segunda-feira, abril 30, 2007

Cansados

De tanta chapada, dentada e arranhão decidimos agir. A partir de agora vamos procurar que perceba que quando se diz não, não é para rir, que dizer não várias vezes não é uma nova brincadeira e que quando dói a um dói a todos (experimentar um pouquinho do seu veneno...). A ver se resulta.

Do seu interesse pelos livros

Fica uma cada vez maior atenção às páginas que passam (e às palavras que as acompanham) e uma clara demonstração de preferências. Gosta especialmente de dois ou três livros. O do momento pertenceu à prima, tem fotos de bebés e pretende ensinar as partes do corpo. É vê-lo a pôr a língua de fora apontando para a foto da língua e a estudar todas aquelas fascinantes criaturas que se assemelham estupidamente com a imagem que vê no espelho.
A brincar, a brincar, já sabe onde é o nariz.

Irá ter muitos amores

Ao longo da vida. Poderá mais tarde não se lembrar que os teve: este blogue também serve para isso, para que um dia se lembre da felicidade em pequenino. Por enquanto, os seus amores ainda são poucos e simples. Para além das pessoas óbvias, gosta dos livros, um ou outro brinquedo (os cubos, as bolas), os bonsais, uma árvore, a canção do ruca no ecrã do computador (que compra, no máximo 3 minutos de não asneirada).
Gosta, de um modo inexplicavelmente fascinado, da prima Inês, que lhe arranca as gargalhadas mais sonoras e os sorrisos mais entusiasmados.
E o que isso me faz feliz.

O apetite

Voltou, tão inesperadamente como tinha ido. Não me estava a conformar com um bebé a torcer-se na cadeira e a dizer que não às minhas investidas culinárias. Pois bem, devia ser (agora sim) o 6º dente. Ou então os restos da gripe que circulou cá em casa. Quanto ao dente já arranha mas ainda não se vê.

Com o apetite de volta regogizamo-nos com um bebé que come com muita satisfacção laranja aos gominhos (em solidariedade com a grávida Sofia, certamente).

sábado, abril 28, 2007

As noites do inferno

Converteram-se, sem qualquer razão que o explique, em noites celestiais. Abençoadas, diria mesmo.

terça-feira, abril 24, 2007

Podemos finalmente

Dar largas à alegria que já nos consumia cá dentro.
Já suspeitávamos há muito (para além de outras pistas menos óbvias, que outra explicação para uma vontade anormal de comer laranjas?) mas ainda assim não há felicidade maior do que saber de uma vida nova que cresce na barriga e no coração de amigos do peito.
Ainda mais quando há tantos amigos cá fora à espera...


Adenda: este post foi editado depois de me terem perguntado se estava grávida. Já disse e repito que o meu próximo filho é um paralelipípedo que se arruma numa estante.

segunda-feira, abril 23, 2007

Praia


A promessa de um verão feliz.

Coisas que não têm tanta graça assim

As dentadas, os óculos constantemente arremessados, os cabelos puxados a tentar arrancar os óculos, a baba deixada pelos beijos dados apenas com o objectivo primeiro de chegar perto dos óculos.
E, claro, as noites do inferno.

Diz

Mamã
Papá
Pápa

Água (não tão claramente, é certo)
bába (bola).
O resto percebe quase tudo (por exemplo se perguntamos pela língua ele põe a lingua de fora).

Já gostou muito


De uma argola de pano colorida. Os seus interesses diversificaram-se muito desde então. Mas tenho de registar o seu amor pelas bolas (pequenas, grandes), pelos cubos oferecidos pela tia Ju, pelas garrafas de água, creme, regador, vassoura e esfregona. E, especialmente, uma paixão pelas espécies vegetais (coitadas das poucas plantas que sobrevivem à incúria materna).
Assim, a visita aos bonsais pela manhã tornou-se um ritual e é delicioso observar a sua reacção quando há oportunidade de tocar nas árvores, elas próprias, especialmente se houver vento a fazer ramos e folhas dançarem.

O Lourenço

Esteve adoentado, mas sempre bem disposto. Voltámos ao ponto de partida antes da lesão. Voltou a dar os mesmos passinhos inseguros de braços estendidos. O mês a mais que tem permite-lhe agora outras proezas: pontapés na bola e escolher o dedo a que se quer agarrar para ir mais longe.
O mesmo dedo que segura para apontar os livros e que tem de executar a preceito coreografia do tiroliroló.

Família

O teu vírus é o vírus dele e é o meu também.

segunda-feira, abril 16, 2007

Falta apenas

O mais importante: OBRIGADO do fundinho do coração.

Hoje

Comemos todos à mesa ao mesmo tempo a comida do mesmo tacho. E gostámos.

Houve

Quem ficasse chocado depois de ver o Noddy estraçalhado por convidados gulosos. O Noddy é um assunto sensível, principalmente no grupo etário dos menos de três anos. Já o Lourenço queria arrancar-lhe o laço, usando a mesma técnica que ele tem para arrancar teclas do portátil (tão rápido que quando damos por isso já está).


É verdade que um bolo não faz uma festa (esta foi feita de muito mais coisas e boas). Mas ainda assim, não há dúvida que o pasteleiro é um artista.

Despojos da festa

Um bebé derreado, um pai vencido por uma crise de vesícula (quem manda enfrascar-se em fritos e amendoins?), a cozinha de pantanas. However, todos felizes por termos família e tantos amigos e tão bons.

domingo, abril 15, 2007

Está

Tudo pronto. Salgados arrumados, pão de queijo ainda no forno, bebé a dormir a sesta e o pai a guardar a mesa. E eu não faço barulho algum, para não o acordar e assim garantir umas horas de boa disposição. O tempo decidiu ajudar (teve piedade ao aperceber-se que ia ver a previsão metereológica uma vez em cada duas horas...).
Ainda assim aquele nervoso miudinho... será que as pessoas vão, que a comida vai chegar, que vão gostar, que ele se vai divertir?

terça-feira, abril 10, 2007

Lourenço

No fundo do Mar.

Coisas de um bebé de 12 meses

As caixas são tão ou mais interessantes do que os brinquedos que trazem lá dentro.

Há clichés com alguma razão de ser

O tempo passa MESMO a correr. Há exactamente um ano um pai extremoso passava a noite a manter uma chucha enorme na boca de um bebé minúsculo, enquanto a mãe descansava de tanta intervenção e emoção. A chucha parece agora pequena e já não precisa de uma mão a segurá-la. O bebé balbucia palavras, dá pequenas ordens por gestos, e obedece a outras tantas. Já andaria não fosse a lesão da semana passada. Apesar de crescido continua a amar a sua chucha como na primeira noite. E com o papá extremoso que a segurou incansavelmente criou um laço maior do que a vida.

Aniversário

Um dia a dois tempos. De manhã sol, à tarde chuva. A primeira parte correu mal, com o bebé rabugento, sonos mal dormidos, birra monumental. Voltámos a casa e dormimos todos uma sesta valente. Depois, correu bem. Parece que fez um restart ao computador. Bebé bem disposto, oceanário, pizza. Agora dorme: ele ainda não sabe o que é fazer anos, mas foi um dia especial.

segunda-feira, abril 09, 2007

Um ano

:)

Aqui

Iniciava-se uma longa noite, quase sempre acordada. A senti-lo e a sentir-me.

Da páscoa


Hospital, jardim, beira-rio e praia.
Gostamos de (quase) tudo isto e mais alguma coisa (como conduzir o carrinho, ao colo de quem tem costas para os seus dez quilos, por exemplo).

Há um ano

Estava um dia de sol, era domingo e sabíamos que o bebé nasceria no dia seguinte sem falta. Arrumámos tudo, conferimos todas as possíveis e imagináveis listas, demorámos-nos nos gestos e nas tarefas que faríamos a dois pela última vez. Não posso dizer que tenha aproveitado a última noite. Pois já há duas semanas que não dormia bem. O Lourenço também estava ansioso, mexeu-se como nunca. Ainda não sabia como era (lindo), mas agora olhando para trás imagino a sua carinha lá dentro quase pronto para sair. Antes de entrar no hospital uma última pizza, à beira rio. Sem termos ensaiado ou planeado tivemos um (último) dia perfeito.

Magoou-se

Numa das inúmeras piruetas para mudar de posição. Não caiu, desequilibrou-se sentado, com um pé debaixo do rabo. Deve ter torcido qualquer coisa, porque o rx não denunciava qualquer fractura. Passado o primeiro susto e as dores controladas, primeiro teve medo de se sentar, depois já sentado de gatinhar, depois já gatinhando de se por de joelhos e depois já de pé, punha a perna alçada, como um flamingo.
Três dias depois já põe o pé no chão, mas ainda tem medo de andar, se exceptuarmos os passinhos de ontem à tarde. Foi para nos compensar de um dia de birras inexplicáveis (estou com fé que fosse a irritabilidade anunciada na bula do medicamento).

quarta-feira, abril 04, 2007

Das entrevistas

Às vezes nas entrevistas encontro pedaços do meu próprio pensamento:

"Pode parecer banal, mas quando não se tem ninguém em casa não se tem de pensar no que é que se vai fazer de jantar."

Bingo.

terça-feira, abril 03, 2007

Sapatos

De forma resumida aqui fica registado o que penso sobre o assunto. Se passarão a vida de pés apertados, porquê priva-los dos pés livres e descalços enquanto podem? Em tendo de pôr sapatos porquê espartilhá-los em couraças de couro e madeira que, de tão pesadas, mal permitem que levantem os pés do chão? Reforçar, proteger e formar o pé do bebé, dizem alguns. Uma lógica semelhante é usada em relação às cintas pós-parto: na verdade, não permitem que os músculos façam o seu trabalho. Com os sapatos deve ser a mesma coisa. Dar liberdade ao pé para se estabilizar e equilibrar. Flexibilidade e leveza. Por isso, depois de um primeiro verão passado com o pé ao léu, só quisemos bobux, que o Lourenço adora (pudera...).Com os primeiros passos, achámos que era altura de ter uns sapatos user friendly. Que não lhe atrasassem o andar como parece ter acontecido com a amiga A. Depois da era da quase exclusividade bobux, desde ontem que também temos uns sapatos chicco daqueles bem molinhos e macios. Calçou-os na loja, arrancou-lhe as etiquetas antes que tivessemos tempo de experimentar outros e chamou-os seus.

Sobre a genética

Já não tenho a certeza de que será canhoto. É pena. Mas, para compensar, já não restam muitas dúvidas de que naquela cabeça crescem caracóis.

Apetece-me

Escrever um post sobre sapatos, sobre o aniversário que se avizinha, sobre as complexas relações familiares, sobre o que nos tira o sono às vezes (que não um bebé madrugador) e sobre a falta de tempo. A falta de tempo aguda e crónica é talvez o maior sintoma da paixão vitalícia que me assolou há quase um ano atrás. Prenderam-me o pé ao acelerador e desde então que sinto o tempo a correr velozmente à minha volta, querendo, ao mesmo tempo, beber todos os momentos de nós e cumprir com eficácia todas as tarefas que me esperam (já alguma vez falei da pilha de livros que tenho de ler? dá-me pesadelos só de pensar).
E com isto o gaiato está quase a fazer um ano: faltam só sete dias.


segunda-feira, abril 02, 2007

Esteve doente

Com não sei o quê, com efeitos gastro-intestinais. Podem ter sido os dentes (li algures que são o equivalente funcional nas doenças infantis, do mordomo nos policiais). Ou alguma virose, explicação sempre à mão também. Não importa. Já está a recuperar (o apetite voraz pelo menos).
Entretanto, cada vez mais atento e comunicativo, utilizando gestos e expressões, vocalizações que devem ser palavras, alegre e sorridente.

Mais, ontem, como que para nos compensar de um domingo passado em limpezas, e na presença de ambos, andou uma distância maior que os nossos braços a procurar os dele, por sua iniciativa.