segunda-feira, setembro 03, 2007

Estava aqui a pensar

Custou-me deixá-lo lá, mas seria incapaz de fazer o que estava a fazer uma mãe quando lá chegámos: lavada em lágrimas e o filho, igualmente lavado em lágrimas, a ver. Mostrar segurança, assegurarmo-nos de que nos despedimos e não desaparecemos de repente, num adeus firme. Não demorámos muito a ir embora, assim que decidimos fazê-lo (estávamos na dúvida se não iriamos apenas visitar a escola com ele). Acho que foi melhor para ele. Claro que as imagens dele a chorar pela mamã e pelo papá me atormentaram o tempo que ele lá esteve, mas apesar disso não chorei (ter-me-ei tornado mais insensível?).
Na verdade, ter passado por isto com a Inês duma forma um pouco mais ligeira, vai fazer para aí nove anos, parece que me ajudou a ganhar alguns anticorpos: da necessidade de sermos fortes, para que lhe transmitamos a mensagem certa; de não arrastarmos as despedidas, de sabermos cá dentro que se vai habituar e gostar. Ou pelo menos assim espero.
Além do mais, o que tem de ser tem muita força. E esta é, saberá quem me conhece, uma punch line que me é muio cara...

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