quinta-feira, dezembro 27, 2012

quarta-feira, dezembro 12, 2012

De uma série de dez fotos

Aproveita-se esta. As restantes estão desfocadas porque a garota nao para quieta. Quieta e calada, porque palra que se farta. E é isto a nossa vida:-).


Diz a professora

"Ele está a mecanizar a leitura; é dos alunos que não revela dificuldades pois já começou a juntar sílabas e a formar posteriormente a palavra. Às vezes faz-se de esquecido, mas quando há uma competição a ver "quem sabe ler o quê", ele até consegue estragar o jogo pois adivinha tudo, independentemente de estar na sua vez ou não!
Noto que ele já organiza melhor o caderno mas ainda não o "embeleza"; esse vai ser o meu cavalo de batalha no 2º período (ter gosto pela apresentação e começar a ser mais perfecionista)."

É ele por uma pena. Já tinha reparado que o clique para a leitura se tinha dado... de um momento para o outro começou a interessar-se e a querer (e conseguir muitas vezes) ler quase tudo. Inclusive letras que ainda não aprendeu. Já a parte do embelezamento também confere. Não tem lá muito jeito para a parte do devagar e bem...

segunda-feira, novembro 19, 2012

8 meses

E um dente, finalmente, a espreitar na gengiva. A primeira constipação digna desse nome, e a primeira verdadeira má noite por conta de um nariz entupido.
De resto não podia estar mais linda e fofa. Fofa literalmente, que ela é toda refeguinhos, esponjosa e molinha a pedir amassos valentes a toda a hora. E nós damos-lhos, que cá em casa não se poupa nos mimos.
Gatinha, senta, levanta, adora rasgar papéis, delira com o irmão até este começar a apertá-la. Delira com o pai, com a mãe, sobretudo.
Come tudo o que lhe dão (pudera, a fofice vem de algum lado).
Faz vivas, cucu, bate palminhas sofríveis, diz txau quando lhe apetece.
Já não sabemos como era a vida sem ela.

domingo, novembro 18, 2012

sexta-feira, novembro 02, 2012

Rumo à fase bípede


Step one (maybe two).
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quinta-feira, novembro 01, 2012

To cut a long story short

A professora deu-lhe um conjunto para escrever cartas, daqueles por que suspiravamos em meados dos anos oitenta, envelopes a condizer e autocolantes para embelezar os escritos.
Hoje so quis escrever cartas. Uma à professora a agradecer, uma a um vizinho a desejar melhoras, e esta. Uma ternura.
:-)


quarta-feira, outubro 24, 2012

E aos sete meses

A garota gatinha.

Acabou-se a paz.
:)

quinta-feira, outubro 18, 2012

terça-feira, outubro 16, 2012

Laurinha

Palra, faz vivas, faz cucu. Depois de umas noites infernais (candidatas às piores noites de todos os tempos) tem dormido que é um regalo.

Oiçam o que vos digo, não é por ser minha, mas ela enternece qualquer um.

Sucessão de bolas verdes

Um empenho acrescido atestado pela professora, pais progressivamente mais descansados.

Próxima luta: manter o espaço de trabalho arrumado na sala de aula (a professora que lute, menos uma guerra para eu comprar), conseguir trazer para casa tudo o que levou na mochila*.

*Acho que os lápis não chegam ao Natal...

Já nem sei a propósito do quê

Diz-me o Lourenço, ó mãe tu não marques uma consulta para morrer, ????, sim onde te matem! Ó filho, matar é um crime, sabes o que acontece às pessoas que matam? Vão para a prisão? Sim, muito tempo! Até aprenderem a lição, é?

Retenho a frase de uma amiga

Nisto da maternidade não se está a fazer bolos, está a criar-se pessoas.

Não há receitas nem formas. Só dúvidas e incertezas se estamos a fazer o mais correcto para aquele filho.

segunda-feira, outubro 08, 2012

segunda-feira, outubro 01, 2012

A alegria na caixa do correio (email, mas se fosse correio ainda era melhor)

"Olá Mãe

não quero deitar foguetes antes da festa mas, cá entre nós, o Lourenço está a conseguir integrar-se bem e adaptar-se à realidade do 1º ciclo.
Estou muito contente com ele; tem-se portado bem e já sabe estar na sala de aula!  Não fosse o "acidente" no refeitório e a semana teria sido perfeita! (Mas não lhe diga nada...)

Um ótimo fim de semana para vocês!"

* A comunicação casa escola não podia ser mais escorreita e fácil: um bem-haja à prof. Isabel que mostra como podem haver boas escolas na Escola Pública.

sábado, setembro 29, 2012

quinta-feira, setembro 27, 2012

Ao fim de duas semanas

Uma bola azul no comportamento e um menino orgulhoso do seu feito. E disse que fez uma ficha enorme sem refilar.
(não tem sido fácil, mas estamos a melhorar.)

Até amanhã...

...Se Deus quiser, disse a avó.
O Deus manda em ti?
Sim, manda em todos.
Em todos? Até nos directores?
Sim, em todos.
E nos ladrões, também manda?

lol

quarta-feira, setembro 19, 2012

Coração apertado

Primeiros dias de escola e o coração permanentemente apertado (sim, o mesmo que há pouco estava cheio)  com as notícias que vai receber quando recolhe o petiz.
Portou-se mal? Logo no primeiro dia? (Tentou exibir-se, nada de mais diz a professora)
E no segundo? Como terá sido?
É só irrequieto ou, terror dos terrores, é malcriado?
Onde está a pastinha de plástico Lourenço? Que lhe fizeste?
Ó minha nossa, toma atenção!

A aguardar, não serenamente pois queria ser mosca, por mais desenvolvimentos.


(valha-nos uma professora motivada e, aparentemente, competente, sempre à mão de semear via email)


Seis meses

E uma bebé palradora, andarilha, vivaça.
Fui ver lá atrás como era o Lourenço nesta idade e, pasme-se, era igual.

Tudo. Até a mesma sensação de coração cheio.

segunda-feira, setembro 10, 2012

Domingos perfeitos

A ver golfinhos no sado.



sábado, setembro 08, 2012

Mãe podemos voltar para a casa das férias?


Pituca em imagens



Photo update




1º ano

E sim, seis anos passam a correr.
Embora "não se importe de ficar na pré" vai ter mesmo de enfrentar este novo desafio... E nós com ele. Estou mil vezes mais ansiosa que ele, que olha os livros com desdém e diz que tudo é uma seca (estou tramada).
Vou agarrar-me tal mantra às palavras da educadora "é dos melhores alunos que tenho, apesar da inabilidade para desenhar e a falta de paciência para tarefas repetitivas".

É já na sexta o take off para uma jornada que a mim me levou, deixa-me cá fazer contas, 4+5+3+5+5.
A bem dizer nunca de lá saí (da escola). Como ele quer ser trolha (assentar tijolo, mexer o cimento) não precisará de ir tão longe, mas pode ser que entretanto mude de ideias ;).

Pituca

Está gorda e pesada. Brinca muito (senta-se já muito bem) e é uma fraldisqueira. Corre a cama (ou qualquer superfície) de lés a lés com grande desenvoltura. Come tudo e gosta (pudera: está efectivamente gorda). No que diz respeito ao sono, estragou-se... Não sei se é dentes se o que é mas as noites bem dormidas já eram. Agora dá noites do demo, a malandra. Oxalá, sublinho, oxalá seja uma fase passageira.
A-do-ra o mano. E ele a ela, com ocasionais amuos (ela só está a olhar para ti, mãe). É com ele que mais se ri à gargalhada.
Nas férias experimentou a água da piscina e da praia: amou ambas. Temos companheira para a ramboia!

As férias foram tão boas

Que quase todos os dias me pede para regressar.

Pai dá a comida à filha

-Não faças isso Lourenço! (era a Laura, recorde-se)
(olha para o Lourenço e diz...)
- Eu também te fazia isto em pequenino (dar-lhe comida, bem entendido...)
(Lourenço muito espantado)
- Também me chamavas Laura?

quarta-feira, agosto 01, 2012

Sempre as perguntas difíceis, caneco

Mãe, quando se morre o que é que se sente?

In the meanwhile

- Laura cresce, cresce. Tão doce a minha menina.
- Laura comeu papa pela primeira vez hoje.
- Lourenço é patriota. Canta o hino a toda a hora (no intercomunicador que é para eu ouvir melhor).
- Lourenço quer fazer truques (pinos, rodas e cambalhotas). É destemido e exige que lhe batamos palmas no fim.
- Lourenço porta-se pessimamente com os pais (adora a mana, vá lá) e, sem surpresa, exige reconhecimento e atenção que nem sempre temos  condições para lhe dar (mãe autoflagela-se)
- Lourenço foi apanhado num canto sossegado (suspeito, muito suspeito) e percebi que tinha ido enfiar uma fralda, daquelas grandes que reapareceram na mudança. Quando lhe perguntei porquê tinha feito responde (desarmando eventuais sobrolhos franzidos): também quero ser o pitu da mãe.

Acho que não preciso de dizer mais nada

...para justificar o silêncio: MUDÁMOS DE CASA.

Ufa.

segunda-feira, julho 09, 2012

No carro

Passamos por uma obra, daquelas das canalizações.
-Ai, este mundo está cheio de obras, é só obras.
Passado  um bocado...
-Quando somos velhinhos precisamos de reparações não é?

(olha que giro, pensei, bela analogia)

quinta-feira, julho 05, 2012

Então e o que é uma múmia?

É tipo um monstro, estás a ver, todo enrolado em papel higiénico!

Um castigo de uma semana sem televisão

É igual:
Paz doméstica nunca vista.
Mais desenhos por iniciativa própria do que num ano inteiro.
Brincadeiras no quarto envolvendo legos, playmobis, e tudo o que a imaginação mobilizar!

Acho que o castigo vai durar mais que uma semana ;)

terça-feira, julho 03, 2012

sábado, junho 30, 2012

Só com um bocadinho de ajuda

E a ansiedade* de estar prestes a entrar no primeiro ano.

*da mãe, entenda-se...

terça-feira, junho 26, 2012

Sempre achei

Que aquelas mães que anunciavam aos quatro ventos que os seus bebés dormiam muitas horas seguidas antes dos dois anos mentiam. Afinal não, esses bebés existem e o meu segundo bebé é assim. Eu sei que de hoje para amanhã ela pode mudar, há tantos que mudam de um dia para o outro, mas pronto, estas noites bem dormidas (em que no máximo acorda uma vez para comer) já ninguém mas tira.

quarta-feira, junho 20, 2012

Gargalhou uma vez e eu registei :)


Laura



É linda (desculpem mas não é só dos meus olhos, é mesmo). É a minha caturrinha (tem um penacho atrás na cabeça). É doce e risonha. DORME DE NOITE (seis, às vezes, sete quase oito horas). Chora muito e sentida (anunciando uma drama queen). Brinca (agarra brinquedos, em especial o macaco azul oferecido pela Ju). Segura as mãozinhas e põe-nas na boca. Desvirou-se cedo e cedo riu à gargalhada (vez única, nunca mais repetiu.)

É a nossa amor.

Temi

A reacção do Lourenço à irmã. Imaginei as maiores birras, os piores retrocessos.
Nada, ou melhor, muito pouco.
Gosta da irmã (é a minha amor), abraça-a (pobre bebé), exige dar-lhe beijos e, esta é para rir, pegar-lhe ao colo em pé.
Às vezes, quando está carente ou chateado, refere-se a ela como «aquela porcaria de Laura». Mas é raro.

Ele vê, ou sente, que a família está completa (quando estamos todos diz sempre, olha a família toda reunida). Que há um equilíbrio (dois rapazes e duas raparigas).

Não há-de um coração de mãe florir todos os dias ...:)

A «namorada» do Lourenço

Com quem ora anda aos abraços ora à estalada foi de férias para a Suiça.
Na segunda feira seguinte traz umas caixinhas para casa.
De quem é isso?
Da Ritinha Ferreirinha (por acaso a melhor amiguinha da tal namoradita). Disse que era para eu ficar com elas para sempre.
??? Ritinha??
Sim, é a minha namorada.
Como? Então a Joana ainda agora foi de férias e já arranjaste outra???
...

Francamente.

Artimanhas da memória

Comecei este blogue quando o Lou fez três meses. Hoje, um dia depois da Laura atingir a mesma idade, fui revisitá-lo.
Afinal aquilo de que me lembrava tão bem, não era bem assim. As idades das conquistas, os hábitos, as noites.
É giro isso. Como me disse a minha pediatra, os seis anos de diferença faz como se fosse, de novo, a primeira vez!


(estou mesmo mesmo a pensar fazer um blog só dela... ;) )

Na escola aprende-se de tudo

Letras, números, tantas coisas.
E, para grande pena minha, palavrões.

Foi difícil, mas ao fim de duas ou três saídas que me deixaram sem palavras, percebeu que há coisas que não se dizem. O pior é que o ladozinho provocador faz com que quase quase diga... para à ultima da hora se ficar por um caraças ou assim.

Neste mês

Vivemos dias tristes. A doença e posterior morte do bivô Girão trouxeram ao nosso quotidiano as perguntas mais difíceis de responder, porque na verdade ninguém sabe e eu não sou capaz de não ter uma postura cartesiana nisto. Não lhe dou respostas nem certezas, apenas hipóteses... Decidimos que o Lourenço devia participar nas cerimónias de algum modo e acabou sendo o velório, onde esteve e deixou flores. Fazia-lhe confusão o facto de a caixa grande estar fechada (o bivô assim não respira!), mas lá percebeu que o que sobra é o corpo. Quanto à vida do espírito (que conceito difícil de explicar esse) mais tarde ele decidirá se acredita ou não.
Explicações e curiosidades à parte, gostei de ver a ternura com que o Lourenço tratou o pai, desolado com a perda, e a bivó. A morte faz parte da vida, infelizmente, e aprender a consolar  aqueles que sofrem é talvez  das aprendizagens mais importantes que estas situações podem trazer a uma criança.
Quanto ao bivô, espero sinceramente que o Lou não se esqueça dele (agora vamos ter saudades dele, não é?).


Sim, Lourenço, vamos ter muitas saudades.

Hoje foi dia de trazer os trabalhos da escola para casa

E o que vi, embora já sabendo da sua resistência para o desenho, deixou-me meio triste. O interesse dele pelo lápis e papel não é pouco, é nenhum. Se por um lado vejo uma criança super curiosa, que gosta de aprender e saber tudo, reconheço nele uma preguiça/incapacidade de ser perfeito, de se empenhar na escrita o que se reflecte na qualidade dos seus trabalhitos.
Até aqui foi meio a brincar. Mas para o ano já não vai ser. E não deixa de me angustiar um pouco o tipo de aluno que vai ser (e a minha pouca paciência para ajudar uma criança teimosa e resistente à crítica).
Quem me dera ser relaxada nisto. Quem me dera.

Esta é antiga:

No banho, com o pai.
Pai, quando é que vamos cortar o cabelo?
Porquê, queres?
Não, quero ter o cabelo comprido. E usar brincos... quero ser gay.
????? Ai sim, e o que é ser gay?
É ser muita fixe!

lol

Eu sei, eu sei

Demasiado tempo sem escrever. As razões? Demasiado tempo ocupado com afazeres e Laura que sendo um bebé que dorme de noite (shhhhh, não queremos que ela mude), dorme pouco de dia.
A culpa é a de sempre: tanto tempo sem registar, e as coisas giras vão-se perdendo.

terça-feira, maio 15, 2012

Passado um bocado...

-Mãe, aonde é que fomos ontem? À biblioteca ou à discoteca?
lol
-À feira do livro, tonto!

Luzes apagadas

Tudo a postos para dormir. Passado um bocado ouve-se:
-Mãe, o lençol não está bem espalhado!

quarta-feira, maio 09, 2012

terça-feira, maio 08, 2012

Am I god?

Abraçando-me e à mana:
Ela é tão fofa! Ainda bem que a criaste!

Ontem

Porque é que as maminhas se chamam maminhas (curious choice of words)?
Quem é que deu nome às coisas?
Nós somos as primeiras pessoas? Quem foram as primeiras pessoas (as que deram nome às coisas)?
As pessoas que morrem voltam a nascer? Então vão para onde?
As respostas envolveram: transmissão intergeracional, primatas e evolução, crenças em relação à afterlife, desenvolvimento da técnica ao longo da história, importância de estudar, o saber acumulado nos livros, aprender as letras no próximo ano, tomar atenção, portar-se bem.

Ufa.

Manos

Tenho de admitir que o Lourenço tem superado as minhas expectativas. Birras controladas, comportamento quase sempre ou muito mais vezes impecável, declarações de amor constantes, pontuadas raramente com frases como «também não gosto dessa porcaria de mana»... rapidamente esquecidos nos abraços e pedidos de desculpa. É um mano orgulhoso e protector. Que abraça mais do que porventura a mana gostaria, mas olha, aguente-ser que para ser irmão mais novo é sempre preciso alguma dose de resiliência.

Ainda o assunto da reprodução

Mãe, quando é que fazem outro bebé?
(???) Como?
Sim, quando é que fazem outro bebé!
Porquê?
Posso ver?
(?????)
Sim, posso ver?
Ó Lourenço é uma coisa privada sabes...
É no hospital?*
...
lol

*no outro dia perguntou-me em que sítio tinha feito a mana, pensei que se referia à barriga, mas não queria mesmo saber o lugar.

Há uns dias (talvez sejam semanas)...

Mãe já paraste de engordecer?


(porquê, não se nota??)

segunda-feira, abril 23, 2012

Imaginando cidades...


...com obras, acidentes, polícias,  bombeiros e paramédicos.
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Mãe, como é que se chamam as pessoas que são cegas?

... chamam-se ciganos, é? E as pessoas que fumam? Deve ser cigarros, não?
(e riu-se do seu próprio disparate).

terça-feira, abril 10, 2012

6 anos


... de muito amor e birras.

sábado, março 31, 2012

Na série da televisão (Disney Chanel)

Falou-se do triângulo das Bermudas, um lugar secreto difícil de encontrar e de onde não se pode sair.
Ao jantar o Lourenço lembrou-se da «ilha das borbulhas», um lugar secreto difícil de encontrar e de onde não se pode sair.

quinta-feira, março 29, 2012

Gosta tanto de lhe pegar que no outro dia saiu-se com esta

Bolas, os adultos têm bué da sorte, podem pegar na mana em pé...

(ele só pode sentado, sob vigilância naturalmente)

Diz que quer que o acorde durante a noite

Quando a mana quiser comer. Eu disse que sim, mas claro que ele dormiu regalado. De manhã pergunta, então não me acordaste? E eu menti: chamei-te mas tu não quiseste vir, estavas a dormir. Mãe, diz ele, tens de me abanar...
O que ele gosta de lhe pegar quando está satisfeita e calminha (da primeira vez que lhe pegou exigiu que toda a gente menos  os pais saíssem, tal era a vergonha). E desde então tenta imitar-nos em todos os gestos!



Começar de novo

Sabem bem os três ou quatro leitores deste espaço que o meu segundo bebé, Laura de seu nome, nasceu faz hoje 11 dias. Dia 19, depois de tentar por todos os meios que o parto se despoletasse naturalmente, segui para o hospital com cesariana marcada (a indução estava-me vedada por causa da cesariana anterior). Foi tudo tão rápido que nem deu tempo para me mentalizar, nem um «vamos lá a isto». O nosso corpo deixa de ser nosso por umas horas e todos mexem e remexem aos seus ritmos, enquanto nos limitamos a tentar absorver o que se está a passar.
Chegámos lá pelas dez e meia e faltavam apenas cinco minutos para o meio dia quando um choro audível anunciava a chegada da Laura. As lágrimas são inevitáveis nestes momentos (duas vezes já permite uma estatística) e o sentimento de que agora é que é, repetiu-se como da primeira vez. A divergir o facto de o pai estar presente (as lágrimas foram em coro) e o facto de ter podido vê-la imediatamente pousada sobre a barriga (ainda aberta suponho - não quero pensar muito nisso). Foram poucos os minutos que esteve longe porque quase imediatamente, ainda só de fralda, a puseram no peito. Não pude apreciar bem tudo isto porque estava desconfortável e com alguma  dor enquanto terminavam o serviço. No recobro mamou todo o tempo e pude finalmente vê-la melhor: era igual ao mano, embora mais miudinha! Linda, linda, tão perfeitinha (mesmo que não fosse seria, não se espere objectividade das mães recém paridas). Depois, quaisquer dúvidas de que (como dizem as mães de mais do que um) o coração se multiplica desfizeram-se logo, com a diferença de que a essa semente de amor incondicional que germina desde o primeiro choro se somam as preocupações de como reagirá o outro, aquele que já conhecemos tão bem e amamos tanto, aquele cujo afecto se mantém intacto mas que pode (e sentir-se-á sempre) ameaçado por este novo amor.
A reacção dele foi um espelho dele próprio: envergonhado (não quis olhar), a explorar as tecnologias do quarto (camas, estores, equipamentos diversos) e, finalmente, a olhar (e sentir, suponho, um turbilhão de emoções).
Uma semana e tal depois posso dizer que, muito embora amanhã possa ser diferente, tenho em casa um mano mais velho orgulhoso, colaborante e seguro - exceptuando ocasionais momentos de tensão - do seu lugar nesta família. Na cabeça dele faz tudo sentido: dois rapazes, duas raparigas... uma família completa (e arrisco-me dizer, muito feliz).

Não me sai da cabeça a frase do livro Coração de Mãe:

E há um dia em que no coração de mãe nascem flores...


...quando um filho diz pela primeira vez "olá" a outro filho."

Depois de teimar

Que a amiga se chamava Joana «Frango», insiste que o colega é André «Azedo».

:)

quarta-feira, fevereiro 29, 2012

Desliguei a luz depois de contar a história

E entre miminhos ele diz,
- finge que és um monstro...
E eu
- Gruaaaaaaa...
-Agora és um fantasma...
E eu
-Uhhhhhhh...
Entrei na brincadeira e acrescento
- Agora sou uma mãe falsa*... um robô com parafusos... (enquanto lhe dou beijinhos no pescoço)
Diz logo de seguida
-Ai já não estou a gostar da brincadeira... tu sabes que eu sou um acreditador!!

lol


*Volta e meia pergunta se eu sou a mãe verdadeira (ou o pai ao pai)... pensava inicialmente que eram histórias de adopção que alguém lhe tinha contado, mas não. Uma mãe falsa é uma mãe robô, que por baixo da pele tem parafusos. É tão engraçado, que ao mesmo tempo que desconfia de tudo é crédulo até ao limite.

quarta-feira, fevereiro 22, 2012

Sentado no sofá olha para mim e diz

- Mãe, ser adulto é um bocadinho difícil não é?

quinta-feira, fevereiro 16, 2012

Ora bem

Parece que os meninos mais velhos passam por ele e chamam-lhe puto. Ele sente-se vagamente insultado, vai daí acha que pode chamar puto e puta aos colegas consoante o género.
Como é que lhe explico que puto ainda vá, mas puta nem pensar? Introduzo-o ao conceito de prostituição?

Isto é ele





... na sua imensa alegria e expressividade...
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Little Skater

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segunda-feira, fevereiro 13, 2012

Domingo

Ao pequeno almoço:
- Pai o que é o sexo?
- (pausa para abrir a pestana e pensar rápido) Então, é o que é preciso fazer para nascer um bebé. Os adultos namoram e tal... mas quem é que te falou nisso? (deixa-me adivinhar quem te veio com essa conversa....queres ver que foi a Joana?)
- A Joana (bruxo!)
- Que é que ela te disse?
- Que os crescidos trancam a porta, despem-se (risinhos) e depois beijam-se...
- Pronto, é mais ou menos isso, mas não tem nada de mal é uma coisa que os adultos (só os adultos!!!!) fazem...
:)

Ó mãe

Como é que se faz a comichão?
Errr... normalmente é uma impressão na pele, pode estar seca. (no caso era entre os dedos dos pés) Pode ser porque não secamos bem entre os dedinhos e aparecem fungos..
Não é nada, já sei, são as bactérias a fazerem cócegas!

terça-feira, fevereiro 07, 2012

Hoje aconteceu uma coisa que nunca tinha acontecido

Eram três da manhã vai lá ao quarto, super desperto, a dizer que não conseguia dormir. O vento fazia muito barulho. O pai levou-o a fazer xixi e afinal até já tinha feito, mas nem se apercebeu. Estava tão desperto que falava sem parar, convencido de o vento arrancava árvores lá fora, o smart está lá fora mãe?, uma aflição. Levei-o à cozinha para ele ver que eram só árvores a abanar. Pediu (coisa que nunca fez, juro) para vir para o pé de nós, para a nossa cama. Hesitei (temos sempre receio de abrir um mau precedente) mas achei , sobretudo agora que a mana está a chegar, que não deve haver lugares proibidos para ele. E ele estava com medo. Deu-me miminhos, pediu festinhas, ainda quis conversar um bocadinho... e adormeceu. Passado um bocado, eu aflita porque não me conseguia mexer, fui levá-lo à cama a pé. Deitei-o, fiz-lhe algumas festinhas e ele só perguntou: se eu não conseguir dormir posso ir ter com vocês?

Acho que era isso que ele queria: a segurança de que estamos sempre lá para ele.

sábado, fevereiro 04, 2012

Ontem também se saiu com esta

(terá sido conversa da tal amiga que é fresca?)
- Mãe, tu és a minha mãe verdadeira?

(what?)

-Sim, porquê, tens dúvidas?

Ao deitar

A conversa era outra:
Sabes quem foi o Almeida Garret? (é o patrono do agrupamento de escolas que frequenta).
Sei, era um escritor, e tu?
Também. Estivemos no ginásio a ouvir canções... e poemas dele sabias?
Muito bem.
Ele é vivo?
Não, já morreu há muitos anos.
Eu sei, morreu de crancro. 
Ai é? Sim, primeiro caíram-lhe os cabelos e depois morreu (acho que isto é outra vez conversa das miudas que vêm novelas e ele acredita em tudo o que lhe dizem, como que a pedra que trazia no bolso era uma pupila de dinossauro... enfim)
As pessoas quando morrem nascem outra vez?
Não, filho... (bem na verdade depende do que cada um acredita... mas deixemos isso para outro dia pensei).
Pois é, as pessoas quando morrem transformam-se em pedra, depois vão para o centro da terra, derretem e transformam-se em lava! Ui, não quero que me aconteça isso (enquanto se enrosca nos lençois).

Que ideias, valhamedeus!

Quase terminar o jantar

A televisão exepcionalmente acesa, manifestações no egipto, pais a conversar. Diz o Lourenço:
- Mãe, agora posso fazer perguntas?
(as pessoas estavam a fugir, era do incêndio, porque é  que estavam zangadas, ...)

terça-feira, janeiro 31, 2012

Ia jurar

... que hoje de manhã, enquanto enchia  com água a tigela onde ia fazer a papa e a punha no micro-ondas, ele disse:

Sou eu que faço essa trampa toda! (???)


Mas depois explicou,  quando eu lhe pedi que repetisse

Sou eu que faço essa coisa da TEM-PE-RA-TU-RA! (ou seja, regular o tempo e carregar no botão).

Ufa!

Conhece todas as profissões da construção

Ladrilhador, pedreiro, canalizador, engenheiro... e também carapinteiro.

(e eu deixo-o dizer mal, porque é o que resta do meu bebé)

Fomos a Torres Vedras cortar o cabelo

Um dia explico porquê irmos tão longe. Já lá estávamos e perguntam-lhe (lembrando-se de um fascínio antigo) então, no caminho viste as ventoinhas? (pausa)  O quê? as eólicas? (ventoinhas é para bebés pá...)

quarta-feira, janeiro 25, 2012

Mini-Polícia e sensibilidade social

Depois das obras e dos bombeiros, chegámos à fase polícia. Andava há que tempos a pedir-me um fato de polícia e eu acedi, primeiro porque se anda a portar lindamente, segundo porque o carnaval se aproxima e há que ser previdente. Ontem aproveitei e lá lhe comprei a máscara. Ai a alegria e felicidade. De peito cheio, pleno de orgulho, passou a noite a prender-nos com as algemas por termos feito asneiras. Mas o que eu gostei foi quando fingi roubar umas bananas e ele pergunta então roubou porquê? e eu respondi não  tinha dinheiro... diz-me ele ah, és pobre?  Era para comer? Pronto, coitadinha, então eu liberto-te, não fizeste por mal...


:)

quarta-feira, janeiro 04, 2012

Lembrei-me de uma

Que revela que tem alguma consciência do seu mau feitio.

- Mãe, sabes que há umas pessoas que se portam muito pior do que eu. São os ladrões.

Sobre os sonhos

- Mãe, quando sonhamos desaparecemos?
(os sonhos às vezes são tão reais que parece que são a sério... mas não passa-se tudo no teu cérebro, enquanto estás aqui deitadinho)

...

- Mãe, os sonhos realizam-se?
(porquê, tu gostavas? - às vezes diz-me que sonha que é bombeiro a sério, ou polícia a sério, ou homem das obras a sério)

A tal Joana deve ser fresca

- Mãe é verdade que as pessoas podem tomar uma pastilha e depois ficam grávidas?


Hoje desmanchamos-nos a rir ao jantar

- Sabes, no outro dia o avô da Joana morreu. Tinha 100 anos! (ena!) Ela convidou-me e não sei quê... (ai sim, é como se tivesse feito anos e fizesse uma festa...).
...
- Acho que a avó ficou muito triste e tal.
...
- Depois arranjou outro avô! E depois o outro avô acho que arranjou outra avó! (boa, ficam todos arrumadinhos)

lol

- eu estava a ser engraçado? era uma piada é?

domingo, janeiro 01, 2012

O meu trabalhador


Completamente equipado. O brinquedo, já sabem, não sobreviveu à sua viagem inaugural à escola. Mas de lá, e porque o engenheiro responsável pelas obras lhe acha mesmo graça, já trouxe: um capacete a sério, um colete a sério (não faz mal parecer um vestido por ser enorme) e uns protectores de ouvidos a sério. Nada mal, mesmo assim.
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O lanche para o Pai Natal não pode faltar.

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