terça-feira, março 27, 2007

Enquanto


O bebé, apesar de murcho devido a um desarranjo inexplicado, passa parte do dia a ensaiar a marcha (hoje deu quatro passinhos sozinho na minha direcção), eu pesquiso as memórias de há (apenas) um ano.

Preparávamos a cama onde ias dormir os teus primeiros quatro meses.

segunda-feira, março 26, 2007

Do fim de semana









Para além da constipação/alergia que fez os olhos chorar e o bebé espirrar muito, registe-se o risotto de alcachofra e a panna cotta, obras primas gastronómicas das amigas, que consolaram os estômagos depois da tarde no parque.

*Gosto das fotos em que, por obra da magia da luz e da sombra, quem tira a foto também está presente.

Gosta

De queijo, de bocadinhos de comida crescida e sem ser também. De bolas que rebolem bem longe, mas que caibam na mão. De óculos poisados na cara das pessoas. Do polvo Ikea que passou a vigiar o sono. Do barco termómetro que venceu o tubo do chuveiro, reduzindo-o à sua insignificância. Dos livros que ao fim de quatro páginas se possam morder. Dos bonsais (grande e pequenino), mais recente paixão e objecto de fixação do dedinho apontador.

Primos



Puro fascínio.

terça-feira, março 20, 2007

Coisas que o Lourenço não sabe

Concluo que se um dia o Lourenço ler este blogue não saberá muito senão dele. Quem nós somos, o que pensamos, como nos corre a vida, não passa muito por aqui. Não sei se deveria. Não sei mesmo. Em conversa com amigas mães e bloggers falamos às vezes do que gostaríamos de escrever e não podemos, porque somos lidos. De algumas angústias, alguns desagravos, das relações dos outros com os nossos filhos. Enfim. Nada demais.
No entanto, e acreditando que o Lourenço terá um dia interesse em ler estas linhas, aqui ficam resgistadas algumas notas soltas sobre o nosso quotidiano.
Estra conversa vem a propósito porque me lembrei das séries. Estamos um bocado viciados em séries. Começou com o bebé pequenino (antes também havia, mas não assim) em que a série tinha a duração exacta entre as mamadas do bebé. Continuou e só não é mais porque fizémos downgrade da internet e porque agora trabalhamos à noite para compensar as manhãs sem sossego. Ontem, depois de uma semana de míngua, foram dois episódios de seguida. O terceiro não venceu o sono e o cansaço. Nos entremeios o Lourenço manifesta-se, às vezes no auge da acção. É a sua forma de participar, em mais este domínio da nossa vida.

segunda-feira, março 19, 2007

Dia bom (em duas míseras imagens)

Com os patos e ao colo da tia Sofia. Ainda faltaria registo do reencontro com uma amiga querida que as correrias insistem em manter longe de nós. Fica para quando se concretizar a prometida pizza na companhia de todos.

Hoje

Deu dois passinhos (enganados com tanta distracção). Passou a ensaiar os tem-tens voluntariamente: equilibra-se, solta-se, orgulha-se muito de si próprio e sorri satisfeito com a proeza. Diz na-na-na-na a pedido e papa e papá também. Mamã também usa de vez em quando...
Hoje não fui trabalhar ao trabalho (trabalhei um pouco por aqui mesmo...) Estava um dia horrível e optei por ficar em casa com os meus amores. Há coisas que o dinheiro não paga, realmente.

Dia do Pai

Sem presente, mas sempre presente.

Dia bom

Passado entre jardins. De manhã em família, tão cedo que o café não tinha aberto sequer. Permitiu-nos gozar o solinho, a relva e o sossego, antes do frenesim dos jornais folheados e das pessoas relaxadas. Andámos contentes pela mão. Será para breve esse primeiro grito de ipiranga rumo à independência?
À tarde, a velha Estrela. Na companhia de amigas, porque o pai ficou a trabalhar, coitado.
Anda feliz, tão feliz que se ri por nada. Brinca e entretêm-se. E faz asneiras, algumas, como não poderia deixar de ser.
Fotos, amanhã, talvez. Tirei umas bem giras, mas hoje estou demasiado cansada (ainda de ressaca da visita relâmpago ao Algarve para falar sobre as minhas coisas).

segunda-feira, março 12, 2007

Embora saiba

Que o aniversário nada lhe diz, apetece-me celebrar a sua existência. O aniversário mais não é que um pretexto. Felizmente são muitos os amigos (nossos e dele) que vão desafiar a logística das festas e o tamanho da casa. Aceitam-se sugestões para o (grande) dia.

Na praia

Primeiro assustou-se com a areia nos pés. Depois, cedeu em tocar-lhe, experimentou-lhe os sabores e percebeu que aquilo é o mundo em brincadeiras.

domingo, março 11, 2007

Onze meses

De Lourenço. No dia dez, sábado passado. Custa tanto a acreditar que quando me perguntaram quantos meses fazia, respondi prontamente dez. Foi numa outra festa, de graúdos, que celebrámos a efeméride.
Novidades só me ocorrem estas: come fruta aos bocadinhos, mastigando afanosamente com as gengivas vazias. O quinto dente está de fora, mas os que ainda não estão dão-lhe algum trabalho. Aliás, baba-se tanto que em brincadeira com o telemóvel do pai, o afogou nela. Literalmente. É ver o pobre aparelho meio em curto circuito, com uma nuvem de vapor no visor. Culpa nossa, certamente, que aproveitando os momentos de sossego proporcionados pela máquina o deixámos brincar com aquilo mais do que o devido.
Tirando isto brinca muito, calcorreia tudo e dá muitos mimos. Ah e o dedo apontador tem um novo significado. A avó ensinou e ele pura e simplesmente delirou com o tiro-liro-ló. Em loop, claro.

quinta-feira, março 08, 2007

Também é verdade

Que nunca rejeita o colo que lhe oferecemos. Excepto se estiver no banho. Basta dizer «Vá, já chega, vem à mãe» para imediatamente se pôr de pé para o lado oposto e agarrar em todos os brinquedos que ainda não tiverem sido explorados, ignorando olímpicamente os meus braços estendidos.

Parece

... que percebe tudo, ou pelo menos muitas coisas. Sabe onde estão todos os mobiles, o Sporting (sem comentários), o Noddy, a xuxa, a mãe, o pai, a avó, a cadeirinha (pois claro!), o papá no popó (foto do António quando era pequeno) and so on. Mas ao dizer adeus ria-se apenas. E nós feitos palermas a abanar os braços repetidamente a ver se ele percebia. Pois agora já percebe. Mas não faz quando pedimos, ou fá-lo raramente. Faz quando entende que quer que nos vamos embora, ou quando quer ir-se embora donde está.

Se calhar não devia...

Mas, seja dia ou noite, tenho dificuldade em resistir aos bracinhos estendidos a pedir colo.

segunda-feira, março 05, 2007

Lourenço na festa

Pela lente da doce Ana Rute.
Parabéns pelo dia de hoje. Pela sensibilidade invulgar.
E pelas meninas dos caracóis. Actuais e futuros.

Das festas(2)...

A observação das crianças presentes na festa sugere-me os seguintes comentários:

1) Os rapazes são mais brutos. Deve ser da testosterona que lhes circula no sangue. Afinal não são só as miúdas que sofrem com as hormonas.

2) A única razão que me faz ter pena de não ter tido uma rapariga são os vestidos giros, os ganchos, os anéis de madeira colorida e demais acessórios. Razões de miúda, claramente. E das fúteis.

domingo, março 04, 2007

Não contentes...

Entre as festas tivemos direito a jantar fora com os amigos de sempre e do costume. Patrocínio exclusivo da mãe\avó que se presta a fazer horas extraordinárias a vigiar o sono do rebento. A comida estava optima, mas ficou-me mais o sabor de estar ali a ser só eu, sem ser a mãe do bebé, com um olho na comida outro no potencial disparate.

Das festas (1)...

Já na quinta feira tínhamos ido a outra festa de anos. Dessa vez levámo-lo, uma vez que era em casa e não era muita gente. Um pouco a medo, sem saber como seria furar o esquema do toma banho, janta e dorme. Fomos, dormiu no carro. Chegámos lá e estranhou durante dois minutos, depois explorou a casa toda, fez companhia ao jantar. Apaixonou-se pela Vanda, a anfitriã, claramente. Mais tarde manifestou o sono que já trazia de casa e após alguma rabugice levei-o para o quarto, onde se ouviam as gargalhadas bem alto. Apesar disso, o meu querido rapaz, adormeceu, numa casa estranha, numa cama mais estranha ainda. E dormiu até o irmos buscar já passava da uma da manhã. Melhor parece impossível mas, e nisto ele não sai a mim de certeza, ainda acordou todo bem disposto, apesar de o termos arrancado ao sono dos justos. Senão fosse meu, queria ter um assim!

Das festas...

A Alice (re)fez anos e juntou-os ao do pai. A estes juntaram-se alguns dos respectivos amigos. A casa teve o tamanho suficiente, as crianças portaram-se lindamente (pelo menos a minha...). Os bebés colaboraram. A conversa fluiu como de costume. Acredito que a dose de stress dos donos da casa fosse superior à minha, mas não se notou. O Lourenço provou (e gostou) de todos os colos e também do pão de queijo. A amizade profunda que estabeleceu com uma cadeira lá de casa levou-nos de manhã ao IKEA. Acho que passou das tardes mais felizes da sua vida. Não a largou mais... Roeu, empurrou, roeu e empurrou a bendita cadeirinha para trás e para a frente o resto da tarde. Mais uma vez concluo que não é difícil fazer esta criança feliz.

quinta-feira, março 01, 2007

Primeiros sapatos


Para se ir habituando. Oferecidos pela avó querida.
De facto, tudo o que é pequenino tem graça.

Agora há pouco

O meu filho

Não dá miminhos. Dá brutinhos*. Muitos, muitos.

*chapadinhas de amor, dentadas de afectos, arranhões de ternura.

O Lourenço



Gosta de estar à janela. Gatinha para lá muitas vezes. No outro dia, ao chegar a casa, vi lá de baixo as suas mãozinhas a bater no vidro. Eu sei que ele não me viu, mas eu imaginei-o a acenar feliz por me ver chegar.