quarta-feira, janeiro 16, 2013

Segunda chego à escola

E à pergunta, correu tudo bem, responde: mãe, tenho um recado na caderneta.
(pronto, o que terá sido)
Ele vai dizendo, ó mãe passei-me da cabeça, fiquei muito irritado e chamei um nome à Carlota.
(ó não, palavrões não... pelo amor da santa)
Mas na caderneta não estava nada. Ele ficou surpreendido, se calhar a professora decidiu dar-me uma oportunidade... Fui insistindo, o que é que disseste, porquê, blablabla... Já quase a chegar a casa disse que  a chamou de estúpida. Que a professora ralhou com ele e tal.
(só?? não se chama nomes quaisquer que sejam, mas estúpida não é o mais grave, mas  tudo bem).
Sermão dado, combinamos escrever uma carta à Carlota para pedir desculpa.
Ontem não quis sair de casa sem a escrever.

À noite, em resposta a outra coisa sou esclarecida que estúpida foi efectivamente um understatement. Que não foi só a Carlota, foram mais duas colegas (ele diz que elas são umas chatas e umas mandonas). Que o castigo foi não ver um filme (só ouviu, porque ficou a pensar).

Fiquei mesmo triste: porque se descontrolou e porque mentiu. Já conversámos, mas fiquei surpreendida porque pensava que a coisa dos palavrões estava ultrapassada. Aparentemente de vez em quando vem à tona.
O pior é que não me reconheço nesta mãe ansiosa e expectante com o que se passa na escola. Não estava à espera deste filho rebelde e altamente impulsivo (do distraído e preguiçoso estava, confesso, mas também aí sinto que o massacro em excesso).
Lembra-me o Eduardo mãos de tesoura, bom coração e meigo, mas bruto e desajeitado, que ao querer impressionar, faz o contrário.

Oxalá aprenda a controlar-se. Oxalá eu aprenda a relaxar e a deixá-lo ser quem é sem o sufocar em demasia. Isto de ser mãe não é nada fácil mesmo.

2 comentários:

Brown Eyes disse...

Nada...enganado está quem pensa o contrário :(

Ana Rute Oliveira Cavaco disse...

é muito difícil ser mãe! nunca fomos antes.