sexta-feira, outubro 31, 2008

Ele ainda não sabe, mas encomendámos-lhe isto

Vai poder poi gasuina e lavai os carros que tão todos muito suuuujos, na figona gandi.

Hoje esclareci-me com a educadora

É assim (e é magia):
Pózinhos de perlimpimpim, grãozinhos de arroz, a boca vamos fechar, porque a história vai começar...

Faz sempre isto!

Agora também deu nisto

- Opá, mamã... (quando o impeço de fazer alguma coisa)

Pergunta muitas coisa

E nós também. Pergunta-me coisas como: tu não vais trabalhar na Sint(r)a? O carro do papá tá na gaiagem? A Lena tá à noxa espéia (na escola)? A esfregona gandi não funciona (aconteceu uma vez)?
Fixa tanto as coisas que ontem nos desmanchámos a rir quando ao invés de terminar a frase de uma história que ele adora (coisa que costuma fazer mas que não era lida há três dias) diz: não me lembo!

À mesa

Quando chega a hora de comer a fruta começa, ameaçando saltar da sua cadeira: quéio ir para o pé de nós!
(na sequência de muitas vezes lhe ter dito... queres vir para o pé de nós?)

segunda-feira, outubro 27, 2008

Na festa, a cabeça sempre a funcionar

JU - Lourenço, sabes quem é este? É o meu namorado!
Lourenço - Pacacaio Loio!

Versões

"Atirei o pau ao gato", Lourenço, 2 anos e meio.

"Atirei o pau ao gato-to-to
...
...
Asentada a paximé-é-é
Veio uma puga-ga-ga
modeu-lhe o pé-é-é
ou ela chóia...
ou ela guita....
vai-te embóia...
BATATA FITA!!!!"

:)

sexta-feira, outubro 24, 2008

Hoje ralhei com ele

E ele diz, entre outras coisas, sempre com as mãos na cara:
Não goto di ti!
...
Durou quatro segundos a abraçar-me com tanta força que me desconjuntava os óculos.
A caminho da cozinha, já vestido, diz qualquer coisa como xou muito lindo... já não faço birras (espertinho!).

quarta-feira, outubro 22, 2008

Adivinhem o que fui fazer ontem


*ignorar a desarrumação, o ranho no nariz e os segundos finais em que tento que o Lourenço reproduza a frase duns posts abaixo sem sucesso.

Leituras


Senta-se abre os livros e junta elementos das histórias todas em três frases, rematando com um: vitóia, vitóia, acabou-se a tóia.

Quando pego num livro diz qualquer coisa do género

(Deve ser o ritual pré-contar história da escola):
póxinhos de pimpim, póxinhos de arroz, a boca vamos fechar, a história vai começar.
Uma delícia.

terça-feira, outubro 21, 2008

Hoje usei o aspirador para limpar a cadeira do carro

Porque ele fez um xixi e tive de a lavar toda. Enfim, isso não interessa. Chega a casa e depara-se com o dito. Pensou até que tinha vindo a Mina. Atarefados com a montagem da cadeira, permitimos-lhe alguma liberdade para usar o aspirador. Os olhinhos brilhavam. Foi a loucura total, claro. Veja-se a eficiência doméstica dois anos e meio. Assim continue.



* perdoem o ruído.

Faz hoje um ano

Que fomos conhecer o bebé minúsculo que tinha nascido de madrugada. A barriga acarinhada deu à luz uma menina linda que hoje é bem maior (mas ainda pequenina). É linda e bem disposta. E é nossa amica, como diz o Lou.
Ele tem estado a ensaiar os parabéns à Camila.
E é hoje! Parabéns bebé (e pais)!

Coincidências?

Já nunca mais chorou ao ficar na escola.
Tem dormido bem melhor.

segunda-feira, outubro 20, 2008

Sei que a minha irmã (uma delas em particular)

Me lê. Ficou triste de não lhe ter dado aqui os parabéns. Tem razão, esqueci-me de o fazer aqui, mas fi-lo ao vivo (foi no passado dia 1). Ontem o Lourenço ficou que tempos ao telefone com ela (que está na Noruega). Perguntou-lhe onde estava, onde estava o primo, que ele estava aqui na minha casa com a minha mamã, o meu papá e a minha Inês. Falou e falou e nem queria desligar. Sentou-se do outro lado, meio escondido. Ele gosta da tia Ana e eu fico contente com isso. Sobretudo porque é o futuro que sorri. Do que vem para a frente e que ele já se vai lembrar, significando isso que o que ficou para trás passou e ele nem nunca vai sentir que esse tempo existiu. Parece pouco, mas é importante. Muito mesmo porque é um bom sinal, um sinal de que a tia Ana (ela própria e não uma sombra esquiva qualquer) já faz parte do seu presente, das suas inquietações e afectos. Para sempre, aposto eu.

Ontem

Com o dia claro e o sol a brilhar forcei um pequeno almoço fora e, imagine-se, o jornal partilhado ao ritmo de galões e croissants. O trabalho não pára e exige, diariamente, sacrifícios vários (eu não gosto de trabalhar, ponto final). Mas ontem o dia pedia um pouco de calma, mau grado o pequeno sempre a um passo de fazer asneiras. Às vezes precisamos de vir à tona, respirar fundo, antes de mergulhar de novo na azáfama e no turbilhão.
Isto não tem nada a ver com ele, nem sequer é uma queixa, é mais uma nota mental para não nos esquecermos de parar (por instantes) de vez em quando e curtir um pouco o tempo sem horas, sem trabalho, sem restrições.
Se pudesse era mesmo um dia em central park (e daí um park qualquer), baggels com light cream cheese (os galões só cá mesmo), e a luz do Outono em NYC que a Filipa nos vai mandando de vez em quando.
*Lembrei-me da Filipa porque também me faz falta a paz que ela me dá.

Também sente

Quando estamos atrasados de manhã, pois é precisamente quando escolhe para dizer não a torto e a direito, fazer mini birras e obrigar-me a leva-lo ao colo rua acima.

Escolhem os dias

Claro. Só pode ser. Hoje tive de o acordar às nove e por ele dormia mais. Ontem, simpático, acordou-nos às sete, às oito e chamou por nós até que cedemos. Ah e acordou durante a noite também.

sábado, outubro 18, 2008

Sobre o tamanho

Hoje à saída da piscina (que fica perto do aeroporto):
- óia, um (a)vião xiganti!

Era grande indeed, e assim percebi que já sabe dizer gigante.

sexta-feira, outubro 17, 2008

Não são só os bebés que não sabem falar

A Inês insiste em referir-se às auxiliares da escola como continas.
(E ela até fala muito bem, até melhor do que muitos adultos - a educadora do Lourenço incluída)

Estou-me agora a lembrar

Da conversa de hoje, ainda na cama depois do leitinho.
- Mamã, vou xaí (da cama, presumo) vou no carro do papá comprar bananas (sic). Vou à famácia. É, é.
Depois, passado um bocado:
- A Inês? Está na escola. Na cóia dela? A fazer os trabalhos dela, é? É. Quéio i à cóia dela. Não, Lourenço, hoje tens ginástica. Ginática, é??? Livanta-ti mamã, dipacha-te!
Gosta daquilo o rapaz.

Pus-lhe soro

Porque estava entupido (ó não, constipação agora?). Berreiro do costume.
Passado uns minutos espirrou. Uma, duas e três vezes.
Juro que do seu pequeno nariz saiu um caroço (ele diz que é laranja, só pode ser do almoço na escola, tenho de confirmar).
Ele teve o dia inteiro um caroço no nariz? E dormiu com ele, coitado! O nariz especialmente entupido está explicado, mas a minha incredulidade ainda não passou totalmente.

quinta-feira, outubro 16, 2008

São todos iguais

De regador na mão:
- Mamã, já regueu!

(também diz, já fazeu, fazi isto, etc.etc.)

Livros favoritos


Agora são os do sapo, da Caminho. Alguns já têm uns anos, comprei-os para a Inês, e são efectivamente uma delícia. (Ao ver que é a mesma personagem exclama, óia mamã, o sapo é como eti e eti!). Ontem o pai passou na Fnac e além do presente para mim (consegui um dos poucos exemplares do HH antes que esgotasse - obrigado ao Zé Mário pelo aviso) trouxe mais um para ele. Gostou de tal maneira que entre ontem e hoje já devo ter lido a história umas cinco vezes, no mínimo duas vezes seguidas.

quarta-feira, outubro 15, 2008

Convenco-me

Que uma das razões porque gosta de colo a caminho da escola é o facto de assim se conversar melhor.
Hoje perguntou-me se trabalhava na rua ou na minha casa. Ele não é parvo não senhor.

A falar ao telefone com a tia

- Então beijinhos, tá combinado?

Ou seja, baralha e volta a dar.

terça-feira, outubro 14, 2008

A prima

(Que, by the way vai e vem de autocarro da escola e que não podia ser mais cabeça no ar do que eu fui - ai como eu a compreendo) está cá. É risota, atrás de risota. Dançam ao som da música do telemóvel (tenho de filmar isto). Brincam com uma bola saltitona. Escondem-se e procuram-se. À noite enquanto se deitam diz bôa nôti, Inês. Pela manhã é a primeira pessoa pela qual pergunta.

Além das limpezas

e outras utilidades domésticas, interessa-se por carros. Intrigam-lhe as rodas e os carros parados. Pensa que estão cacátos (estragados ) e que precisam de um senhoi gandi para ficarem muito arranjadinhos (sic). De repente andam e exclama oia as rodas tão a andai.

Também acha que precisam de ser lavados pela piconha gandi, claro, para ficarem muito lavadinhos. É é, mamã.

segunda-feira, outubro 13, 2008

O Lourenço

Não sabe o que fazer aos «éles»: ou diz láia (Lara) ou laua; saia (sala) ou sáua. Ele bem tenta, mas o dito «éle» não lhe sai.

sexta-feira, outubro 10, 2008

Finge que fala ao telefone:

- Ponto, tá combinado.

No banho

Empunhando a sua mini-esfregona e respectivo balde:

-Tu não podis lavai com a figonha. Não podis, é muito pe'igosa!

*É só para ter a certeza que as mensagens passam. Os tipinhos imitam tudo.

É preciso receber uma newsletter

Daquelas que se subscrevem no início da gravidez a rodos para me aperceber que hoje, dia 10, o Lourenço faz 30 meses.

quinta-feira, outubro 09, 2008

Como é que o ser mais adorável do mundo

Consegue ser o mestre da tortura do sono!
Estou cansada.
Tentamos convencê-lo com conversa, resposta o rapaz teve pronta: "não, não, quando acorda queio a mamã e o papá aqui no meu quato!"

segunda-feira, outubro 06, 2008

Ia ficar a domir em casa da Tia Ana com os primos

À saída para a festa dos 50 anos da Tia Susana dizemos-lhe:
-Olha temos de ir a um sítio falar com umas pessoas.
Pouco convencido diz:
-Não, mamã, vou contico. O Louenxo também vai falai com as pixoias.
...
Lá ficou.
No regresso paramos para apanhar a avó que tinha ficado a fazer baby sitting. Ouviu barulho, acordou. Quando nos vê exclama:
- Óia, a mamã xigou! A mamã xigou!!!!

Pronto, lá veio. Está numa fase insegura e quer a mãe e o pai por perto.

Magoou-me sem querer

Diz: chóia, chóia... podis choai à vondati!

sexta-feira, outubro 03, 2008

Tesouras,quedas, saltos, carros e outras conversas


* a piconha que ele refere é o túnel de lavagem de carros naturalmente.
** o vídeo não é de hoje, claro, o frio não permitiria meninos descalços e de cuecas.

Hoje lá foi

Para a ginástica. Compraram-se as sapatilhas e o fato de treino. Agora só queria ser mosca para ver que raio de ginástica é essa.

Não dei pelo Verão passar

Quase nem senti calor. Vejo o Outono chegar sem piedade e as mangas curtas a deixarem de fazer sentido. Não é só a NY que chega o Outono Filipinha. Tenho frio e tive frio ontem à noite. Ainda contava com um último mergulho no mar, mas parece-me que já não será nesta temporada. No próximo verão conto dar um mergulho já livre deste peso que sinto nas costas, que se arrasta sem fim à vista. Sei que terei outros pesos, mas espero que mais pequenos e com uma dimensão simbólica bem menor do que a inominável, inabarcável, interminável, secante e maçadora tese. Tenho nostalgia desse tempo que ainda não chegou.

Ontem

Fomos todos ver a piconha gandi. Dentro do carro lá passamos pelo túnel de lavagem. Lembrei-me tanto do misto medo fascínio que sentia quando era miuda. O Lourenço também deve ter sentido. Agarrado com unhas e dentes ao volante, sentado ao colo do pai, nem dizia nada. Por ele ia lá todos os dias como todos os carros sujos com os quais se cruza.

quarta-feira, outubro 01, 2008

Olho pela janela

Para descansar o olhar por instantes e reparo pela primeira vez nas pequenas mãos que lá estão marcadas e nos vestígios de um beijo dado à janela. Estava ao colo, pela altura das marcas. Devia procurar a lua ou então os nossos carros que tardavam em descer a rua (já os sabe identificar muito bem). Deu-me cá umas saudades!

* apesar de hoje ter estado acordado desde as quatro até às cinco e meia a pedir alternadamente para fazer xixi, para ir para a nossa cama e por leitinho. A verdade é que reclama presença e proximidade. O vento a assobiar lá fora também não ajuda. Oxalá seja uma fase.