quinta-feira, setembro 06, 2007

Às vezes

Pergunto-me se saberei aceitar com serenidade todas as escolhas do Lourenço, independentemente de quais forem. Se saberei conviver bem com uma pauta de notas medianas na escola, por exemplo. Admito que às vezes tenho uns impulsos de querer que seja o mais esperto, o mais bonito e o melhor. Ao que for. E no fundo nem é bem isso. É um desejo de que não fique «atrás» de nenhum e que por isso sofra algum tipo de frustração. É ridículo, eu sei, mas são apenas impulsos, rapidamente sancionados por uma autocrítica feroz. Até porque não sou demasiado protectora (acho eu). Deixo-o, com um razoável grau de liberdade, fazer a sua vidinha. Descobrir como se fazem as coisas sem ir por trás substituir-me ao «coitadinho do menino».
No ano passado a minha amiga Guida dizia, e com razão, que isto de pôr crianças na escola implica que se pense (no concreto) que tipo de educação se quer para os filhos. Estes dias de iniciação têm sido de profunda (auto)reflexão. Que tipo de educação quero dar ao meu filho? Costumo dizer, meio piada, meio a sério, que ele pode ser tudo o que quiser, menos aqueles pseudo-punks muito porcos, que vivem com matilhas de cães e bebem litrosas de cerveja e acham que são artistas de circo.

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