quinta-feira, novembro 29, 2007

O filho

Esse está cada vez mais fino, mais giro, mais palrador e comunicante. Como deveria e se quer, embora as avós disfarcem mal a suposta falta de palavras do rapaz. Pois se os netos das outras já dizem tudo e mais alguma coisa, como não ficarem preocupadas com esse «atraso» na corrida? Não me incomoda nada. Basta olhar para ele e ver que é um bebé contente e feliz.

Não escrevo

Há tanto tempo que senti, pela primeira vez, culpa. Mais uma a somar ao sentimento de estar a ser mastigada em bocadinhos pequenos pelo quotidiano feroz (e rápido).

quarta-feira, novembro 21, 2007

Hoje

Faz um ano a Marta (já?) e um mês apenas a Camila (ainda tão pequenina...). Está para chegar o Joaquim e soube ontem que o ano que vem traz um Manuel (A Margarida ficará para a próxima tentativa). As próximas festas de aniversário estarão cada vez mais compostas.

E não é que

Decidiu explorar o bacio, por sua exclusiva iniciativa, e até deixou lá um presente?

terça-feira, novembro 20, 2007

Sobre os tamanhos das roupas de crianças

Há muito a dizer, embora nada de verdadeiramente interessante. Mas enerva-me pensar que decidi mal quando optei por, desta vez, comprar roupa do tamanho dele. Comprar tamanho acima e ficar pingão na estação devida, também não faz o meu género, mas acontecia algumas vezes. Ora o raio do miudo decidiu crescer mais do que o esperado, ou encolheram os tamanhos, não sei. Mas não me agrada a ideia de ter de voltar a comprar roupa para este inverno.

segunda-feira, novembro 19, 2007

Espero sinceramente

Que o facto de dizer sim (muito vigorosamente com a cabeça), muito melhor que não (que nem diz sequer), seja um indicador do seu bom feitio. Tem fúrias quando é contrariado, mas não raras vezes imito-o ou faço uma careta e a birra transforma-se numa gargalhada.

Hoje

Foi dia de resgatar o castor, perdido algures no caminho que separava a manhã na Gulbenkian com os amigos de sempre (aqueles que nos acompanham nas jornadas matinais, enquanto os amigos ainda sem filhos dormem) e o carro. Fomos (re)buscá-lo ao Ikea, uma semana depois de ter sido adoptado. Matou logo as saudades com muitos abraços e beijos, chamando-o «cácá» por sua iniciativa.
Sempre é melhor dormir agarrado a um castor macio do que a uma planta de plástico que fez as vezes do castor enquanto este esteve desaparecido.

quinta-feira, novembro 15, 2007

Nos últimos dois dias

Houve fita antes de ir para a escola, porque não queria largar o secador*.

*Urge pois tirá-lo da gaveta acessível.

Já não estava habituada

A deixá-lo a chorar na escola.

quarta-feira, novembro 14, 2007

Já sabe

Fingir que rega as plantas, que seca o cabelo com o secador e que dá de comer ao castor. Com sons que poupam muitas porcarias e litros de água derramada no chão.

Depois de dois dias em casa

Chego à escola e é dia de fotógrafo. Oferecem-nos (se pagarmos, claro) um conjunto de natal. Tremo só de pensar de como será. Mesmo assim desconfio que o meu filho só aparecerá de esgelha.Estará certamente a fugir do projector (tem um medo que se pela de grandes projectores como os dos fotógrafos, não sei porquê).

segunda-feira, novembro 12, 2007

No ikea

Adoptou um bicho que estava abandonado no chão. Um castor macio, com dois grandes dentes igualmente macios. Não tivémos outra opção senão trazê-lo para casa.
Não o largou desde então, dá-lhe muitos abraços e festinhas e quer partilhar com ele todas as brincadeiras. Já o ouvi chamar «cácoi».

Fiquei em casa

Por causa de um mix de sintomas que só podem ser virús, esse grande chapéu onde cabem todos os sintomas incoerentes. Ainda assim foi vacinar-se e chorar com razão.
Esteve mortiço parte da tarde mas disse Inês pela primeira vez, mas em francês (ena tantas rimas): assim, agnés.

sexta-feira, novembro 09, 2007

Sobre o não ter tempo

E não me conseguir orientar: faz 19 meses no domingo e as vacinas dos 18 só vão ser dadas na segunda-feira.

Dizem-me

Que enquanto está na escola se ri muito. Gargalhadas sem razão aparente, mas que deliciam quem trata dele. Em casa também é assim, bem disposto (tirando a rabugice ocasional do cansaço não tenho razão de queixa). Hoje a companheira de galhofa caseira, a prima Inês, vai para a casa dela depois de mais de duas semanas connosco. Vamos ter todos saudades dela e durante uns dias vai andar pela casa a gritar pela páaaaaaaaa!

Adora fazer desenhos

Entretem-se imenso riscando com os lápis no papel e noutras superfícies quando eu me distaio. Gosta de percorrer as fronteiras da folha em traços largos que aos poucos se vão tornando circulares. Mistura as cores e troca os lápis de mãos muito frequentemente. Não gosta de desenhar de um lado só: vira a folha e desenha na parte das letras (não deixa de me ajudar a por as coisas no seu devido lugar, ver páginas de artigos aborrecidos e inuteis, assim recicladas com riscos e traços). Não tarda nada faz bolinhas.

O meu jovem filho

Oscila entre o apetite voraz e o esgar de nojo enquanto a mão afasta o prato. Na creche faz o mesmo. Se um dia depois de sopa e resto e um diospiro inteiro, ainda comeu uma banana e atracou-se à pêra da prima como se não houvesse amanhã, no dia seguinte recusou-se a comer o peixe cozido que lhe ofereceram na escola. Não me preocupo, não, que ele tem muitas reservas onde ir buscar energia. Mas assustam-me as preferências alimentares que eliminam o peixe cozido da dieta em tão tenra idade.

terça-feira, novembro 06, 2007

O Lourenço

Já tem um bibe (pirosinho q.b.).

segunda-feira, novembro 05, 2007

Agora também deu

Em fazer queixinhas. Basta um de nós ralhar ou não permitir que faça uma qualquer asneira e vai choroso agarrar-se às pernas do outro dizendo com um ar muito infeliz: «Papá, papá...» se tiver sido ele, ou «Mamã, mamã...» se tiver sido eu.

Dá cá

E «já tá». De resto insistimos em optar, na maioria dos casos, por uma das sílabas de cada palavra. Três sílabas diferentes só mesmo o já famoso picapá (catrapum!).

Agora percebeu

Que é (muito) giro fazer porcarias que envolvem água, migalhas, colheres e uma tacinha. É capaz de ficar nisto que tempos, sossegadinho.

quinta-feira, novembro 01, 2007

Coisas que valem a pena assinalar

Mesmo quando o trabalho nos obriga a passar parte do feriado a receber pessoas: diz que sim com a cabeça e um sorriso, com uma expressividade de diva de ópera; uma doença que não chega bem a sê-lo que lhe valeu dois dias inteiros de avó e os anos da Filipa a que o Lourenço não foi, mas que também valerem bem a pena.