quinta-feira, julho 20, 2006

Às quartas

É dia de avó. Ela chega pela hora de almoço, afogueada, já depois de uma primeira incursão nos supermercados do bairro (que ela acha fantásticos) a comprar coisas que a bisavó encomendou. (A minha avó de 91 anos pensa que a minha mãe de 67, como é mais nova, pode carregar com quilos de compras...). Vem cheia de saudades do netinho. Acha que já não vai «acompanhar» mais nenhum. Palerma.
Fica com ele enquanto vou à ginástica. Diz sempre que se divertiram muito. Acredito. Até hoje correu tudo bem. Confio em absoluto nela, ou não tivesse sido mãe de seis (diz que tinha sempre saudades de ter bebés pequeninos). Até aqui tudo óptimo. O que me intriga é a falta de objectividade com que aprecia as evoluções do Lourenço. Se a ouvirmos falar dele concluímos, por exemplo, que ele já diz (quase, quase) mãe. Já sabe pedir mais música (???). E até já percebe a brincadeira do cucu. Um pequeno génio portanto. Por muito que observe (e já se sabe como são os olhos de mãe) não vejo nada disso. Tenho esperança de que venha a ser muito esperto, mas por enquanto é um bebé de três meses com tudo no lugar. Concluo que pior que olhos de mãe, são os olhos (desta) avó. Vêem tudo meio distorcido, neste caso, um bocado ampliado...
Em tudo na vida, a minha mãe lembra um personagem de uma sit-com.

1 comentário:

Ana Rute Oliveira Cavaco disse...

as avós são personagens altamente qualificadas para verem nos netos futuros génios.