quinta-feira, janeiro 29, 2009

O pai

É papá, às vezes pai. Eu sou mamã Lia ou Lia somente.

Isto não significa excesso de confiança, pois não?

As viagens

Angustiam-me e põem-me nervosa. Pode ser perto ou longe, de avião ou camioneta. Dá-me um aperto e não consigo deixar de pensar numa coisa estúpida (mas verdadeira). Se hoje for (e por algum azar não voltar, toc-toc-toc na madeira) ele não se vai lembrar de mim.

*Se tudo correr bem volto amanhã já... E sim eu sou um bocado dramática.

quarta-feira, janeiro 28, 2009

Da reunião de pais

- a auxiliar fala mais correctamente do que a educadora (uma querida e razoavelmente competente, mas com um problema sério de expressão oral e escrita);
- ele está bem, faz tudo o que lhe compete com a idade que tem, come tudo e mais alguma coisa, tem dias como todos os outros mas não chora muito nem faz birras;
- os miúdos são todos diferentes mas ao mesmo tempo todos iguais.

terça-feira, janeiro 27, 2009

Ontem

Em casa da avó sei que comeu duas cerejas e uma uva. Foi a minha avó que lhas deu. Também confessou ter comido um chocolate da avó Kali. Aí, já me pareceu mais suspeito (que comeu, comeu, acho é que ninguém lho deu). Principalmente depois de me ter garantido que pediu faxavói. Cá para mim não resistiu a sacar um e comê-lo às escondidas ;)!

Sempre a aprender

Depois de passar uma vida inteira a achar que se dizia partida, lagarta, fugida e não partida, LARGADA, fugida*, aprendi há pouco que não se diz ovelha ranhosa, mas sim ovelha rOnhosa. Tem a ver com uma doença chamada ronha que torna os animais molengões e lentos (fazer ronha também vem daí). Fabuloso.

* para o Lourenço é: partida, largada, vamos.

segunda-feira, janeiro 26, 2009

Haverá pesadelo pior

(Para quem faz uma tese) do que sonhar que se perdeu o computador? No meu caso foi um descuido, deixei a mochila algures (era o ISCTE, mas muito esquisito) e quando lá voltei a mochila estava vazia. Ai que angústia.


* Ontem deu-me preguiça de fazer backup da última versão de um capítulo. Teria perdido dois ou três parágrafos, mas como cada parágrafo é insubstituível...

domingo, janeiro 25, 2009

Usa amiude

As palavras: caraças, caramba, pilantra (demorei a perceber que era isto que ele queria dizer quando dizia piláta), tonto, xoné.

Just for the record

Há muito que começou a fase dos porquês.

(Há bocado não percebia porque é que o risotto de cogumelos do Oliver não era para nós. Como não sabe muito bem o que fazem as pessoas dentro da televisão, ficou convencido que o Oliver é um bocado egoísta e só não partilha porque não quer).

Hoje foi

Cortar o cabelo. Lembra-se da Célinha ser muito simpática e, sobretudo, de ter um aspirador. Ela tem um pitioi gaaaandi como a Mina. Eu vou apiaí e a Célinha vai ajudá-mi.

E lá foi todo contente.


Update: cortou o cabelo (tou gi(r)o, tou?) e aspirou (com um aspirador vermelho). Há sonhos que se realizam e fazem o Lourenço muito feliz.

Guardou-o na mão

Como se fosse um tesouro. Uma senhora de um cabeleireiro (ele especou-se na montra a observar tudo, fascinado) veio à porta e ofereceu-lhe um marruacho que é como quem diz, um rebuçado. Disse-lhe logo que só depois do jantar e ele, mesmo tendo passado umas horas, não se esqueceu. Comeu tudo e não fez birra e no fim perguntou por ele... ainda tentei disfarçar, não sei onde está, mas ele não é tolo, está no bolso do meu casaco. Lá estava, meio derretido e cheio de cotão por ter passado um bom bocado na mão. Merecia o prémio e teve-o: é muito bom o meu marruacho.

Depois tossiu e ele caiu no chão e partiu-se. Foram três inesquecíveis lambidelas.

Ontem

A exposição afinal era um velório, mas o chá afterwards manteve-se. Os miudos portam-se como se portam, nem mal nem bem, mas fazem barulho e querem mexer nas coisas. O sítio era super cool, mas os donos deviam estar a rezar para nos irmos embora (fica sempre uma confusão de migalhas e guardanapos nas nossas mesas). Não devia ser assim, quase sentirmos culpa pelos miudos serem como são, normais e felizes. Termos de pedir desculpa por existirmos e querermos ir a lugares acompanhadas dos filhos. Não foi especialmente o caso de ontem, estou a ser injusta, mas é uma reflexão que me acompanha desde que o Lourenço nasceu.

Enfim, na verdade o problema é o tempo e a falta que as esplanadas e os jardins fazem.

sexta-feira, janeiro 23, 2009

Confirmei uma desconfiança hoje:

Que a Beatriz (já foi o Diogo) é uma amiga imaginária que eu às vezes personifico.

*Não há ninguém na sala dele com esse nome, nem ele convive com nenhuma das outras salas (só há uma nos bebés).

quarta-feira, janeiro 21, 2009

No doutói

Portou-se tão bem, tão bem, tão bem que mal escondi o meu próprio espanto e entusiasmo. Bem, tirando aquela parte em que já estava com o rato do computador na mão, pendurado na secretária para ver o ecrã, foi perfeito. Avisei-o que ia mostrar as bolinhas da garganta ao doutor e ele perguntou se era no pescoço e se eram vermelhas. Disse que sim e ele ficou com pena de não serem verdes, ou cor-de-rosa. Chegou lá abriu a boca, mostrou os ouvidos, fez um exame com uma mosca mágica (descobri que não ouve bem...), encantou tudo e todos. No fim até lhe dei um daqueles rebuçados de cortesia (ele, que não é parvo, topou-os logo em cima do balcão achando que eram cocholates).
O veredicto já o esperava: o médico acha que a operação vai melhorar a qualidade de vida dele, embora não ao nível de aumento significativo de percentil, pois é comum nestes bebés dormirem mal e comerem mal, o que não é, exceptuando as birras, o caso (aliás, com sestas de 4 horas o problema dele é o contrário).

Gostei particularmente dele muito sério a perguntar ao médico se ele era amigo dele e a explicar-lhe que não ia para a marquesa (o terror dele) porque aquilo não era para bebés, só para crescidos. Vá lá que só foi preciso ser observado numa cadeira...

Conclusão: só é crescido quando lhe convém, né...

terça-feira, janeiro 20, 2009

Espertinho

Faz a asneira (sapatada, raivinhas, etc.) e passado um bocado pede desculpa e acrescenta: estava a brincar contico!!!

segunda-feira, janeiro 19, 2009

Na doutóia

Portou-se muito bem. Quer dizer, ainda ensaiou umas lágrimas, via-se que tinha medo, mas negociou os receios com argumentos da médica. Coisa que a médica notou e relembrou no veredicto: isto é maturidade emocional, perceber os argumentos e controlar-se. No fim ele disse que ela era amica e até lhe perguntou se ela não queria vir à nossa casa (desde, claro, que deixasse o estetoscópio no consultório - isso fica cá, tá bem?).
Achou-o óptimo (seguro, com rotinas e feliz), mas não se vai escapar à operação às amígdalas (um desbaste, que quase não passa ar coitado, diz a médica que notou a evolução negativa).

sexta-feira, janeiro 16, 2009

Tem havido muitos acidentes

Líquidos e às vezes sólidos, mas pouparei nos detalhes sórdidos. Não sei porquê à tarde dá-lhe a paradinha e não pede, deve estar entretido com a brincadeira ou tem vergonha, não sei.
Desde ontem uma estratégia: se trouxer as mesmas calças vestidas que levou para escola tem direito a uma surpresa. A de ontem era gelado.
Tirando a parte em que 1) me pediu para assoprar (porque estava muito frio) e 2) a parte em que me pediu para aquecer para poder beber, adorou. Claro que a surpresa não pode ser doces todos os dias. A de hoje, se correr tudo bem (senão não é surpresa mas vai à mesma), é uma visita à doutora... Como anda numa de médicos e dói-dóis vai delirar!

Ao jantar

- Sabes o que é isto? Sabes como se chama?
- Não.
- É molho de iogurte, chama-se tzatziki, tza-tzi-ki.
Ele com ar de gozo:
-chama-se tásaqui?
E riu-se muito.

quinta-feira, janeiro 15, 2009

Tenho-o filmado pouco

E tirado poucas fotografias. Nem parece meu e tenho a certeza que me vou arrepender. Lembrei-me disto ontem ao vê-lo lavar os dentes sozinho com mestria. Para não falar nas conversas, tantas e tão giras. As histórias que sabe de cor e as canções que canta afinado.
Aos 33 meses está giro, engraçado e uma excelente companhia.

quarta-feira, janeiro 14, 2009

Juro que não o influenciei

Imagens do Alberto João Jardim na televisão e sai-se com esta:
-É muito feio!
- O quê? É feio?
-Sim... parece maiuco (maluco)!
Rimo-nos todos e acrescenta: lelé da cuca!

terça-feira, janeiro 13, 2009

O tipinho ama mesmo a lua

Estes dias ela tem estado grande e gorda, o que o deixa ainda mais contente. Não vai dormir sem dizer adeus à lua e fica triste se já «tá atás dos pédios» ou «atás das nuvens».
Ontem, com o Cacá na mão, dizia: «vou mostrar o Cacá à lua, olha lua, olha aqui o meu Cacá!».
Ele gosta de partilhar os seus amores entre si :).

Más e boas notícias

Primeiro a má, as manhãs (principalmente quando estamos atrasados) conseguem ser um inferno. Quando lhe dá na veneta e diz não (não quer sair, não quer vestir o casaco, sei lá...) está tudo estragado e lá vai haver choradeira e bebés arrastados por um braço quase até à escola (pronto, acaba por ir ao colo que arrastar dá ainda mais trabalho).
A boa notícia é que pede desculpa e dá abraços e beijinhos muito mais rapidamente. Ou seja há fitas, mas duram menos tempo.


É para ficar contente, não é?

segunda-feira, janeiro 12, 2009

As crianças satisfazem-se

Com coisas simples. Uma ida ao café por exemplo. Lanchar no café é para ele uma aventura. Sobe a rua e quer saltar de todos os degraus, observa tudo enquanto vê as luzes do café ao cimo da rua. Já vai a pensar no leitinho e no bolinho. Chega, senta-se e porta-se como gente grande, comendo e bebendo sem esboçar uma asneira (o que aos 33 meses é difícil - é verdade são 33 os meses que tem...). E o melhor, fica tão feliz que só visto! Só tem ido uma vez por semana, quando vai, mas passa lá quase todos os dias, e pergunta: vamos ao café? Não, hoje não... vamos um dia destes?

*Dá-me ternurinhas de o ouvir dizer um dia destes...
** Da última vez, apesar de me garantir que pediu se faz favor (não sei a quem), trouxe uma suspeita língua de veado. Tendo em conta que a montra estava sem vidro e apenas tapada por uns celofanes e atendendo ao facto de que estava muito próximo enquanto eu pagava, somando-se a isto aquele ar de olha-para mim-não-sou-tão-fofo, não sei não...

Nunca mais tínhamos feito uma lareira

Falta de lenha e de vontade, associado ao risco de um toddler perto do fogo. Este fim de semana uma nova conjuntura, desta vez favorável, fez com que nos déssemos ao trabalho de acender o fogo. (Receber uma querida amiga com uma lareira como ela gosta foi a nossa forma de tornar o reencontro ainda mais especial.) Quem mais gostou claro, foi o Lourenço, que oscila entre a histeria e a vontade de se sentar o mais à frente possível para observar o fogo (é meu amigo mamã!).
Enquanto houver lenha temos, pois, um filho muito feliz!

quarta-feira, janeiro 07, 2009

No banho distraído a brincar

- Não podes mexer aqui, é muito precioso... parte-se!

(Ah pois, pena que se finja de surdo quando ouve o sermão!)

Para quem sabe do meu nome estranho

-Chamas-te Lourenço Pappámikail Vilela! Pa-ppá-mi-ka-il!
-Pappámikail não, papá António.

(Tipo, mikail... quem é esse tipo?)

Vamos que vêm aí a lua!

- Ó Lourenço a lua não vem, está presa no céu, já te disse...
-Com cola?

*mais ou menos, mais ou menos, :))

segunda-feira, janeiro 05, 2009

Ainda do Natal e não só


Não pode ver nada eléctrico ou electrónico: carrega nos botões, liga cabos e anda sempre a ver se se escapa para ligar qualquer fio à tomada (sem sorte, obviamente). É um martírio. Na foto (apanhou um telemóvel) deve ter aproveitado para mandai uma massagem (sic).

Ainda do Natal

O Lourenço gosta de jogar(i.e. boicotar o jogo alheio).

Quem se divertiu mais no ano novo

Foram os menores de quatro anos. Os graúdos ficaram cansados (e deleitados) com a dimensão do chinfrim, das exigências e manias de todos e cada um.
Giro, giro foi ver a cara de espanto dos três ao ver-nos aos pulos e gritos de feliz 2009 como que a pensar: estão maluquinhos ou quê!
Mas pronto, passou-se, comeu-se muito bem (graças ao Mr. Bimby e suas ajudantes). O Lourenço brincou com os brinquedos dos adorados amigos e com os amigos também. Cantaram (os parabéns numa metade de bolo rei) e dançaram (músicas assim e assim e outras incrivelmente más).
A todos, portanto, o melhor 2009 possível!

Troca sílabas

Para além do cochoáti (chocolate) e do caçadoi (secador) há mais estas:
- guichámos (chegámos)
- node (onde)
- rutugafia (fotografia... esta nem é bem trocar, mas vá)