quinta-feira, dezembro 29, 2011

Ontem

Primeiro dia de aulas depois do Natal:
1. Levou (com tanto orgulho) o seu martelo pneumático e, por maldade de um colega mais velho, regressou partido. Foi de tal forma que as monitoras falaram com os pais e garantiram-nos que vai ser reposto pelos pais do tal colega. Deve ter chorado tanto.
2. Os srs. das obras devem achar-lhe tanta graça que o chefe  (o sr. (Eu)génio) lhe deu um capacete dos verdadeiros. E não lhe chamem trolha que ele responde imediatamente não sou nada, sou um trabalhador.

segunda-feira, dezembro 26, 2011

É demasiado óbvio

Mas  a mim até me surpreendeu. Muita conversa sobre o bebé e como ele já é crescido, quando na verdade ele quer certificar-se de que, in a way, ainda é o bebé da mamã. Ou pode ser de vez em quando.

* A minha mãe ofereceu-me um cesto cor-de-rosa e um pacote de fraldas de recém nascido. Assim que o viu o Lourenço quis arrumá-lo junto à sua cama e eu deixei. Até foi buscar mais umas coisas da mana e lá ficam guardadas no espaço que ele lhe reservou. Mas giro, giro foi,  passado um bocado, e depois de ouvir restolhar de plástico no quarto enquanto tentava que dormisse um bocado à tarde, dar com ele abraçadinho ao pacote.

Million dolar question

- Mãe, morrer é bom?

segunda-feira, dezembro 19, 2011

Já sabe que o assunto não me interessa muito

Com um ar muito sério no carro:
 - Mãe, posso falar de coisas de obras?

sexta-feira, dezembro 16, 2011

Lourenço e as perguntas difíceis

Mãe, as coisas existem?*

* e eu percebi claramente o que quis saber: há as coisas materiais palpáveis e as coisas que só existem enquanto conceito ou fruto de imaginação. É como explicar deus. É mesmo difícil: explicar o que existe e não se vê.

Já percebi

Quando for grande o Lourenço quer ter uma profissão que envolva sirenes. Foi isso mesmo que me quis dizer:
- Mãe onde é que há sirenes?
- Bombeiros, polícias, senhores das obras (luzes amarelas nas máquinas e apitos diversos)
- E médicos
- Médicos?
- Sim, nas ambulâncias.

1 kg de gente

É o tesouro que guardo na barriga. Começa finalmente a ser mais real nas nossas cabeças, embora sem o entusiasmo expectante da primeira vez. A vida corre depressa temos menos tempo para contemplar e pensar na vida  e no que aí vem. O mano dá mimos e fala com ela (chama-lhe queridinha) mas hoje, depois de já ter pedido várias vezes, e depois de se portar mal, não quis ir connosco à consulta. Eu acho que foi um daqueles quero mas não quero, não sei como me devo sentir e deixa-me cá por o vosso amor à prova das minhas teimosias.
E eu a pensar na parte da tecnologia, que é verdadeiramente o que o fascina. É preciso (dar-lhe) tempo, suponho.

segunda-feira, dezembro 12, 2011

Mãe,

As pessoas quando morrem deixam de existir?


(dependerá do que cada um acredita).

quinta-feira, dezembro 08, 2011

A escola

Tem cerca de 200 crianças. Mas na sexta feira, o capataz das obras chamou apenas o Lourenço e um amiguinho (que pelos vistos passam os intervalos agarrados às grades a observar as obras em curso) para entrarem numa escavadora e mexerem nas alavancas. Já os conhecia e acha-lhes graça.
Podem apenas imaginar o grau de felicidade desta criança naquele dia quando chegou a casa.
E eu posso apenas imaginar o grau de paixão que ele sente por esta coisa das obras.

A comer uma fatia de bolo rei

- Foi um rei que fez?

sexta-feira, dezembro 02, 2011

Esta mãe

Sente um indisfarçável orgulho pela coragem e bom comportamento demonstrado no dentista. Nem uma lágrima, nem um grito. Só muitas (mas mesmo muitas) perguntas ao Dr. Luís que se podem resumir na seguinte: isto é tudo teu?

Ouvir e (não) entender

Mãe, as crianças podem ser despedidas?