segunda-feira, outubro 29, 2007

Tagarela

O mais fascinante na sua linguagem incipiente é o misto de gestos e palavras que compõem frases complexas. Ontem perguntávamos onde estava a prima e responde apontando. Perguntamos o que ela está a fazer e responde de um trago: minham, minham, minham... (está a comer, pois claro!).

Baby boom (n)

Afinal não são só as amigas que estão quase todas grávidas. Os amigos do coração também. Quando este desnaturado Tio conhecer melhor o sobrinho Lourenço, já deverá ser pai também. Está tudo a bandear-se para o lado dos crescidos de vez. And when did that happen?

quinta-feira, outubro 25, 2007

Como explicar

A uma criança de 18 meses, teimosa como bom carneirinho que é, que a lua cheia que se vê da janela da sala, apesar de estar no céu não é um avião?

Lost in translation

Catrapum para ele é picapaaa.

*Adora atirar-se para o chão, fingindo cair mas devagarinho, ao som do catrapum, que para ele, dizia eu, é picapaaaa.

segunda-feira, outubro 22, 2007

Há coisas que de tão lindas

Não têm explicação: uma recém nascida mínima, amostra de bebé, perfeita nos traços, enrolada sobre si e deitada junto à mãe.
Que saudades do meu, assim pequenino.

Do fim de semana em que nasceu a Camila (2)

- Como faz a vaca?
- Muuuuuu.
-Como faz o gato?
-Minhá.
-Como faz o cão?
-Hã, hã, hã.
-Como faz o pato?
- Ó-ó-ó-ó-ó-ó (melodia dos patinhos).

Do fim de semana em que nasceu a Camila

O Lourenço também aprecia muito as maçãs bravo de esmolfe. A comprová-lo uma dentada em cada uma, enquanto a mãe cozinhava mais ou menos distraída.

domingo, outubro 21, 2007

Há emoções

Que valem todas as lágrimas e sorrisos que provocam. Ao invés das bruschettas (não deve ser assim que se escreve, mas enfim) prometidas para o jantar a cinco, os nossos amigos dirigiram-se ao hospital para despistar umas moinhas sem explicação. Afinal, e apesar de ser quase certo que nasceria escorpião, a Camila nasceu esta madrugada sob o signo balança, linda e com a saúde que se deseja. A mãe, querida amiga, portou-se à altura dos acontecimentos, o que nos enche de orgulho. Contamos os minutos para a irmos ver de perto.
Bem vinda, Camila.

sexta-feira, outubro 19, 2007

Se há algo que define

O Lourenço é a ternura (intercalada com mini-fúrias). Dá abracinhos, festinhas e beijinhos a tudo o que gosta. E tudo o que gosta não são só pessoas. No outro dia abraçou intensamente uma banana de tão contente de lha termos passado para a mão. Felizmente ainda tinha casca.

Milagre

Para mim chama-se Sargenor. Do ser arrastado e desmotivado da semana passada passei ao ser enérgico sem café de hoje.
E note-se que para estes milagres também é preciso fé.

Do rídiculo que é escrever teses

Oscilo entre o espaço e o espaço e meio entre as linhas: ora parece que não escrevi o suficiente, ora parece que escrevo muito.

Coisas que julgava impossíveis

Num bairro incaracterístico da periferia urbana: o som do amolador-de facas-conserta-sombrinhas.

quarta-feira, outubro 17, 2007

Começar

O dia a bater com o carro não é agradável. É, aliás, de pôr qualquer um terrivelmente mal disposto.

Na Pediatra

Fez uma birra monumental. Mas está tudo bem, pelo menos se olharmos para a linearidade dos pontos na curva dos seus percentis. Recomendações só uma: menos rolha é igual a mais palavras. Vamos comprar uma mini guerra, mas a chucha vai passar a só ser usada nos momentos muito difíceis e na cama para dormir.
Haja coragem.

terça-feira, outubro 16, 2007

Hoje

É dia de revisão pediátrica. Estou curiosa de saber das medidas (parece-me bastante maior, mas pode ser ilusão óptica) e das recomendações. Falar-lhe-ei das palavras de uma sílaba só, da fome por vezes desmesurada, da mão demasiado leve, sem me esquecer dos muitos abraços a tudo (desde a bolacha, à água da banheira, passando pela laranja roubada do cesto da fruta), das ordens obedecidas e das danças e da muita cantarolice. Não é para saber se é normal. Quero só que o conheça melhor, porque no tempo da consulta há demasiadas lágrimas e pouco tempo para a pediatra saber quem ele é.

Se acorda de noite

Pergunta pela Pâaaa (prima). Chega a casa e chama pela Pâaaa. Levanta-se de manhã e espera que ela chegue e se enrosque na cama grande connosco, como de costume.
O Lourenço não só já sabe o que é, como sente muitas saudades.

sexta-feira, outubro 12, 2007

Dias bons...

... e luz do final de dia.

On being a mother

De repente deixei de me identificar tanto com a tragédia de um jovem (filho) que morre para me identificar imediatamente com a mãe que sofre.

Enquanto

Assisto na primeira fila ao deslumbramento da minha sobrinha com os primeiríssimos sinais da puberdade, recordo a inusitada felicidade que senti ao descobrir o primeiro pêlo na axila, nem me lembro bem com que idade. Dá para rir, não dá?

O Lourenço

Andar sem apetite (desde hoje?) é uma coisa tão estranha, tão estranha que me deixa francamente preocupada (logo a mim que nem sou de stressar com o facto de ele comer ou não). Principalmente ao vê-lo afastar uma bolacha com um esgar de desagrado como quem diz «não quero, não gosto disso.»

quinta-feira, outubro 11, 2007

Como é que fui capaz

De me esquecer de uma informação tão relevante como esta: o Lourenço fez, por puro acaso e pela primeira vez xixi no bacio.

Não resisto


Uma pequena amostra da versão pessoal do Lourenço do "cabeça para baixo, rabinho para o ar"* da canção dos Patinhos (aqui num mix de versões).

*No caso dele cabeça a dar a dar...

Nunca mais chega a hora

Da pequena Camila se juntar a estes quatro.

quarta-feira, outubro 10, 2007

Hoje













Dezoito meses pelo olhar da prima.

Em jeito de balanço (com pouco tempo )

Está crescido o meu rapaz. Não faz o pino, não recita poesia e não toma banho sozinho. Mas é muito feliz e, melhor que isso, dá muitos abraços, beijos babados de vez em quando e até nos pisca os olhos se estiver para aí virado.

Assim sem dar por isso

O Lourenço faz hoje 18 meses. Ou como se diz nos blogues cutxi cutxi (no ofense). Dezoito meses de ti.

terça-feira, outubro 09, 2007

Às vezes

Não me liga. Nem me quer. Nem abraços, nem beijinhos, nem saudades. Quer outras coisas, como o pai, o colo da prima, as asneirolas do costume. Tenho de reconhecer que me custa, mesmo sabendo que é assim mesmo e que estas rejeições não são nem uma amostra do que há de vir.

Deu em tentar

(E às vezes conseguir) assobiar. Também pela primeira vez detectei um excerto de melodia na sua cantarolice. Não são os parabéns do Pedro, mas uma parte do refrão dos Patinhos. Em loop claro.

quinta-feira, outubro 04, 2007

Há benefícios

Em acordar muito cedo. Reconheço que o facto de às nove e qualquer coisa já ter bebido café e estar pronta para as minhas tarefas (por agora leituras) faz o dia render mais. Mas custa tanto, tanto.

*Ao quarto dia de pôr a Inês na Escola às oito e meia atrasámo-nos dez minutos. Sair da cama antes das sete e meia revelou-se uma tarefa demasiadamente grande para mim.

quarta-feira, outubro 03, 2007

Os meninos

Têm o seu trabalhinho. E como diz a G. agem como se tivessem. Compenetrados e concentrados no seu trabalhinho que é brincar. O do Lourenço ontem era enfiar todas as peças do puzzle e os blocos de madeira por baixo do sofá. O desafio era pô-las para além do alcance dos seus dedos. E dos nossos dedos também já agora. Esteve nisto que tempos.
Só digo que foi muito bem sucedido, pois tivemos de levantar o sofá para resgatar os infelizes objectos.

terça-feira, outubro 02, 2007

Objectividade

Depois de o ir buscar à creche, diz-me a avó: "Não é por nada, mas ele é o mais bonito que lá está!"
Pois.

segunda-feira, outubro 01, 2007

Adoro

Reciclar roupa mas infelizmente (à excepção de muitos bodies e alguns babygrows repescados do enxoval da A.) a minha participação nesse modo de estar nesta coisa dos bebés tem sido mais emprestar. Herdei muito pouco até agora, tirando uns sacos de roupa para mais para diante. Sinto-me, aliás, um verdadeiro entreposto: recupero a que já emprestei para voltar a redistribuir. E o que eu gosto disso. Posto isto vou ali a um sítio comprar roupa. Sim, porque isto de gerir uma empresa familiar tira-me o tempo de ir a lojas.