Durante um tempo ainda pensei fazer um compromisso com ele, para que deixasse a dita voluntariamente, mas o grau de vício era tal que dificilmente teríamos sucesso.
E assim foi. Ontem foi o day one de uma nova era. A chucha perdeu-se no momento em que a atirou a contragosto para dentro do carro antes de seguir caminho para a praia. Quando voltou já lá não estava.
Chorou por ela, mas acabou por adormecer. Entre as duas e as três berrou como se não houvesse amanhã. Hoje não falou nela (sem ser para dizer à tia ao telefone que tinha dormido sem ela) e depois disso apenas se lembrou à hora da sesta. Sem birras de maior.
Deve ser duro para ele, mas tem mesmo de ser. E, sem surpresa, ele está a ser muito valente e quescido. Muito mais preparado do que alguma vez achei que estivesse.
Um orgulho, é o que é.

quarta-feira, julho 22, 2009

Na sexta feira passada

Além da praia tiveram direito a piquenique na mata dos medos.
Fui espera-lo à camioneta e dela desaguaram um rebanho de meninos neste estado:

E isto, afiançaram-me, foi já depois de uma esfrega de toalhitas. Pareciam que tinham estado numa mina a trabalhar. O melhor é que acho mesmo que a diversão superou o nível de sujidade...

terça-feira, julho 21, 2009

Filho feliz

Diz-me ele

-Hoje, na camioneta, dei festinhas à Mariana (filha da auxiliar com oito ou nove anos) quando ela estava a dormir.

O tipinho é apaixonado por ela, chegando ao ponto de não permitir que mais nenhum miúdo lhe dê a mão.

segunda-feira, julho 20, 2009

Verbos que ele inventa

Magiar (as in fazer magia, desaparecer)

Foi uma semana com a tia e os primos

E parece que está bem e feliz. Piscina, praia, bicicleta, muita rua, tudo a que tem direito.
Mesmo assim, não se coíbe de dizer ao telefone: mãe anda buscar-me, vá lá...
:)

terça-feira, julho 14, 2009

Acho graça

Que quando tinha interesses femininos, muita gente me dizia: ah isso passa.
Agora que tem uns interesses completamente másculos isso é usado para sublinhar a testosterona que lhe corre nas veias. E que, supostamente, já é para ficar.

Acho importante dizer

Que estou quase a ser banida do banho. Tirando fazer questão de lhe lavar a cabeça e esfregar o corpo como deve de ser, ele exige fazer tudo sozinho.
Resultado, às vezes molha-me toda, ou o chão, mas não faz mal.

*Agora já nem para tirar as t-shirts precisa de mim. Está crescido.

sábado, julho 11, 2009

Agora que vejo o fundo do tacho

Finalmente permito-me pensar nesta longuíssima gravidez. E de como os filhos relativizam a importância de tudo o resto.
Ontem, se tivesse continuado tarde e noite fora (e até tinha energia para isso), tinha acabado. E acabar é o que mais desejo nesta altura. Mas o relógio indicava a hora de o ir buscar e lá fui sentir-lhe os abraços do reencontro e as saudades de um dia separados. Vinha a correr rua abaixo e eu a pensar nisto: estou prestes a completar o desafio sem nunca o ter ido buscar tarde, sem nunca abdicar da sua presença ao final do dia, sem nunca pôr o filho de papel à frente do filho de carne e osso. E acabando (mal ou bem, melhor ou pior) mesmo assim.
Não é acabar que me deixa mais orgulhosa de mim, é ter conseguido (ou feito questão de) que a vida continuasse com as prioridades no seu devido lugar.

Uma semana de colónia

E acho que quem ficou exausta fui eu. Levantar às sete e meia todos os dias, quando não se está habituado, é um sacrifício. Mais os stresses e as birras matinais, só para chatear (não come, nem se quer vestir e diz não a tudo - àquela hora tira-me do sério). Mas enfim: chegar à escola e vir-me contar maravilhado que havia piscinas na praia, muitas, muitas e que brincaram com a água e que sei lá mais o quê, compensa.
Venha a próxima semana.

sexta-feira, julho 10, 2009

Ontem fomos com os primos ao parque

Parecia outro filho. Correu que se fartou, o que tendo em conta que já tinha tido uma manhã de praia é obra. Foi gozão, riu-se à gargalhada, correu atrás deles, fez asneiras, procurou-lhes a mão e o consolo.
Uma alegria.

terça-feira, julho 07, 2009

Magia

- Mãe, a camioneta não anda sozinha sabes?
- Não?
- Não, tem um senhor... e tem mudanças!

...

- Pai, sabes vi uma nuvem a mexer! Só-zi-nha!

...

-Então a praia Lourenço?
-Vi muitos aviãos e um licópito. Disse adeus às pessoas.
-
Muitos aviões?
-Sim, dois.

segunda-feira, julho 06, 2009

Abro a mochila

E não vejo a pá (fui comprar uma pequena ontem de propósito):
A pá Lourenço?
Não sei!
Mas esqueceste-te ou emprestaste?
Tem a Margarida, ou o Duarte ou x ou y ou z.
Mas Lourenço o que é que aconteceu à pá?
Ó mãe, não me perguntes mais isso!!

...
Quando chega o pai, ele pergunta-lhe:
Lourenço, a pá?
Perdi.


Quem sai aos seus... :P

Enternece-me

Saber que, espontaneamente, o cunhado é aos olhos dele o pai Nestor.

Perguntou

No outro dia, se o que o senhor barrigudo tinha na barriga era um bebé. Disse-lhe que não e ri-me, mas continuou intrigado com o facto de se não era um bebé, então afinal o que seria que o senhor tinha lá dentro.

Demasiado cedo para explicações científicas sobre a obesidade e as formas andróginas de engordar?

domingo, julho 05, 2009

Best off



Com uma retro-escavadora, pois claro!

Sem tempo

Nem muita paciência. Pelo meio uns dias de ria, a relaxar com uma certa angústia no peito (isso mesmo, o paradoxo em todo o seu esplendor). Um filho crescido cheio de conversas geniais (sou incapaz de as reproduzir), que desenvolveu ainda mais a paixão por retro-escavadoras (e portões de garagem e mangueiras). Uma festa da escola, passagem de modelos e desistência a meio da performance da ginástica (viu a mãezinha e desatou num pranto!). Uma ida ao zoo, onde vimos os bichos quase todos (muitos deles a dormir). E um domingo sem ele, a trabalhar arduamente.
Grande semana, se formos a ver.
Amanhã (de madrugada quase) começa a colónia da escola.

sexta-feira, junho 19, 2009

Foi a última coisa que tirou antes de se deitar

E a primeira coisa pela qual perguntou assim que abriu o olho (vá a seguir a mamã e papá...):
Comprei uns crocs novos (finalmente, que andava esgotado o tamanho dele) e ele não cabe em si de orgulho!

Vivam os pés fresquinhos e os sapatos laváveis.

terça-feira, junho 16, 2009

Obsessões do momento

Lavagens automáticas (paixão antiga): é capaz de descrever todo o processo em palavras e sons muito realistas (inclusive o movimento giratório das escovas).
Portões de garagens: em calhando estar um a abrir enquanto descemos ou subimos a rua, obriga-me a ficar a ver enquanto se fecha.
Retro-escavadoras: tem uma pequenina, mas o que ele queria é uma grande (hei-de procurar, ele merece).
Aspirador, balde e esfregona (paixão antiga mas em decadência): ainda se pela quando os vê a uso, mas já não anda insistentemente a perguntar pelos instrumentos de limpeza.
Letras: identifica as que sabe em todo o lado.

Não deve haver coisa mais doce

Que os beijos repenicados e os abraços sentidos dum filho com saudades da mãe.

domingo, junho 14, 2009

Foram muitos dias de Arménia

E estão quase a chegar ao fim. É a altura em que as saudades começam a sufocar. A registar a evolução de agora podermos falar através do skype, muito embora a minha imagem não aparecesse. As conversas são tão deliciosas que me fazem confirmar que esta fase é de uma ternura inigualável. Gostei particularmente da resposta que me deu quando lhe perguntei se já sabia bem andar de bicicleta: claaaaaaio, mãe! disse prontamente com um ar ligeiramente enfadado. Ou quando me perguntou: e aí na Arménia 'tá tudo bem, 'tá? Enfim, não há como reproduzir.
Oxalá amanhã os voos que me levam para junto dos meus se façam em segurança.
É que o melhor de viajar continua a ser, e agora mais ainda, regressar a casa.

segunda-feira, junho 08, 2009

Quando estamos na garagem

Às vezes deixamo-lo conduzir. Delira, claro. Ontem, ao colo do pai, dizia-me: Sabes, tu não podes. Só eu e o papá é que podemos. Tens de crescer eeeeeste bocadinho e depois é que podes, está bem?
(está bem, eu cresço ;))

domingo, junho 07, 2009

Eu não gosto de caracóis

Nunca provei, mas metem-me um bocadinho de nojo. O pai adora. Ontem, vinham cá os amigos jogar PS3 e comprou. Ficou delirante com os caracóis no alguidar a serem lavados. Vinha a correr dizer-me: estamos a lavar os caracóis, sabes porquê? Para ficarem muito limpinhos. E depois, perguntava eu. São para coZ/Ser, sabes?. E voltava para lá.
Às tantas disse-lhe que eram para comer. Muito rápido: não, não, é para coser às calças (?????). E teimou, claro. Lá tive de o desiludir: não Lourenço, é para coZer e depois comer!!!

Hoje

Compramos-lhe uma bicicleta. Era o presente de anos que não se comprou na altura, já nem me lembro porquê. Provavelmente porque, helás, não tivemos tempo. Ficou feliz, mas foi difícil convencê-lo que a de demonstração da loja não era mais gira do que a que estava na caixa.

Quando estou mais longe

Interage com os outros na boa: ri-se, gargalha, faz asneiras, um bocadinho de tudo. Quando estou no seu raio de visão, as interacções passam necessariamente por mim, ou seja, eu é que medeio tudo ao ponto de lhe dizer: eh pá, pergunta-lhe (ou pede-lhe ou resolve isso) com ele(a)). É um bocadinho dependente, acho. Em casa então é um desatino. Não consigo fazer NADA sozinha. E às vezes apetece-me. Ir à casa de banho por exemplo. Hoje disse-lhe isso mesmo: a mãe gostava de estar aqui sossegada. Ao que ele me responde: não, fico aqui a contar-te uma história, 'tá bem?
(suspiro)

sábado, junho 06, 2009

Não é muito de desenhos

Nem puzzles, nem legos. Em casa pelo menos. O que ele gosta mesmo é de andar a correr pela casa desvairado a fingir que se esconde e a apanhar mini sustos de cada vez que nos encontra. Isso e fazer moches em cima da cama!

quinta-feira, junho 04, 2009

Se fosse dar um título à fase que está a passar seria

Fazer tudo sozinho e aprender, com muita dificuldade, a lidar com as frustrações (leia-se acho que sou muito crescido e faço birras a dar com um pau).

Gender

Ele nunca pede nada, mas quando lhe perguntei se queria uma retro-escavadora para brincar, disse que sim, que queria uma cor-de-rosa.

Suspeito que deve ser difícil de encontrar...
;)

segunda-feira, junho 01, 2009

Aviões que caem ou desaparecem

Quando estou prestes a viajar só aumentam o já se si enorme pânico que tenho de andar de avião. Só penso que não quero que me aconteça nada, mas só me vêm à cabeça tragédias imaginárias que redundam no meu filho a crescer sem a mãe dele. Sou uma exagerada, bem sei, mas não consigo evitar.
É que nem sei porque me meto nestas coisas, quando no fundo não quero mesmo ir.
Bolas.

domingo, maio 31, 2009

Photo update

Depois de um mês sem bateria, esta semana a máquina voltou à vida para registar os dias de sol e calor que nos valeram fins de tarde no parque dia sim, dia sim. Tudo muito bem e quase sem birras. Porque birras para sair do parque até acho aceitáveis*.

*Já a birra no centro comercial porque a senhora da loja dos gelados cometeu o despautério de por o gelado num copo, já não percebo. Foi num crescendo como nunca tinha visto. Foi a maior birra de todos os tempos, que horror que nem me quero lembrar disso. O meu filho quando não é um demónio, é um anjinho lindo (aren't they all?).

quinta-feira, maio 28, 2009

Ao fim de três dias

Em que conseguimos jantar em paz, começo a pensar que foi uma fase. Uma daquelas fases de regressão/desorientação de que fala o Brazelton e que precedem um salto cognitivo ou motor.
De há uns dias para cá noto-o ainda mais desenvolto a falar e a mexer-se.
Está mesmo crescido e deleita-me com as suas conversas.
Ao contrário da prima, que nunca contava nada, farta-se de contar coisas da escola... Tais como: Hoje o Henrique não foi. Porquê?, pergunto eu. Porque a mãe dele não disse (que era dia de escola). Hoje o Duarte não empurrou-me! Já no dia seguinte foi: Hoje o Duarte bateu-me aqui e eu bati a ele. (O Duarte é o menino que bate em todos).
Hoje não fizemos trabalhos, é só na quinta-feira, é.
Sou amigo da Catarina (alterna com a Inês).
A Sofia levou uma dentada e chorou muuuuito, depois a Lara pôs pomada e depois passou.
Hoje não comi bolo, com um ar muito desconsolado, ninguém fez anos!
Hoje ganhei ao André e comi a sopa tooooda primeiro.

Quando

Oiço a empregada dizer que hoje a casa até nem estava uma grande confusão, não consigo deixar de pensar que é um elogio e que esta semana até me portei bem.
Ó alma mais desarrumada!

quarta-feira, maio 27, 2009

Nunca viu o filme

Mas continua fascinado pelo Faísca Maquini.*

*
E pelas retro-escavadoras. No outro dia perguntou-me se não podia ter uma graaaaaaaaannnnde assim, que funcionasse. Ou seja, queria uma a sério que ele não gosta das coisas a brincar.

quinta-feira, maio 21, 2009

Recomendações (tal e qual as da mãe e do pai)

Deixei cair um creme que se espalhou todo no chão.
- Ó mãe, é para segurar com as duas mãozinhas! A Mina teve a limpar o chão e já tá todo sujo, mãe!

Ao abrir a torneira.
-Ó mãe não é assim, é devagarinho, assim, mãe. Não é à bruta, mãe!

O melhor coro de parabéns

só teve duas vozes.

De manhã

-Fazes anos hoje, fazes?
-Sim.
-E o bolo mãe?
-Não tenho...
-Porquê? Não temos farinha, é? Para fazer o bolo? Temos de ir comprar, é?

Hoje não fazes birras, não?

- Não, mãe, só amanhã, quinta-feira, 'tá bem?

*bem sei que o tema birra está a tornar-se recorrente, mas há dias em que é entre birras que se passam as horas :)

quarta-feira, maio 20, 2009

Brinca a tia com o sobrinho

- Se tu fazes mais birras ponho-te na sanita e puxo o autoclismo!!
-Não, não, isso é para o cocó!

Depois das birras

Ou seja, depois de ficar uma hora aos gritos, oscilando entre o choro e os punhos em riste prontos a bater, no parque, no carro, na garagem. Adormeceu ao meu colo dizendo: eu sou tua amiga.

terça-feira, maio 19, 2009

Malandreco é

malaleco.

Hoje comeu o pequeno almoço

E repetiu. Não tive de lhe dizer: vá lá come, vá lá come, vá lá come em loop.
Ontem já tinha jantado razoavelmente. Depois de uns nãos, até até comeu a sopa toda sozinho.

Estará o apetite de volta?

segunda-feira, maio 18, 2009

Ontem,

Miraculosamente, quis ir para a nossa cama, o que nos valeu mais uma hora de sono. Quando acordou e me acordou o pai virou-se para o outro lado. Diz ele muito indignado:
- O pai virou a cabeça para o outro lado! Olha... Passou-se!

:)

Exantema

Súbito. Acordou ontem, domingo, parecia um bicho. Cheio de manchas pelo corpo. Hospital com ele e veredicto claro: quando as pintas aparecem é porque desapareceu a doença. Menos mal. Continua xoxo, mas pudera, foi um tal festim de vírus da família do herpes que só podia dar nisto.

Foi para a escola, com passagem pela farmácia. Duas doenças num mês e acho que repor as vitaminas com um suplemento mal não lhe vai fazer.

quinta-feira, maio 14, 2009

Andou atrás da Mina toda a manhã

Até a febre voltar a subir, mais precisamente. É tão feliz por ela estar aqui que até me disse, quando peguei na chave do carro para ir buscar o telemóvel ao carro: podes ir trabalhar mãe, vai que eu fico aqui com a Mina.
Antes já me tinha dito: não vou fazer birras, mãe, só amanhã.
;)

Ele estava mais que orgulhoso

No seu pijama do faísca (muito embora nunca tenha visto o filme). Mas o que anseia mesmo é poder estrear a t-shirt com a retroescavadora estampada.

Queres ir à casa de banho?

- Não mãe, já te disse duas vezes, duas vezes.

Febre de madrugada

Não me faltava mais nada.

*melhor explicada a absoluta falta de apetite ontem ao jantar, atribuída apressadamente ao sono imenso de um dia de escola.

terça-feira, maio 12, 2009

Hoje

A tia Cláudia faz anos lá longe. Mas nós aqui, sentimo-la sempre bem perto (do coração).
Saudades e muitos beijos de parabéns!

segunda-feira, maio 11, 2009

à página tantas da história

havia um passarão fanfarrão. Tira a chucha e começa: a avó também tem um garrafão. Tem água e depois bebe-se e vai para a barriguinha. A avó tem maminhas grandes e eu tenho muito pequininas, é.
Lá lhe expliquei que não era garrafão, mas fanfarrão, mas não se convenceu. É o passarão garrafão que, por agora, faz mais sentido.

domingo, maio 10, 2009

Agora mesmo

O DVD bloqueou. Passou-se! diz enquanto tento resolver o problema. Passou-se, olha!

;)

quinta-feira, maio 07, 2009

Agora manda-nos sentar no sofá

E avisa, senta-te para veres a mim a fazer ginástica.
E faz e nós rimo-nos com as corridas e os movimentos trôpegos, e os primeiro um pé depois o outro, vês?

Hoje

-Podes ir mãe, eu fico aqui com a Mininha (Mina)!

*estado de histeria absoluto com panos, esfregonas e aspiradores.

segunda-feira, maio 04, 2009

Anda

Na fase "inho". Sobretudo quando se quer retratar de uma asneira.

A passar na rua

Paramos ao lado de uma farmácia Valle. Diz-me logo, olha mãe o meu éle! São dois éles, um para mim e outro para ti, não é mãe?

No outro dia

Enquanto subia à torre do escorrega diz:

- Mãe, vou para o Brasili... posso mãe, posso?

(ainda não se esqueceu)
;)

domingo, maio 03, 2009

O peixe tende a morrer pela boca

E eu não sou excepção. Cheguei a congratular-me por ter passado ao lado da varicela que salpicou vários amigos. Até disse, depois da tese que venha ela, agora é que não. Pois bem, no último dia dos vinte em que o vírus podia manifestar-se, manifestou-se.

E estes dias lindos e nós aqui trancados.

*Não teve febre e até ao momento ainda conseguimos contar as pintas.

sexta-feira, maio 01, 2009

Foi-me buscar ao trabalho

-O que é que estiveste a fazer?
-A trabalhar...
- Com as pessoinhas?

;)

quarta-feira, abril 29, 2009

Diz-me o meu filho

Que hoje plantou alfaces. Mas atenção, acrescenta que não regou, porque aquilo regava sozinho (para grande pena dele que a seguir às esfregonas e às ferramentas adora regadores e mangueiras).

Que hoje a Lena hoje não ficou fuiosa, porque ele fez bem o trabalho (ainda estou para saber porque é que ela ficou fuiosa).

Que o Jorge deu uma turra muito gangui à Margarida e que o Jorge foi para o castigo e a a Carla pôs gelo à Margarida.

Puxo por ele e ele vai contando histórias do seu dia a dia.

*Também me dizem que ele tem andado meio avariado lá na escola: entornou a sopa por cima dele de propósito um destes dias e deram com ele a enfiar o garfo na orelha do colega numa outra ocasião.

terça-feira, abril 28, 2009

Tivesse eu mais tempo

E as idas ao ginásio seguidas de almoços demorados na companhia ideal seriam mais frequentes, ai seriam sim*!

*Hoje ao passar a cancela do estádio pensava em como as vantagens de não ser preciso picar ponto, nem ter horários, nem chefes, nem nada disso valem pelo ouro que não conseguimos acumular ;)!

Hoje foi um dia melhor

Em termos de birras. Alguns ameaços, controlados com castigo. Já percebi que com ele o que funciona melhor é dizer-lhe da cozinha, que pode vir ter connosco se já se tiver acalmado e ele vem, meio a medo, e passa-lhe. Se for lá falar com ele é como se fosse um gatilho para renovar a birra.
Isto é sempre a aprender.

segunda-feira, abril 27, 2009

Estou tentada a dizer

Que hoje vivemos a maior birra (as in deixa cá ver quem é que manda) de todos os tempos.

Algumas birras

Tiram-me do sério. Especialmente se são de manhã e estamos atrasados e se começam com motivos tão frívolos como não querer calçar um sapato e so on and so on. Dá-lhe fúrias, levanta a mão e tem de ser castigado (é mandado pensar um bocado a ver se se acalma). Não resultou (os níveis de raiva estavam elevados, nem sei porquê, e lá levou umas palmadas).
Não contente, depois de se espojar à porta do elevador a espernear, foi a chorar o caminho todo até à escola. A partir de metade já era a pedir desculpa, mas confesso que não tive vontade de o perdoar logo.
Caramba, uma pessoa começa o dia logo cansada de se zangar.

domingo, abril 26, 2009

Ainda sobre música

Íamos a passar na Av. de Berna e começo a refilar com o trânsito (tinha-me esquecido do enorme buraco). Diz-me prontamente: pára mãe, assim não ouço a música. Tocava Radiohead (bom) e pergunto-lhe: gostas desta música, é? E ele: sim, gosto muito.

Continuámos em silêncio e percebi que não lhe é indiferente o que ouvimos no carro. Neste caso agradou-lhe, julgo que quando começa a cantar (o que acontece muitas vezes) é quando a banda sonora já não lhe apraz, e ele apressa-se a fornecer outra.

Entre birras monumentais*

Para se vestir e depois para comer, conseguimos ir aos Dias da Música ver meninos a tocar violino.
E o pequeno demónio que em casa esperneava, batia, berrava, virou carneirinho (voltou ao mesmo estado quando chegou). Sentado e fascinado com tudo o que viu e ouviu. A sério, fiquei mesmo contente por ter vencido a preguiça e a inércia. Depois do concerto, ainda houve pianos à disposição. Ficou maluco. Tocava e depois virava-se para trás e dizia, vá bate palmas. Só o consegui tirar de lá porque a senhora disse que os concertos (a sério) iam começar.

* descontrolo total e absoluto.

sábado, abril 25, 2009

Hei-de explicar-lhe o 25 de Abril

Aos poucos, porque agora ainda é manifestamente pequeno. Mas quero que saiba e que sinta que é um dia muito importante.

sexta-feira, abril 24, 2009

Sempre que leio posts

Sobre cesarianas e partos naturais; colo, slings e carrinhos; co-sleeping; passado e presente da parentalidade em geral só me ocorre: será só de mim ou a maioria das mulheres confundem natureza, ciência, progresso, biologia, fisiologia com IDEOLOGIA?

quarta-feira, abril 22, 2009

Após alguns ameaços

Entrou naquela fase parva em que acha que nos devemos rir só por ele pronunciar as palavras «cocó» e «xixi» fora do contexto.
Ri-se que nem um tolinho (sozinho, claro).

terça-feira, abril 21, 2009

Fomos à médica

E na hora e tal que esperámos se ele se calou dois segundos foi muito. Não foram birras nem choro, foram conversas e cantigas e brincadeiras a todos os minutos. Ele que é tão envergonhado até o mamma mia cantou. Foi sempre a bombar até sermos chamados. E mesmo lá não se coibiu de opinar e perguntar e mexer em tudo. Se já estava cansada mais fiquei só de o ouvir ;)!

De resto tudo fino e adequado para um rapazinho de três anos.

quinta-feira, abril 16, 2009

Para contrariar a horrenda banda sonora com que infectam as crianças pequenas

Há que fazer um esforço para lhes dar boa música. Confesso que nem me esforço muito, mas devia. No anos a minha mãe ofereceu-lhe um livro que até me pareceu mais um daqueles aproveitamentos comerciais que esticam a corda ao máximo. Tratava-se de um album com ilustrações para o texto d' O leãozinho do Caetano. Como toda a gente sabe aquilo são meia dúzia de estrofes básicas, básicas. Mas bem, é impossível contar a história sem a cantar. E não só o miúdo adora, como exige contar/cantar aquele livro todas as noites desde que o tem, e como cantarola por aí, gosto muito de você, leãozinho.
*Sempre é melhor que as alarvidades musicais que passam no panda, por exemplo.

Ele é mesmo um handy man

Desengane-se quem achar que a cena dele são só esfregonas e vassouras. Agora descobriu as delícias do arranjar. Ele é o carro, os candeeiros, qualquer coisa que lhe pareça estragado. Sobe aos bancos de chave de fendas ou alicate de plástico em punho, manda-me avariar coisas só para ele as poder arranjar. Depois diz adeus e diz que se vai embora. Ontem era para a casa da Patrícia. E era mesmo porque se lembrou logo que era lá em cima e que tinha o cão guardado numa caixinha.

quarta-feira, abril 15, 2009

Ontem

Não quero arroz, mãe, tenho a barriguinha cheia de sopa, vês?

Estamos numa fase de...

Dizer muito "é mais melhor, mãe" e perguntar sempre "posso, mãe, posso mexer/comer/fazer?"

segunda-feira, abril 13, 2009

Na casa da vizinha

Onde fomos passar o resto da tarde havia uma bicicleta: e não é que pedala melhor do que no triciclo?

domingo, abril 12, 2009

Ontem

A montar uma floreira para pôr os bonsais diz o pai: é uma mesa para os bonsais, Lourenço! Responde logo: é para eles comerem é?

Já me esquecia:

- Ó mãe (passei de Lia, directamente para mãe, sem passar pelo mamã), isto está bué da sujo/ avariado/estragado!


*Parece mesmo uma certa e determinada prima a falar ;)

sábado, abril 11, 2009

3 anos

4 fotos.

Às tantas

Obcecada com o boletim meteorológico, estava a esquecer-me do mais importante: celebrar a existência do pequeno (já tão grande) e de como me/nos faz feliz com tanta alegria e esperteza saloia.

1,2...


3 anos. Ontem.
(A festa com piquenique no zoo acabou, por razões óbvias, por ser transferida cá para casa, mas foi pelo melhor. Apesar de ter sido tudo atamancado à última da hora, correu bem e, se não estava bom, pelo menos estava bonito. O bolo homenageia o amor/fascínio/medo que o Lou tem da Lua e foi das coisas que ele gostou mais. Isso e de ter comido um chupa. Obrigado a todos os que vieram, os que ajudaram e aos que não vindo não se esqueceram.)

quarta-feira, abril 08, 2009

Já há que tempos

Que ando a dizer que é hora de acabar com as grades da cama. Se não o fizemos antes foi porque a cama é mesmo grande (do Ikea, entretanto descontinuadas e substituídas por umas idênticas mais pequenas) e porque olha, é preciso tempo, energia (e dinheiro) para encontrar uma solução de longo prazo que já incluísse a cama de recurso quando a prima fica cá. Pois bem, fomos por uma terceira via que implicou simplesmente tirar a grade e substituí-la pela protecção que custa 8 euros no Ikea.
Já deve ter adomecido, por esta altura, na sua cama de crescidos. Estava feliz e orgulhoso e eu, inevitavelmente, nostálgica.

* A ver quanto tempo demora a começar a sair sozinho da cama de manhã. I'll keep you posted.

terça-feira, abril 07, 2009

E o que ele gosta de brincar que vai às compras

Diz: o que precisas?
E eu: atum, pasta de dentes e bananas (por exemplo).
Acrescenta: e uma 'esfigona', não precisas? E um balde... e uma torneira.... e água...
Eu: nem penses, vai lá comprar o que te pedi!

;)

* Depois vem e diz que está muito carrigado.

segunda-feira, abril 06, 2009

Anda sempre

A afirmar que cresceu, que é crescido, que não é bebé. Já não quer talheres, pratos ou copos de plástico e ofende-se se lhe dou uma colher de sobremesa para comer a sopa. Tem de ser uma grande, a maior de todas. A maioria das vezes só quer sentar-se nas cadeiras normais, embora às vezes (porque nos dá jeito) ainda coma na cadeira do IKEA. A única coisa que não joga é a chucha e ele bem quer explicar (é só para o óó e tal), mas não consegue (até porque não é só para o óó).
Pergunta todos os dias se é hoje que faz anos, várias vezes ao dia. E não tarda nada faz mesmo.
Sexta feira completa os três anos. E está mais querido e giro que nunca. Para mim é um prodígio claro, para os outros acho que é só giro e querido e normal e feliz. Muito feliz (e giro, mas isso acho que já tinha dito ;)).

(pela lente da super máquina nova da tia Ju)

Ele

Não é de dormir no carro. Apesar de cansado, mesmo sendo noite cerrada, o tipinho só cede à última.
Vai sempre a cantarolar ou a falar ou a querer que nós falemos (vá falam, vá lá e nós às vezes que nos sabe bem o silêncio).

Do ateliê

Pagar para sujar tudo com liberdade.

domingo, abril 05, 2009

Crescer

Já não quer saber do Pocoyo. A cena dele agora é o Ruca e o Carteiro Paulo.

*Aliás agora está sempre a dizer, não sou bebé, já cresci (posso usar uma faca, por exemplo).

Escusado será dizer

Que durante a semana que esteve com a tia se portou lindamente, quase sem birras, comeu sempre sozinho e tudo o que lhe ofereciam.
Nisto são todos iguais, portam-se sempre muito bem com os outros...

*Bem, ao menos que se portem bem com alguém...

Não sei se foi da operação ou do que foi

- Passou a dizer os ss e os plurais com muita clareza (a tóia passou a história, por exemplo, por aí adiante); cantarola imenso a a toda a hora, não está sempre a dizer o quê? que é que disseste?.

- Passou a acordar mais cedo.

Escusado será dizer que gosto mais da primeira mudança.

quarta-feira, abril 01, 2009

Ontem

Jantámos às nove e meia, fui ao supermercado pouco antes de fechar. Não me lembro da última vez que isso aconteceu. São bons os dias sem azáfama. Mas não, não é assim tão bom. A casa está vazia, não há stress do final da tarde e trabalha-se mais (muito mais), mas vive-se menos. Muito menos.
Só não me está a custar mais porque está a ser produtivo para ambos os lados: eu que trabalho e produzo bem; ele que se diverte à grande e à francesa.

Faltam dois dias para sexta feira :)

terça-feira, março 31, 2009

Para que não haja dúvidas

As minhas melhores amigas são as melhores do mundo, efectivamente.

Para além do mais parece uma companhia de circo (ju, fili, fifi, pati e, já agora, lili)

LOL.

No domingo

Acordei-o da sesta. Entrei de mansinho, abri uma fresta do estore, e fui até à cama. Senta-se, esfregando os olhos, claramente com sono ainda, e diz, pondo as mãos no peito:
-Ai mãe, apanhasti-me um susto!

segunda-feira, março 30, 2009

A semana vai ser passada

Com a tia e os primos em Rio Maior. Está feliz, que eu sei, no seu elemento... Ar, terra, água à vontade e sem grandes limitações.

Fomos a um ateliê

Fazer experiências com barro. Foi giro, sujou-se todo (e a mim também) e do que gostou mais foi do borrifador e de pintar com o barro molhado em cima da mesa.

Não é preciso muito dinheiro

Para fazer uma criança feliz, nem tão pouco para arranjar mais um motivo para birras e asneirolas:

- Um frasquinho de bolinhas de sabão dos chineses (oferecido pela avó Carmo) foi motivo para gargalhadas histéricas/choro desesperado todo o fim de semana.

quinta-feira, março 26, 2009

Também devia querer visitas

-Está lá a Jussara, está?
-Não, isso foi ontem.
-E a Inês?
-Isso foi antes de ontem.
- Só vem o papá hoje, é?

(parece que sim, lol)

Devia querer ir ao supermercado

Hoje ao sair da escola:
-Temos o bacalhau todo, temos?
-O bacalhau foi no sábado, Lourenço.
-E atum, temos?
-Sim, foi o que fomos comprar ontem!
-Temos tudo, é?

segunda-feira, março 23, 2009

Ligaram-me da Creche

Várias vezes enquanto esteve em casa. Queriam saber como correu, como ele estava. Nem sempre atendemos porque tivemos os telemóveis no silêncio vários dias. Hoje finalmente falámos e do outro lado disseram-me que tinham saudades dele e que os amigos até já tinham perguntado pelo Lourenço. Eu sei que não é a creche perfeita, mas sei e sinto que gostam dele a sério. E, na verdade, nesta idade em que pouco mais vão aprender do que a brincar (e é bom que assim seja)isto é mesmo o mais importante.

Imita-nos tão bem

Hoje fomos lanchar ao café. Já não saia de casa há cinco dias, merecia. Lá porta-se sempre bem (menos quando lhe peço uma dentada do queque e entra em modo parvoeira... é um pouco para o lambão e partilhar só se for migalhinhas) e entretanto informo-o que vamos ao centro comercial trocar uma coisa com o pai que está a chegar. Diz-me logo: é para te portares bem, ouviste, no cento comeciali. (é o que lhe costumo dizer, óbvio, embora nunca resulte).
Mais tarde, já no dito centro, digo que quero ir ver umas coisas à secção feminina da Zara. Diz-me logo com um ar muito sério: ver é só com os olhinhos, 'tá bem? (não fosse eu querer mexer também).

:)

Tão bem educadinho...

Ao vislumbrar a sopa:
-Não quero, obrigado, não me apetece.
Ou em alternativa:
-Tenho a barriguinha cheia, não me apetece mais.

Amanhã

Regressa à escola.
Iupi*.


*gosto muito de estar dedicada a ele, mas não trancada em casa e muito menos com o trabalho a acumular-se e os prazos a aproximarem-se.

domingo, março 22, 2009

Video update


Antes de irmos para o hospital!

sábado, março 21, 2009

Manias

Vai buscar um avental, pega num pano, sobe à cadeira e diz:

-Eu sou das limpezas, não é mãe?

Ontem

Diz a Ju, que nos veio visitar ontem:
-O Afonso é o meu namorado, não é?
-Eu também sou!

Apesar

Do líquido que teima em sair do ouvido (o que pode implicar um antibiótico oral), é uma imensa alegria/estranheza entrar no quarto dele antes de me deitar e não o ouvir respirar.

Nunca tive problemas desses, porque ele sempre se fez ouvir bem.
:)

quinta-feira, março 19, 2009

No hospital

* tirei fotos porque ele não se vai lembrar depois, não porque fosse (mais) uma festa a exigir registo.

quarta-feira, março 18, 2009

Comeu

Pela última vez às 8 da manhã. Por volta das seis estava com fome, naturalmente.
Era vê-lo a pedir bolo. Bolo??? Querido, durante uns dias é só iogurtes e sumos!
Coitadinho, que se portou tão bem sempre e em todas as ocasiões. Valentão.

Era uma operação

De rotina, sem grandes riscos. Ainda assim, agarrada ao Cacá e limitada a esperar, pensei em todos os pais que deixam as vidas dos filhos em mãos alheias e esperam, esperançosos, por uma boa notícia.
A nossa boa notícia chegou 45 minutos depois e foi um bebé choroso aquele que encontrámos no recobro (foi a única vez que chorou, esteve sempre bem disposto, aquilo para ele estava a ser uma aventura). Doeu o coração vê-lo chorar, mas foi um alívio indescritível vê-lo acordado.
E agora pronto, já passou.
:)

segunda-feira, março 16, 2009

A miffy


Ajudou a fazer o guião. Já sabe que vamos ao hospital, que as enfermeiras lhe vão dar remédios, que o médico vai tirar as bolinhas (aka amígdalas, não se vá pensar em bolinhas de outras latitudes) e que vamos os dois dormir no hospital. Ele está tão entusiasmado que ontem comeu tudo ao jantar, porque lhe disse que quem não comia não podia ir. Também disse ao pai que éramos só nós que íamos dormir lá. Ele não podia. Hoje vou falar-lhe na dor, não quero que vá enganado.
Por enquanto é uma aventura. E tal como no livro da Miffy, vou mais logo comprar-lhe um presente (para lhe dar quando acordar e se sentir bem).
Estamos em contagem decrescente. Oxalá amanhã chegue depressa.

De repente

Vemos os nossos filhos (o meu, que só tenho um) a perpetuar, sem saber, certas tradições familiares. Quando saíamos da festa do Manelinho (um ano já) dizia: a avó Bina é minha amiga, não é?
E lembrei-me tanto da outra avó (mãe da hoje avó Bina), de cabelos brancos e sorriso fácil, a quem todos chamavam de avó. Saudades desse tempo, mas feliz por ver o filhote fazer, sem ter consciência disso naturalmente, homenagem a uma família tão querida (e tão minha também, de certa maneira).

sábado, março 14, 2009

Decidimos

Não arriscar mais uma aula de natação. Convém que não se constipe, disse-me a secretária clínica lá do Hospital. Explicou-me tudo mais ou menos e eu fiquei descansada, mas nervosa, claro. Como vai ele lidar com a dor?
Resta esperar e eu detesto esperar. Gosto de resolver logo tudo rapidamente.
Terça-feira às 13:30 apresentamos-nos para o serviço. Em jejum (sempre quero ver como vamos amansar a fera comilona e sedenta).
Bem isto tudo para dizer que fui ao Príncipe Real abastecer-me de legumes*. Adorei.
(* comprei finalmente endro para as minhas receitas gregas!)

quinta-feira, março 12, 2009

Diz que vai para o céu

A voar, porque tem de ir brincar com a lua. Pergunto-lhe como vai voar? E ele abre os braços e agita-os como asas acrescentando, assim, olha, assim.

* Também disse que a lua voava e eu corrigi, que não que estava presa no céu. E ele responde, não não, voa sim, anda à roda (como é que ele sabe disso?).

Cresceu

Chega a todos os interruptores da casa sem dificuldade. Carrega no 4 no elevador, quando ainda há um ou dois meses mal conseguia passar do -1.

when did that happen?

quarta-feira, março 11, 2009

As noites, preocupações e falta de tempo são compensadas por coisas como estas:

Passa a mão pelo meu cabelo e diz: és linda, não és? és a minha princesa, não és? abraço....
;)

Andei a mostrar-lhe fotos e vídeos dele bebé

Dei de caras com isto e quase derreti de saudades:

sexta-feira, março 06, 2009

Do que mais tenho pena

Nesta história toda da operação é o facto dele ter de deixar a natação. Custa-me porque aquilo é giro e ele tem evoluído imenso. O próximo semestre seria aquele em que, aos poucos, passaria a ir sozinho para a piscina. Seria uma grande conquista, mas os tubos de ventilação que provavelmente terá de pôr (não é certo) implicam que não possa mergulhar nos próximos meses (ele até na banheira gosta de mergulhar, não sei bem como vou impedi-lo de o fazer).
Paciência...

quinta-feira, março 05, 2009

Coincidências felizes (ou a vida dá muitas voltas e às vezes tem mesmo muita graça)

Ser quem é a escrever isto.

* O livro escrevinhado, sublinhado, partilhado com a intensidade que só naquela época era possível. Tão emprestado que já nem o tenho. Diz ela que sobrevive à releitura. Acho que vou mesmo experimentar.

Ontem percebi claramente

Que distingue muito bem os números das letras, embora não as identifique individualmente...

quarta-feira, março 04, 2009

É oficial

O rapaz está mesmo surdo:
-O quê?
-O que é que disseste?
-Que é que estás a dizei?

Passamos o dia nisto...

domingo, março 01, 2009

Na casa de banho

-É o papel? O papel?
- ...para o rabo!
- Não, o papel higiénico...
-Inético não, para o rabo.

* e chega de posts sobre partes pudendas!

Encontrou

Um supositório de ben-u-ron. Chegou ao pé de mim e disse: "mamã, abre isto para eu pôr no meu pipi..."

lol.

Da preparação (1)

Assim como não quer a coisa comecei a falar-lhe da operação. Ele por enquanto toma um anti-alérgico todos os dias, para evitar os ranhos em demasia (ritual que ele adora, aliás). Vai daí disse-lhe: Um dia destes vamos ao doutor da luz na cabeça para ele te tirar as bolinhas (aka amígdalas) e já não vais precisar de tomar remédio. Ficou relativamente indiferente. Depois diz: O dotói vai tirar-me a cabeça? (enquanto se segurava ao pescoço, intrigado como ele chegará às bolinhas). Não, claro que não, respondi! Passado um bocado saiu-se com esta: quem é que colou as bolinhas?

Fartei-me de rir (disse-lhe que fui eu enquanto ele morou na minha barriga)!

quinta-feira, fevereiro 26, 2009

De manhã na minha cama

Mamã, cólo, 'tou com saudades tuas.

Uicabom!

Fotografia

É turrafia.
Imediatamente é...
rratameti.
Foi de propósito é...
foi de totópito.

domingo, fevereiro 22, 2009

Já tinha...

...mesmo muitas saudades das manhãs sem pressa, passadas entre jornais, conversas e brincadeiras na Gulbenkian.
Muito sol, os amigos de sempre, os lugares do costume, com uma pizza ao almoço para rematar roça o meu ideal de dia perfeito!

Andou encantado com o primo

De tal maneira que até o chamou para fazer companhia na casa de banho. De mão dada.
O Pedro, coitado, fez o que o Lourenço lhe pediu, mas às tantas lá confessa: é que estou um bocadinho farto de estar aqui!
;)

A avó Kalli

Fez setenta anos. Ena tantos...
Parabéns!

*O Lourenço ficou um bocado chateado pela festa ter sido cá em casa. Preferia a casa onde há permissão para fazer quase tudo...

sexta-feira, fevereiro 20, 2009

Este ano acompanhei metade do desfile pelo bairro

Chorou quando me viu, mas quando me decidi apartar (enfim, tenho mais do que fazer) disse-me adeus e continuou satisfeito!

quinta-feira, fevereiro 19, 2009

Perguntei-lhe (2)

Com quem tinha dormido (à espera que dissesse que tinha dormido com o miau, o urso e/ou o cacá):
-Dormi com os meus colegas. Todos.


* Gostei da precisão do colegas.

Perguntei-lhe

Quem na escola eram os seus amigos preferidos:
-A Inês... (pausa) A Catarina... (pausa) A Catarina é minha fi(lh)a, a Mafalda, a Inês...todas, todas são todas minhas fi(lh)as!

LOL

* a avó também já passou por filha, suponho que ele associe a categoria de filho à de gostar, porque quando ele me responde com um porquê à minha declaração gosto muito de ti, eu respondo porque és meu filho!

Já várias vezes

Lhe perguntei a que é que ele ia mascarado, ao que ele respondia de leão. Corrigia. Só hoje é que percebi que ele não sabe bem dizer a palavra cirurgião, por isso lhe saía o leão...


(será que é assim que se percebe que ele ouve mal? Já tenho reparado que ele às vezes diz: mamã o que é que disseste? não ouvo bem)

quarta-feira, fevereiro 18, 2009

Rebuçado

É murruçado. E é muito bom, diz ele.


* o senhor da frutaria queria oferecer-lhe um chupa, mas pedi-lhe que lhe oferecesse antes um cachinho de uvas que o fazia tão ou mais feliz (e a mim também que tenho verdadeiro horror a açúcar em estado sólido - enquanto puder evitar...).

terça-feira, fevereiro 17, 2009

Pano amarelo

Hoje pôde brincar com o pano amarelo (estava lavado e seco). Prestou-se imediatamente a limpar tudo. Como a sua mesa que estava "muuuuito suja". Nisto chega o pai (à espera da corrida e abraço do costume, certamente) chamando por ele. Grita do quarto, sem parar de limpar:
-Agora não posso, papá. 'Tou a limpar i(s)to que tá muuuuuito sujo!

****
Mais tarde dizia-me:
-Eu limpei o chão da Sofia, sabes. Ela deixou-me (ainda sem acreditar como foi possível). Ela é minha amica não é?

segunda-feira, fevereiro 16, 2009

Spoiler

Como o Lourenço não gosta de roupa nova (tira, tira, isto não é meu!!!!), temos de fazer habituação à máscara, não vá fazer fita no próprio dia...
Ao fim do segundo dia, lá acedeu a vesti-la. E voilá, cá vai o nosso médico-cirurgião (pronto para dar uma pica):

Como que ele adorou os bichos

E como aqueles bichos eram adoráveis!

O primo fez anos

No dia de S. Valentim. É lindo e esperto que nem um alho, muito interessado e desperto para o mundo. Oxalá assim continue. Sendo a Inês tão presente, ele (primo) sente-se acanhado quando está com o Lourenço, já tinha reparado. Mas só lhes falta o tempo e as ocasiões para se aproximarem mais e, salvaguardando a diferença de idades, serem amigos.

Já nem sei se consigo reproduzir

Mas no sábado, ao ver as barbatanas do pai no saco da natação, pergunta:
-Para o que é isto?
-É para o pai nadar mais depressa.
Pega-lhes, observa-as e acrescenta, preocupado:
-Papá, onde é que se liga?Isto não está a andar! Está estragado, é? Não funciona, é?

quinta-feira, fevereiro 12, 2009

Ao deitar

Calha estarmos os dois a fazer umas festinhas na cabeça ao mesmo tempo, enquanto dizemos boa noite, até amanhã.
- Paiam (as in parem)! Um de cada vez!
;)

quarta-feira, fevereiro 11, 2009

Notas sobre o carnaval (II)

Ele não sabe ainda muito bem o que é, nem apregoa aos quatro ventos a que é que se quer mascarar. É normal não é?

* Para o fazer feliz, mandava-o com uma bata da servilimpe com um balde uma esfregona e estava feita a coisa.

Notas sobre o carnaval

Enquanto puder evitar que vista poliester acetinado ranhoso e, pior, horrendo, hei-de evitar.

* Isso é um problema porque tudo o que não é poliester acetinado tende a ser caro.

Donde é que ele tira estas ideias

Hoje, na casa de banho, sentado na sanita.
-Mamã, o cocó é filho do rabinho é? É filho dele?

:)

Hoje

A Alice faz quatro anos. O sol brilha como no dia que nasceu, para compensar a chuva das últimas semanas. Hoje a nossa 'pensada' vai para ela, com votos que seja um dia muito feliz!

Parabéns minha querida. Parabéns aos pais também.

segunda-feira, fevereiro 09, 2009

Os dias começam e acabam invariavelmente da mesma maneira

-És minha amiga/o, és?
- Sou pois, muito.
-Porquê?
-Porque gosto muito de ti.
-E a Mina também gosta, é?

:)

Não teve mais febre

E esteve por casa estes dias. Hoje lá foi para a escola, mas já me ligaram. Acho honestamente que é exagero: supostamente uma alergia na zona da fralda... dei-lhe banho de manhã e não dei por nada, mas é possível, fez tanto xixi de noite que acordou molhadinho. Que estava cabisbaixo e até lhe tinham medido a febre: 37,2. Ora ele não tem febre há dois dias e além disso 37,2 não é febre. Está a antibiótico, não está a 100%, mas está bem e hoje estava muito bem disposto.
Caramba, já me deixaram culpada... como se o tivesse mandado a arder em febre... Como sabem que trabalho em casa, acham que o meu trabalho é menos exigente ou premente. Já uma vez a G. falou nisso, aos olhos das pessoas do bairro sou aquela inútil que manda o filho doente para a escola e fica de papo para o ar em casa sem fazer nada.
Bahhh...

sábado, fevereiro 07, 2009

Eu até já tinha feito o diagnóstico

Mas mais uma vez se prova que informação não é conhecimento. Ou seja, a internet ajuda muito mas às vezes não ajuda nada. Ontem já estava a ver a minha vida a andar para trás com uma das doenças mais chatas que há (é chata mesmo, confirmou a pediatra, a estomatite aftosa). Mas afinal é mesmo laringite o que ele tem. Pus e inflamação e olhinhos de febre. Dói-lhe a língua porque é lá atrás... A médica, com quem o Lourenço se fartou de conversar, até nem queria dar antibiótico, mas como vai ser operado é bom que não corra o risco de ter recaídas.
No fim, o Lourenço pediu um beijinho e um balão cor-de-rosa. Deixou-nos a todos enternecidos. É que nem é por ser meu filho, mas é que ele é mesmo querido.

sexta-feira, fevereiro 06, 2009

Se pudesse

Perdia a cabeça com livros para ele. Há coisas tão interessantes e engraçadas!

Sequência de Sonho

Manhã em jejum (nem se lembrou da comida), consulta no otorrino às dez, análises (berros e mais berros) depois. Escola a tempo do almoço. Parece que nos telefonaram às quatro porque o Lou tinha febre (o meu telemóvel não deu sinal apesar de estar ligado aqui ao meu lado, o pai não atendeu por alguma razão). Lourenço ressona brutalmente e tem tosse (julgo tratar-se de uma qualquer coisa respiratória). Deito-me e lembro-me que me esqueci de lhe pôr a fralda. Vou a correr mas já não vou a tempo. Ao mesmo tempo vejo que tem febre. Vem para a minha cama e não durmo nada porque ele ressona brutalmente (faz aflição). Quando a febre baixa volta para a sua cama. Passado um bocado geme, diz que lhe doem os dentes e exige um beijinho nos ditos (o que não dá jeito nenhum). De manhã febre outra vez e uma língua com pintas brancas. Está explicado, vamos confirmar à pediatra, mas o Lourenço deve ter sapinhos.
Ufa, estou cansada.

* Adenda: não deve ser sapinhos mas antes estomatite aftosa. Bonito!

quarta-feira, fevereiro 04, 2009

Parece que vem aí o carnaval

Devo preocupar-me? Será razão para correr afanosamente lojas e afins à procura de máscara para o rebento? Terei energia para enfrentar a turba de mães em busca do melhor disfarce?
Há coisas, sinceramente, que não percebo.
O carnaval é o carnaval é o carnaval.


*os carnavais de que tenho melhor memória (a minha mãe houve uns anos que nos mandou fazer uns vestidos na costureira...) eram aqueles em que íamos ao baú (no caso gavetas) buscar os fatos de ballet de várias gerações, os saiotes que a minha mãe usava por baixo das saias, os véus para levar à missa e as luvas dos casamentos (umas delas eram até cá acima, que excitação). Na verdade isto era brincadeira comum... acho que não fazíamos isto só no carnaval, pois não Ana?

terça-feira, fevereiro 03, 2009

Apanhou-me um baton de cieiro

Muito pronto, enquanto o esconde atrás das costas:
-Não podes mexer. É muito caro.... e perigoso!

Hoje apanhou a bolsinha dele dos documentos

Já se estava a preparar para espalhar tudo, quando lha tiro da mão e digo:
- Esta não podes, é importante, não se pode brincar. Anda cá que eu arranjo-te outra (tenho três daquelas com o nome).
Assim que lha passo para a mão começa a choramingar:
-Mas esta não tem naaaaaaadaaaaaa!

Pronto está bem, enchemo-la de papéis e folhetos e lá ficou feliz com a sua bolsa de coisas importantes.

Já não é

Vitória, Vitória, acabou-se a história.
Agora é:

Acabou-se a aventura. Pronto.

E um desenho

Da mamã, Lourenço e papá (eu só desenhei os círculos...)

Mais uma foto

Ligaram-me da creche

Parece que as comezaina de ontem + ameixas secas que comeu depois do jantar + leite de madrugada depois de acordar todo molhado porque a mãe se esqueceu de pôr a fralda + iogurte de manga líquido antes de ir para a creche (mamã, ainda não papei!) não deu bom resultado.
Até se queixou de dores de barriga coitado. Enfim fui buscá-lo. Apesar de pouco ter dormido não quis voltar para a cama e por aqui andámos. (É uma melga, não se entretém se eu não estiver lá ao pé dele.) Mas pronto, depois de tão longa ausência (de imagens) aqui fica um vídeo dele a cantar.
* o adereço é um guarda chuva de um carrinho de bebé, descobriu-o há dias e adora-o. Tenho de lhe arranjar um a sério.



A canção chama-se: chuva, pingue pingue, constante e brincalhão, molha tudo tudo molha, molha tudo no jardim, e quando a gente se molha, faz atchim, atchim!

- O cabelo ficou muito curto

Não dá para pôr assim em pé, já experimentei, não dá...
-Dá, dá, queres ver?

(Lourenço, fecha a boca...)

segunda-feira, fevereiro 02, 2009

Não lhe tiro fotos

Há semanas. E ele está tão giro e tão querido. Vou-me arrepender, ó se vou.

Já tem idade

Para gostar de ver o Ruca, o que é mais um sinal a dizer-me que está um rapazinho. Vê os episódios no youtube, porque do Ruca não tenho nenhum dvd (tenho poucos e só do Pocoyo). Só estou à espera qu comece a dizer está bem, com aquele ar doce como faz o personagem, quando a mãe lhe pede alguma coisa. Ou melhor, tenho alguma esperança que o faça, que aprenda qualquer coisa com aquilo, enfim: a ser um menino obediente à primeira (sem fitas nem meninos ranhosos aos gritos a rebolar no chão).

*No fundo não quero isso, porque sei que não é normal ;). Gosto dele assim, com o seu feitio.

domingo, fevereiro 01, 2009

Houve uma fita

Porque não queria apanhar uma caneta que tinha atirado para o chão. Ele é teimoso, mas eu sou mais e ele rebolou, chorou, enfim fez o que pôde, mas no fim foi apanhar a caneta e ficámos amigos.
Passado um bocado no carro, ouço-o a ralhar com o Cacá:
-Ai ai, ficas de catigo, apanha a caneta senão eu fico muito titi, ai...

Chego ao quarto depois da sesta

E diz-me:

-O cão fez ão-ão e eu acodi! A porta estava fechada, porquê mamã?
...
-Coitadinho do cão...

Foi-me levar à estação dos autocarros

E assim que vislumbrou uma daquelas coisas que à custa de uma moeda se movem ligeiramente ao som de música roufenha (não sei se é assim que se escreve) disse: adeus, vai para o autocarro, quero ir para o pato (era um pato, pronto). Mantive-o ao colo (não me fico assim face a um pato qualquer) e lá se admirou com o tamanho do autocarro e disse adeus comigo à janela, visivelmente maçado por aquele ritual se estar a demorar mais do que devia. Por fim lá arrancou e lá pôde satisfazer a sua curiosidade (sem moeda que, é um princípio meu, aquilo é um roubo).

Anda uma pessoa a criar um filho para isto ;)! Não sei bem como vou lidar com o facto de um dia não ser a pessoa mais importante da vida dele. É que sou assim para o possessivo e admito-o (ler com tom de ironia e gozo).

quinta-feira, janeiro 29, 2009

O pai

É papá, às vezes pai. Eu sou mamã Lia ou Lia somente.

Isto não significa excesso de confiança, pois não?

As viagens

Angustiam-me e põem-me nervosa. Pode ser perto ou longe, de avião ou camioneta. Dá-me um aperto e não consigo deixar de pensar numa coisa estúpida (mas verdadeira). Se hoje for (e por algum azar não voltar, toc-toc-toc na madeira) ele não se vai lembrar de mim.

*Se tudo correr bem volto amanhã já... E sim eu sou um bocado dramática.

quarta-feira, janeiro 28, 2009

Da reunião de pais

- a auxiliar fala mais correctamente do que a educadora (uma querida e razoavelmente competente, mas com um problema sério de expressão oral e escrita);
- ele está bem, faz tudo o que lhe compete com a idade que tem, come tudo e mais alguma coisa, tem dias como todos os outros mas não chora muito nem faz birras;
- os miúdos são todos diferentes mas ao mesmo tempo todos iguais.

terça-feira, janeiro 27, 2009

Ontem

Em casa da avó sei que comeu duas cerejas e uma uva. Foi a minha avó que lhas deu. Também confessou ter comido um chocolate da avó Kali. Aí, já me pareceu mais suspeito (que comeu, comeu, acho é que ninguém lho deu). Principalmente depois de me ter garantido que pediu faxavói. Cá para mim não resistiu a sacar um e comê-lo às escondidas ;)!

Sempre a aprender

Depois de passar uma vida inteira a achar que se dizia partida, lagarta, fugida e não partida, LARGADA, fugida*, aprendi há pouco que não se diz ovelha ranhosa, mas sim ovelha rOnhosa. Tem a ver com uma doença chamada ronha que torna os animais molengões e lentos (fazer ronha também vem daí). Fabuloso.

* para o Lourenço é: partida, largada, vamos.

segunda-feira, janeiro 26, 2009

Haverá pesadelo pior

(Para quem faz uma tese) do que sonhar que se perdeu o computador? No meu caso foi um descuido, deixei a mochila algures (era o ISCTE, mas muito esquisito) e quando lá voltei a mochila estava vazia. Ai que angústia.


* Ontem deu-me preguiça de fazer backup da última versão de um capítulo. Teria perdido dois ou três parágrafos, mas como cada parágrafo é insubstituível...

domingo, janeiro 25, 2009

Usa amiude

As palavras: caraças, caramba, pilantra (demorei a perceber que era isto que ele queria dizer quando dizia piláta), tonto, xoné.

Just for the record

Há muito que começou a fase dos porquês.

(Há bocado não percebia porque é que o risotto de cogumelos do Oliver não era para nós. Como não sabe muito bem o que fazem as pessoas dentro da televisão, ficou convencido que o Oliver é um bocado egoísta e só não partilha porque não quer).

Hoje foi

Cortar o cabelo. Lembra-se da Célinha ser muito simpática e, sobretudo, de ter um aspirador. Ela tem um pitioi gaaaandi como a Mina. Eu vou apiaí e a Célinha vai ajudá-mi.

E lá foi todo contente.


Update: cortou o cabelo (tou gi(r)o, tou?) e aspirou (com um aspirador vermelho). Há sonhos que se realizam e fazem o Lourenço muito feliz.

Guardou-o na mão

Como se fosse um tesouro. Uma senhora de um cabeleireiro (ele especou-se na montra a observar tudo, fascinado) veio à porta e ofereceu-lhe um marruacho que é como quem diz, um rebuçado. Disse-lhe logo que só depois do jantar e ele, mesmo tendo passado umas horas, não se esqueceu. Comeu tudo e não fez birra e no fim perguntou por ele... ainda tentei disfarçar, não sei onde está, mas ele não é tolo, está no bolso do meu casaco. Lá estava, meio derretido e cheio de cotão por ter passado um bom bocado na mão. Merecia o prémio e teve-o: é muito bom o meu marruacho.

Depois tossiu e ele caiu no chão e partiu-se. Foram três inesquecíveis lambidelas.

Ontem

A exposição afinal era um velório, mas o chá afterwards manteve-se. Os miudos portam-se como se portam, nem mal nem bem, mas fazem barulho e querem mexer nas coisas. O sítio era super cool, mas os donos deviam estar a rezar para nos irmos embora (fica sempre uma confusão de migalhas e guardanapos nas nossas mesas). Não devia ser assim, quase sentirmos culpa pelos miudos serem como são, normais e felizes. Termos de pedir desculpa por existirmos e querermos ir a lugares acompanhadas dos filhos. Não foi especialmente o caso de ontem, estou a ser injusta, mas é uma reflexão que me acompanha desde que o Lourenço nasceu.

Enfim, na verdade o problema é o tempo e a falta que as esplanadas e os jardins fazem.

sexta-feira, janeiro 23, 2009

Confirmei uma desconfiança hoje:

Que a Beatriz (já foi o Diogo) é uma amiga imaginária que eu às vezes personifico.

*Não há ninguém na sala dele com esse nome, nem ele convive com nenhuma das outras salas (só há uma nos bebés).

quarta-feira, janeiro 21, 2009

No doutói

Portou-se tão bem, tão bem, tão bem que mal escondi o meu próprio espanto e entusiasmo. Bem, tirando aquela parte em que já estava com o rato do computador na mão, pendurado na secretária para ver o ecrã, foi perfeito. Avisei-o que ia mostrar as bolinhas da garganta ao doutor e ele perguntou se era no pescoço e se eram vermelhas. Disse que sim e ele ficou com pena de não serem verdes, ou cor-de-rosa. Chegou lá abriu a boca, mostrou os ouvidos, fez um exame com uma mosca mágica (descobri que não ouve bem...), encantou tudo e todos. No fim até lhe dei um daqueles rebuçados de cortesia (ele, que não é parvo, topou-os logo em cima do balcão achando que eram cocholates).
O veredicto já o esperava: o médico acha que a operação vai melhorar a qualidade de vida dele, embora não ao nível de aumento significativo de percentil, pois é comum nestes bebés dormirem mal e comerem mal, o que não é, exceptuando as birras, o caso (aliás, com sestas de 4 horas o problema dele é o contrário).

Gostei particularmente dele muito sério a perguntar ao médico se ele era amigo dele e a explicar-lhe que não ia para a marquesa (o terror dele) porque aquilo não era para bebés, só para crescidos. Vá lá que só foi preciso ser observado numa cadeira...

Conclusão: só é crescido quando lhe convém, né...

terça-feira, janeiro 20, 2009

Espertinho

Faz a asneira (sapatada, raivinhas, etc.) e passado um bocado pede desculpa e acrescenta: estava a brincar contico!!!

segunda-feira, janeiro 19, 2009

Na doutóia

Portou-se muito bem. Quer dizer, ainda ensaiou umas lágrimas, via-se que tinha medo, mas negociou os receios com argumentos da médica. Coisa que a médica notou e relembrou no veredicto: isto é maturidade emocional, perceber os argumentos e controlar-se. No fim ele disse que ela era amica e até lhe perguntou se ela não queria vir à nossa casa (desde, claro, que deixasse o estetoscópio no consultório - isso fica cá, tá bem?).
Achou-o óptimo (seguro, com rotinas e feliz), mas não se vai escapar à operação às amígdalas (um desbaste, que quase não passa ar coitado, diz a médica que notou a evolução negativa).

sexta-feira, janeiro 16, 2009

Tem havido muitos acidentes

Líquidos e às vezes sólidos, mas pouparei nos detalhes sórdidos. Não sei porquê à tarde dá-lhe a paradinha e não pede, deve estar entretido com a brincadeira ou tem vergonha, não sei.
Desde ontem uma estratégia: se trouxer as mesmas calças vestidas que levou para escola tem direito a uma surpresa. A de ontem era gelado.
Tirando a parte em que 1) me pediu para assoprar (porque estava muito frio) e 2) a parte em que me pediu para aquecer para poder beber, adorou. Claro que a surpresa não pode ser doces todos os dias. A de hoje, se correr tudo bem (senão não é surpresa mas vai à mesma), é uma visita à doutora... Como anda numa de médicos e dói-dóis vai delirar!

Ao jantar

- Sabes o que é isto? Sabes como se chama?
- Não.
- É molho de iogurte, chama-se tzatziki, tza-tzi-ki.
Ele com ar de gozo:
-chama-se tásaqui?
E riu-se muito.

quinta-feira, janeiro 15, 2009

Tenho-o filmado pouco

E tirado poucas fotografias. Nem parece meu e tenho a certeza que me vou arrepender. Lembrei-me disto ontem ao vê-lo lavar os dentes sozinho com mestria. Para não falar nas conversas, tantas e tão giras. As histórias que sabe de cor e as canções que canta afinado.
Aos 33 meses está giro, engraçado e uma excelente companhia.

quarta-feira, janeiro 14, 2009

Juro que não o influenciei

Imagens do Alberto João Jardim na televisão e sai-se com esta:
-É muito feio!
- O quê? É feio?
-Sim... parece maiuco (maluco)!
Rimo-nos todos e acrescenta: lelé da cuca!