sexta-feira, novembro 28, 2008
Já conversava muito
Mas cada vez a coisa está mais elaborada.
* qualquercoisaqualquercoisa, pixebes? (influência da mãe)
* apontando para um cotão no chão: óia ali mamã, que pucaria, foooooogo/booooolas/pôoooooxa! (influência da Inês, sobretudo)
* chegou a casa e viu a sala mudada: o que acontexeu à xala, tá ao contário, foooooogo!
*cruza os braços atabalhoadamente e vira-se para o outro lado: tou zangado contico! Não tou a rir, ouviste? (esta deve ser influência da creche).
*seguro a chucha com a boca enquanto abro a toalha com as mãos, para o tirar do banho. Tira-me a chuhca com força e exclama: axim não pexebo nada! (é o que lhe faço quando tenta conversar com a dita na boca!)
*pomos-lhe o soro no nariz a contragosto (o naíz do Louenxo tá muito sujo? Tá?). A seguir exige fazer o mesmo ao Cacá. Segura-o e diz: Vá tem de ser, um dois três. Ponto agóia tá muito limpinho! (tal e qual o que fazemos).
*A corrigir: ouvistis, dissestes, fizestis, voltastis (influência da educadora cujo português podia ser mais aprimorado, mas enfim.)
* qualquercoisaqualquercoisa, pixebes? (influência da mãe)
* apontando para um cotão no chão: óia ali mamã, que pucaria, foooooogo/booooolas/pôoooooxa! (influência da Inês, sobretudo)
* chegou a casa e viu a sala mudada: o que acontexeu à xala, tá ao contário, foooooogo!
*cruza os braços atabalhoadamente e vira-se para o outro lado: tou zangado contico! Não tou a rir, ouviste? (esta deve ser influência da creche).
*seguro a chucha com a boca enquanto abro a toalha com as mãos, para o tirar do banho. Tira-me a chuhca com força e exclama: axim não pexebo nada! (é o que lhe faço quando tenta conversar com a dita na boca!)
*pomos-lhe o soro no nariz a contragosto (o naíz do Louenxo tá muito sujo? Tá?). A seguir exige fazer o mesmo ao Cacá. Segura-o e diz: Vá tem de ser, um dois três. Ponto agóia tá muito limpinho! (tal e qual o que fazemos).
*A corrigir: ouvistis, dissestes, fizestis, voltastis (influência da educadora cujo português podia ser mais aprimorado, mas enfim.)
terça-feira, novembro 25, 2008
De madrugada
Um sorriso enorme: Mamã, voltastis! Onde foste? Porquê? Onde estavas? Porquê? Mamã!!!
(* e de rajada contou-me que a casa estava limpa, que tinha ido lavar o carro, que já não tinha dói-dói no joelho - e isso aconteceu no verão - and so on and so on...)
Não há nada, mas nada, como o regresso a casa quando lá nos esperam os nossos amores.
(* e de rajada contou-me que a casa estava limpa, que tinha ido lavar o carro, que já não tinha dói-dói no joelho - e isso aconteceu no verão - and so on and so on...)
Não há nada, mas nada, como o regresso a casa quando lá nos esperam os nossos amores.
sábado, novembro 22, 2008
Menti
A conferência até foi interessante. Os convívios melhores ainda, muito chope, samba e colesterol (credo). Hoje já iniciámos o circuito do ouro, por ouro preto, precisamente. Lindo de morrer... só dispensava a chuva mesmo. Aqui, hoje pelo menos, parece Sintra. Com isso ninguém contava (com a chuva e o frio)... Valha a boa disposição!
(*O skype salva vidas e ajuda a matar saudades)
quinta-feira, novembro 20, 2008
O Lourenço
Está convencido que não saí do avião. Parti e lá fiquei, trabalhando. Ontem pelo skype so dizia: mamã!! Com muito espanto e entusiasmo. As sauades são imensas, claro.
A conferência é uma seca, localizada num hotel num arrebalde de Belo Horizonte, donde praticamente não saímos. Chove e quase que faz frio. Atravessa uma pessoa o Atlântico para isto. Vá lá que o jantar ontem, uma overdose de colestrol, custou 5 euros.
A conferência é uma seca, localizada num hotel num arrebalde de Belo Horizonte, donde praticamente não saímos. Chove e quase que faz frio. Atravessa uma pessoa o Atlântico para isto. Vá lá que o jantar ontem, uma overdose de colestrol, custou 5 euros.
segunda-feira, novembro 17, 2008
Estou de partida
Uma semana fora num congresso. Deixo-os cá e lá vou de coração apertado, sem perceber bem se se a aflição se deve ao facto de viajar sem no fundo querer (tem sempre os seus riscos) se se deve a uma tal de voz interior que me diz que não devia ir mesmo.
Mas vou, claro, uma semana.
O Lourenço* percebeu vagamente que vou andar de avião e que vou trabalhar, espero que não se zangue comigo: levo a webcam para que me veja lá longe do outro lado do ecrã.
Se puder postarei as saudades (vantagens de ter internet em todo o lado). E sim, é possível sentir saudades por antecipação.
*tentei filmar o Lourenço a cantar uma tal canção da chuva pic e pic... que molha tudo e tudo molha... e no fim alguém faz atxim. Uma delícia. Já sabe tantas canções o meu boneco!
Mas vou, claro, uma semana.
O Lourenço* percebeu vagamente que vou andar de avião e que vou trabalhar, espero que não se zangue comigo: levo a webcam para que me veja lá longe do outro lado do ecrã.
Se puder postarei as saudades (vantagens de ter internet em todo o lado). E sim, é possível sentir saudades por antecipação.
*tentei filmar o Lourenço a cantar uma tal canção da chuva pic e pic... que molha tudo e tudo molha... e no fim alguém faz atxim. Uma delícia. Já sabe tantas canções o meu boneco!
Digo-lhe que tem de fazer fuminhos (está com tosse e meio constipado)
Não esconde o entusiasmo e diz: Louenxo tá doente, xim?
Para adormecer (anda chato...)
Sussurrava-lhe uma canção e lembrei-me de lhe dar palmadinhas nas costas como quando era bebé. Nem três segundos e vira-se para mim: ó mamã, páia com isso! páia!
Pronto, já cá não está quem falou.
Pronto, já cá não está quem falou.
quinta-feira, novembro 13, 2008
Na caixa do correio
Às vezes, muito raramente, há outras coisas além de contas e publicidade. Um postal da Filipa, pois claro, esperava por nós ontem. Lacrimejei, para não variar, mas isso sou eu que sou uma piegas. Imaginei-a lá naquele Outono multicolor que cá não temos e, estando ela na América, tudo me pareceu um filme (bom).
Temos saudades.
Temos saudades.
quarta-feira, novembro 12, 2008
Cá em casa
A Inês é massacrada com a escola. Não que ache que o massacre seja uma técnica educativa muito boa, mas porque com ela só resulta assim. Já lhe disse que há pessoas (alunos) de todos os tipos: uns precisam de estudar e trabalhar mais que outros para ter os mesmos resultados. E que o truque para nos safarmos bem no percurso é perceber que tipo de aluno somos para não termos dissabores. Ontem trouxe uma negativa a inglês para casa... lá levou mais um sermão de tens-de- trabalhar-mais-e-estar-mais-atenta (acho que ela não é como eu e as minhas irmãs que sempre fomos naturals a línguas, vai ter mesmo de se esforçar). Hoje, ligou-me agora mesmo, recebeu um muito bom a matemática.
Espero que perceba, finalmente, que apesar do estudo ser chato (que é), compensam as alegrias de sentir que é capaz.
Espero que perceba, finalmente, que apesar do estudo ser chato (que é), compensam as alegrias de sentir que é capaz.
Babycenter.com rules!
Os tipos são mesmo espertos e adivinham o que se passa cá em casa ou, hipótese francamente mais realista, os miúdos são todos iguais. Ontem na caixa de e-mail:
"The Power of "No"
When would a child say "no" to ice cream? When she's a 2-year-old in defiant mode who's enamored with the word "no." Hearing the word a lot from your preschooler doesn't mean she has a negative personality. Rather, she's finding out that she has her own personality, and "no" is a good way to let Mom or Dad know she disagrees. Some twos get so entrenched in the word that it's their favorite response, no matter what the question."
"The Power of "No"
When would a child say "no" to ice cream? When she's a 2-year-old in defiant mode who's enamored with the word "no." Hearing the word a lot from your preschooler doesn't mean she has a negative personality. Rather, she's finding out that she has her own personality, and "no" is a good way to let Mom or Dad know she disagrees. Some twos get so entrenched in the word that it's their favorite response, no matter what the question."
A brincar
Com os bonecos (tenho de lhe arranjar um boneco humano, os dele são só animais). Dizia: oláaaaaa meu amóooooi! Tou aqui!
segunda-feira, novembro 10, 2008
Já aconteceu
Um de nós ralhar com ele. Põe-se a chorar. Depois o outro vai lá e pergunta o que aconteceu e ele responde: foi a lua, batê-me.
(Aldrabãozinho)
(Aldrabãozinho)
Basta dar algum sinal que me magoei
(A sério ou a brincar) que diz prontamente: já passou tábem? tou aqui, não chóia... Às vezes acrescenta: podes choái à vontade...
Ontem fomos cortar o cabelo
No fim ele estava tão cool, tão cool, que parecia uma mini-personagem dos Morangos com Açúcar (versão creche).
sábado, novembro 08, 2008
Ontem
Coisas que fazem os pais felizes:
Chegou à cozinha e perguntou: e a minha sopinha? (comeu-a sem um ai)
Depois comeu um prato de risotto (e pediu muito queijinho), pediu mais outro e ainda se lançou ao terceiro, que não acabou. Só dizia: hmm hmmm, tá muito bom!
No fim ainda limpou uma banana enorme.
A falta de apetite, no caso do Lourenço, só é sintoma de mau feitio.
Chegou à cozinha e perguntou: e a minha sopinha? (comeu-a sem um ai)
Depois comeu um prato de risotto (e pediu muito queijinho), pediu mais outro e ainda se lançou ao terceiro, que não acabou. Só dizia: hmm hmmm, tá muito bom!
No fim ainda limpou uma banana enorme.
A falta de apetite, no caso do Lourenço, só é sintoma de mau feitio.
Já não o engano assim
Brincadeira de fingir que lhe arranco o nariz. Exibo, pateta, o meu polegar como se fosse o seu narizinho (pequenino). Responde prontamente: não é não, o meu nariz tá p(r)eso, óia!
Foi a casa da avó
E quando eu cheguei disse-me: a avó Odete cotou o cabelo! Tá assim colado (curto, presumo)!
quinta-feira, novembro 06, 2008
Tiro-lhe o pijama
E enquanto não visto a camisola, encosta a mão ao peito e pergunta: a minha bafiga está fria, tá fesquinha?
* No outro dia indagava para onde ia a carninha, o arroz, o peixinho, a sopa e a banana... vai para a barriga do Lourenço, respondo. Quéio vei, acrescenta, enquanto levanta a camisola... Fartei-me de rir.
* No outro dia indagava para onde ia a carninha, o arroz, o peixinho, a sopa e a banana... vai para a barriga do Lourenço, respondo. Quéio vei, acrescenta, enquanto levanta a camisola... Fartei-me de rir.
quarta-feira, novembro 05, 2008
Há muito tempo
Vai fazer dia 9 dezanove anos a minha mãe chamou-me e disse: vê com atenção e não te esqueças nunca, que hoje é um dia histórico. E eu não esqueci. Caía o muro em Berlim e desde então, eu que sempre adorei história, tornei este acontecimento no meu favorito da história contemporânea. Pesquisei, vi documentários, emocionei-me mais tarde sempre que via o momento em que as pessoas passavam as cancelas para o outro lado.
Hoje pude sentir as emoções no presente (embora a Fili me bata aos pontos em termos de proximidade). Não deixei de dizer o mesmo à Inês, o Lourenço é pequeno para isso, e expliquei-lhe o quão de histórico tem este dia e como a esperança é um bem inestimável. Fico feliz por ser para ela alienígena imaginar um mundo em que as mulheres não votavam e os negros não podiam partilhar lugares com os brancos.
Oxalá não se esqueça deste dia (nem do que significa) e que possa um dia contar ao primo "sobre o dia em que elegeram um negro para presidente dos Estados Unidos".
Hoje pude sentir as emoções no presente (embora a Fili me bata aos pontos em termos de proximidade). Não deixei de dizer o mesmo à Inês, o Lourenço é pequeno para isso, e expliquei-lhe o quão de histórico tem este dia e como a esperança é um bem inestimável. Fico feliz por ser para ela alienígena imaginar um mundo em que as mulheres não votavam e os negros não podiam partilhar lugares com os brancos.
Oxalá não se esqueça deste dia (nem do que significa) e que possa um dia contar ao primo "sobre o dia em que elegeram um negro para presidente dos Estados Unidos".
Ontem
Um fim de tarde sem birras valeu-lhe uma mini estação de serviço (a de madeira). Gostou tanto, mas tanto, que brincou, brincou, brincou (que significa pôs gasolina e lavou os dois carros incluídos dúzias de vezes) até já não poder mais. Hoje de manhã, depois de perguntar pelo papá e pela Inês, perguntou imediatamente pela figona gandi, e até já nem queria ir para a cozinha comer.
Há presentes certeiros e este foi, certamente um deles.
* Detesto gastar dinheiro em brinquedos inúteis e tenho aversão aos (inevitáveis, ainda assim) amontoados de cacarecos (plásticos). Penso sempre imenso antes de gastar dinheiro num brinquedo (pensando bem, faço o mesmo com os sapatos, manias enfim.)
Há presentes certeiros e este foi, certamente um deles.
* Detesto gastar dinheiro em brinquedos inúteis e tenho aversão aos (inevitáveis, ainda assim) amontoados de cacarecos (plásticos). Penso sempre imenso antes de gastar dinheiro num brinquedo (pensando bem, faço o mesmo com os sapatos, manias enfim.)
segunda-feira, novembro 03, 2008
Ora bolas
Devia ter tirado uma foto
À mesa do restaurante. Ao jantar de nós os três (mais um amigo a quem fizemos baby sitting) juntaram-se mais três, e depois outros três. Portaram-se todos (os míudos) muito bem, mas credo, é tanta a porcaria que fica no fim, que não posso deixar de pensar que nós somos aquele tipo de clientes (que ainda por cima pronunciam a palavre cocó alto e sem pudor) de que os outros (clientes) fogem e desprezam.
Já o terceiro ou quarto dia
Que acorda a cantar. Ouço-o ao longe a entoar o pacacaio loio, ou o era uma vez um rei. A boa disposição ao acordar, no entanto, não se mantém ao longo do dia. Ontem, por exemplo, esteve chato mas chato. Livra! Choramingas, teimoso, com muitos nãos e arremessos sempre prontos a sair. Eu sei que vem nos livros e faz parte já o pai pergunta-se se são todos assim.
São, sim, às vezes até piores.
São, sim, às vezes até piores.
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