quarta-feira, setembro 11, 2013

Lou

O meu filho grande é, e será sempre suspeito, um rebelde inconformado mas sem causa aparente (objectivamente ele tem uma vida boa). É uma mola em permanente tensão pronta a disparar, nem sempre para o sítio certo claro está. Perguntavam-me hoje se ele anda zangado com o mundo, porque é um bocadinho brusco, que é como quem diz agressivo para os adultos. Sim, é. Tento que seja mais agradável e, all in all, acho que está melhor, com ocasionais explosões em que ofende, esbraceja para depois (e cada vez mais depressa) se arrepender.
Continua preguiçoso do pior (conta as linhas do que tem de ler, e poupa nas palavras que tem de escrever) mas atento e inquisidor, a querer saber tudo. Percebi que não devia ser tolo de todo, quando me explicou (e bem) como funciona a gravidade do planeta (o gigantesco iman) e porque é que as naves espaciais precisam de potentes motores para sair, mas não para entrar. Ainda assim a ciência aero-espacial não está nos seus sonhos vocacionais. Ele é mais bombeiro, trolha e, mais recentemente, pescador.
É tudo o que lhe interessa ultimamente: uma cana de pesca, pescarias diversas, pesca submarina.
O presente a pedir ao pai natal está, por tudo o que acabei de dizer, escolhido. Uma cana de pesca, mas A SÉRIO.

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