sexta-feira, novembro 14, 2014

No outro dia

Fomos comer um hambúrguer a um restaurante. A Laura decidiu gritar algumas vezes (estava cansada e ensonada). Ia-mos dizendo que não se grita e tal que assim nunca mais voltava ao restaurante. Já uns dias depois estava na mesma, a gritar por tudo e por nada, e o pai voltou a repetir, não se grita. Resposta dela:
- Não posso ir ao restaurante é?


A partir daí qualquer referência a gritos, envolve respostas relacionadas com restaurantes. Como é? Pavlov?

sexta-feira, novembro 07, 2014

Já têm oito anos

Mas às vezes ainda são bebés:

-Mãe, deixa-me mostrar-te a caligrafia de dança que estivemos a ensaiar!

;)

quarta-feira, novembro 05, 2014

Baralhei-me na ordem das rotinas

E já estava a ler a história quando me diz:
-Não te esqueças da fraldinha e do remédio, sim?

Ah filha responsável :) Não sai à mãe!

domingo, novembro 02, 2014

Aos dois anos e meio mais qualquer coisa

(ao segundo filho não se consegue manter os meses de vida na ponta da língua)

A Laura fala, diria, com perfeição. Discute e argumenta com frases completas e muitos «coubeu» e «fazi» como é suposto.Diz muitas vezes em conversa, «Sabes?», «Poxo?», «Não é?» muito entoadinho.
Depois é bebé e gosta de chucha e fraldinha. E ainda bem, quero-a bebé por muito tempo.

Ontem à saída de um ajuntamento de aniversário (ela achava que ia encontrar balões) perguntava ao mais velho se tinha gostado. E ela lá de baixo responde: «Eu também gostei, eu também gostei. O bolo estrela tinha flores e uma vela. E nós cantámos os parabéns!»
No outro dia,também, à chegada do supermercado, vem com o seu saquinho a correr pelo corredor em direcção ao quarto dela: «Boneeeecos! Olhem o que eu comprei!»

Vou-me esquecer da maioria das suas graças... espero não me esquecer da graça que tinha e que ela trouxe às nossas vidas.

Coisas que merecem ser registadas

A primeira vez que um filho toca, sem perfeição, um minueto de Bach.

:)

quarta-feira, agosto 27, 2014

terça-feira, agosto 12, 2014

segunda-feira, julho 21, 2014

Nesta casa

Há lugar para todos. O mano, a mana e... o neto?
(obra da Laura, naturalmente)

O pai deu-lhe um beijinho de manhã

- Ai, pai picas, picas!
Eu entretanto passei por ela, chamou-me, tirou a chucha, e deu-me um beijinho repenicado.
- Tu não picas, mamã!
 :)

De cinzel na mão

Fomos à feira quinhentista, em S. Pedro de Sintra. Primeiro tímido, o Lourenço não queria experimentar (como não, ele adora estas coisas!). Depois lá se convenceu e, evidente, já não queria sair de lá.
Isto exprime muito do que ele é. Gosta de ver e, sobretudo, experimentar com as suas próprias mãos. Tem muitos interesses diferentes dos outros miúdos: adora a polícia judiciária, fazer experiências e saber como tudo se faz e funciona, inquieta-se com a ideia de que todos temos infinitos avós (todos temos um avô e esse avô teve avós, e assim sucessivamente).
Dizer que tem estado espetacular. Noto, desde o fim das aulas uma grande diferença nele. Muito mais controlado, menos impulsivo, ou pelo menos, a remediar a tempo de males maiores. Claro que a propensão para a asneira é grande, mas infinitamente menor do que já foi.
Está a crescer e, se tudo correr bem, na direcção certa.
:)

quinta-feira, julho 17, 2014

Imita-o em tudo

E fica muito irritada quando não consegue fazer exactamente o que ele faz (como as pulseiras por exemplo).

Só não pensei que ter um irmão lhe moldasse os interesses também.

Hoje levou um livro de obras para a escola. :)

Costumam picar-se dizendo

«A mãe é minha», ao que ela responde «O pai é da Laura». Ele diz «o pai é meu» e ela continua indefinidamente até alguém dar um berro e acabar com aquilo.
Um dia, mais irritada, saiu-se: «O pai é da Laura, a mãe é da Laura! São todos meus! Todos meus!»


Foi rir a bom rir.

Ao ouvir queixar-se que o pai estava «doentinho» sai da cozinha.

Quando, passado uns minutos, chegámos ao corredor lá vinha ela de termómetro na mão para ver se o pai tinha «febe».

(implicou subir à cadeira para alcançar o topo da cómoda)

quinta-feira, julho 10, 2014

Laura, vamos vestir o pijama

-Mamã, isto não chama-se pijama. Chama-se camisa. E isto é calcinhas.

(já cá não está quem falou!)

quarta-feira, julho 09, 2014

Lourenço

Foi um ano duro, difícil, e os resultados escolares (bastante bons) não dizem o duro que foi. A adaptação ao novo professor correu mal e o feitio difícil, com particular apetência para a provocação e para o desafio não facilitou. É um miúdo distraído, muito impulsivo, mas muito meigo.
Portanto, terminado o ano a sensação foi de alívio. E, exceptuando uma ou outra «crise», os dias têm corrido calmos e suaves.
A maior conquista foi sem dúvida o violino. Pu-lo lá porque achei que ia ajudá-lo com a concentração e o facto é que se não ajuda nisso (e eu acho que sim), tornou-se numa coisa de que gosta e que faz bem. Segundo o professor, o Lourenço não é perfeccionista, mas tem jeito e o facto é que dos miúdos que começaram este ano é o que toca mais.
Sempre disse que se uma pessoa lacrimeja quando vê um toddler num palco com ar assarapantado, o que seria quando um filho tocasse um instrumento. É uma emoção de facto, um orgulho.
Claro que ao início tivemos de batalhar um bocado (com este rapaz tudo é uma batalha, tudo), mas penso que foi uma aposta ganha. Uma lição de superação, de persistência, de disciplina e de harmonia.
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Laura

Nos últimos meses foram saltos atrás de saltos  no seu desenvolvimento. E saltos mesmo, porque aprendeu a saltar. É de morrer a rir, porque ainda é trapalhona, mas é inegável que já consegue tirar os dois pés do chão ao mesmo tempo. Mas não são esses os saltos mais extraordinários. É a falar que ela se destaca mais. A falar, a cantar, a lembrar-se de tudo, mas tudo mesmo o que lhe acontece, o que vê e o que lhe lêem.
Continua a falar à norte, trocando os vês pelos bês, mas de resto tudo se entende. Depois há os clássicos "já fazi", "estou sujada", "carugu (canguru)" "não é chata é linda", «opá mãe, não se faz ixo!», que nos fazem rir a todos. Quando se despede de um de nós à porta, diz sempre "adeus, boa sorte!".

E é mesmo uma grande sorte que temos, em a ter.

Entretém-se imenso: organiza teatros para os bonecos (dá-lhes bolachas para se manterem sentados e ralha), brinca com os bebés, os puzzles, os brinquedos do mano, os livros, tudo a entretém. A asneira favorita ainda é tirar todos os toalhetes de pacote, para o que fecha a porta do quarto. Também se esconde para tirar roupas das gavetas .

Largou as fraldas com imensa facilidade no início de Junho. Foram dois dias, sendo que na primeira manhã sujou logo cinco pares de cuecas, fazendo antever o pior. Tirando um ou outro acidente (como anteontem, em que deixou uma pocinha no tapete do quarto do irmão, e ontem que deixou um cocó nas calças do pijama), tudo correu sobre rodas. Já pede sempre para fazer o xixi e avisa que quer fazer «bolinha» (don't ask, começou assim e assim ficou). Surpreendentemente, as fraldas da noite e da sesta têm aparecido sistematicamente secas. Tendo em conta os antecedentes familiares (meus) é mesmo muito estranho... Já não ando atenta às promoções das fraldas, o que também é novidade. Das boas.

Come quase tudo, embora estranhe coisas verdes na sopa e embirre com certas refeições em que come quase nada. Gosta muito de milho, beterraba e salsicha! O leitinho da noite, ocasional, envolve uma série de rituais: é o pai que faz, eu não posso entrar na cozinha, tenho de ficar à porta, enquanto ela conta umas senhoras que tenho numa fotografia. Também não pode pegar no leite, tenho de ser eu, para lho dar só quando já está na cama.

Quer fazer tudo sozinha. Vestir-se sobretudo, manifestando preferências. Não quer determinada camisola, determinados sapatos, escolhendo outros. Fugir da mãe é um dos seus entretens e esconder-se debaixo da cama também. Imita o mano em tudo, asneiras incluídas. Quando ele faz pulseiras ela também quer, embora, imagine-se só sabe empilhar elásticos. Vê-los a caminhar de mão dada e aos abraços é tudo aquilo que sempre desejei. Não que não embirrem constantemente também e com a mesma intensidade. Ele de ciúmes, ela de ciúmes também. É a vida... Mas é bom, tirando quando me querem os dois e disputam o colo.

Claro que já começa a dizer uns nãos, a fazer umas mini birras, a levantar a mão ocasionalmente. Faz parte e até agora tem estado tudo sob controlo.

Todos os dias dou graças por tê-la tido. Tão bom e tão boa tem sido para nós, fonte de permanente alegria.

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terça-feira, julho 01, 2014

O volume

Quando comecei este blogue, na altura para registar as evoluções do Lourenço, tinha muito mais tempo. Agora vejo isso, porque à distância as dificuldades passadas nada se parecem com os obstáculos presentes. Tenho tido muito que fazer, e quando tenho tempo, acabo por negligenciar o registo sistemático e metódico das novidades dos dois, agora dois, que crescem e nos ocupam os dias. Com coisas boas e coisas menos boas.

Depois, mesmo quando tenho tempo, há tantas coisas para contar e registar que esmoreço. Não está certo e é injusto para a Laura, sobretudo, que ficas sem essa memória. Sim, não tenho ilusões que tudo se esfumará no futuro. Não lhe saberei dizer que gracinhas dizia (e são tantas, tantas). Quanto ao Lourenço, já poderá ser protagonista das suas memórias. É-o, aliás e prova-nos isso frequentemente ao lembrar-se de episódios de que nem eu me lembro mais.

Ao ver por aí novidades e gracinhas alheias hoje, bateu-me a culpa e abri o blogger. Estou determinada a recuperar algum tempo perdido. A resgatar algumas memórias doces destes últimos tempos.

Segue-se, espero eu, uma torrente de posts

sexta-feira, abril 11, 2014

8!

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Oito anos de um rapaz (já não faz sentido dizer menino, pois não?) simultaneamente doce e feroz. Exímio em contrariar e fazer a vida dos outros complicada, é o primeiro a abrir os braços para abraçar seja quem for. É curioso e preguiçoso, distraído e perspicaz. É o meu Lourenço que no dia dos seus oito anos, se divertiu à grande. Teve amigos para brincar e alguma família e um bolo que foi a cara dele.

segunda-feira, abril 07, 2014

quinta-feira, abril 03, 2014

Lourenço e os dentes

 O Lourenço tem problemas com os dentes. Problemas de várias naturezas. Desde o célebre extra -numerário que nos deu tantas dores de cabeça e que o traumatizou quase irremediavelmente (acabou por ter de o tirar com anestesia geral ao fim de um ano de tentativas). Até aos problemas de esmalte que levam a que tenha mais propensão a ter cáries. Não é por não lavar ou por comer doces, é porque os dentes não prestam mesmo. Enfim, depois do episódio do dente ele nunca mais deixou mexerem-lhe na boca. É um drama e um pânico irracional. Um sofrimento para ele e para quem o quer  ajudar. Dito isto, e a propósito do rastreio oral na escola e o cheque dentista, decidi experimentar ir à mãe de uma colega de turma (por sinal a namoradinha) que é dentista. Ia com receio de reviver o filme. Mas não, apesar de ela ter tido que lhe dar uma coisinha para o acalmar, e de ele efectivamente se ter recusado a dada altura, a verdade é que conseguiu tratar-lhe os dentes de cima com conversa e persuasão. Nem cabia em mim de contente. Eu já achava o máximo ela ter-lhe conseguido abrir a boca e meter máquinas dentro da boca. Mas foi mais longe e tratou os dentes.
Da próxima, disse ela, vai ter mesmo de o anestesiar, porque os problemas são mais profundos. Veremos. Hoje celebramos porque já virámos uma página.

quarta-feira, abril 02, 2014

Não há como não me derreter

A Laura chama pela Mamãzinha e pelo paizinho.
Aliás para ela é tudo «inho».

domingo, março 30, 2014

Aos dois anos

A Laura deixou o berço. É vê-la mínima na cama grande. Custou nos primeiros dias, queria a outra. Mas parece que já se ambientou. Tem vantagens: hoje quis dormir com os amigos. São eles o bebé, a boneca, o gato e o Pocoyo. E ainda cabiam mais uns que quisesse...


Eu bem previa

Que um dia que tocasse um instrumento é que havia de ser. Pois que neste sábado, no palco do CCB, o nó veio ao de cima mal o rapaz deu os primeiros passos rumo ao seu lugar. Ai o orgulho!

* Pena que na segunda  parte se tenha portado pessimamente, não parando quieto na cadeira. Rais'parta o miúdo.

**Parte essa que não vi, porque D. Laura decidiu boicotar, obrigando-me a vê-la subir e descer escadas em loop, cá fora. Rais' parta a miúda.

Já vão rareando os «problemas falatórios» como diz o Lou

Mas não há meio de acertar com a «película ardente».

quarta-feira, março 19, 2014

Memórias do Carnaval


Este ano foi simples: o Lourenço queria mascarar-se de inspector da PJ (à conta do max o cão polícia que vê e adora. Bastou fazer um coldre (sim fui eu que fiz) e usar a roupa que já tinha (ele queria um casaco de cabedal... temos pena, mas não há!). Ela, enfim, não escolheu.Foi, por um dia, a minha borboleta :) - de ténis e chucha.


Corrigi o Lourenço numa palavra

Resposta pronta (tem sempre resposta pronta, sempre, sempre, mesmo quando deve ficar calado):
- Ó mãe, tu sabes que eu tenho problemas falatórios, não é preciso estar sempre a corrigir!

Dois anos

Incrivelmente doces. Esta menina perde-se com loicinhas e bonecos. Canetas e papéis. Entretém-se imenso sozinha, imita tudo o que dizemos e fazemos. Adora os seus: pai, mãe, mano (a quem bate tanto como abraça), avós, tias e primos (ai os seus priminhos). Hoje foi um dia bom, em que agradecemos muito a alegria e a ternura que esta menina trouxe às nossas vidas.






terça-feira, fevereiro 18, 2014

quinta-feira, fevereiro 13, 2014

Disneyworld

Um mês e tal de Laura

Por outro lado, o tempo passado permite depurar as memórias, ficando aquelas que  valem a pena ser  recordadas:
- A Laura a abrir os presentes de Natal e a delirar com a t-shirt  da Minnie que lhe ofereceram. E a amar os bebés e respectivos acessórios,com os quais brinca afincadamente. A Laura, ao contrário do Lourenço, é uma criança que se entretém (thank god!!). A Laura entretém-se tanto que às vezes até fecha a porta do quarto, quando quer encher os bonecos de creme do rabinho ou tirar todas as toalhitas do pacote. A Laura é uma criança que fala muito. Faz frases completas, entoa e conversa. Adora livros (não é só para parecer bem): é  mesmo o brinquedo favorito dela. Chama-lhe histórinhas e pede que lhas contemos a toda a hora. Também gosta, ela própria, de contar histórias aos bonecos, que têm de se sentar na cama alinhados ao lado dela. O que mais me surpreende nas suas conversas é a forma como já exprime sentimentos (medo, susto, gostar) Na verdade diz tudo, ao ponto de no outro dia se ter falado do Eusébio e ela ter dito imediatamente que estava na televisão. Na mesma lógica, qualquer homem de barbas é o pai natal. Adora a escola, sobretudo o professor Pedro, de música com a sua «ditarra». Não há muitas palavrinhas engraçadas, porque ela aprende a dizê-las bem num instante. É um cromo ainda assim,
Adora roupas (tem um singular sentido estético), sapatos (as galotas são um favorite) e sentar-se na cadeira do mano, quando ele não está. Ela dá-lhe muitos chega para lá, algo que desgosta o mano, que insiste em abraçá-la. Páaaara, mano, laga a Laura! - diz muitas vezes...

 Corta a franja como gente crescida!

Deixei passar o Natal

O ano novo, centenas de episódios dignos de registo. De um e de outro. A Laura um dia vai recriminar-me por não ter um diário tão completo como o do irmão. E terá razão. Mas enfim, cuidar de dois não é cuidar de um. Não haja ilusões.