Levanto os olhos do livro e diz-me:
-Ó mãe o menino diz que o céu vai cair... e eu não quero que ele caia!
(o miúdo, mais velho, estava numa de naves espaciais e discos voadores... e o Lourenço, enfim, ainda é muito literal.)
quarta-feira, junho 30, 2010
Mas ao princípio
Teve medo. Que tinha demasiada água a piscina, que as braçadeiras apertavam, que afinal já não gostava da «casa das férias». Foi até ao momento em que como quem não quer a coisa, ganhou confiança e nunca mais parou.
- Ó mãe, afinal já adoro a casa das férias!
(e adorou mesmo, alternar entre a piscina, o parque infantil, a bicicleta, os bichos e os amigos que fez, foi perfeito!)
- Ó mãe, afinal já adoro a casa das férias!
(e adorou mesmo, alternar entre a piscina, o parque infantil, a bicicleta, os bichos e os amigos que fez, foi perfeito!)
Das micro férias
Valeu umas valentes gargalhadas:
Mergulha na piscina e volta a mergulhar, nada, mergulha e salta e pula. Sai-se com esta:
-Ó mãe eu «di» um «roto»! Não gosto de «rotos»
:)
Mergulha na piscina e volta a mergulhar, nada, mergulha e salta e pula. Sai-se com esta:
-Ó mãe eu «di» um «roto»! Não gosto de «rotos»
:)
quarta-feira, junho 16, 2010
"As nuvens às vezes caem, pai!"
"Não... a chuva é que cai!", diz o pai
"Não, quando saem os parafusos elas caem!"
"As nuvens não estão parafusadas, Lourenço!"
"Então como é que elas estão penduradas no céu, pai? Como?"
E agora como explicar que as nuvens flutuam porque são leves como os balões...
"Não, quando saem os parafusos elas caem!"
"As nuvens não estão parafusadas, Lourenço!"
"Então como é que elas estão penduradas no céu, pai? Como?"
E agora como explicar que as nuvens flutuam porque são leves como os balões...
terça-feira, junho 15, 2010
Foi ontem
Tememos sempre aquele dia em que não tomamos todas as precauções, não temos mil olhos, não pensamos em tudo. Ou não vemos os perigos com eles ali mesmo à frente.
Andávamos no quarto à procura das aguarelas. Não as encontrava e aproveitei e arrumei umas caixas dele (limpar as tralhas que não correspondem àquela caixa - lá em casa é assim: cada caixa sua brincadeira). Ouço-o dizer: olha mãe lá em baixo há uma piscina! Olho para trás e vejo, aterrorizada, a janela aberta e escancarada (tinha sido o pai para arejar) e ele semi pendurado na janela a espreitar lá para baixo (moramos num 4º andar alto). Lanço-me imediatamente para ele, confuso pelo meu ar aflito, e arranco-o dali, aos puxões. Fecho a janela com as mãos a tremer e as lágrimas nos olhos a imaginar coisas que nem tenho coragem de escrever.
Tentei que compreendesse o perigo que tinha corrido (tu ficavas a chorar, mãe?), embora saiba que o erro foi meu que olhei para a janela e não a vi aberta. Logo eu que sou super cuidadosa com isso. Logo ontem que ele se lembrou de se empoleirar para ver melhor a piscina de borracha que os vizinhos montaram lá em baixo. E é assim que as tragédias acontecem: um filho destemido, um dia normal, uma excepção, uma distracção.
Lesson taken: JAMAIS DEIXAR AS JANELAS ABERTAS O SUFICIENTE PARA ELE SE EMPOLEIRAR. Os perigos estão literalmente à espreita.
Andávamos no quarto à procura das aguarelas. Não as encontrava e aproveitei e arrumei umas caixas dele (limpar as tralhas que não correspondem àquela caixa - lá em casa é assim: cada caixa sua brincadeira). Ouço-o dizer: olha mãe lá em baixo há uma piscina! Olho para trás e vejo, aterrorizada, a janela aberta e escancarada (tinha sido o pai para arejar) e ele semi pendurado na janela a espreitar lá para baixo (moramos num 4º andar alto). Lanço-me imediatamente para ele, confuso pelo meu ar aflito, e arranco-o dali, aos puxões. Fecho a janela com as mãos a tremer e as lágrimas nos olhos a imaginar coisas que nem tenho coragem de escrever.
Tentei que compreendesse o perigo que tinha corrido (tu ficavas a chorar, mãe?), embora saiba que o erro foi meu que olhei para a janela e não a vi aberta. Logo eu que sou super cuidadosa com isso. Logo ontem que ele se lembrou de se empoleirar para ver melhor a piscina de borracha que os vizinhos montaram lá em baixo. E é assim que as tragédias acontecem: um filho destemido, um dia normal, uma excepção, uma distracção.
Lesson taken: JAMAIS DEIXAR AS JANELAS ABERTAS O SUFICIENTE PARA ELE SE EMPOLEIRAR. Os perigos estão literalmente à espreita.
Quando lhe dissemos que íamos lanchar
Ficou contente. E disse: lá na escola também lanchámos... não, primeiro almoçámos, depois fomos à casa de banho, fizemos xixi e lavámos as mãos e a cara, depois não havia papel e limpámos às calças (com gestos), depois fomos dormir, e depois acordámos e lanchámos. (e depois um esgar de desagrado) Lá na escola lanchamos poucas coisas... só duas!
Ah, está bem.
Ah, está bem.
segunda-feira, junho 14, 2010
O nosso vizinho (colega dele da creche) tem um cão
É um cachorro igualzinho ao do anúncio scotex, lindo e fofinho. Desde que nos cruzámos no elevador e o vizinho proclamou com orgulho "eu sou dono" que o Lourenço quer visitá-lo (mesmo sem convite) e, adivinhe-se, quer um cão. Para quê? Porque também quer ser dono.
Isso é que era poder mandar em alguém...
Isso é que era poder mandar em alguém...
Está gradualmente a desaparecer
o terrível mau hábito de levantar a mão quando é contrariado. Agora optou por rebater à nausea todo e qualquer argumento: insiste, confronta, resiste. Em suma, é um chato.
Às vezes dizemos-lhe mesmo: ai Lourenço és tão chato!!!
E ele responde (sempre, para não variar, quer ser sempre o dono da última palavra): Ó mãe, não se diz isso aos amigos!
Às vezes dizemos-lhe mesmo: ai Lourenço és tão chato!!!
E ele responde (sempre, para não variar, quer ser sempre o dono da última palavra): Ó mãe, não se diz isso aos amigos!
sexta-feira, junho 11, 2010
quinta-feira, junho 10, 2010
Fomos comprar um livro
Sobre o CORPO HUMANO. Achámos um giríssimo, mas muito manuseado... Ficámos de procurar noutro lado. Prometi que muito em breve. Já no carro:
-Mãe, onde ficou o livro do corpo do mano?
-COR-PO HU-MA-NO
-Sim, corpo do mano!
lol!
-Mãe, onde ficou o livro do corpo do mano?
-COR-PO HU-MA-NO
-Sim, corpo do mano!
lol!
segunda-feira, junho 07, 2010
Ora bem
Os morangos vêm do morangueiro, as maçãs também são um vegetal e vem da maçãzeira ...
- E os queques mãe, vêm de onde?
- E os queques mãe, vêm de onde?
Hoje de manhã
- Ó mãe como é que nos descascamos?
-???
- Sim, como é que a pele está colada a nós?
(ó não, here we go again...)
-???
- Sim, como é que a pele está colada a nós?
(ó não, here we go again...)
Gosta de saber tudo
E não se fica com explicações fantasiosas. Ontem caminháva-mos em direcção a casa com o sol (e vento) de fim de tarde a bater na cara. Já tínhamos passado por um prédio cheio de andaimes (são maiores do que nós, mãe). Depois de em casa termos falado que as árvores crescem, sim senhora, mas não até ao céu (e porque é que param de crescer, mãe?) diz-me:
-Devem precisar de um escadote gigantesco os senhores...
-Como?
-Sim, um escadote gigante para poderem pintar o céu de azul. Como é que os selhores fazem, mãe, para conseguir pintar o céu?
- O céu não é pintado, ele é azul (e escapou-me a explicação científica, suponho que tenha a ver com os gases da atmosfera, mas não quis ir por aí).
Lá se ficou, felizmente, porque às vezes deixa-me mesmo sem argumentos, o que, diga-se, não é fácil.
-Devem precisar de um escadote gigantesco os senhores...
-Como?
-Sim, um escadote gigante para poderem pintar o céu de azul. Como é que os selhores fazem, mãe, para conseguir pintar o céu?
- O céu não é pintado, ele é azul (e escapou-me a explicação científica, suponho que tenha a ver com os gases da atmosfera, mas não quis ir por aí).
Lá se ficou, felizmente, porque às vezes deixa-me mesmo sem argumentos, o que, diga-se, não é fácil.
terça-feira, junho 01, 2010
Festa
Vai haver uma festa no final do ano, o costume. Pessoalmente acho que perdem demasiado tempo com aquilo (e outras coisas), mas isso sou só eu a pensar, porque mais ninguém parece concordar comigo. Ontem quando cheguei à escola percebi que tinham estado a ensaiar. Já em casa, a propósito de não sei o quê o Lourenço diz assim:
- Eu sou uma árvore, mas eu queria ser o boi... (???)
De repente põe a mão na boca e diz:
-Ai que nós não podemos dizer aos pais!
(pronto lá se foi o segredo, porque percebi logo que vão fazer uma representação da história do coelhinho branco... e que o meu filho queria ser o boi - não o gato, não o cão, mas o boi ;))
- Eu sou uma árvore, mas eu queria ser o boi... (???)
De repente põe a mão na boca e diz:
-Ai que nós não podemos dizer aos pais!
(pronto lá se foi o segredo, porque percebi logo que vão fazer uma representação da história do coelhinho branco... e que o meu filho queria ser o boi - não o gato, não o cão, mas o boi ;))
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