terça-feira, junho 15, 2010

Foi ontem

Tememos sempre aquele dia em que não tomamos todas as precauções, não temos mil olhos, não pensamos em tudo. Ou não vemos os perigos com eles ali mesmo à frente.

Andávamos no quarto à procura das aguarelas. Não as encontrava e aproveitei e arrumei umas caixas dele (limpar as tralhas que não correspondem àquela caixa - lá em casa é assim: cada caixa sua brincadeira). Ouço-o dizer: olha mãe lá em baixo há uma piscina! Olho para trás e vejo, aterrorizada, a janela aberta e escancarada (tinha sido o pai para arejar) e ele semi pendurado na janela a espreitar lá para baixo (moramos num 4º andar alto). Lanço-me imediatamente para ele, confuso pelo meu ar aflito, e arranco-o dali, aos puxões. Fecho a janela com as mãos a tremer e as lágrimas nos olhos a imaginar coisas que nem tenho coragem de escrever.

Tentei que compreendesse o perigo que tinha corrido (tu ficavas a chorar, mãe?), embora saiba que o erro foi meu que olhei para a janela e não a vi aberta. Logo eu que sou super cuidadosa com isso. Logo ontem que ele se lembrou de se empoleirar para ver melhor a piscina de borracha que os vizinhos montaram lá em baixo. E é assim que as tragédias acontecem: um filho destemido, um dia normal, uma excepção, uma distracção.

Lesson taken: JAMAIS DEIXAR AS JANELAS ABERTAS O SUFICIENTE PARA ELE SE EMPOLEIRAR. Os perigos estão literalmente à espreita.

1 comentário:

Ana Pappamikail disse...

Podia até ser um 4º andar baixo ...já passou.PLEASE, na próxima casa deixem lá as alturas, R/C é mau por um lado, mas previne desses desgostos.Bjs para todos