quarta-feira, setembro 28, 2011

Escola nova + novidade =

- "Mãe é verdade que os pais gostam de pôr a pilinha no pipi das mamãs?"

(ou o que sobra de uma conversa sobre como surgem os bebés... e ele não se fica com qualquer explicação)

Ao abandono


É como se encontra este espaço. Razões? Muitas... o trabalho, o quotidiano absorvente. Mas a vida continua e por aqui de que maneira. Do lado de cá do ecrã são tantas as novidades que nem sei por onde começar. Talvez por partes... a sequência é lógica e não propriamente cronológica.

1. Ao fim de um interminável mês de agosto, com as férias pelo meio, chegou setembro e com ele tantos desafios. O primeiro a escola nova que, concluo hoje, meteu mais medo aos pais que ao Lourenço. Na verdade, um dia fui lá para falar com a educadora uma vez que estaria no estrangeiro na primeira semana de aulas e encontrou alguns amigos no pátio e já nem quis entrar comigo. Lá ficou a brincar e já nem queria vir comigo para casa. Para o conv
encer prometi que no dia seguinte iria e assim foi. Deixei-o ficar no ATL e nem olhou para trás, e fez-me prometer que só o ia buscar de noite. Concluo que estava de facto sedento de brincadeiras. Na semana seguinte não foi (não estávamos cá) e só quando voltei iniciou o ano lectivo a sério. Até hoje nem uma lágrima, só uns abraços repetidos... e a educadora já me disse que é muito comunicativo e participativo (onde é que está o meu menino tímido que não gosta de mudanças?). Noto-o mais calmo, feliz, traz canções e lengalengas, brinca lá fora ao ponto de vir literalmente coberto de pó da cabeça aos pés. E eu aliviada, tão aliviada. A escola não é perfeita (nenhuma é) mas acho que vai ficar bem. Está de tal maneira que insiste em que quer ir para a escola sozinho (fica a 50 m)!

(foto do dia da mãe o ano passado)

2. A forma suave como se deu a transição encorajou-nos a dar-lhe uma novidade que esperava, já há algum tempo, o momento oportuno. Que ia ter uma mana (em princípio) na Primavera. A reacção foi, no mínimo, cómica. Primeiro desconfiou que estivéssemos a brincar. «Vocês estão a brincar...». Depois de perceber que não estávamos, ficou muito encarnado e disse: «mas eu não quero isso! estão a brincar não estão?». Já esperava na verdade, porque ele já tinha dito que queria ser três sempre e nunca quatro. Depois perguntou: «não podem dá-la a outra pessoa? ao Manel por exemplo... ele queria uma mana!». Expliquei que não podíamos, claro. Ficou a absorver a ideia e depois, ao longo do dia, repetiu várias vezes esta ideia de dar a mana a outra pessoa, nomeadamente os bombeiros que são bons e alternou milhares de perguntas (como, quando, porquê...) com estas: «ainda gostas de mim?» e «porque é que quiseste ter mais filhos?». Viu vídeos que mostravam como cresce o bebé na barriga, quis saber que história era essa da sementinha do papá e do ovinho da mamã, enfim Lourenço no seu melhor. No final do dia já dizia que ia gostar dela, que ela podia dormir na cama dele, que ia levantar-se de noite para a pôr a fazer xixi, e ia ensinar-lhe tudo sobre os bombeiros. No seu íntimo continua um bocado chateado, mas penso que é um processo que superará a seu tempo, sem dramas.
Acho que o que o seduziu verdadeiramente foi a ideia de ter, finalmente, alguém em quem mandar :)