terça-feira, julho 24, 2007

Hoje

Enquanto o A. se emprenhava no inusitado trânsito em direcção a Sintra, julguei ter perdido a chave do carro que restava. Fiz contas de cabeça, tive suores frios e dei por perdido o dia de trabalho (no trabalho).
A chave fazia companhia ao A., afinal, pousada ao seu lado. Menos mal. Já o mal que um toddler e um gato podem fazer um ao outro obrigou-me a sair de casa e dar uma enorme volta a pé, com umas perninhas pequeninas a acompanharem quase todo o passo. No regresso dou de caras com um fedelho pouco mais velho que a Inês (talvez dez, onze anos) a fumar à porta do café. Ele e mais outros um pouco mais velhos (cujos cigarros não causam tanta estranheza). Observar-lhes a insolência esparramada na cara (dos teens de férias que, pelos vistos, deambulam pelo bairro) lembrou-me a minha própria insolência e de como (espero) isso já passou.
Agoro faço parte daquele conjunto de seres estranhos que já pensei que não sabiam nada de nada, mas que pensavam que sabiam tudo e que tratam os teens como os seres que (de facto) não sabem nada de nada e têm a certeza de tudo saber. Ironias.

Sem comentários: