Parece que afinal nem uma certa menina vai receber o seu carro dos bombeiros nem um certo menino vai ter um carrinho de limpeza (com vassoura, balde e esfregona) - esgotado o maldito. E eu orgulhosa de mães tão amigas e sem preconceitos (de género).
Quem se atrasa no frenesim natalício é assim: tem de repensar tudo a dois ou três dias do evento*.
* A menina tem o seu problema resolvido. Não digo o que é, não porque a menina pudesse ler estas palavras, mas para não ser tão incapaz de fazer surpresas como a minha mãe, que toda a vida revelou o conteúdo dos embrulhos no dia a seguir a tê-los comprado.
quarta-feira, dezembro 19, 2007
terça-feira, dezembro 18, 2007
Dizem-me
Daqui que ele pode chegar à fase TT a qualquer momento (terrible twos). Acertam quase sempre nos temas dos e-mails semanais, pelo que recomendo o site e a newsletter. Este assunto é delicado pois, para quem não sabe, TT é sinónimo de multiplicação de birras inoportunas (como são todas as birras, aliás) a par de ginetes e provocações diversas. Fico a pensar nos ensaios que tem feito de se atirar para o chão quando é contrariado e na insistência com que tem manifestado as suas vontades. Ele cresce a cada dia, fala mais, corre e brinca às escondidas, ri-se muito. Uma maravilha. Só espero é quetanta evolução não signifique que passar a enfrentar uma pequena fera também.
domingo, dezembro 16, 2007
Todos
Adoentados (e uma festa de Natal da piscina sem efeito) podia ser o corolário de um fim de semana sem grande graça. No entanto, há um bebé que, domingo à noite, se nomeia pela primeira vez*:
- Quem vai secar o cabelo? A mamã, o papá ou o Lourenço?
- «Uouê»! - responde o bebé espantado e envergonhado com a sua própria resposta.
O orgulho transborda de tal forma que não resisti vir aqui derramá-lo.
* E de todas as vezes que se repetiu a pergunta, mudando a ordem dos nomes e tudo.
- Quem vai secar o cabelo? A mamã, o papá ou o Lourenço?
- «Uouê»! - responde o bebé espantado e envergonhado com a sua própria resposta.
O orgulho transborda de tal forma que não resisti vir aqui derramá-lo.
* E de todas as vezes que se repetiu a pergunta, mudando a ordem dos nomes e tudo.
sexta-feira, dezembro 14, 2007
Performance
quinta-feira, dezembro 13, 2007
A actuação
Do Lourenço na festa de Natal durou mais do que os três segundos que previa. A multidão era tão grande que não conseguiu entrever os pais. Não fizeram a coreografia prevista, mas bateu palminhas. Muito querido, o meu bebé.
Vi pais a chorar. Um exagero inexplicável. Teria preferido uma coisa mais pequena para os pequenos, mas vá, foi o que lá arranjaram. Registe-se: foi a sua primeira festa de Natal da escola.
Vi pais a chorar. Um exagero inexplicável. Teria preferido uma coisa mais pequena para os pequenos, mas vá, foi o que lá arranjaram. Registe-se: foi a sua primeira festa de Natal da escola.
quarta-feira, dezembro 12, 2007
Gostava
De perceber que processos cognitivos transformam a palavra vassoura (tao bem amada) e o acto de varrer em «baxi».
Pior quando não pode ver uma migalha no chão e nos obriga a ir buscar a dita vassoura e varrer a porcaria num ápice. Era só o que me faltava, não bastava o chão branco na cozinha, parece que tenho um filho niquento.
Pior quando não pode ver uma migalha no chão e nos obriga a ir buscar a dita vassoura e varrer a porcaria num ápice. Era só o que me faltava, não bastava o chão branco na cozinha, parece que tenho um filho niquento.
segunda-feira, dezembro 10, 2007
Sei que
É normal bebés desta idade gostarem de imitar. Isso leva a que gostem de nos reproduzir nas tarefas que nos observam mais vezes. Não deixa de me aborrecer que o meu filho só me reproduza nas tarefas domésticas (é assim que ele me vê, se calhar): adora fazer papas com uma mini colher de pau e massinhas; varrer, limpar, pôr e tirar coisas da máquina da roupa; pôr o detergente da louça no lugar.
Não tem mal nenhum apreciar tarefas que são «femininas», vão deixar de ter género um dia, espero eu. Acho graça é que só me veja assim, nesses preparos domésticos. Eu que os detesto profundamente. Oxalá ele lhes ganhe gosto. Para desarrumada lá em casa, basto eu.
Não tem mal nenhum apreciar tarefas que são «femininas», vão deixar de ter género um dia, espero eu. Acho graça é que só me veja assim, nesses preparos domésticos. Eu que os detesto profundamente. Oxalá ele lhes ganhe gosto. Para desarrumada lá em casa, basto eu.
Olha!
Video Update
* Alguns esclarecimentos sobre algumas porcarias aqui expostas, eventualmente chocantes para os mais sensíveis: foi no fim da comesaina de tomate cereja que o video foi filmado. Já estava na fase, voilá, das porcarias. Ainda assim portou-se bem. Acho eu. Comeu o que quis e deixou comer também. Tudo em pouco mais de 25 minutos sem gritarias. Não está nada mal para um toddler.
O meu filho
Parece um francês a tentar falar português... São deliciosas as suas expressões quando diz pô-pô, cô-cô, «limon» (o li um bocado sumido, na verdade). Evolui muito a cada dia. Será redundante dizer que esta fase é maravilhosa (também porque tem dormido bem, thank god).
Um fim de semana agitado e só me lembro dele a comer tomate cereja sentado que nem gente grande na pizzaria do costume. Adora tomate (e azeitonas, também.)
Um fim de semana agitado e só me lembro dele a comer tomate cereja sentado que nem gente grande na pizzaria do costume. Adora tomate (e azeitonas, também.)
quarta-feira, dezembro 05, 2007
Tão importante
E já me esquecia: já diz que não. (Que eu não posso ir fazer a papa; que não quer bolachas, quer pão; que não tem cocó, que não quer pôr soro no nariz...)
Esperava
Sinceramente que ter um filho me fizesse gostar mais do Natal. Este ano o meu entusiasmo está a atingir mínimos históricos!
O pão
Passou de pa (como tudo o resto) a "pon". Também os cereais (fitness que come como batatas fritas de vez em quando) já são claramente os "ciai". Diz dá cá e já tá. Pouco a pouco se compõe o seu pequeno vocabulário (dito, porque o percebido é imenso.)
Ontem
A Sofia fez trinta anos com um bebé pequenino ao colo. Nisto de ser mãe há muitas dúvidas e incertezas, mas acho eu que há mestria se rapidamente se chegar à conclusão de que não há fórmulas de sucesso. Cada um encontra o seu equilíbrio na esperança de estar a fazer o melhor possível. E que o importante é mesmo crescermos todos juntos. Apesar do nevoeiro dos primeiros dias, sente-se o sol a entrar-lhe(s) pela vida dentro como é suposto.
Parabéns!
Parabéns!
Ontem os primos
Tomaram banho juntos. Foi uma festa de gargalhadas passada a estranheza da novidade. A Inês tem a mesma garagalhada desde sempre, genuína e grande, como a sua doçura. Ouvi-la rir hoje, apesar dos bués e baris que lhe saem a custo, é ouvir os ecos dela pequenina, cheia de caracóis.
segunda-feira, dezembro 03, 2007
Conquistas
Do traço aleatório e amiúde enfurecido, começam a surgir círculos pacientes. Em sintonia com a amiga Alice, o Lourenço tende a escolher o lápis cor-de-laranja.
Sento-me ao computador
Para trabalhar mas só me apetece recordar estes dias agitados do fim de semana. Jantar de amigos com filhos e com outros apenas grávidos no sábado. Bebés juntos, muita chinfrineira a caminhar a passos largos para o caos. Quando nos vejo nestes preparos penso sempre que aos outros, se calhar, lhes apetece fugir de nós. Eu gosto de nós assim, embora às vezes me apetecesse desligar-lhes o volume. Ou baixá-lo um pouco para se poder conversar.
Domingo mais bebés, uma só na verdade, pequenina. Demasiado pequena para fazer o caos. Só o suficiente para desconcertar adultos com a incapacidade de lhe adivinhar necessidades: quer dormir? quer comer? quer o quê? Tão linda que é, não pesa nada.
No entretanto a árvore de Natal e a maravilha das luzes. Mais uma planta para regar no circuito diário do regador.
Para além das coisas boas (se estou muito tempo longe dos amigos dá-me inquietudes) do nosso fim de semana sobrou muito cansaço, uma constipação, e duas noites a dar para o infernal. O suficiente para eclipsar a efeméride que uma ida ao cinema na sexta feira (ao fim de mais de seis meses de míngua acho eu) se vai tornando .
Domingo mais bebés, uma só na verdade, pequenina. Demasiado pequena para fazer o caos. Só o suficiente para desconcertar adultos com a incapacidade de lhe adivinhar necessidades: quer dormir? quer comer? quer o quê? Tão linda que é, não pesa nada.
No entretanto a árvore de Natal e a maravilha das luzes. Mais uma planta para regar no circuito diário do regador.
Para além das coisas boas (se estou muito tempo longe dos amigos dá-me inquietudes) do nosso fim de semana sobrou muito cansaço, uma constipação, e duas noites a dar para o infernal. O suficiente para eclipsar a efeméride que uma ida ao cinema na sexta feira (ao fim de mais de seis meses de míngua acho eu) se vai tornando .
quinta-feira, novembro 29, 2007
O filho
Esse está cada vez mais fino, mais giro, mais palrador e comunicante. Como deveria e se quer, embora as avós disfarcem mal a suposta falta de palavras do rapaz. Pois se os netos das outras já dizem tudo e mais alguma coisa, como não ficarem preocupadas com esse «atraso» na corrida? Não me incomoda nada. Basta olhar para ele e ver que é um bebé contente e feliz.
Não escrevo
Há tanto tempo que senti, pela primeira vez, culpa. Mais uma a somar ao sentimento de estar a ser mastigada em bocadinhos pequenos pelo quotidiano feroz (e rápido).
quarta-feira, novembro 21, 2007
Hoje
Faz um ano a Marta (já?) e um mês apenas a Camila (ainda tão pequenina...). Está para chegar o Joaquim e soube ontem que o ano que vem traz um Manuel (A Margarida ficará para a próxima tentativa). As próximas festas de aniversário estarão cada vez mais compostas.
terça-feira, novembro 20, 2007
Sobre os tamanhos das roupas de crianças
Há muito a dizer, embora nada de verdadeiramente interessante. Mas enerva-me pensar que decidi mal quando optei por, desta vez, comprar roupa do tamanho dele. Comprar tamanho acima e ficar pingão na estação devida, também não faz o meu género, mas acontecia algumas vezes. Ora o raio do miudo decidiu crescer mais do que o esperado, ou encolheram os tamanhos, não sei. Mas não me agrada a ideia de ter de voltar a comprar roupa para este inverno.
segunda-feira, novembro 19, 2007
Espero sinceramente
Que o facto de dizer sim (muito vigorosamente com a cabeça), muito melhor que não (que nem diz sequer), seja um indicador do seu bom feitio. Tem fúrias quando é contrariado, mas não raras vezes imito-o ou faço uma careta e a birra transforma-se numa gargalhada.
Hoje
Foi dia de resgatar o castor, perdido algures no caminho que separava a manhã na Gulbenkian com os amigos de sempre (aqueles que nos acompanham nas jornadas matinais, enquanto os amigos ainda sem filhos dormem) e o carro. Fomos (re)buscá-lo ao Ikea, uma semana depois de ter sido adoptado. Matou logo as saudades com muitos abraços e beijos, chamando-o «cácá» por sua iniciativa.
Sempre é melhor dormir agarrado a um castor macio do que a uma planta de plástico que fez as vezes do castor enquanto este esteve desaparecido.
Sempre é melhor dormir agarrado a um castor macio do que a uma planta de plástico que fez as vezes do castor enquanto este esteve desaparecido.
quinta-feira, novembro 15, 2007
Nos últimos dois dias
Houve fita antes de ir para a escola, porque não queria largar o secador*.
*Urge pois tirá-lo da gaveta acessível.
*Urge pois tirá-lo da gaveta acessível.
quarta-feira, novembro 14, 2007
Já sabe
Fingir que rega as plantas, que seca o cabelo com o secador e que dá de comer ao castor. Com sons que poupam muitas porcarias e litros de água derramada no chão.
Depois de dois dias em casa
Chego à escola e é dia de fotógrafo. Oferecem-nos (se pagarmos, claro) um conjunto de natal. Tremo só de pensar de como será. Mesmo assim desconfio que o meu filho só aparecerá de esgelha.Estará certamente a fugir do projector (tem um medo que se pela de grandes projectores como os dos fotógrafos, não sei porquê).
segunda-feira, novembro 12, 2007
No ikea
Adoptou um bicho que estava abandonado no chão. Um castor macio, com dois grandes dentes igualmente macios. Não tivémos outra opção senão trazê-lo para casa.
Não o largou desde então, dá-lhe muitos abraços e festinhas e quer partilhar com ele todas as brincadeiras. Já o ouvi chamar «cácoi».
Não o largou desde então, dá-lhe muitos abraços e festinhas e quer partilhar com ele todas as brincadeiras. Já o ouvi chamar «cácoi».
Fiquei em casa
Por causa de um mix de sintomas que só podem ser virús, esse grande chapéu onde cabem todos os sintomas incoerentes. Ainda assim foi vacinar-se e chorar com razão.
Esteve mortiço parte da tarde mas disse Inês pela primeira vez, mas em francês (ena tantas rimas): assim, agnés.
Esteve mortiço parte da tarde mas disse Inês pela primeira vez, mas em francês (ena tantas rimas): assim, agnés.
sexta-feira, novembro 09, 2007
Sobre o não ter tempo
E não me conseguir orientar: faz 19 meses no domingo e as vacinas dos 18 só vão ser dadas na segunda-feira.
Dizem-me
Que enquanto está na escola se ri muito. Gargalhadas sem razão aparente, mas que deliciam quem trata dele. Em casa também é assim, bem disposto (tirando a rabugice ocasional do cansaço não tenho razão de queixa). Hoje a companheira de galhofa caseira, a prima Inês, vai para a casa dela depois de mais de duas semanas connosco. Vamos ter todos saudades dela e durante uns dias vai andar pela casa a gritar pela páaaaaaaaa!
Adora fazer desenhos
Entretem-se imenso riscando com os lápis no papel e noutras superfícies quando eu me distaio. Gosta de percorrer as fronteiras da folha em traços largos que aos poucos se vão tornando circulares. Mistura as cores e troca os lápis de mãos muito frequentemente. Não gosta de desenhar de um lado só: vira a folha e desenha na parte das letras (não deixa de me ajudar a por as coisas no seu devido lugar, ver páginas de artigos aborrecidos e inuteis, assim recicladas com riscos e traços). Não tarda nada faz bolinhas.
O meu jovem filho
Oscila entre o apetite voraz e o esgar de nojo enquanto a mão afasta o prato. Na creche faz o mesmo. Se um dia depois de sopa e resto e um diospiro inteiro, ainda comeu uma banana e atracou-se à pêra da prima como se não houvesse amanhã, no dia seguinte recusou-se a comer o peixe cozido que lhe ofereceram na escola. Não me preocupo, não, que ele tem muitas reservas onde ir buscar energia. Mas assustam-me as preferências alimentares que eliminam o peixe cozido da dieta em tão tenra idade.
terça-feira, novembro 06, 2007
segunda-feira, novembro 05, 2007
Agora também deu
Em fazer queixinhas. Basta um de nós ralhar ou não permitir que faça uma qualquer asneira e vai choroso agarrar-se às pernas do outro dizendo com um ar muito infeliz: «Papá, papá...» se tiver sido ele, ou «Mamã, mamã...» se tiver sido eu.
Dá cá
E «já tá». De resto insistimos em optar, na maioria dos casos, por uma das sílabas de cada palavra. Três sílabas diferentes só mesmo o já famoso picapá (catrapum!).
Agora percebeu
Que é (muito) giro fazer porcarias que envolvem água, migalhas, colheres e uma tacinha. É capaz de ficar nisto que tempos, sossegadinho.
quinta-feira, novembro 01, 2007
Coisas que valem a pena assinalar
Mesmo quando o trabalho nos obriga a passar parte do feriado a receber pessoas: diz que sim com a cabeça e um sorriso, com uma expressividade de diva de ópera; uma doença que não chega bem a sê-lo que lhe valeu dois dias inteiros de avó e os anos da Filipa a que o Lourenço não foi, mas que também valerem bem a pena.
segunda-feira, outubro 29, 2007
Tagarela
O mais fascinante na sua linguagem incipiente é o misto de gestos e palavras que compõem frases complexas. Ontem perguntávamos onde estava a prima e responde apontando. Perguntamos o que ela está a fazer e responde de um trago: minham, minham, minham... (está a comer, pois claro!).
Baby boom (n)
Afinal não são só as amigas que estão quase todas grávidas. Os amigos do coração também. Quando este desnaturado Tio conhecer melhor o sobrinho Lourenço, já deverá ser pai também. Está tudo a bandear-se para o lado dos crescidos de vez. And when did that happen?
quinta-feira, outubro 25, 2007
Como explicar
A uma criança de 18 meses, teimosa como bom carneirinho que é, que a lua cheia que se vê da janela da sala, apesar de estar no céu não é um avião?
Lost in translation
Catrapum para ele é picapaaa.
*Adora atirar-se para o chão, fingindo cair mas devagarinho, ao som do catrapum, que para ele, dizia eu, é picapaaaa.
*Adora atirar-se para o chão, fingindo cair mas devagarinho, ao som do catrapum, que para ele, dizia eu, é picapaaaa.
segunda-feira, outubro 22, 2007
Há coisas que de tão lindas
Não têm explicação: uma recém nascida mínima, amostra de bebé, perfeita nos traços, enrolada sobre si e deitada junto à mãe.
Que saudades do meu, assim pequenino.
Que saudades do meu, assim pequenino.
Do fim de semana em que nasceu a Camila (2)
- Como faz a vaca?
- Muuuuuu.
-Como faz o gato?
-Minhá.
-Como faz o cão?
-Hã, hã, hã.
-Como faz o pato?
- Ó-ó-ó-ó-ó-ó (melodia dos patinhos).
- Muuuuuu.
-Como faz o gato?
-Minhá.
-Como faz o cão?
-Hã, hã, hã.
-Como faz o pato?
- Ó-ó-ó-ó-ó-ó (melodia dos patinhos).
Do fim de semana em que nasceu a Camila
O Lourenço também aprecia muito as maçãs bravo de esmolfe. A comprová-lo uma dentada em cada uma, enquanto a mãe cozinhava mais ou menos distraída.
domingo, outubro 21, 2007
Há emoções
Que valem todas as lágrimas e sorrisos que provocam. Ao invés das bruschettas (não deve ser assim que se escreve, mas enfim) prometidas para o jantar a cinco, os nossos amigos dirigiram-se ao hospital para despistar umas moinhas sem explicação. Afinal, e apesar de ser quase certo que nasceria escorpião, a Camila nasceu esta madrugada sob o signo balança, linda e com a saúde que se deseja. A mãe, querida amiga, portou-se à altura dos acontecimentos, o que nos enche de orgulho. Contamos os minutos para a irmos ver de perto.
Bem vinda, Camila.
Bem vinda, Camila.
sexta-feira, outubro 19, 2007
Se há algo que define
O Lourenço é a ternura (intercalada com mini-fúrias). Dá abracinhos, festinhas e beijinhos a tudo o que gosta. E tudo o que gosta não são só pessoas. No outro dia abraçou intensamente uma banana de tão contente de lha termos passado para a mão. Felizmente ainda tinha casca.
Milagre
Para mim chama-se Sargenor. Do ser arrastado e desmotivado da semana passada passei ao ser enérgico sem café de hoje.
E note-se que para estes milagres também é preciso fé.
E note-se que para estes milagres também é preciso fé.
Do rídiculo que é escrever teses
Oscilo entre o espaço e o espaço e meio entre as linhas: ora parece que não escrevi o suficiente, ora parece que escrevo muito.
Coisas que julgava impossíveis
Num bairro incaracterístico da periferia urbana: o som do amolador-de facas-conserta-sombrinhas.
quarta-feira, outubro 17, 2007
Começar
O dia a bater com o carro não é agradável. É, aliás, de pôr qualquer um terrivelmente mal disposto.
Na Pediatra
Fez uma birra monumental. Mas está tudo bem, pelo menos se olharmos para a linearidade dos pontos na curva dos seus percentis. Recomendações só uma: menos rolha é igual a mais palavras. Vamos comprar uma mini guerra, mas a chucha vai passar a só ser usada nos momentos muito difíceis e na cama para dormir.
Haja coragem.
Haja coragem.
terça-feira, outubro 16, 2007
Hoje
É dia de revisão pediátrica. Estou curiosa de saber das medidas (parece-me bastante maior, mas pode ser ilusão óptica) e das recomendações. Falar-lhe-ei das palavras de uma sílaba só, da fome por vezes desmesurada, da mão demasiado leve, sem me esquecer dos muitos abraços a tudo (desde a bolacha, à água da banheira, passando pela laranja roubada do cesto da fruta), das ordens obedecidas e das danças e da muita cantarolice. Não é para saber se é normal. Quero só que o conheça melhor, porque no tempo da consulta há demasiadas lágrimas e pouco tempo para a pediatra saber quem ele é.
Se acorda de noite
Pergunta pela Pâaaa (prima). Chega a casa e chama pela Pâaaa. Levanta-se de manhã e espera que ela chegue e se enrosque na cama grande connosco, como de costume.
O Lourenço não só já sabe o que é, como sente muitas saudades.
O Lourenço não só já sabe o que é, como sente muitas saudades.
sexta-feira, outubro 12, 2007
On being a mother
De repente deixei de me identificar tanto com a tragédia de um jovem (filho) que morre para me identificar imediatamente com a mãe que sofre.
Enquanto
Assisto na primeira fila ao deslumbramento da minha sobrinha com os primeiríssimos sinais da puberdade, recordo a inusitada felicidade que senti ao descobrir o primeiro pêlo na axila, nem me lembro bem com que idade. Dá para rir, não dá?
O Lourenço
Andar sem apetite (desde hoje?) é uma coisa tão estranha, tão estranha que me deixa francamente preocupada (logo a mim que nem sou de stressar com o facto de ele comer ou não). Principalmente ao vê-lo afastar uma bolacha com um esgar de desagrado como quem diz «não quero, não gosto disso.»
quinta-feira, outubro 11, 2007
Como é que fui capaz
De me esquecer de uma informação tão relevante como esta: o Lourenço fez, por puro acaso e pela primeira vez xixi no bacio.
Não resisto
Uma pequena amostra da versão pessoal do Lourenço do "cabeça para baixo, rabinho para o ar"* da canção dos Patinhos (aqui num mix de versões).
*No caso dele cabeça a dar a dar...
*No caso dele cabeça a dar a dar...
quarta-feira, outubro 10, 2007
Em jeito de balanço (com pouco tempo )
Está crescido o meu rapaz. Não faz o pino, não recita poesia e não toma banho sozinho. Mas é muito feliz e, melhor que isso, dá muitos abraços, beijos babados de vez em quando e até nos pisca os olhos se estiver para aí virado.
Assim sem dar por isso
O Lourenço faz hoje 18 meses. Ou como se diz nos blogues cutxi cutxi (no ofense). Dezoito meses de ti.
terça-feira, outubro 09, 2007
Às vezes
Não me liga. Nem me quer. Nem abraços, nem beijinhos, nem saudades. Quer outras coisas, como o pai, o colo da prima, as asneirolas do costume. Tenho de reconhecer que me custa, mesmo sabendo que é assim mesmo e que estas rejeições não são nem uma amostra do que há de vir.
Deu em tentar
(E às vezes conseguir) assobiar. Também pela primeira vez detectei um excerto de melodia na sua cantarolice. Não são os parabéns do Pedro, mas uma parte do refrão dos Patinhos. Em loop claro.
quinta-feira, outubro 04, 2007
Há benefícios
Em acordar muito cedo. Reconheço que o facto de às nove e qualquer coisa já ter bebido café e estar pronta para as minhas tarefas (por agora leituras) faz o dia render mais. Mas custa tanto, tanto.
*Ao quarto dia de pôr a Inês na Escola às oito e meia atrasámo-nos dez minutos. Sair da cama antes das sete e meia revelou-se uma tarefa demasiadamente grande para mim.
*Ao quarto dia de pôr a Inês na Escola às oito e meia atrasámo-nos dez minutos. Sair da cama antes das sete e meia revelou-se uma tarefa demasiadamente grande para mim.
quarta-feira, outubro 03, 2007
Os meninos
Têm o seu trabalhinho. E como diz a G. agem como se tivessem. Compenetrados e concentrados no seu trabalhinho que é brincar. O do Lourenço ontem era enfiar todas as peças do puzzle e os blocos de madeira por baixo do sofá. O desafio era pô-las para além do alcance dos seus dedos. E dos nossos dedos também já agora. Esteve nisto que tempos.
Só digo que foi muito bem sucedido, pois tivemos de levantar o sofá para resgatar os infelizes objectos.
Só digo que foi muito bem sucedido, pois tivemos de levantar o sofá para resgatar os infelizes objectos.
terça-feira, outubro 02, 2007
Objectividade
Depois de o ir buscar à creche, diz-me a avó: "Não é por nada, mas ele é o mais bonito que lá está!"
Pois.
Pois.
segunda-feira, outubro 01, 2007
Adoro
Reciclar roupa mas infelizmente (à excepção de muitos bodies e alguns babygrows repescados do enxoval da A.) a minha participação nesse modo de estar nesta coisa dos bebés tem sido mais emprestar. Herdei muito pouco até agora, tirando uns sacos de roupa para mais para diante. Sinto-me, aliás, um verdadeiro entreposto: recupero a que já emprestei para voltar a redistribuir. E o que eu gosto disso. Posto isto vou ali a um sítio comprar roupa. Sim, porque isto de gerir uma empresa familiar tira-me o tempo de ir a lojas.
domingo, setembro 30, 2007
Do fim de semana
1. Já podemos voltar a fazer jantares que reunam os mais jovens elementos do grupo. Reunidas as condições óptimas (boas sestas, humores razoáveis) acho que podemos mesmo esticar o serão, com excitação q.b., até cairem para o lado.
2. Há muitos anos fiz uma amiga que tinha uma filha da idade da minha sobrinha Inês (não tinha amigas com filhos nessa altura). Fizémos muita companhia uma à outra em programas infantis, férias incluídas, permitindo que também elas tecessem uma amizade que nem recordam como começou (eu lembro-me: tinham dois anos ou menos e incluiu uma peça de teatro e um gelado nas Docas). A vida não nos tem permitido estar juntas como dantes, apesar das insistentes promessas. Mas a cada encontro aquelas duas miúdas reencontram-se na sua amizade (enquanto nós actualizávamos a nossa e o Lourenço brincava com uma gata). Só espero que seja sempre assim.
2. Há muitos anos fiz uma amiga que tinha uma filha da idade da minha sobrinha Inês (não tinha amigas com filhos nessa altura). Fizémos muita companhia uma à outra em programas infantis, férias incluídas, permitindo que também elas tecessem uma amizade que nem recordam como começou (eu lembro-me: tinham dois anos ou menos e incluiu uma peça de teatro e um gelado nas Docas). A vida não nos tem permitido estar juntas como dantes, apesar das insistentes promessas. Mas a cada encontro aquelas duas miúdas reencontram-se na sua amizade (enquanto nós actualizávamos a nossa e o Lourenço brincava com uma gata). Só espero que seja sempre assim.
sábado, setembro 29, 2007
Esta semana
O mundo voltou a fazer sentido e o quotidiano voltou quase ao normal. Trabalho primeiro, um bocadinho, e depois lazer. Depois de uma pausa inusitada para férias de verão as séries estão de volta. Para mim a felicidade pode ser descrita em meia dúzia de palavras (mais precisamente três): Heroes e Grey's Anatomy (a minha xaropada preferida, confesso).
O Lourenço
Tem a mão leve para bater (quando lhe dá as suas mini fúrias quando é contrariado) e a mão rápida para dar festinhas e abraços (assim que percebe que não se pode bater nas pessoas).
Ontem
O bebé teve direito a dormir mais tarde. Corria pela casa com a sua vassoura, a varrer as porcarias (como ele não diz, mas tenta) - ou varre ele próprio ou obriga-nos a varrer apontando persistentemente para as micro-migalhas e afins. Depois, sentámos-nos todos no chão a brincar com os cubos e os carros e também cantámos. A canção do momento é o Atira o pau ao gato. Eis se não quando nos surpreende com uma coreografia contemporânea, no ritmo, que incluia os seguintes movimentos: por-se em bicos dos pés e baixar, dar passos lentos, braços ao alto em gestos largos e mais um outro mexer de cabeça impossível de descrever. Repetimos para ver o que acontecia e voltou a fazer a dança.
No fim bateu muitas palminhas ao som das inevitáveis gargalhadas.
Criatividade precoce ou descoordenação total.
No fim bateu muitas palminhas ao som das inevitáveis gargalhadas.
Criatividade precoce ou descoordenação total.
quarta-feira, setembro 26, 2007
O pequenino
Às vezes surpreende-me. A beber pelo copo (sem tampa nem palhinha) sem (se) entornar. Há dois dias julgava impossível. Mas hoje provou-me como cresce mais depressa do que a minha capacidade de o sentir crescer, bebendo sempre pelo copo e sem uma pinga na camisola. Grande Lourenço.
* Beber pelo copo é um exemplo, podia falar dele recostado na banheira com os pés de fora, como se estivesse no jacuzzi, em como de repente já não anda só, também corre, etc. Afinal, when did that happen?
* Beber pelo copo é um exemplo, podia falar dele recostado na banheira com os pés de fora, como se estivesse no jacuzzi, em como de repente já não anda só, também corre, etc. Afinal, when did that happen?
Trintas
G. pergunta-me pela Inês. Respondo que está bem e a gostar da escola e que já tem namorado. Acrescento que, segundo ela, ele joga à bola e ela brinca com as amigas.
Resposta pronta: «Vai ser sempre assim. Hoje, os rapazes vêem a bola enquanto as amigas brincam aos filhos.»
Resposta pronta: «Vai ser sempre assim. Hoje, os rapazes vêem a bola enquanto as amigas brincam aos filhos.»
segunda-feira, setembro 24, 2007
No domingo
Passado em casa a pastar a febre, o Pedro (já) fez um anito. É giro ver como passado um ano (ainda não) interagem sem ser com um certo grau de violência. Ainda assim, quando estamos juntos forçamos fotos de grupo em que um deles (ou mais como a foto demonstra) insiste em dar cabo do enquadramento, fugir e ir à sua vidinha de brincadeiras.
O pequenino(2)
Parece mais crescido de cada vez que os caracóis ficam no chão do cabeleireiro. Desta vez fita identica à das fotografias tipo passe (estava a ver que me vinha embora sem cumprir o desígnio). Mas depois lá deixou e ficou todo bonito. Não me importo de lhe cortar os caracóis, porque sei que crescem outra vez não tarda nada.
O pequenino
Teve uma febre que durou o tempo do último dente desta leva demorou a sair. Se não há relação entre as duas coisas, como muitos defendem, há de facto estranhas coincidências.
sexta-feira, setembro 21, 2007
Noto-lhe
Um interesse cada vez maior nas palavras. Aprender a falar é das etapas mais fascinantes do ser humano. E das mais queridas também. Hoje tentou dizer bem muitas vezes aaaaviiiiião.
quarta-feira, setembro 19, 2007
Coisas que valem a pena assinalar
Hoje não chorou para ficar na escola (nada como a visão da caixa das bolachas para o deixar desorientado), mas deve ter chorado depois. Ele e um tal de André chocaram de cabeça um com o outro e cairam cada um para o seu lado.
terça-feira, setembro 18, 2007
Dez
Anos de sobrinha-filha. Inacreditável(mente rápido), mas pura verdade. Continua tão linda como no dia em que nasceu, pela manhã, fazia muito calor. Com ela nascia em mim uma paixão arrebatadora que dura até hoje. Sou melhor mãe do meu bebé porque pude ensaiar muito com ela, nos meses em que a mãe ia trabalhar longe. Ela paga tudo em mimos para o Lourenço, que a elegeu como a terceira pessoa de quem mais gosta no mundo.
Dez anos: dois dígitos na idade, 5º ano a começar numa escola nova, pré-adolescente que ainda brinca ao faz de conta, caracóis para dar e vender, esperteza saloia, preguiça e desarrumação, muita ternura nos gestos. É assim a minha menina. Parabéns.
segunda-feira, setembro 17, 2007
Hoje
Fui a uma reunião de pais. Portámo-nos bem, acho eu. Não falei muito e nem perguntei muitas coisas, limitei-me a observar e a ver como eram os pais dos meninos que já vou conhecendo. O Lourenço esteve sempre connosco (foi o único) e comeu umas cinco bolachas. Durante o periodo do falatório habitual deu para perceber que sente coisas boas pela educadora e por uma das auxiliares. Descobrimos que a escola tem um «projecto» para as baratinhas tontas e os documentos que nos entregaram estão cheinhos da retórica do costume. Fosse eu outra pessoa e deixar-me-ia impressionar com tanta psicologia/pedagogia de almanaque. Ainda assim não me pareceu demasiado folclore para pai ver (que é, infelizmente, o mais habitual). Isso deixa-me bastante descansada.
domingo, setembro 16, 2007
Os bebés
Que estão prestes a nascer ajudam a manter a casa arrumada. Ainda não tive de armazenar roupas pequenas. São sempre necessárias noutro lugar. Ainda bem.
Sonhos de pai
sexta-feira, setembro 14, 2007
Esta teimosia
Com as torneiras, ou com o acto de as abrir e molhar tudo, tira-me do sério. Percebo que lhe seja quase impossível resisitir, mas como o fazer perceber que não dá mesmo? Eu ralho, ele chora, já se sentou duas vezes de castigo um minuto mas, passado um bocado, mal passa por uma torneira deita-lhe logo aquele olhar e here we go again. Ó paciência...
quarta-feira, setembro 12, 2007
As saudades
Que o Lourenço tem do pai. Agora que o tem visto menos é uma graça assistir ao reencontro ao final do dia. Diz papá muitas vezes na voz mais carinhosa que sabe fazer, dá abraços com palmadinhas nas costas e faz-lhe festinhas na cara e no cabelo antes de se encostar para mais um abraço.
Como
Ainda está em fase de adaptação fui buscá-lo pelas três e pouco. Decidi tornar o dia útil, já que não dava para trabalhar em casa. Estava calor, eu não tinha o carrinho e decidi ir à conservatória pedir a 2ª via do boletim de nascimento que perdemos não sei bem aonde. Pelo caminho tiraria fotos tipo passe, as primeiras. Estava muito calor, o bebé, mesmo com a ajuda do sling, pesa e o estacionamento público mais perto era longe. Caminhámos rápido em vão. Aquilo fecha às quatro. Bolas. Façamos as fotos então. Esperámos meia hora, brincámos um pouco no pátio do deserto Palácio SottoMayor e dirigimo-nos finalmente à loja para garantir que o dia não tinha sido totalmente perdido. Pois o Lourenço não gostou do aparato, berrou que se fartou e nada o convencia de aquilo eram só umas fotografias. Estava prestes a desistir quando decidi dar uma última tentativa. Apesar dos ameaços, uma caixa com bolachas ajudou-o a passar o momento e voilá, seis pequenas fotos de gente pequena já tão grande.
Mais
Um dia de escola. Já lá dorme e bem (ou mais ou menos, terá de se habituar a mais luz e mais barulho). Come bem também. Só não sabe beber leite pela caneca nem ficar lá de manhã sem ser a chorar muito muito.
segunda-feira, setembro 10, 2007
Em conversa
A amiga brasileira, que ainda há dias estava aqui de novo e já se foi outra vez, relembra-me um episódio do qual me esqueci (como é possível?).
Dez adultos em casa, mãe na cozinha, pai no quarto a tentar salvar computador e os restantes a conviver. E o Lourenço? Pois o Lourenço estava na casa de banho, às escuras, com a torneira do bidé aberta no máximo a inundar-se a ele e ao resto da casa de banho. Não se denunciou, claro. Limitou-se a disfrutar dos breves momentos de pura felicidade não controlada.
Recordo que eram dez adultos, dez contra uma criança de ano e meio (17 meses hoje a propósito).
Dez adultos em casa, mãe na cozinha, pai no quarto a tentar salvar computador e os restantes a conviver. E o Lourenço? Pois o Lourenço estava na casa de banho, às escuras, com a torneira do bidé aberta no máximo a inundar-se a ele e ao resto da casa de banho. Não se denunciou, claro. Limitou-se a disfrutar dos breves momentos de pura felicidade não controlada.
Recordo que eram dez adultos, dez contra uma criança de ano e meio (17 meses hoje a propósito).
Agora
Que a super-empregada-a-quem-pago-o-dinheiro-mais-bem-empregue-do-mundo está de volta, apetece-me de novo convidar pessoas. Os dias outonais convidam a convidar amigos, passe a redundância. Que sejam pois para breve, muito breve, os lanches prometidos e devidos*.
* Não me saem da cabeça a visita sempre adiada da Ana Rute e as bolinhas de berlim prometidas à Filipa.
* Não me saem da cabeça a visita sempre adiada da Ana Rute e as bolinhas de berlim prometidas à Filipa.
Dormiu
Pela primeira vez na escola. Deixámo-lo mais uma vez a chorar horrores. Mas ao pararmos no corredor para trocar umas palavras com a educadora reparei que já não chorava. Adormeceu bem, ao que parece, e quando o pai o foi buscar brincava muito entretido. Dão-se pequenos passos e queimam-se angústias. Não tarda nada já não quer sair de lá.
Parece que às vezes
Não é capaz de evitar tentar levantar a mão quando é contrariado. Mas ao semblante fechado e ao «aiaiai» com um ar zangado responde quase sempre com uns inexplicavelmente amorosos miminhos.
quinta-feira, setembro 06, 2007
Agora que descobriu
Às vezes
Pergunto-me se saberei aceitar com serenidade todas as escolhas do Lourenço, independentemente de quais forem. Se saberei conviver bem com uma pauta de notas medianas na escola, por exemplo. Admito que às vezes tenho uns impulsos de querer que seja o mais esperto, o mais bonito e o melhor. Ao que for. E no fundo nem é bem isso. É um desejo de que não fique «atrás» de nenhum e que por isso sofra algum tipo de frustração. É ridículo, eu sei, mas são apenas impulsos, rapidamente sancionados por uma autocrítica feroz. Até porque não sou demasiado protectora (acho eu). Deixo-o, com um razoável grau de liberdade, fazer a sua vidinha. Descobrir como se fazem as coisas sem ir por trás substituir-me ao «coitadinho do menino».
No ano passado a minha amiga Guida dizia, e com razão, que isto de pôr crianças na escola implica que se pense (no concreto) que tipo de educação se quer para os filhos. Estes dias de iniciação têm sido de profunda (auto)reflexão. Que tipo de educação quero dar ao meu filho? Costumo dizer, meio piada, meio a sério, que ele pode ser tudo o que quiser, menos aqueles pseudo-punks muito porcos, que vivem com matilhas de cães e bebem litrosas de cerveja e acham que são artistas de circo.
No ano passado a minha amiga Guida dizia, e com razão, que isto de pôr crianças na escola implica que se pense (no concreto) que tipo de educação se quer para os filhos. Estes dias de iniciação têm sido de profunda (auto)reflexão. Que tipo de educação quero dar ao meu filho? Costumo dizer, meio piada, meio a sério, que ele pode ser tudo o que quiser, menos aqueles pseudo-punks muito porcos, que vivem com matilhas de cães e bebem litrosas de cerveja e acham que são artistas de circo.
Ao quarto dia
Vejo-o regressar da escola visivelmente satisfeito e nada perturbado. Parece que descobriu que há uns lavatórios pequeninos com umas torneiras iguais às de casa (que boas que eram as torneiras de enroscar). Chorou imenso quando o deixámos, claro. Mas depois passou, diz a educadora (muito doce e ternurenta, mas com deficiências ao nível do uso dos verbos - ouvia-a a dizer vistes). Brincaram todos, ao que parece, e ouviram música. Já prometi levar os cds da Palavra Cantada.
Segunda feira arriscamos a sesta.
Segunda feira arriscamos a sesta.
quarta-feira, setembro 05, 2007
Vê-lo
Alívio
À chegada dizem-me que ainda almoça. Peço para espreitar sem me ver, para me certificar de que está bem. Espreito e lá o vejo com a sua cara bem disposta-mas-sem-sorrir. Terá, entre tantas outras adaptações, de habituar-se a almoçar sentado em cadeiras de onde se pode levantar a qualquer momento. Imagino-o a levantar-se sempre que se lembra e a irem-no buscar para que comesse. Comeu relativamente bem, dizem-me também. Começou por rejeitar o resto, mas as fotos do cão da auxiliar no telemóvel fazem milagres, diz-me ela. Trouxeram-me ao colo e desta vez não chorou assim que me viu. Sorriu para mim e para todos. Ficou bem. Um pequenino passo, eu sei, mas um passo. Só me ocorre dizer: que alívio depois da angústia matinal de o deixar em prantos a chamar por mim.
Take 3
Ao terceiro dia as lágrimas. Minhas a somar às dele enquanto me dirigia para a saída. Agora resta-me esperar pelo meio-dia para o ir (a correr) buscar.
terça-feira, setembro 04, 2007
E para que a mochila não sofresse
de solidão, a avó arranjou uma lancheira do Ruca* para lhe fazer companhia.
* O Lourenço conhece o Ruca da canção que está no site da RTP. Dança e aponta para as árvores que aparecem, mas não liga à televisão a não ser quando há música.
* O Lourenço conhece o Ruca da canção que está no site da RTP. Dança e aponta para as árvores que aparecem, mas não liga à televisão a não ser quando há música.
Há uns dias
Começou a achar graça às (minhas) malas. A querer pô-las ao ombro e a dirigir-se para a porta. Isto e mais a necessidade de levar a trouxa básica da escola levou-me ao Colombo em busca de uma mochila do Elmer, de que ele tanto gosta. Pois que a mochila do Elmer não só era cara, como pequena. Lá fui para o Continente quase sem esperança de encontrar mochilas apropriadas a garotos tão pequenos. Mas mal lá cheguei dei de caras com a mochila perfeita. Um mini-troll com desenhos da Miffy (estou a lembrar-me de outra menina que também ia gostar muito desta mochila...). Já quando chegámos de viagem o Lourenço parecia maluco a tentar arrastar as nossas malas. Pois com esta é a mesma coisa. Desta vez com muito mais equilíbrio. É vê-lo a andar de um lado para o outro a arrastar a sua malinha e a falar a sua incompreensível língua.
No elevador
Olho-me ao espelho e assusto-me. Camisa amarrotada, colar fora do sítio, nódoas diversas. Ir trabalhar com a farda de estar com o filho mais do que duas horas seguidas não é, definitivamente, uma boa ideia.
Take 2
Quando cheguei, apressadissima e em cima da hora (já devia contar com a hora de atraso habitual dos médicos), estava no refeitório, com um ar visivelmente choroso, encostado à janela. A auxiliar viu-me primeiro e pegou nele ao colo. Quando se apercebeu da minha presença retoma o choro desesperado. Devia ter calor, sono e fome. Os outros lá estavam com um ar assarapantado. Trouxe-o para casa atracado no meu colo e mesmo depois de comer e alguma brincadeira, ainda soluçava.
A ver como corre amanhã.
Dias duros estes.
A ver como corre amanhã.
Dias duros estes.
Ontem
Por vontade da Inês, a prima mais adorada, já lá ficava a auxiliar as auxiliares a cuidar dos bebés. Tem jeito o raio da miuda!
segunda-feira, setembro 03, 2007
Estava aqui a pensar
Custou-me deixá-lo lá, mas seria incapaz de fazer o que estava a fazer uma mãe quando lá chegámos: lavada em lágrimas e o filho, igualmente lavado em lágrimas, a ver. Mostrar segurança, assegurarmo-nos de que nos despedimos e não desaparecemos de repente, num adeus firme. Não demorámos muito a ir embora, assim que decidimos fazê-lo (estávamos na dúvida se não iriamos apenas visitar a escola com ele). Acho que foi melhor para ele. Claro que as imagens dele a chorar pela mamã e pelo papá me atormentaram o tempo que ele lá esteve, mas apesar disso não chorei (ter-me-ei tornado mais insensível?).
Na verdade, ter passado por isto com a Inês duma forma um pouco mais ligeira, vai fazer para aí nove anos, parece que me ajudou a ganhar alguns anticorpos: da necessidade de sermos fortes, para que lhe transmitamos a mensagem certa; de não arrastarmos as despedidas, de sabermos cá dentro que se vai habituar e gostar. Ou pelo menos assim espero.
Além do mais, o que tem de ser tem muita força. E esta é, saberá quem me conhece, uma punch line que me é muio cara...
Na verdade, ter passado por isto com a Inês duma forma um pouco mais ligeira, vai fazer para aí nove anos, parece que me ajudou a ganhar alguns anticorpos: da necessidade de sermos fortes, para que lhe transmitamos a mensagem certa; de não arrastarmos as despedidas, de sabermos cá dentro que se vai habituar e gostar. Ou pelo menos assim espero.
Além do mais, o que tem de ser tem muita força. E esta é, saberá quem me conhece, uma punch line que me é muio cara...
Balanço do primeiro (mini)dia de escola
Chorou, claro. Mas não demasiadamente. Esteve lá cerca de uma hora e pouco praticamente sempre ao cólo das auxiliares. Surpreendentemente não era uma sala cheia de gritos e meninos desesperados. Choravam à vez, pareceu-nos. Quando chegámos ficámos por lá a brincar um bocado, e aí já parecia o meu Lourenço. Ria, brincava, corria... Veio para casa pela mão, muito contente (por se vir embora suponho).
Gostei de ver a escola aberta aos pais, da liberdade de cada um fazer a adaptação ao seu gosto. Da simpatia de todos.
Amanhã ficará mais um pouco.
Gostei de ver a escola aberta aos pais, da liberdade de cada um fazer a adaptação ao seu gosto. Da simpatia de todos.
Amanhã ficará mais um pouco.
Está lá
Agora. A quinhentos metros de nós a fazer a «adaptação» à creche. E nós aqui à espera da hora mínima razoável para o ir buscar. Deve estar a chorar, sem perceber porque o deixámos ali. A bem dizer, nem eu sei bem porque o deixámos ali.
sexta-feira, agosto 31, 2007
quarta-feira, agosto 29, 2007
Apesar de não dizer muitas coisas
Comunica cada vez mais: quer fazer conversa, chama-nos a atenção para o que está e para o que não está (abrindo expressivamente as mãos), anda pelo caminho a assinalar os lugares das plantas e das árvores, dos carros e dos aviões que passam. Diz adeus como quem diz olá, e como quem diz adeus vou-me embora. Como no livros, tem surtos de autonomia, em que diz adeus e vai à vida dele. Interrogo-me até onde iria se não fosse apanhado no ar com beijos e amassos acompanhado de deliciosas gargalhadas.
É verdade: ri de propósito e a propósito de nada. Fico mesmo contente que não seja como eu era na sua idade.
É verdade: ri de propósito e a propósito de nada. Fico mesmo contente que não seja como eu era na sua idade.
O gato
Fellini arranjou uma dona e uma casa onde será muito mais feliz do que aqui. Não só não estava muito motivada (por motivos considerados fúteis ou não, admito que não sou uma pet person*) como a convivência entre bicho e bebé só era benéfica para o bebé (até ao dia em que o gato se passava de vez e a convivência passaria a ser má para todos).
O melhor de tudo é que estará bem perto, à mão de muitas visitas.
*Gosto de animais em geral, embora da maioria tenha medo, e acho que aos animais domésticos é devida toda a dignidade que um humano pode dar (espaço, alimentação, mimo e higiene). Pelo que a minha aversão a alguns cães é mais culpa dos donos do que dos bichitos. Foi um consolo ver os cães de Nova Iorque, lindos de morrer e mil vezes mais bem cuidados do que a maioria que se vê por aí.
O melhor de tudo é que estará bem perto, à mão de muitas visitas.
*Gosto de animais em geral, embora da maioria tenha medo, e acho que aos animais domésticos é devida toda a dignidade que um humano pode dar (espaço, alimentação, mimo e higiene). Pelo que a minha aversão a alguns cães é mais culpa dos donos do que dos bichitos. Foi um consolo ver os cães de Nova Iorque, lindos de morrer e mil vezes mais bem cuidados do que a maioria que se vê por aí.
Apesar
Da minha tendência para opinar sobre tudo e de para tudo ter uma explicação (no mínimo uma teoria) irritam-me as pessoas que dividem as pessoas em grupos a propósito das mais variadas coisas: um bom, onde se incluem naturalmente, e um mau, onde colocam as pessoas à vez, dependendo das suas posições sobre a vida.
Faz mini birras
Quando é contrariado (muito mini, para dizer a verdade). E o mau génio dá-lhe para se revoltar sob a forma de dentadas. Pois.
Isso ou uma forma pouco usual e própria de aliviar o incómodo de ter seis dentes, seis, a nascer ao mesmo tempo.
Isso ou uma forma pouco usual e própria de aliviar o incómodo de ter seis dentes, seis, a nascer ao mesmo tempo.
segunda-feira, agosto 27, 2007
Teve três dias de febre
Foi ao hospital e flirtou com a enfermeira e teria adorado o médico (falou-lhe num cão) se este não tivesse abusado da sorte e insistido nuns exames chatos que nos obrigam a estar quietos. A febre deu lugar ao nariz entupido. Não sei se da febre do que foi, anda numa excitação que só visto. Brinca, corre, dança (já alguma vez disse que adora música?) até nos deixar cansados da cabeça.
Do dia de hoje
Um computador avariado, um carro igualmente avariado, um livro italiano importante para a tese-que-está longe-de-estar-feita-e-me-deixa nervosa-a-cada-instante que tenho dificuldade em entender plenamente, um bebé que gosta de apontar para os aviões e dizer adeus às pessoas que lá vão dentro.
De hoje a oito dias começa a aventura escolar.
De hoje a oito dias começa a aventura escolar.
quinta-feira, agosto 23, 2007
Enquanto o bebé
Ficava uma semana com a avó, dirigimo-nos, quais habitantes de uma província longínqua, à capital do Império. Ou pelo menos foi isso que senti naquela imensa babilónia que é Nova Iorque. Doeram as saudades do filho, mas menos do que previa. Pelo menos não me tolheram os passos ou diminuiram o prazer de estar a viajar em tão boa companhia e num lugar com tanto para descobrir. É bom viajar sempre, mas é melhor ainda quando o que nos leva aos lugares não é só o turismo, mas também algum trabalho (que nos obriga a integrarmos outras lógicas e noutros territórios) e onde, para além disso tudo, temos pessoas conhecidas com quem podemos partilhar um pouco do quotidiano, das rotinas e hábitos de vida. Nesse aspecto sinto que para além dos trilhos do turista (como não percorre-los? ok... percorre-los a pé não será uma ideia brilhante, dada a imensidão das distâncias, que o digam os nossos pobres pezinhos), tentámos espreitar os do viajante que arrisca ruas que não conhece, bairros que não constam do guia e que tem a sorte de poder usufruir da hospitalidade e companhia de pessoas amigas (grandes e pequenas) num país estranho.
Tem tido febre
Sem qualquer outro sintoma que esclareça a origem do mal estar. Ficámo-nos por casa e, exceptuando no primeiro dia que o sono em demasia me fez desconfiar de que não estava bem, tem estado muito bem disposto e brincalhão. Gasta-me o nome (Mamã! Mamã! Mamã! em loop quase constante) e usa o «fazer óó a» (encostar-se e dizer «ahhhhh» em tom ternurento) como forma de manifestar apreço tanto por pessoas como por coisas (animais, vegetais, minerais e etc.). Tem demonstrado imenso gosto por livros. Vai buscá-los e pede colo para lho mostrar-mos. Ocasionalmente faz óó a uma página de que gosta particularmente. Tem preferências, claro. A dele é esta (a edição portuguesa é da Caminho): Elmer, o elefante aos quadrados. Gosta de folhear, de apontar as páginas onde há arvores e animais, e mais ainda duma página em que um enorme BUUUUUU! aparece.
O livro de que ele gosta dei-o à Inês, talvez com a idade dele, há mais de oito anos. Gosto que ele herde coisas e tenha contacto com livros usados, lidos e vividos por outros meninos de quem gosta. Lá em casa dos primos ainda moram alguns que tenho a certeza que ele vai adorar.
O livro de que ele gosta dei-o à Inês, talvez com a idade dele, há mais de oito anos. Gosto que ele herde coisas e tenha contacto com livros usados, lidos e vividos por outros meninos de quem gosta. Lá em casa dos primos ainda moram alguns que tenho a certeza que ele vai adorar.
quarta-feira, agosto 22, 2007
Encontrei-o mais crescido
Maior, mesmo, que a roupa parece estar mais justa. Apesar de ter sido uma semana os progressos a nível motor são fantásticos: subir e descer, abrir e fechar, sentar-se e levantar-se. Correr sem destino. Ao nível da fala nem por isso... continua o mesmo trapalhão. Mas sabe entregar-me o regador, apontar para a torneira e dizer: áia, com esperança de que eu, de facto, lhe entregue um regador cheio de água para ir despejar nas plantas...
Todas as manhãs
Fizémos uma video-conferência com o bebé. Ele via-nos e brincava connosco, mostráva-nos as «papas» e as «aiáias» (plantas e árvores). Percebiamo-lo satisfeito. Dizia a avó que brincava até cair para o lado no parque infantil, interagindo com os outros meninos. Perguntava ocasionalmente pela mamã, mas sem dramas. Recebeu-nos bem, sem euforias. Primeiro o colo do pai (estaria zangado comigo?), depois o meu sem reservas. Regressámos a casa e os mimos que nos deu (e nós a ele) ainda não acabaram. Estamos enamorados.
segunda-feira, agosto 20, 2007
De volta
A casa e ao bebé. Muitas saudades e muita diversão. Cá e lá. Ou seja, ele esteve bem e nós também.
terça-feira, agosto 07, 2007
Já sabe
Abrir a torneira do banho. Cuspir a comida que não lhe agrada. Usar o garfo na fruta (já alguma vez disse que ele gosta de TODAS as frutas?). Pôr a chucha na cama a pedido. Trepar tudo o que possa ser trepado.
E ainda tenta enfiar chaves e tudo o que se lhe assemelhe nos respectivos orifícios, calçar sapatos dos crescidos e regar as plantas.
E ainda tenta enfiar chaves e tudo o que se lhe assemelhe nos respectivos orifícios, calçar sapatos dos crescidos e regar as plantas.
Momentos
To do list
16 caixas com refeições (a sopa é por conta da avó).
Passar muita roupa, muita.
Arrumar tudo e não esquecer de nada.
Encher o bebé de mimos.
A mala dele é sempre maior que a nossa.
Passar muita roupa, muita.
Arrumar tudo e não esquecer de nada.
Encher o bebé de mimos.
A mala dele é sempre maior que a nossa.
Domir na avó
É bom. Bebé contente pela manhã, como de costume. Aliás estar na avó até é bem divertido. Há tantas asneiras para fazer, jardins para ir e parques com novos amigos para explorar. Vai ficar bem entregue. Agora é aprender a viver com o coração apertado pela distância de um oceano. E aproveitar à grande. Uma semana apenas.
sexta-feira, agosto 03, 2007
Cada miudo
Tem as suas manias: dizia-nos uma vizinha que o seu toddler (três semanas mais velho que o Lourenço) é obcecado por carros e motas, já o Lourenço é obcecado por plantas e árvores. Por onde quer que passe e para onde quer que vá são as suas papas e as suas aiáias os únicos objectos do seu interesse entusiasmados.
Por mais que insista
Ele teima em ficar-se pelo início das palavras.
-Lourenço diz CRÉEEME (adora todos os tubos de cremes).
- QÉ...
-Lourenço diz GAAAAAATO (Gosta do Gato embora não seja recíproco).
-GÁAAAAA...
-Lourenço diz CAAAAAIXA.
-CÁAAAACÁ...
E não saimos disto.
-Lourenço diz CRÉEEME (adora todos os tubos de cremes).
- QÉ...
-Lourenço diz GAAAAAATO (Gosta do Gato embora não seja recíproco).
-GÁAAAAA...
-Lourenço diz CAAAAAIXA.
-CÁAAAACÁ...
E não saimos disto.
Hoje
Vai dormir a sua primeira noite fora. Em casa da avó, ok, que quase não se qualifica como «fora». É um estágio para a semana que vem. Oito dias, oito noites longe de nós. Não é nenhum drama repito a todo o momento, mas é. Um mini-drama para mim que nunca me afastei mais do que umas horas. Mas pronto, há oportunidades que não se repetem e espaços a dois que merecem ser vividos em pleno. Contagem decrescente para a partida para Nova Iorque.
quinta-feira, agosto 02, 2007
Já não dá para irmos todos às compras
Esperneia porque quer ir para o chão. Andar sem destino. Mexer em tudo.
quarta-feira, agosto 01, 2007
Baby Boom (actualização)
Afinal não são quatro amigas grávidas. São cinco. Dois bebés para 2007 e três para 2008.
segunda-feira, julho 30, 2007
Baby boom
Uma, duas, três... e agora mais uma: quatro amigas grávidas ao mesmo tempo. Que felicidade.
quinta-feira, julho 26, 2007
Nesta coisa das escolas
O grau de escolha de que efectivamente podemos ter depende do recheio das carteiras, e o resto é conversa. Nós arriscámos em duas soluções e nem procurámos mais. A solução perto de casa e a solução perto do trabalho (sendo que é possível que para o ano tenha de ficar muitos dias em casa, escrevendo afanosamente). Ambas tinham vantagens e desvantagens. Ambas eram, à luz dos preços que por aí se praticam relativamente baratas (sei que por aí há abusos monumentais nos preços das creches que servem mais para satisfazer pais facilmente impressionáveis do que propriamente para fazer crianças felizes). Surpreendentemente teve vaga nas duas. Optámos pela solução perto de casa: uma creche da junta de freguesia, num edifício novo e pensado para o efeito. Salas amplas, luminosas, espaços seguros. Ainda não conheço as pessoas todas, mas as que conheci pareceram-me simpáticas e cuidadosas. Com o tempo se verá se carinhosas e afectivas (o principal). Em Setembro o Lourenço vai para a creche. Já está a precisar, embora o ano e quase meio que passou na companhia da avó lhe tenha proporcionado momentos únicos da companhia e carinho. Basta observar a cumplicidade entre os dois. Os laços que se criam na primeira infância são fundamentais. Ser-lhe-ão úteis sempre, penso eu. E eu acho que quantos mais forem melhor.
Obrigado mãe.
Obrigado mãe.
terça-feira, julho 24, 2007
Socialização
Hoje
Dei com ele em pé na cadeira de passeio. A somar aos joelhos arranhados das correrias parece-me que se está a iniciar uma nova fase na nossas vidas.
Hoje
Enquanto o A. se emprenhava no inusitado trânsito em direcção a Sintra, julguei ter perdido a chave do carro que restava. Fiz contas de cabeça, tive suores frios e dei por perdido o dia de trabalho (no trabalho).
A chave fazia companhia ao A., afinal, pousada ao seu lado. Menos mal. Já o mal que um toddler e um gato podem fazer um ao outro obrigou-me a sair de casa e dar uma enorme volta a pé, com umas perninhas pequeninas a acompanharem quase todo o passo. No regresso dou de caras com um fedelho pouco mais velho que a Inês (talvez dez, onze anos) a fumar à porta do café. Ele e mais outros um pouco mais velhos (cujos cigarros não causam tanta estranheza). Observar-lhes a insolência esparramada na cara (dos teens de férias que, pelos vistos, deambulam pelo bairro) lembrou-me a minha própria insolência e de como (espero) isso já passou.
Agoro faço parte daquele conjunto de seres estranhos que já pensei que não sabiam nada de nada, mas que pensavam que sabiam tudo e que tratam os teens como os seres que (de facto) não sabem nada de nada e têm a certeza de tudo saber. Ironias.
A chave fazia companhia ao A., afinal, pousada ao seu lado. Menos mal. Já o mal que um toddler e um gato podem fazer um ao outro obrigou-me a sair de casa e dar uma enorme volta a pé, com umas perninhas pequeninas a acompanharem quase todo o passo. No regresso dou de caras com um fedelho pouco mais velho que a Inês (talvez dez, onze anos) a fumar à porta do café. Ele e mais outros um pouco mais velhos (cujos cigarros não causam tanta estranheza). Observar-lhes a insolência esparramada na cara (dos teens de férias que, pelos vistos, deambulam pelo bairro) lembrou-me a minha própria insolência e de como (espero) isso já passou.
Agoro faço parte daquele conjunto de seres estranhos que já pensei que não sabiam nada de nada, mas que pensavam que sabiam tudo e que tratam os teens como os seres que (de facto) não sabem nada de nada e têm a certeza de tudo saber. Ironias.
quarta-feira, julho 18, 2007
Primeiras vezes
Às vezes antecipamos dificuldades que acabam por não surgir. Dada a ordem para iniciar a higiene oral com mais disciplina (e com os instrumentos próprios) decidimos levar a cabo a tarefa há pouco com pouca esperança que a escova chegasse a escovar o que quer que fosse.
Enganámo-nos: o bebé abriu a boca, deixou que se fizesse o serviço, engoliu a pasta e sorriu.
Enganámo-nos: o bebé abriu a boca, deixou que se fizesse o serviço, engoliu a pasta e sorriu.
Curtas das férias
Quatro centímetros a mais, metros de juízo a menos.*
* e mais um dente lá atrás, lembrei-me agora
* e mais um dente lá atrás, lembrei-me agora
terça-feira, julho 17, 2007
domingo, julho 15, 2007
Durante
Quinze (maravilhosos, quentes e solarengos) dias fomos uma família maior, com vários pais e várias mães, a trabalhar em múltiplas combinações. Levantei-me mais vezes do que me sentei e não li nem um dos quatro livros que levei. Ainda assim pude ver meninos a crescer de hora a hora, a gostarem-se cada vez mais e a descobrir os prazeres da praia e do mar e do campo também.
Chegámos há pouco e já se avolumam as saudades dos outros filhos.
Chegámos há pouco e já se avolumam as saudades dos outros filhos.
Voltámos
Levámos um bebé sem caracóis e cara de rapazinho e trouxemos um índio selvagem da meia praia. Isso e uma gata abandonada.
sexta-feira, junho 29, 2007
Derreada...
Por um dia cheio de emoções e arrumações. Temos a vida empacotada e uma confiança excessiva na largura da bagageira do carro. Vamos de férias para a ria. Lugar onde nos apetece sempre regressar.
Até breve.
Até breve.
Acabei de viver muitas emoções
A alegria de saber que há uma menina dentro de uma barriga muito querida (viva a Camila!). E a tristeza de ver a minha Inês chorar muito. Está a despedir-se do colégio onde a levei tantas vezes pela mão. Pequenina, com uns caracóis de encantar. Será a primeira de muitas despedidas na vida e, por muito que lhe diga, ela ainda não consegue ver (como poderia?) que o que vem por aí também pode ser igualmente bom. Quando passei pelo mesmo também chorei e hoje não contive as lágrimas ao vê-la tão crescida e a saber já tantas coisas.
Houve uma entrega de diplomas, com música e fotos projectadas, durante a qual o Lourenço só queria estar ao colo dela, lá no meio dos meninos. Há um inesgotável afecto entre aqueles dois que o faz, inclusivamente, apontar insistentemente para a foto dela afixada no frigorífico.
Amanhã levo-a comigo. Para a alegria de todos.
Houve uma entrega de diplomas, com música e fotos projectadas, durante a qual o Lourenço só queria estar ao colo dela, lá no meio dos meninos. Há um inesgotável afecto entre aqueles dois que o faz, inclusivamente, apontar insistentemente para a foto dela afixada no frigorífico.
Amanhã levo-a comigo. Para a alegria de todos.
Cortou
Os caracóis. Apesar de os amar muitíssimo, estavam de facto a ficar muito grandes. Fomos a um cabeleireiro, onde não parou quieto. Face ao cenário a cabeleireira fez um milagre. Ficou um lindo rapazinho.
Agora é só esperar que os caracóis voltem a crescer. Rápido.
Agora é só esperar que os caracóis voltem a crescer. Rápido.
quarta-feira, junho 27, 2007
Adoro
As cantorias e os movimentos de mãos e braços que as acompanham. É o que o entretém no carrinho de passeio, enquanto muda a fralda ou quando está distraído.
Andamos numa lufa lufa
Para conseguir ter tudo pronto a tempo de nos darmos o maior número de dias férias possível.
domingo, junho 24, 2007
Conhecemos
Uma menina a aprender a ser bilingue que queria muito brincar com o «barco boat» do Lourenço. O mesmo barco que a A. acredita ser muito grande e onde vamos todos dar grandes passeios.
É já na sexta que começam as férias em modo famílias.
É já na sexta que começam as férias em modo famílias.
Breves do fim de semana
Esteve frente a frente com um homónimo, tomou o primeiro banho de piscina e de mar, bebeu pela palhinha pela primeira vez, lambeu o sal dos brinquedos de praia e, já em casa, distinguiu o fruto favorito do momento: "pé" de alPÉrce.
sexta-feira, junho 22, 2007
À sua amada vassourinha
Somou agora um molho de chaves. Passa que tempos a tentar enfiá-las em todos os buraquinhos que lhe parecem fechaduras.
Esta semana
Iniciou uma colecção de pequenos galos e nódoas negras. Caso para dizer que quer correr mais do que as pernas lho permitem (ainda).
quinta-feira, junho 21, 2007
Eu sei
Que a maternidade não são só dias e momentos cor-de-rosa (embora eu goste de cor-de-rosa). Há mais cansaço, mais dores nas pernas (de passar muito tempo sem me sentar), mais dores nas costas (por causa dos carregos), e menos tempo (para mim e para tudo o resto). Mas depois o tipinho diz mamã muitas vezes e fica feliz só de me ver.
E então, de facto, vale tudo a pena.
E então, de facto, vale tudo a pena.
quarta-feira, junho 20, 2007
O que ele gosta
De andar por aí a esfregar tudo com a fralda de pano e a varrer com a vassourinha de plástico. A continuar assim vou pensar seriamente dispensar a empregada doméstica.
segunda-feira, junho 18, 2007
Ainda agorinha
Pensei que estava na cozinha com as molas e o tubo do aspirador. Estava a pagar uma coisa online e passado um bocado ouvi que me chamava com uns gritinhos débeis. Dei com ele na casa de banho, sentado no chão e o dedo preso no tampo da sanita (sem chorar, porque não fica bem entalado). Abro o tampo e lá em baixo uma pequena surpresa. A chucha, pois. No outro dia foi uma meia e há uma semana o barco do banho.
Quando faz asneiras
E lhe dizemos aiaiaiai ou tapa os olhos com as mãos (não estou cá...) ou paraliza e revira os olhos (estou aqui, mas não é nada comigo) ou se encosta a nós e força o riso (estava a brincar, mamã, isto não era bem um estalo...).
domingo, junho 17, 2007
Do fim de semana chuvoso
As melhores tardes são, às vezes, aquelas que se decidem à ultima da hora e em que se juntam miúdos e graúdos (finalmente ao vivo e a cores) que claramente se entendem bem.
Há
Notícias surpreendentes que sugerem ao mesmo tempo: queixos caídos, sorrisos enternecidos, solidariedade imediata e muita vontade de abraçar.
Eu
Também tenho um sling (e um saco a condizer). Ele ampara o peso do rapaz que pede muito colo e assim já consigo ir às compras ou manejar melhor o carrinho só com uma mão.
O talento da Carmo para a costura está mais que comprovado. Aqui ficam o devido e merecido obrigado.
O talento da Carmo para a costura está mais que comprovado. Aqui ficam o devido e merecido obrigado.
quinta-feira, junho 14, 2007
Deste Lado
Ficamos tristes e a ansiar pelo regresso. Se tiver de ser e se tiverem paciência para isso.
terça-feira, junho 12, 2007
Hoje
Ralhei-lhe (faço-o algumas vezes, mas raramente me leva a sério) porque insiste em mexer no lixo. Hoje, para cúmulo, decidiu tirar uma lata do ecoponto e pô-la na boca enquanto preparava a sopa. Chorou tão sentido que passado algum tempo ainda soluçava aninhado ao meu cólo. É assim que eles nos levam, com beiçinhos de meio metro e olhos marejados de lágrimas.
Ainda a propósito
Disto. Não sei que tipo de mãe sou. Mas a ideia de o deixar por uma semana para participar num congresso em Nova Iorque na companhia do pai, atormenta-me bastante.
Ontem
Por graça, dei-lhe um resto de uma cenoura para a mão. Pensei que ia brincar com ela e atira-la para o chão. Mas não, roeu-a até não poder mais com muita satisfacção.
Rimou mas a intenção não era essa. :)
Rimou mas a intenção não era essa. :)
domingo, junho 10, 2007
Sábado
Já não é a primeira vez
Que tem vergonha(s). Enterra a cabeça no meu pescoço perante as pessoas e demora uns bons cinco a dez minutos a ambientar-se. Depois, distribui sorrisos franzidos com facilidade, desde que não queiram pegar-lhe ao colo ou levá-lo pela mão.
sexta-feira, junho 08, 2007
O lourenço
Parece ter desistido de querer dizer novas palavras. Conjugar sílabas diferentes também parece ser aborrecido. Tudo se resume à utilização de baba (substantitvo indefinido que designa todas as coisas), papa (papá, sapato, pápa), mamã, aiaiaia (laranja e árvore) e aia (água). E no entanto comunica tanto.
Preparativos para férias (1)
segunda-feira, junho 04, 2007
Tudo parecia
Há uma semana
Estava sempre demasiado vento (frio) para usufruir do jardim do bairro. Agora está demasiado sol e calor. Cadê a Primavera e os seus dias amenos?
sexta-feira, junho 01, 2007
Mentiria
Se dissesse que por vezes penso na imensidão de fotos que já publiquei aqui. Não resisti a cuscar quantas visitas tenho, e a origem de algumas (países como Colômbia e Malta), faz-me pensar que caminhos (escusos ou não) as trazem aqui. Não consigo decidir se faço bem, publicando fotos para partilhar com os amigos que me visitam, se faço mal, publicando fotos que qualquer um pode usar. Não sou dada a paranoias, nem a histerismos, mas lá que me faz pensar, faz.
Acabei
O que andava a fazer e, apesar do alívio, só me vem à cabeça as gargalhadas e os gritinhos de felicidade dele a correr pela casa a fugir de mim e a (pasme-se!) encontrar-me logo de seguida. É um brincalhão.
quarta-feira, maio 30, 2007
Sessenta e algumas páginas depois
Continuo sem saber o que é que ando realmente a estudar.
Já o meu menino está cada vez mais giro, comunicativo, dorminhoco e bem disposto.
Nesta altura é, perdoem-me a lamechice pirosa, o sol dos meus dias.
Pronto, posto isto, regresso ao meu suplíciozinho que parece não ter fim (mas tem).
Já o meu menino está cada vez mais giro, comunicativo, dorminhoco e bem disposto.
Nesta altura é, perdoem-me a lamechice pirosa, o sol dos meus dias.
Pronto, posto isto, regresso ao meu suplíciozinho que parece não ter fim (mas tem).
domingo, maio 27, 2007
Consegui
Convencer o Lourenço que a calculadora da loja dos trezentos é um telemóvel, com a vantagem de ter mais teclas. Resultou na perfeição. Tivesse eu me lembrado disto mais cedo e não haveria um defunto telmóvel babado guardado algures numa gaveta.
Agora
Há pouco o pai tinha de ir buscar os primos para almoçar. Disse-se: "Lourenço, vamos à rua?". Em dois minutos já estava encostadinho à porta, no hall sombrio, esperando ansiosamente pelo grande momento.
Fala-se em rua, vai directo para lá.
Fala-se em rua, vai directo para lá.
Desta vez
A gripe/constipação não levou o pai ao tapete. Levou-me a mim.
O bebé melhora a olhos vistos, com ranhos e tosses controlados.
O bebé melhora a olhos vistos, com ranhos e tosses controlados.
quarta-feira, maio 23, 2007
Ultimamente
Quando ponho a chave à porta ouço logo o bebé aos gritinhos, a chamar «mamã, mamã!». É uma excitação tal que faz com que corra, ria, brinque, fuja, procure, faça cucu, e tudo o mais que sabe fazer. Como dar beijinhos e xi-corações à mãe culpada por não chegar mais cedo.
A minha cabeça
Anda de tal ordem, que no dia dos meus anos me esqueci de levar o carro para casa. Como o A. e o Lourenço foram ter comigo para apagar a vela do bolo lá no trabalho, regressei com eles, toda contente, deixando o carro a descansar no estacionamento. No dia seguinte, à porta de casa, mochila às costas e nuvens carregadas é que me apercebi do mal feito.
Nem queria acreditar. Em vez de dez minutos, demorei cinquenta de autocarro quase directo, após caminhada de 800 metros.
Tive a nítida sensação de estar a tornear benfica e arredores como um verdadeiro bordado de mau urbanismo. Foi o castigo, pronto.
Nem queria acreditar. Em vez de dez minutos, demorei cinquenta de autocarro quase directo, após caminhada de 800 metros.
Tive a nítida sensação de estar a tornear benfica e arredores como um verdadeiro bordado de mau urbanismo. Foi o castigo, pronto.
terça-feira, maio 22, 2007
segunda-feira, maio 21, 2007
A minha mãe é linda
Quis ligar-me à hora que nasci, mas baralhou-se. Era suposto ser às 14:45, mas acabou de me ligar às 13:15. Resposta dela à exclamação «Ó mãe, mas é só às um quarto para as duas!!!», «Ah, pois é. Enganei-me. Vi mal os ponteiros do relógio (????)».
30
Dizia a alguém, ou a toda a gente, não interessa, que há uma parte de mim que ainda não saiu do liceu. Continuo a mesma em muitos aspectos. Sinto-me a mesma. E fiz tantas coisas desde aí, aconteceram tantas coisas. Amores, desamores, mudanças, casas, trabalhos, afastamentos, reencontros, desaparecimentos. E, o principal, um filho. Alguma coisa terá mudado, mas o essencial permanece.
Não me posso queixar, disso tenho a certeza. Sou feliz.
Ontem, lendo um poema de uma antiga vizinha (Matilde Rosa Araújo) com a Inês, encontrei um verso que me define em parte: "Tenho amigos e saudade, não tenham pena de mim."
Ps. Pronto, vou deixar-me das costumeiras lamechices (nisto não mudei nada) e vou para ali fazer um bolo enquanto o gaiato descansa do frenesim que foi esta manhã.
Não me posso queixar, disso tenho a certeza. Sou feliz.
Ontem, lendo um poema de uma antiga vizinha (Matilde Rosa Araújo) com a Inês, encontrei um verso que me define em parte: "Tenho amigos e saudade, não tenham pena de mim."
Ps. Pronto, vou deixar-me das costumeiras lamechices (nisto não mudei nada) e vou para ali fazer um bolo enquanto o gaiato descansa do frenesim que foi esta manhã.
quinta-feira, maio 17, 2007
terça-feira, maio 15, 2007
Mães com esperança
Pergunta: Quando é que irão finalmente estabilizar as noites?
Resposta: Lá para os 35.
Resposta: Lá para os 35.
Ele sabe
Que não pode fazer certas coisas: abana o dedinho e a cabeça expressivamente, segurando a maçaneta do armário proibido ou apontando para os comandos escondidos, por exemplo. Mas raramente resiste à asneirola: quase sempre abre os armários e quanto aos comandos, enfim, umas vítimas nas suas mãos.
À custa de tanto ensaio
Consegue palmilhar a cozinha para trás e para diante equilibrando numa mão uma vassoura com o dobro do tamanho dele, to say the least. A somar às varridelas, gosta de limpar, esfrega tudo com um papel ou com a fralda de fazer ó-ó e assinala todas as porcarias espalhadas por aí com um ruidoso pfffff.
Como diz a minha mãe, pena é que quando chega à idade própria ignorem olímpicamente os bons hábitos que vinham da primeira infância.
Como diz a minha mãe, pena é que quando chega à idade própria ignorem olímpicamente os bons hábitos que vinham da primeira infância.
domingo, maio 13, 2007
quinta-feira, maio 10, 2007
Fica tão feliz
Quando vê outros meninos que não resiste a tocar-lhes, como que para provar que são reais. Muitos meninos não gostam, e reconheça-se que as suas investidas podem ser tidas como algo agressivas. Isto para dizer que está no ponto para ir para a escola.
Hoje (2)
Percebi claramente que diz mais palavras (muito trapalhonas, no entanto): árvore, parece-se com laranja. Mas ele lá tem uma maneira de dizer as duas. Tão original que não consigo fazer a sua transliteração. E banana parece-se com vóvó (baba qualquer coisa). Pato confunde-se com sapato, mas não com pé, que já diz bem, e pápa que aponta sem hesitar, e sabe pedir quando temos fome e o jantar tarda. Mãmã não se confunde com nada, para minha alegria, claro.
Anda
Tanto, tanto... faz curvas em U e em L, cai redondo no chão de vez em quando, mas não se atrapalha. Atravessa a casa toda sem recorrer a nenhum apoio (basta acenar-lhe com uma visita aos bonsais). Só ainda não percebe como se levantar sózinho, continua a gatinhar até à parede ou perna mais próxima. Mas lá chegaremos.
terça-feira, maio 08, 2007
Género
O tipinho pela-se pela vassoura e pela esfregona, para não falar do fascínio que tem pela máquina de lavar roupa.
segunda-feira, maio 07, 2007
Nunca pensei dizer isto
Mas o facto de o bebé ter de ser acordado quase às onze horas da manhã (depois de um intervalo para comer às sete e meia) desgoverna a vida a uma pessoa. Principalmente porque os paizinhos esperaram que ele fosse o despertador.
Depois de meses de folga quase contínua, o despertador volta hoje ao serviço permanente.
Depois de meses de folga quase contínua, o despertador volta hoje ao serviço permanente.
domingo, maio 06, 2007
Para mim
O dia da mãe é um dia como qualquer outro. Mas é difícil resistir às (por vezes estúpidas) convenções.
quinta-feira, maio 03, 2007
Não estava habituada
A um começar a andar progressivo. Com a Inês foi diferente. Não gatinhava e só andava agarrada. Ensaiou uns passinhos duas ou três vezes e no dia 16 de Setembro de 1998, soltou-se e começou a andar em pleno Aeroporto de Lisboa. Só visto, parecia uma barata tonta a esplorar os espaços imensos... a andar, andar, andar. Nunca mais parou.
O Lourenço ensaia passos há um mês. O episódio da lesão influenciou certamente, mas a verdade é que ele tem tido uma alternativa rápida para se deslocar. Começou por dar passinhos em direcção a mim ou ao pai. Foi ganhando segurança e aumentando as distâncias, mas só andava se estimulado. Passou depois a andar para destinos que não a mãe e o pai: o sofá ou a televisão (desligada).
Hoje, como que por artes mágicas, soltou-se e foram mais as vezes que andou do que gatinhou. Estava delirante com o novo feito! Dava gritinhos e marchava com os pés no lugar antes de se lançar até ao novo destino.
Senti-o crescido, rapazinho, comunicante. E muito feliz.
O Lourenço ensaia passos há um mês. O episódio da lesão influenciou certamente, mas a verdade é que ele tem tido uma alternativa rápida para se deslocar. Começou por dar passinhos em direcção a mim ou ao pai. Foi ganhando segurança e aumentando as distâncias, mas só andava se estimulado. Passou depois a andar para destinos que não a mãe e o pai: o sofá ou a televisão (desligada).
Hoje, como que por artes mágicas, soltou-se e foram mais as vezes que andou do que gatinhou. Estava delirante com o novo feito! Dava gritinhos e marchava com os pés no lugar antes de se lançar até ao novo destino.
Senti-o crescido, rapazinho, comunicante. E muito feliz.
quarta-feira, maio 02, 2007
Há um ano...
O Lourenço ganhava existência para o Estado. Ganhava um património familiar (através dos apelidos que seguem o seu nome) e uma certidão de nascimento.
O nome fica para sempre, a certidão (infelizmente) nem por isso. Está algures em parte incerta.
O nome fica para sempre, a certidão (infelizmente) nem por isso. Está algures em parte incerta.
segunda-feira, abril 30, 2007
Cansados
De tanta chapada, dentada e arranhão decidimos agir. A partir de agora vamos procurar que perceba que quando se diz não, não é para rir, que dizer não várias vezes não é uma nova brincadeira e que quando dói a um dói a todos (experimentar um pouquinho do seu veneno...). A ver se resulta.
Do seu interesse pelos livros
Fica uma cada vez maior atenção às páginas que passam (e às palavras que as acompanham) e uma clara demonstração de preferências. Gosta especialmente de dois ou três livros. O do momento pertenceu à prima, tem fotos de bebés e pretende ensinar as partes do corpo. É vê-lo a pôr a língua de fora apontando para a foto da língua e a estudar todas aquelas fascinantes criaturas que se assemelham estupidamente com a imagem que vê no espelho.
A brincar, a brincar, já sabe onde é o nariz.
A brincar, a brincar, já sabe onde é o nariz.
Irá ter muitos amores
Ao longo da vida. Poderá mais tarde não se lembrar que os teve: este blogue também serve para isso, para que um dia se lembre da felicidade em pequenino. Por enquanto, os seus amores ainda são poucos e simples. Para além das pessoas óbvias, gosta dos livros, um ou outro brinquedo (os cubos, as bolas), os bonsais, uma árvore, a canção do ruca no ecrã do computador (que compra, no máximo 3 minutos de não asneirada).
Gosta, de um modo inexplicavelmente fascinado, da prima Inês, que lhe arranca as gargalhadas mais sonoras e os sorrisos mais entusiasmados.
E o que isso me faz feliz.
Gosta, de um modo inexplicavelmente fascinado, da prima Inês, que lhe arranca as gargalhadas mais sonoras e os sorrisos mais entusiasmados.
E o que isso me faz feliz.
O apetite
Voltou, tão inesperadamente como tinha ido. Não me estava a conformar com um bebé a torcer-se na cadeira e a dizer que não às minhas investidas culinárias. Pois bem, devia ser (agora sim) o 6º dente. Ou então os restos da gripe que circulou cá em casa. Quanto ao dente já arranha mas ainda não se vê.
Com o apetite de volta regogizamo-nos com um bebé que come com muita satisfacção laranja aos gominhos (em solidariedade com a grávida Sofia, certamente).
Com o apetite de volta regogizamo-nos com um bebé que come com muita satisfacção laranja aos gominhos (em solidariedade com a grávida Sofia, certamente).
sábado, abril 28, 2007
As noites do inferno
Converteram-se, sem qualquer razão que o explique, em noites celestiais. Abençoadas, diria mesmo.
terça-feira, abril 24, 2007
Podemos finalmente
Dar largas à alegria que já nos consumia cá dentro.
Já suspeitávamos há muito (para além de outras pistas menos óbvias, que outra explicação para uma vontade anormal de comer laranjas?) mas ainda assim não há felicidade maior do que saber de uma vida nova que cresce na barriga e no coração de amigos do peito.
Ainda mais quando há tantos amigos cá fora à espera...
Adenda: este post foi editado depois de me terem perguntado se estava grávida. Já disse e repito que o meu próximo filho é um paralelipípedo que se arruma numa estante.
Já suspeitávamos há muito (para além de outras pistas menos óbvias, que outra explicação para uma vontade anormal de comer laranjas?) mas ainda assim não há felicidade maior do que saber de uma vida nova que cresce na barriga e no coração de amigos do peito.
Ainda mais quando há tantos amigos cá fora à espera...
Adenda: este post foi editado depois de me terem perguntado se estava grávida. Já disse e repito que o meu próximo filho é um paralelipípedo que se arruma numa estante.
segunda-feira, abril 23, 2007
Coisas que não têm tanta graça assim
As dentadas, os óculos constantemente arremessados, os cabelos puxados a tentar arrancar os óculos, a baba deixada pelos beijos dados apenas com o objectivo primeiro de chegar perto dos óculos.
E, claro, as noites do inferno.
E, claro, as noites do inferno.
Diz
Mamã
Papá
Pápa
Pé
Água (não tão claramente, é certo)
bába (bola).
O resto percebe quase tudo (por exemplo se perguntamos pela língua ele põe a lingua de fora).
Papá
Pápa
Pé
Água (não tão claramente, é certo)
bába (bola).
O resto percebe quase tudo (por exemplo se perguntamos pela língua ele põe a lingua de fora).
Já gostou muito
De uma argola de pano colorida. Os seus interesses diversificaram-se muito desde então. Mas tenho de registar o seu amor pelas bolas (pequenas, grandes), pelos cubos oferecidos pela tia Ju, pelas garrafas de água, creme, regador, vassoura e esfregona. E, especialmente, uma paixão pelas espécies vegetais (coitadas das poucas plantas que sobrevivem à incúria materna).
Assim, a visita aos bonsais pela manhã tornou-se um ritual e é delicioso observar a sua reacção quando há oportunidade de tocar nas árvores, elas próprias, especialmente se houver vento a fazer ramos e folhas dançarem.
O Lourenço
Esteve adoentado, mas sempre bem disposto. Voltámos ao ponto de partida antes da lesão. Voltou a dar os mesmos passinhos inseguros de braços estendidos. O mês a mais que tem permite-lhe agora outras proezas: pontapés na bola e escolher o dedo a que se quer agarrar para ir mais longe.
O mesmo dedo que segura para apontar os livros e que tem de executar a preceito coreografia do tiroliroló.
O mesmo dedo que segura para apontar os livros e que tem de executar a preceito coreografia do tiroliroló.
segunda-feira, abril 16, 2007
Houve
Quem ficasse chocado depois de ver o Noddy estraçalhado por convidados gulosos. O Noddy é um assunto sensível, principalmente no grupo etário dos menos de três anos. Já o Lourenço queria arrancar-lhe o laço, usando a mesma técnica que ele tem para arrancar teclas do portátil (tão rápido que quando damos por isso já está).
É verdade que um bolo não faz uma festa (esta foi feita de muito mais coisas e boas). Mas ainda assim, não há dúvida que o pasteleiro é um artista.
É verdade que um bolo não faz uma festa (esta foi feita de muito mais coisas e boas). Mas ainda assim, não há dúvida que o pasteleiro é um artista.
Despojos da festa
Um bebé derreado, um pai vencido por uma crise de vesícula (quem manda enfrascar-se em fritos e amendoins?), a cozinha de pantanas. However, todos felizes por termos família e tantos amigos e tão bons.
domingo, abril 15, 2007
Está
Tudo pronto. Salgados arrumados, pão de queijo ainda no forno, bebé a dormir a sesta e o pai a guardar a mesa. E eu não faço barulho algum, para não o acordar e assim garantir umas horas de boa disposição. O tempo decidiu ajudar (teve piedade ao aperceber-se que ia ver a previsão metereológica uma vez em cada duas horas...).
Ainda assim aquele nervoso miudinho... será que as pessoas vão, que a comida vai chegar, que vão gostar, que ele se vai divertir?
Ainda assim aquele nervoso miudinho... será que as pessoas vão, que a comida vai chegar, que vão gostar, que ele se vai divertir?
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