quarta-feira, abril 29, 2009

Diz-me o meu filho

Que hoje plantou alfaces. Mas atenção, acrescenta que não regou, porque aquilo regava sozinho (para grande pena dele que a seguir às esfregonas e às ferramentas adora regadores e mangueiras).

Que hoje a Lena hoje não ficou fuiosa, porque ele fez bem o trabalho (ainda estou para saber porque é que ela ficou fuiosa).

Que o Jorge deu uma turra muito gangui à Margarida e que o Jorge foi para o castigo e a a Carla pôs gelo à Margarida.

Puxo por ele e ele vai contando histórias do seu dia a dia.

*Também me dizem que ele tem andado meio avariado lá na escola: entornou a sopa por cima dele de propósito um destes dias e deram com ele a enfiar o garfo na orelha do colega numa outra ocasião.

terça-feira, abril 28, 2009

Tivesse eu mais tempo

E as idas ao ginásio seguidas de almoços demorados na companhia ideal seriam mais frequentes, ai seriam sim*!

*Hoje ao passar a cancela do estádio pensava em como as vantagens de não ser preciso picar ponto, nem ter horários, nem chefes, nem nada disso valem pelo ouro que não conseguimos acumular ;)!

Hoje foi um dia melhor

Em termos de birras. Alguns ameaços, controlados com castigo. Já percebi que com ele o que funciona melhor é dizer-lhe da cozinha, que pode vir ter connosco se já se tiver acalmado e ele vem, meio a medo, e passa-lhe. Se for lá falar com ele é como se fosse um gatilho para renovar a birra.
Isto é sempre a aprender.

segunda-feira, abril 27, 2009

Estou tentada a dizer

Que hoje vivemos a maior birra (as in deixa cá ver quem é que manda) de todos os tempos.

Algumas birras

Tiram-me do sério. Especialmente se são de manhã e estamos atrasados e se começam com motivos tão frívolos como não querer calçar um sapato e so on and so on. Dá-lhe fúrias, levanta a mão e tem de ser castigado (é mandado pensar um bocado a ver se se acalma). Não resultou (os níveis de raiva estavam elevados, nem sei porquê, e lá levou umas palmadas).
Não contente, depois de se espojar à porta do elevador a espernear, foi a chorar o caminho todo até à escola. A partir de metade já era a pedir desculpa, mas confesso que não tive vontade de o perdoar logo.
Caramba, uma pessoa começa o dia logo cansada de se zangar.

domingo, abril 26, 2009

Ainda sobre música

Íamos a passar na Av. de Berna e começo a refilar com o trânsito (tinha-me esquecido do enorme buraco). Diz-me prontamente: pára mãe, assim não ouço a música. Tocava Radiohead (bom) e pergunto-lhe: gostas desta música, é? E ele: sim, gosto muito.

Continuámos em silêncio e percebi que não lhe é indiferente o que ouvimos no carro. Neste caso agradou-lhe, julgo que quando começa a cantar (o que acontece muitas vezes) é quando a banda sonora já não lhe apraz, e ele apressa-se a fornecer outra.

Entre birras monumentais*

Para se vestir e depois para comer, conseguimos ir aos Dias da Música ver meninos a tocar violino.
E o pequeno demónio que em casa esperneava, batia, berrava, virou carneirinho (voltou ao mesmo estado quando chegou). Sentado e fascinado com tudo o que viu e ouviu. A sério, fiquei mesmo contente por ter vencido a preguiça e a inércia. Depois do concerto, ainda houve pianos à disposição. Ficou maluco. Tocava e depois virava-se para trás e dizia, vá bate palmas. Só o consegui tirar de lá porque a senhora disse que os concertos (a sério) iam começar.

* descontrolo total e absoluto.

sábado, abril 25, 2009

Hei-de explicar-lhe o 25 de Abril

Aos poucos, porque agora ainda é manifestamente pequeno. Mas quero que saiba e que sinta que é um dia muito importante.

sexta-feira, abril 24, 2009

Sempre que leio posts

Sobre cesarianas e partos naturais; colo, slings e carrinhos; co-sleeping; passado e presente da parentalidade em geral só me ocorre: será só de mim ou a maioria das mulheres confundem natureza, ciência, progresso, biologia, fisiologia com IDEOLOGIA?

quarta-feira, abril 22, 2009

Após alguns ameaços

Entrou naquela fase parva em que acha que nos devemos rir só por ele pronunciar as palavras «cocó» e «xixi» fora do contexto.
Ri-se que nem um tolinho (sozinho, claro).

terça-feira, abril 21, 2009

Fomos à médica

E na hora e tal que esperámos se ele se calou dois segundos foi muito. Não foram birras nem choro, foram conversas e cantigas e brincadeiras a todos os minutos. Ele que é tão envergonhado até o mamma mia cantou. Foi sempre a bombar até sermos chamados. E mesmo lá não se coibiu de opinar e perguntar e mexer em tudo. Se já estava cansada mais fiquei só de o ouvir ;)!

De resto tudo fino e adequado para um rapazinho de três anos.

quinta-feira, abril 16, 2009

Para contrariar a horrenda banda sonora com que infectam as crianças pequenas

Há que fazer um esforço para lhes dar boa música. Confesso que nem me esforço muito, mas devia. No anos a minha mãe ofereceu-lhe um livro que até me pareceu mais um daqueles aproveitamentos comerciais que esticam a corda ao máximo. Tratava-se de um album com ilustrações para o texto d' O leãozinho do Caetano. Como toda a gente sabe aquilo são meia dúzia de estrofes básicas, básicas. Mas bem, é impossível contar a história sem a cantar. E não só o miúdo adora, como exige contar/cantar aquele livro todas as noites desde que o tem, e como cantarola por aí, gosto muito de você, leãozinho.
*Sempre é melhor que as alarvidades musicais que passam no panda, por exemplo.

Ele é mesmo um handy man

Desengane-se quem achar que a cena dele são só esfregonas e vassouras. Agora descobriu as delícias do arranjar. Ele é o carro, os candeeiros, qualquer coisa que lhe pareça estragado. Sobe aos bancos de chave de fendas ou alicate de plástico em punho, manda-me avariar coisas só para ele as poder arranjar. Depois diz adeus e diz que se vai embora. Ontem era para a casa da Patrícia. E era mesmo porque se lembrou logo que era lá em cima e que tinha o cão guardado numa caixinha.

quarta-feira, abril 15, 2009

Ontem

Não quero arroz, mãe, tenho a barriguinha cheia de sopa, vês?

Estamos numa fase de...

Dizer muito "é mais melhor, mãe" e perguntar sempre "posso, mãe, posso mexer/comer/fazer?"

segunda-feira, abril 13, 2009

Na casa da vizinha

Onde fomos passar o resto da tarde havia uma bicicleta: e não é que pedala melhor do que no triciclo?

domingo, abril 12, 2009

Ontem

A montar uma floreira para pôr os bonsais diz o pai: é uma mesa para os bonsais, Lourenço! Responde logo: é para eles comerem é?

Já me esquecia:

- Ó mãe (passei de Lia, directamente para mãe, sem passar pelo mamã), isto está bué da sujo/ avariado/estragado!


*Parece mesmo uma certa e determinada prima a falar ;)

sábado, abril 11, 2009

3 anos

4 fotos.

Às tantas

Obcecada com o boletim meteorológico, estava a esquecer-me do mais importante: celebrar a existência do pequeno (já tão grande) e de como me/nos faz feliz com tanta alegria e esperteza saloia.

1,2...


3 anos. Ontem.
(A festa com piquenique no zoo acabou, por razões óbvias, por ser transferida cá para casa, mas foi pelo melhor. Apesar de ter sido tudo atamancado à última da hora, correu bem e, se não estava bom, pelo menos estava bonito. O bolo homenageia o amor/fascínio/medo que o Lou tem da Lua e foi das coisas que ele gostou mais. Isso e de ter comido um chupa. Obrigado a todos os que vieram, os que ajudaram e aos que não vindo não se esqueceram.)

quarta-feira, abril 08, 2009

Já há que tempos

Que ando a dizer que é hora de acabar com as grades da cama. Se não o fizemos antes foi porque a cama é mesmo grande (do Ikea, entretanto descontinuadas e substituídas por umas idênticas mais pequenas) e porque olha, é preciso tempo, energia (e dinheiro) para encontrar uma solução de longo prazo que já incluísse a cama de recurso quando a prima fica cá. Pois bem, fomos por uma terceira via que implicou simplesmente tirar a grade e substituí-la pela protecção que custa 8 euros no Ikea.
Já deve ter adomecido, por esta altura, na sua cama de crescidos. Estava feliz e orgulhoso e eu, inevitavelmente, nostálgica.

* A ver quanto tempo demora a começar a sair sozinho da cama de manhã. I'll keep you posted.

terça-feira, abril 07, 2009

E o que ele gosta de brincar que vai às compras

Diz: o que precisas?
E eu: atum, pasta de dentes e bananas (por exemplo).
Acrescenta: e uma 'esfigona', não precisas? E um balde... e uma torneira.... e água...
Eu: nem penses, vai lá comprar o que te pedi!

;)

* Depois vem e diz que está muito carrigado.

segunda-feira, abril 06, 2009

Anda sempre

A afirmar que cresceu, que é crescido, que não é bebé. Já não quer talheres, pratos ou copos de plástico e ofende-se se lhe dou uma colher de sobremesa para comer a sopa. Tem de ser uma grande, a maior de todas. A maioria das vezes só quer sentar-se nas cadeiras normais, embora às vezes (porque nos dá jeito) ainda coma na cadeira do IKEA. A única coisa que não joga é a chucha e ele bem quer explicar (é só para o óó e tal), mas não consegue (até porque não é só para o óó).
Pergunta todos os dias se é hoje que faz anos, várias vezes ao dia. E não tarda nada faz mesmo.
Sexta feira completa os três anos. E está mais querido e giro que nunca. Para mim é um prodígio claro, para os outros acho que é só giro e querido e normal e feliz. Muito feliz (e giro, mas isso acho que já tinha dito ;)).

(pela lente da super máquina nova da tia Ju)

Ele

Não é de dormir no carro. Apesar de cansado, mesmo sendo noite cerrada, o tipinho só cede à última.
Vai sempre a cantarolar ou a falar ou a querer que nós falemos (vá falam, vá lá e nós às vezes que nos sabe bem o silêncio).

Do ateliê

Pagar para sujar tudo com liberdade.

domingo, abril 05, 2009

Crescer

Já não quer saber do Pocoyo. A cena dele agora é o Ruca e o Carteiro Paulo.

*Aliás agora está sempre a dizer, não sou bebé, já cresci (posso usar uma faca, por exemplo).

Escusado será dizer

Que durante a semana que esteve com a tia se portou lindamente, quase sem birras, comeu sempre sozinho e tudo o que lhe ofereciam.
Nisto são todos iguais, portam-se sempre muito bem com os outros...

*Bem, ao menos que se portem bem com alguém...

Não sei se foi da operação ou do que foi

- Passou a dizer os ss e os plurais com muita clareza (a tóia passou a história, por exemplo, por aí adiante); cantarola imenso a a toda a hora, não está sempre a dizer o quê? que é que disseste?.

- Passou a acordar mais cedo.

Escusado será dizer que gosto mais da primeira mudança.

quarta-feira, abril 01, 2009

Ontem

Jantámos às nove e meia, fui ao supermercado pouco antes de fechar. Não me lembro da última vez que isso aconteceu. São bons os dias sem azáfama. Mas não, não é assim tão bom. A casa está vazia, não há stress do final da tarde e trabalha-se mais (muito mais), mas vive-se menos. Muito menos.
Só não me está a custar mais porque está a ser produtivo para ambos os lados: eu que trabalho e produzo bem; ele que se diverte à grande e à francesa.

Faltam dois dias para sexta feira :)