Tememos sempre aquele dia em que não tomamos todas as precauções, não temos mil olhos, não pensamos em tudo. Ou não vemos os perigos com eles ali mesmo à frente.
Andávamos no quarto à procura das aguarelas. Não as encontrava e aproveitei e arrumei umas caixas dele (limpar as tralhas que não correspondem àquela caixa - lá em casa é assim: cada caixa sua brincadeira). Ouço-o dizer: olha mãe lá em baixo há uma piscina! Olho para trás e vejo, aterrorizada, a janela aberta e escancarada (tinha sido o pai para arejar) e ele semi pendurado na janela a espreitar lá para baixo (moramos num 4º andar alto). Lanço-me imediatamente para ele, confuso pelo meu ar aflito, e arranco-o dali, aos puxões. Fecho a janela com as mãos a tremer e as lágrimas nos olhos a imaginar coisas que nem tenho coragem de escrever.
Tentei que compreendesse o perigo que tinha corrido (tu ficavas a chorar, mãe?), embora saiba que o erro foi meu que olhei para a janela e não a vi aberta. Logo eu que sou super cuidadosa com isso. Logo ontem que ele se lembrou de se empoleirar para ver melhor a piscina de borracha que os vizinhos montaram lá em baixo. E é assim que as tragédias acontecem: um filho destemido, um dia normal, uma excepção, uma distracção.
Lesson taken: JAMAIS DEIXAR AS JANELAS ABERTAS O SUFICIENTE PARA ELE SE EMPOLEIRAR. Os perigos estão literalmente à espreita.
1 comentário:
Podia até ser um 4º andar baixo ...já passou.PLEASE, na próxima casa deixem lá as alturas, R/C é mau por um lado, mas previne desses desgostos.Bjs para todos
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