quinta-feira, dezembro 29, 2011

Ontem

Primeiro dia de aulas depois do Natal:
1. Levou (com tanto orgulho) o seu martelo pneumático e, por maldade de um colega mais velho, regressou partido. Foi de tal forma que as monitoras falaram com os pais e garantiram-nos que vai ser reposto pelos pais do tal colega. Deve ter chorado tanto.
2. Os srs. das obras devem achar-lhe tanta graça que o chefe  (o sr. (Eu)génio) lhe deu um capacete dos verdadeiros. E não lhe chamem trolha que ele responde imediatamente não sou nada, sou um trabalhador.

segunda-feira, dezembro 26, 2011

É demasiado óbvio

Mas  a mim até me surpreendeu. Muita conversa sobre o bebé e como ele já é crescido, quando na verdade ele quer certificar-se de que, in a way, ainda é o bebé da mamã. Ou pode ser de vez em quando.

* A minha mãe ofereceu-me um cesto cor-de-rosa e um pacote de fraldas de recém nascido. Assim que o viu o Lourenço quis arrumá-lo junto à sua cama e eu deixei. Até foi buscar mais umas coisas da mana e lá ficam guardadas no espaço que ele lhe reservou. Mas giro, giro foi,  passado um bocado, e depois de ouvir restolhar de plástico no quarto enquanto tentava que dormisse um bocado à tarde, dar com ele abraçadinho ao pacote.

Million dolar question

- Mãe, morrer é bom?

segunda-feira, dezembro 19, 2011

Já sabe que o assunto não me interessa muito

Com um ar muito sério no carro:
 - Mãe, posso falar de coisas de obras?

sexta-feira, dezembro 16, 2011

Lourenço e as perguntas difíceis

Mãe, as coisas existem?*

* e eu percebi claramente o que quis saber: há as coisas materiais palpáveis e as coisas que só existem enquanto conceito ou fruto de imaginação. É como explicar deus. É mesmo difícil: explicar o que existe e não se vê.

Já percebi

Quando for grande o Lourenço quer ter uma profissão que envolva sirenes. Foi isso mesmo que me quis dizer:
- Mãe onde é que há sirenes?
- Bombeiros, polícias, senhores das obras (luzes amarelas nas máquinas e apitos diversos)
- E médicos
- Médicos?
- Sim, nas ambulâncias.

1 kg de gente

É o tesouro que guardo na barriga. Começa finalmente a ser mais real nas nossas cabeças, embora sem o entusiasmo expectante da primeira vez. A vida corre depressa temos menos tempo para contemplar e pensar na vida  e no que aí vem. O mano dá mimos e fala com ela (chama-lhe queridinha) mas hoje, depois de já ter pedido várias vezes, e depois de se portar mal, não quis ir connosco à consulta. Eu acho que foi um daqueles quero mas não quero, não sei como me devo sentir e deixa-me cá por o vosso amor à prova das minhas teimosias.
E eu a pensar na parte da tecnologia, que é verdadeiramente o que o fascina. É preciso (dar-lhe) tempo, suponho.

segunda-feira, dezembro 12, 2011

Mãe,

As pessoas quando morrem deixam de existir?


(dependerá do que cada um acredita).

quinta-feira, dezembro 08, 2011

A escola

Tem cerca de 200 crianças. Mas na sexta feira, o capataz das obras chamou apenas o Lourenço e um amiguinho (que pelos vistos passam os intervalos agarrados às grades a observar as obras em curso) para entrarem numa escavadora e mexerem nas alavancas. Já os conhecia e acha-lhes graça.
Podem apenas imaginar o grau de felicidade desta criança naquele dia quando chegou a casa.
E eu posso apenas imaginar o grau de paixão que ele sente por esta coisa das obras.

A comer uma fatia de bolo rei

- Foi um rei que fez?

sexta-feira, dezembro 02, 2011

Esta mãe

Sente um indisfarçável orgulho pela coragem e bom comportamento demonstrado no dentista. Nem uma lágrima, nem um grito. Só muitas (mas mesmo muitas) perguntas ao Dr. Luís que se podem resumir na seguinte: isto é tudo teu?

Ouvir e (não) entender

Mãe, as crianças podem ser despedidas?

quinta-feira, novembro 24, 2011

Hoje também chegou o momento

Em que, sem pedir, insistir, obrigar, pegou no papel e limpou o seu próprio rabo.
Qualquer pessoa sabe que é o milestone mais aguardado a seguir ao dormir a noite toda :)

Estava a dar uma reportagem sobre sapatos...

... em que aparecia uma fábrica. De repente diz: ai até me faz chorar. Porquê? Porque é tão giro!

(ele emociona-se à vista de uma fábrica, senhores, uma fábrica!)

E o dia chegou

Em que no capuz do casaco (solto do dito) trazia uma minhoca e um bicho da conta para vir morar cá em casa. Aparentemente andavam a «salvar» bichos da aranha «gigante» que estava escondida algures.

sexta-feira, novembro 18, 2011

Mãe (ou pai, é indiferente)

Quando é que me compras o carrinho de mão, a pá e a pintarola?
Pintarola???
Sim, pintarola, aquela coisa para fazer buracos que tem assim um pau e depois tem uma coisa para cada lado...
Ah, queres dizer pi-ca-re-ta!
Sim, isso...
;)

sexta-feira, novembro 04, 2011

Ofereci-lhe um beyblade

Não costumo oferecer brinquedos da moda, mas este até é giro (é brincável, não é mono). Entretém-se imenso com aquilo e ao início dizia assim:
Mãe olha aqui a minha «lançativa»!

segunda-feira, outubro 17, 2011

Crescer

Levar duas vacinas (eu vou levar picas não é mãe?), e não verter uma lágrima (ó mãe, mas aquilo doi muito).
No fim ouvir mais uma vez: ele é muito curioso não é? (suspeito ter sido a insistência em querer ver a pica do princípio ao fim.)

quarta-feira, outubro 12, 2011

Tenho-me esquecido de dizer...

O Lourenço já sabe andar de bicicleta sem rodinhas! E muito bem!
:)

Também sugeriu

Que se chamasse Rita (outra amiga nova) ou Anteia (que é o nome da filha do Antão, o mago de uma história de que ele gosta muito)...

;)

Mais, hoje durante o banho disse-me: "Quando é que decidimos o nome? A Cátia com a barriga igual à tua já sabia como se chamava o bebé dela..." (ooops!)

Não é difícil perceber quem são as suas novas referências

Como é que gostavas que a mana se chamasse?
- Joana Franco*.


*Mãe sabes como se chama o sinal vermelho que a Joana tem na cara? «Jôma» (É angioma, Lourenço). Não é não, é «Jôma» que ela disse-me.

**Ainda a propósito da Joana, hoje chego lá e alguém me diz que o Lourenço é o namorado da Joana e mais, que deram um beijinho na boca. Pergunto-lhe e ele confirma: "di, hoje, ontem, depois de ontem e depois de ontem...".

Ainda está magoado.

- Mãe, quando estava em casa da tia ana/quando estavas em Berlim/quando estávamos nas férias/etc. tu já tinhas a mana na barriga?
-Sim...
-Então porque é que não me contaste!

Sabes mãe,

... Quando me contaste a novidade, eu fiquei muito irritado porque apanhei um grande suuuuusto! Mas agora já estou contente.*

* Pede para dar festinhas e recados. Para isso pediu-me para abrir a boca, deitar a língua de fora, "para ela ouvir melhor".

quarta-feira, setembro 28, 2011

Escola nova + novidade =

- "Mãe é verdade que os pais gostam de pôr a pilinha no pipi das mamãs?"

(ou o que sobra de uma conversa sobre como surgem os bebés... e ele não se fica com qualquer explicação)

Ao abandono


É como se encontra este espaço. Razões? Muitas... o trabalho, o quotidiano absorvente. Mas a vida continua e por aqui de que maneira. Do lado de cá do ecrã são tantas as novidades que nem sei por onde começar. Talvez por partes... a sequência é lógica e não propriamente cronológica.

1. Ao fim de um interminável mês de agosto, com as férias pelo meio, chegou setembro e com ele tantos desafios. O primeiro a escola nova que, concluo hoje, meteu mais medo aos pais que ao Lourenço. Na verdade, um dia fui lá para falar com a educadora uma vez que estaria no estrangeiro na primeira semana de aulas e encontrou alguns amigos no pátio e já nem quis entrar comigo. Lá ficou a brincar e já nem queria vir comigo para casa. Para o conv
encer prometi que no dia seguinte iria e assim foi. Deixei-o ficar no ATL e nem olhou para trás, e fez-me prometer que só o ia buscar de noite. Concluo que estava de facto sedento de brincadeiras. Na semana seguinte não foi (não estávamos cá) e só quando voltei iniciou o ano lectivo a sério. Até hoje nem uma lágrima, só uns abraços repetidos... e a educadora já me disse que é muito comunicativo e participativo (onde é que está o meu menino tímido que não gosta de mudanças?). Noto-o mais calmo, feliz, traz canções e lengalengas, brinca lá fora ao ponto de vir literalmente coberto de pó da cabeça aos pés. E eu aliviada, tão aliviada. A escola não é perfeita (nenhuma é) mas acho que vai ficar bem. Está de tal maneira que insiste em que quer ir para a escola sozinho (fica a 50 m)!

(foto do dia da mãe o ano passado)

2. A forma suave como se deu a transição encorajou-nos a dar-lhe uma novidade que esperava, já há algum tempo, o momento oportuno. Que ia ter uma mana (em princípio) na Primavera. A reacção foi, no mínimo, cómica. Primeiro desconfiou que estivéssemos a brincar. «Vocês estão a brincar...». Depois de perceber que não estávamos, ficou muito encarnado e disse: «mas eu não quero isso! estão a brincar não estão?». Já esperava na verdade, porque ele já tinha dito que queria ser três sempre e nunca quatro. Depois perguntou: «não podem dá-la a outra pessoa? ao Manel por exemplo... ele queria uma mana!». Expliquei que não podíamos, claro. Ficou a absorver a ideia e depois, ao longo do dia, repetiu várias vezes esta ideia de dar a mana a outra pessoa, nomeadamente os bombeiros que são bons e alternou milhares de perguntas (como, quando, porquê...) com estas: «ainda gostas de mim?» e «porque é que quiseste ter mais filhos?». Viu vídeos que mostravam como cresce o bebé na barriga, quis saber que história era essa da sementinha do papá e do ovinho da mamã, enfim Lourenço no seu melhor. No final do dia já dizia que ia gostar dela, que ela podia dormir na cama dele, que ia levantar-se de noite para a pôr a fazer xixi, e ia ensinar-lhe tudo sobre os bombeiros. No seu íntimo continua um bocado chateado, mas penso que é um processo que superará a seu tempo, sem dramas.
Acho que o que o seduziu verdadeiramente foi a ideia de ter, finalmente, alguém em quem mandar :)


segunda-feira, agosto 22, 2011

Long time no see.

Semanas sem escrever, logo nesta altura em que tanta coisa acontece. A melhor de todas as férias, claro.
Desta vez duas semanas inteiras terminadas ontem no Badoka com um filho que não queria voltar para casa nem por nada (vamos lá à casa só mais um bocadinho...).
Viemos mais bronzeados, a dispensar as braçadeiras na piscina, com menos dois dentes (em baixo), com horas de sono em défice, esvaziados de birras (espero mesmo, que o rapaz esticou-se e bem neste departamento), muitos gelados e brincadeiras (e asneiras em série também).

Balanço: tenho um filho difícil (to say the least), que tenta negociar até ao último instante, com alguma dificuldade em perceber que não somos exactamente do mesmo tamanho, que mima muito e se deixa mimar e que é curioso até à quinta casa (comentário unânime: este menino faz tantas perguntas!*). Espero mesmo que tempere o seu mau feitio com (a) inteligência.


*Sim, incluindo «porque é que tens pelos na cara?» à cozinheira de um dos turismos rurais onde estivemos.

segunda-feira, julho 25, 2011

Veio preto preto e cheio de saudades

De umas maravilhosas férias com os primos.
Obrigado à tia que se aventurou a ir sozinha com três piratas (uma das quais já crescidinha) para o algarve. :)

quarta-feira, julho 06, 2011

No sofá

De braços estendidos:
- Vá, anda cá ao teu pituxinho fofo...

(sabe-a toda, é o que é...)

Conquistas

Mãe, eu já sei «bué» da rimas, não é?

(sabes muitas, sim, cada vez mais...)

Ele acha que é mais velho do que os outros...

Porque já não tem um dente (o tal substituído por outro de leite) e já tem um a abanar.

No Pingo Doce remodelado,

Estava meia tonta à procura do rolo dos sacos, para o poder encher de pimentinhos padrão que são tanto do nosso apreço. O Lourenço, ar de enfado, de pé no carrinho, mão na cintura e a outra apontando, sai-se com esta:
- Ó jovem, estão ali, jovem!

(desmanchei-me a rir!)

domingo, junho 26, 2011

Lá no Algarve

Viu ao longe aquilo que parecia ser uma colónia de férias. Resposta pronta:
- Txinapá, aquela mãe teve imensos manos!

Quando reconhece que estava errado

diz: ó mãe, era o meu cérebro que não estava a pensar bem...

sexta-feira, junho 24, 2011

De modo que foi assim...

A meia-praia é perfeita quando está perfeita. E esteve sempre perfeita.
* e depois de uma tarde nisto, dormiu ininterruptamente na viagem de regresso a Lisboa.

quarta-feira, junho 15, 2011

Finalmente percebi porque tem alguma resistência em ir para a escola à segunda feira

Sim, parte serão saudades dos pais e do fim-de-semana. Mas desta vez confessou:
-É que eu não quero fazer o desenho do fim de semana...
-Porquê?
-Porque não sei desenhar chapéus de sol... (tínhamos ido à praia)
- Não tens de saber fazer, fazes como sabes.

(espero que não seja perfeccionista nestas coisas, senão nem sequer experimenta fazer coisas diferentes só porque acha que não é capaz...)


terça-feira, junho 14, 2011

Na natação

Mãe, eu sei quantos anos vais fazer!
Ai sim, quantos?
Trinta e cinco! E depois, trinta e seis, trinta e sete, trinta e oito...
(pausa)
Quando chegares ao trinta e oito vais ser velhinha.... óoo eu não queria...

(pois eu também não, mas receio bem que não haja nada a fazer quanto a isso ;))

Depois de lhe mostrar onde era a China no globo

(queria que fosse comprar elásticos aos chineses) perguntou:
Ó mãe, e lá há mais pessoas?
Sabes lá tu quantas: são milhões!
(pausa e depois acrescenta, entusiasmado!)
E também têm dragões com asas que deitam fogo e animais biológicos, sabias?

:)

domingo, junho 12, 2011

Foi a uma quinta com a escola

E aprendeu imensas coisas. Tem vindo a partilhá-las aos poucos à medida que se lembra ou que o quotidiano o lembra. Uma das melhores foi esta.
- Mãe, eu sei de onde vêm os frangos!
(e eu pensei, boa, viu galinhas a sério!)
- E os patos? Sabes, os patos são feitos de frango por dentro! Tira-se uma pena e está lá frango!
:)

quarta-feira, junho 08, 2011

hoje foi um dia difícil

O Lourenço tem alguma dificuldade em controlar o mau génio e volta e meia excede-se e levanta a mão, chama alguns nomes (má e feia são alguns, mas há piores), ou atira com coisas só de raiva incontrolada. Depois arrepende-se imenso, mas já vai tarde. Hoje num dos seus acessos (não gosta de ser contrariado - no caso queria um snack composto por bolachas e pão com doce e eu expliquei-lhe que tinha de escolher entre os dois), depois de insistir e eu manter o meu não, deu um pontapé no saco do lixo e, por azar, voaram umas casquinhas e um caroço de nêspera que se espalharam no chão.
Disse-lhe calmamente que tinha de apanhar desse por onde desse e pronto, foi o fim. Que não queria, que não conseguia, que eu o ajudasse por favor que nunca mais voltava a fazer, que não queria pegar numa coisa pegajosa, etc e tal. Lágrimas, lágrimas, lágrimas... Às tantas digo-lhe: Lourenço, apanhas o que deitaste para o chão por favor e não inventes! Começa a lamuriar-se: E eu quero inventar e tu não me deixas... lágrimas, lágrimas, lágrimas e eu a rir por dentro.

Mais tarde perguntei-lhe se sabia o que era inventar e diz-me ele: é quando um menino deita lixo para o chão e depois quer apanhar com a televisão ou assim... Mais nada!


domingo, junho 05, 2011

Organiza as cápsulas do café

E declara:
Vá, vou por isto tudo nas cores correctivas.

Já deitado chama-me e pergunta:

Mãe, quando já tiveres muitos muitos anos, e fores muito velhinha eu vou ser crescido não é?
Sim...
Ah, está bem.
(silêncio)

*Às vezes pergunto-me que lógica tem o mundo na sua cabeça.

terça-feira, maio 24, 2011

E outra vez...

Mãe, quem foram as primeiras pessoas que viveram em Portugal?
Outra vez?
Mãe, em Portugal (ainda não contaste)...
here we go again
(hominideo-áfrica-espalhou-se pela europa-cavernas-instrumentos rudimentares-vestes feitas de peles...)
(ar espantado)
Mãe, então também não havia luzes!

Quis que lhe contasse a história da Pequena Sereia

Tenho uma versão ilustrada pela Lisbeth Zwerger - linda - que não é história para contar de uma vez.
Expliquei-lhe: esta história tem de ser aos bocadinhos porque é muito grande. Assentiu.
Já vamos na terceira noite. Às vezes pede mais uma página, outras pede para passar à frente as páginas sem ilustrações. Mas ainda não perdeu o interesse...

A ver se chegamos ao fim.

O Lourenço não desenha florestas

Desenha conjuntos de árvores.

Mãe, tens um recado para dar!

Diz-me assertivo no carro a caminho da natação.
Tenho?
Sim, só ao Afonso e ao Guilherme.
E que recado é esse...
É que eles vêm comigo ao passeio com o cão (???)
Qual passeio?
Quando o snooker (cão da tia Susana) vier cá eles podem vir comigo. Mas só se ele já estiver sem aquela coisa (a coleira para não se coçar)...

(anda obcecado com animais de estimação: estará na hora de lhe comprar um peixe?)

segunda-feira, maio 23, 2011

Já a segunda vez

Que chego ao quarto e dou com ele a dormir com o Cacá (boneco preferido) enfiado debaixo da camisola.
Justificação: É para ele não ter frio mamã!

domingo, maio 22, 2011

Não foi de mim que ouviu isto

blablablabla sabes o José Sócrates está morrido blablablabla acho que ele foi matado.

:)

segunda-feira, maio 16, 2011

Desenhos animados educativos

Chega lá ao quarto e alerta-nos:
- Não se pode poupar energia!!
- Não, Lourenço, deves querer dizer que tem de se poupar energia...
- Isso, não se pode é despoupar energia.

quarta-feira, maio 11, 2011

quarta-feira, maio 04, 2011

O que é que o Lourenço quer quando for crescido?

Um carro?
Uma mota?*

Talvez venha a querer («quero ter muitas coisas no meu quarto ...»)



Mas não, o que ele quer mesmo, mesmo mesmo mesmo é...



txanananan



uma pistola de cola quente!


*update: afinal diz que vai comprar três motas, uma para ele, outra para o pai e uma para mim (sabes como mãe? de princesas!)

Sentado na bancada enquanto passo a ferro

Mãe, quando tu e o pai forem muito velhinhos depois vão morrer, não é?
Sim...
Então e depois? Depois eu fico sozinho?


Deitado na minha cama, acordado demasiado cedo

Mãe, eu sei como se chamam aqueles animais que têm umas coisas nas costas!
Ai é?
Sim, mamilos!
(gargalhadas)
Ó Lourenço, são camelos, ca-me-los!

sexta-feira, abril 29, 2011

Here we go again

-Quem é que foram as primeiras pessoas a nascer?
-O quê?
-Sim, a seguir aos senhores das obras terem acabado de construir as casas...
- Ó Lourenço, não foi assim tão simples: há quem acredite que foi Deus que fez o primeiro homem e a primeira mulher e há quem acredite que o homem resultou da evolução de uma espécie de macaco... Depois os primeiros homens não viviam em casas, viviam em cavernas. Foram aprendendo a fazer coisas cada vez mais difíceis até ser como é hoje.

Sobre os mistérios da vida (e da morte)

Encontrámos uma abelha rainha morta no chão, a caminho de casa da escola. Observámos e seguimos caminho, mas qualquer coisa ficou lá. À noite entrou uma traça para casa e depois de, infrutiferamente, a tentarmos espantar, lá tivemos de (como dizer...) matar.
Um drama:
Que a borboleta era da natureza e que a borboleta tinha mãe, que agora a mãe ia ficar muito triste, que a borboleta era tão querida e tão amiga dele... enfim. Nós somos pessoas horríveis (e de certa maneira fomos, mas a bicha estava maluca e não se ia embora nem por nada).
Ao deitar-se lembrou-se da abelha.
A abelha rainha tinha morrido porquê, e que se calhar o papá (o rei) estava triste, coitadinho.
E porquê e porquê e porquê...

terça-feira, abril 26, 2011

Lourenço e a «cena» da autoridade e da hierarquia

Como negociador nato que é, lá na cabeça dele acha que chegou a um compromisso com o qual é capaz de viver:
- Ok, vocês mandam em mim, mas eu mando em vocês, ok?

...

-Mãe, posso ser eu a mandar no meu quarto?

Descobriu as rimas

Mas repete sempre as mesma:
- Abril rima com.... CARIL!

Mandei-o apanhar os papéis que tinha deixado no chão

- Ó mãe, posso fazer um conjunto* de papéis aqui no tapete?

*suponho que é matemática a funcionar...

quarta-feira, abril 20, 2011

Mãe

Vou dar-te um abraço como se fosse um pássaro a chocar os ovos.

(ou seja, quentinho e delicado... e foi)

:)

quarta-feira, abril 13, 2011

Esqueci-me de referir


que os sistema solar também tinha sido convidado...
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A festa







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terça-feira, abril 12, 2011

Este é o ar que melhor o descreve


Malandro até dizer chega.

5 ANOS


E um rapazinho feliz com um novo amigo...

Irresistível

* sabe melhor (re)ver fotos quando já nos esquecemos que as tínhamos tirado (esta no museu do pão, em Janeiro...)

Passado um bocado...

Ó mãe, quem é que nasceu primeiro?
Como?
Sim, quem é que nasceu primeiro...
(ó não, deus e darwin outra vez e a esta hora não...)
Mas quem, eu ou tu? Eu, claro...
Não, as primeiras pessoas...
(pausa, a pensar numa resposta - o processador está lento àquela hora)
Já sei mãe, quem nasceu primeiro foram os senhores das obras.
Porquê?
Porque tiveram de construir as cidades... nós não podíamos dormir na relva mãe, não é?
(por hoje estou safa!)

Anda uma mãe a criar um filho para isto

Hoje de manhã vai ter comigo à cama. Deita-se ao meu lado e começa logo com as perguntas. Abro um olho e suponho que não estivesse no meu melhor. Todavia, o comentário foi certeiro:
-Ó mãe tu já és velha? Tu também vais morrer? E os amigos? E o Buzz? (ai Lourenço que conversa...)
- ó mãe estás com uma cara esquisita. Precisas de pôr maquilhagem, precisas de pôr maquilhagem...

(...)

domingo, abril 10, 2011

Calhou ser na semana do FMI

Que se concentraram os preparativos para o grande dia: o 5º aniversário, tão desejado e ansiado (quando eu dormir já é a minha festa?).
Celebrar o presente e ao mesmo tempo temer o futuro é algo a que nos devemos ir habituando, suponho, mas não é disso que trata este post. Este post é sobre a alegria de um menino que já é «crescido». Que recebeu muitos presentes, apesar de não ser menino de pedir nenhum (só presentes no geral).
Que teve um sistema solar pendurado no tecto da sua festa, um bolo com um astronauta, muitas brincadeiras, um mural onde todos puderam desenhar. Até teve a sorte de ter uma amiga que não se importou de pintar todas as bochechas, com estrelas, foguetões, flores e borboletas. É sobre um menino que antes de dormir lembrou-se da promessa - não cumprida - da manhã: mãe, pai, ainda não demos o abraço de «gurpo»!
E o dia acabou assim abraçados: tão juntos e afinados como há cinco anos atrás.



quarta-feira, abril 06, 2011

Bem sei que virá por aí abaixo o FMI...

Mas all I care about é ver a felicidade do Lourenço na perspectiva do seu aniversário: amanhã já é sábado, mãe?

quinta-feira, março 31, 2011

Em constante processo de categorização e de criação de uma ordem para o seu mundo

- Mãe, porque é que as gruas se chamam gruas?
- Não sei, porque é que sapato se chama sapato?
- Olha, porque é para nós andarmos...
-E as gruas são para quê?
- Para levantar pesos!
-Então, pronto... é isso.
(pausa)
- Achas que uma grua conseguia levantar Júpiter?

Anda inquieto com a sua festa de anos

-Mãe, hoje já é amanhã?

quarta-feira, março 30, 2011

terça-feira, março 29, 2011

Agarrado ao cacá

Mãe, vai ser o meu amiguinho até eu morrer.
(pausa)
Mãe, o cacá também morre?
(não morre porque não é uma pessoa, é um boneco)
Ai é, é, ele fala comigo e diz-me coisas.
(ai, sim que coisas?)
Que és uma princesa.

*Já a mim «disse-me» que gostava muito que ele deixasse de ratar os dedos. Que lindo vício que foi arranjar.

domingo, março 20, 2011

Anda um bocado obcecado com a morte

Depois de muito tempo convencido da reencarnação faz perguntas e faz muitas declarações do género:
Eu sei que quando morrermos vêm outras pessoas e que antes também já haviam outras pessoas, não é mãe?

também diz

quero ter sempre esta mãe e este pai até morrer... (quanto a esta está safo!)

Estava a fazer sopa

E abrindo a gaveta onde as ditas são guardadas comento bolas, já não temos batatas.
Passado um bocado diz o Lou para a prima: é que nós estamos pobres...
O que é ser pobre?
É quando não temos nada... nem comidas!
(fiquei espantada, e só depois percebi que ainda vinha da falta de batatas...)




quarta-feira, março 09, 2011

Mexe na tesoura grande

- Lourenço, não mexas aí que é perigoso...
- É mais perigoso que um vulcão?

Ó mãe

... eu quero dizer fogo e duhh e tu não me deixas... (na sequência de uma conversa, em que isto surge a despropósito, ou de propósito para desviar o assunto).
- O quê?
- Sim, por exemplo quando os amigos batem eu preciso dizer: «não se bate, duhhh!»

terça-feira, março 01, 2011

E de repente

Senti-me especialmente mal por deixar este espaço ao abandono...
Falta de tempo ontem, hoje, daqui a bocado, e a certeza de que me vou esquecer de todas as conversas, da alegria do contacto com a neve (mesmo que escassa), do fascínio pelos planetas e pelo universo, da pedra gigante que matou os dinossauros, do feitio difícil e das discussões homéricas, de como nasceram os rapazes (todos, mãe), de ter de escolher entre Deus e Darwin e escolher Darwin (não há nada a fazer), dos muitos estádios que o mundo tem (o da piscina, o do sporting, os Estad(i)os Unidos da América), das cantorias em inglês.
Enfim, tenho medo de me esquecer porque sei que (infelizmente) ele não se vai lembrar.

terça-feira, janeiro 18, 2011

Tenho-me esquecido de dizer

Que além do Cacá, o seu amigo de peluche mais amado, agora dorme com o Croc (oferecido pela avó) e com um peluche do Pizza Planet (o ET mais adorável do Roy Story).

Escrevo isto porque sei que a avó vai ficar toda contente.

Há bocado

- Já sei, vamos fazer uma brincadeira!
-Ai sim, qual?
- Não sei, estou a pensar... (pausa) Sim, olha aqui a bolinha a rodar (demonstra com o dedo)*.

(risos e gargalhadas)

*Sim, a bolinha que roda enquanto um programa se inicia no computador.

segunda-feira, janeiro 17, 2011

E eis se não quando

Já não quer dormir com as máquinas (escavadoras, carros de bombeiros, etc...). Agora prefere a companhia de um globo terrestre, que lhe tem vigiado o sono nos últimos dias.
A isto não será alheio o facto de já não querer ser bombeiro quando for grande. Agora diz que quer ser astranalta.

Tiro o frango do forno...

- Ó mãe, o franguinho vem de aonde? É do porco, é?

segunda-feira, janeiro 10, 2011

Estamos na fase planetas...

Ontem já deitado há mais de meia hora chama-me.

-O que é que queres, é hora de fazer o-ó...

- Mãe, já sei dizer uma palavra

- Ai sim, qual é?

- Júpiter*!

* o livro do momento foi um livro pelo qual ele se apaixonou na fnac e que miraculosamente apareceu debaixo da árvore de Natal pela mão da prima Niki...

segunda-feira, janeiro 03, 2011

:)

31-12-2010*
*fogo de artifício e amiguinhos que se querem acordar para não perderem o fogo de artifício

Festa de natal: uma ilustração


* não se deixar iludir pelo ar cândido, quasi celestial, deste pequeno diabinho.

Aviso à navegação

Enxurrada de fotos já a seguir.

domingo, janeiro 02, 2011

Não sei se há muitos como ele

Mas ele tem, literalmente, vergonha de receber presentes. É vê-lo pôr a mão à frente dos olhos, a dizer que não, a pedir que ninguém olhe...

Passagem de ano

Depois do jantar, depois de alguma brincadeira....

- Então, quando é que se abrem os presentes?