sexta-feira, agosto 31, 2007

quarta-feira, agosto 29, 2007

Apesar de não dizer muitas coisas

Comunica cada vez mais: quer fazer conversa, chama-nos a atenção para o que está e para o que não está (abrindo expressivamente as mãos), anda pelo caminho a assinalar os lugares das plantas e das árvores, dos carros e dos aviões que passam. Diz adeus como quem diz olá, e como quem diz adeus vou-me embora. Como no livros, tem surtos de autonomia, em que diz adeus e vai à vida dele. Interrogo-me até onde iria se não fosse apanhado no ar com beijos e amassos acompanhado de deliciosas gargalhadas.
É verdade: ri de propósito e a propósito de nada. Fico mesmo contente que não seja como eu era na sua idade.

O gato

Fellini arranjou uma dona e uma casa onde será muito mais feliz do que aqui. Não só não estava muito motivada (por motivos considerados fúteis ou não, admito que não sou uma pet person*) como a convivência entre bicho e bebé só era benéfica para o bebé (até ao dia em que o gato se passava de vez e a convivência passaria a ser má para todos).
O melhor de tudo é que estará bem perto, à mão de muitas visitas.

*Gosto de animais em geral, embora da maioria tenha medo, e acho que aos animais domésticos é devida toda a dignidade que um humano pode dar (espaço, alimentação, mimo e higiene). Pelo que a minha aversão a alguns cães é mais culpa dos donos do que dos bichitos. Foi um consolo ver os cães de Nova Iorque, lindos de morrer e mil vezes mais bem cuidados do que a maioria que se vê por aí.

Apesar

Da minha tendência para opinar sobre tudo e de para tudo ter uma explicação (no mínimo uma teoria) irritam-me as pessoas que dividem as pessoas em grupos a propósito das mais variadas coisas: um bom, onde se incluem naturalmente, e um mau, onde colocam as pessoas à vez, dependendo das suas posições sobre a vida.

Faz mini birras

Quando é contrariado (muito mini, para dizer a verdade). E o mau génio dá-lhe para se revoltar sob a forma de dentadas. Pois.
Isso ou uma forma pouco usual e própria de aliviar o incómodo de ter seis dentes, seis, a nascer ao mesmo tempo.

segunda-feira, agosto 27, 2007

Teve três dias de febre

Foi ao hospital e flirtou com a enfermeira e teria adorado o médico (falou-lhe num cão) se este não tivesse abusado da sorte e insistido nuns exames chatos que nos obrigam a estar quietos. A febre deu lugar ao nariz entupido. Não sei se da febre do que foi, anda numa excitação que só visto. Brinca, corre, dança (já alguma vez disse que adora música?) até nos deixar cansados da cabeça.

Do dia de hoje

Um computador avariado, um carro igualmente avariado, um livro italiano importante para a tese-que-está longe-de-estar-feita-e-me-deixa nervosa-a-cada-instante que tenho dificuldade em entender plenamente, um bebé que gosta de apontar para os aviões e dizer adeus às pessoas que lá vão dentro.
De hoje a oito dias começa a aventura escolar.

quinta-feira, agosto 23, 2007

Bebé


Crescido (e com caracóis, definitivamente.)

Enquanto o bebé


Ficava uma semana com a avó, dirigimo-nos, quais habitantes de uma província longínqua, à capital do Império. Ou pelo menos foi isso que senti naquela imensa babilónia que é Nova Iorque. Doeram as saudades do filho, mas menos do que previa. Pelo menos não me tolheram os passos ou diminuiram o prazer de estar a viajar em tão boa companhia e num lugar com tanto para descobrir. É bom viajar sempre, mas é melhor ainda quando o que nos leva aos lugares não é só o turismo, mas também algum trabalho (que nos obriga a integrarmos outras lógicas e noutros territórios) e onde, para além disso tudo, temos pessoas conhecidas com quem podemos partilhar um pouco do quotidiano, das rotinas e hábitos de vida. Nesse aspecto sinto que para além dos trilhos do turista (como não percorre-los? ok... percorre-los a pé não será uma ideia brilhante, dada a imensidão das distâncias, que o digam os nossos pobres pezinhos), tentámos espreitar os do viajante que arrisca ruas que não conhece, bairros que não constam do guia e que tem a sorte de poder usufruir da hospitalidade e companhia de pessoas amigas (grandes e pequenas) num país estranho.

Tem tido febre

Sem qualquer outro sintoma que esclareça a origem do mal estar. Ficámo-nos por casa e, exceptuando no primeiro dia que o sono em demasia me fez desconfiar de que não estava bem, tem estado muito bem disposto e brincalhão. Gasta-me o nome (Mamã! Mamã! Mamã! em loop quase constante) e usa o «fazer óó a» (encostar-se e dizer «ahhhhh» em tom ternurento) como forma de manifestar apreço tanto por pessoas como por coisas (animais, vegetais, minerais e etc.). Tem demonstrado imenso gosto por livros. Vai buscá-los e pede colo para lho mostrar-mos. Ocasionalmente faz óó a uma página de que gosta particularmente. Tem preferências, claro. A dele é esta (a edição portuguesa é da Caminho): Elmer, o elefante aos quadrados. Gosta de folhear, de apontar as páginas onde há arvores e animais, e mais ainda duma página em que um enorme BUUUUUU! aparece.

O livro de que ele gosta dei-o à Inês, talvez com a idade dele, há mais de oito anos. Gosto que ele herde coisas e tenha contacto com livros usados, lidos e vividos por outros meninos de quem gosta. Lá em casa dos primos ainda moram alguns que tenho a certeza que ele vai adorar.

quarta-feira, agosto 22, 2007

Encontrei-o mais crescido

Maior, mesmo, que a roupa parece estar mais justa. Apesar de ter sido uma semana os progressos a nível motor são fantásticos: subir e descer, abrir e fechar, sentar-se e levantar-se. Correr sem destino. Ao nível da fala nem por isso... continua o mesmo trapalhão. Mas sabe entregar-me o regador, apontar para a torneira e dizer: áia, com esperança de que eu, de facto, lhe entregue um regador cheio de água para ir despejar nas plantas...

Todas as manhãs

Fizémos uma video-conferência com o bebé. Ele via-nos e brincava connosco, mostráva-nos as «papas» e as «aiáias» (plantas e árvores). Percebiamo-lo satisfeito. Dizia a avó que brincava até cair para o lado no parque infantil, interagindo com os outros meninos. Perguntava ocasionalmente pela mamã, mas sem dramas. Recebeu-nos bem, sem euforias. Primeiro o colo do pai (estaria zangado comigo?), depois o meu sem reservas. Regressámos a casa e os mimos que nos deu (e nós a ele) ainda não acabaram. Estamos enamorados.

segunda-feira, agosto 20, 2007

De volta

A casa e ao bebé. Muitas saudades e muita diversão. Cá e lá. Ou seja, ele esteve bem e nós também.

terça-feira, agosto 07, 2007

Já sabe

Abrir a torneira do banho. Cuspir a comida que não lhe agrada. Usar o garfo na fruta (já alguma vez disse que ele gosta de TODAS as frutas?). Pôr a chucha na cama a pedido. Trepar tudo o que possa ser trepado.
E ainda tenta enfiar chaves e tudo o que se lhe assemelhe nos respectivos orifícios, calçar sapatos dos crescidos e regar as plantas.

Momentos















Não acontece muitas vezes mas ocasionalmente a máquina capta momentos felizes, sem quaisquer vestígios de poses ou sorrisos forçados.

To do list

16 caixas com refeições (a sopa é por conta da avó).
Passar muita roupa, muita.
Arrumar tudo e não esquecer de nada.
Encher o bebé de mimos.


A mala dele é sempre maior que a nossa.

É assim que ele me leva à certa

Olhinhos de gato...

Domir na avó

É bom. Bebé contente pela manhã, como de costume. Aliás estar na avó até é bem divertido. Há tantas asneiras para fazer, jardins para ir e parques com novos amigos para explorar. Vai ficar bem entregue. Agora é aprender a viver com o coração apertado pela distância de um oceano. E aproveitar à grande. Uma semana apenas.

sexta-feira, agosto 03, 2007

Cada miudo

Tem as suas manias: dizia-nos uma vizinha que o seu toddler (três semanas mais velho que o Lourenço) é obcecado por carros e motas, já o Lourenço é obcecado por plantas e árvores. Por onde quer que passe e para onde quer que vá são as suas papas e as suas aiáias os únicos objectos do seu interesse entusiasmados.

Por mais que insista

Ele teima em ficar-se pelo início das palavras.

-Lourenço diz CRÉEEME (adora todos os tubos de cremes).
- QÉ...

-Lourenço diz GAAAAAATO (Gosta do Gato embora não seja recíproco).
-GÁAAAAA...

-Lourenço diz CAAAAAIXA.
-CÁAAAACÁ...

E não saimos disto.

Como diz o pai

A nossa missão é (ter de) voltar.

Hoje

Vai dormir a sua primeira noite fora. Em casa da avó, ok, que quase não se qualifica como «fora». É um estágio para a semana que vem. Oito dias, oito noites longe de nós. Não é nenhum drama repito a todo o momento, mas é. Um mini-drama para mim que nunca me afastei mais do que umas horas. Mas pronto, há oportunidades que não se repetem e espaços a dois que merecem ser vividos em pleno. Contagem decrescente para a partida para Nova Iorque.

quinta-feira, agosto 02, 2007

Já não dá para irmos todos às compras

Esperneia porque quer ir para o chão. Andar sem destino. Mexer em tudo.

quarta-feira, agosto 01, 2007

Baby Boom (actualização)

Afinal não são quatro amigas grávidas. São cinco. Dois bebés para 2007 e três para 2008.