quinta-feira, julho 30, 2009

O carro está na revisão

E hoje era dia de consulta de otorrino.
Fomos de táxi (palavra que o Lou tem imensa dificuldade em pronunciar) o que já era uma grande novidade. Lá fomos vistos e em todo o processo percebo que o Lourenço já não é tão tímido.Mete-se com as pessoas e pergunta-lhes coisas. Por exemplo: queria por força que o sinhoi do táxi visse a retro-escavadora, mas o dito não lhe ligou nenhuma.
Moral da história: está liberado para os mergulhos, os tubinhos hão-de sair por si.
O melhor de tudo porém foi a viagem de regresso: um autocarro fresquinho. Que grande novidade. Aborrecido por não chegar com os pés ao chão foi atento todo o caminho a fazer perguntas. Vinte minutos para um percurso de cinco, mas não faz mal. Só para o ver feliz assim até repito!

terça-feira, julho 28, 2009

sem chucha

Demora mais a adormecer e tem feito um bocadinho mais de birras.
Nada de mais.
Prova superada.

domingo, julho 26, 2009

Ainda sobre a Expo

O que ele gostou dos vulcões. Já lá estivemos algumas vezes mas nunca calhou passar por ali. À vinda era vê-los aos três aos pulinhos à espera da onda. Felicidades simples que me lembraram da Inês pequenina (menos de um ano) a molhar os pezinhos no mesmo local durante a exposição de 1998. Na altura as árvores mal tinham galhos, quanto mais ramos. Hoje formam uma alameda frondosa cheia de sombras. Também a Inês cresce a olhos vistos e em vez de molhar os pés roliços prefere trocar sms e telemoveis com amigas acabadas de conhecer durante as férias.
É o tempo a passar, sem dúvida.

Lá está

A adormecer. Pediu a chucha duas vezes antes de dormir (compreensível), longe da sofreguidão com que a procurava cada vez que entrava em casa. Pede muitos beijos e chama várias vezes, mas até ver não parece estar a ser tão difícil quanto temia. E temia, não vou mentir. Mas bem a natureza humana é assim mesmo: adaptarmos-nos às situações para sobreviver.

*Valeu o cansaço de um dia com os amigos Alice e Pedro (com um interregno para almoço e sesta) entre Gulbenkian e Expo. Estava(mos) com saudades deles...

Algum dia teria de ser

E ontem pareceu-nos bem. Combinámos que a chucha não voltaria das férias com a tia, doesse o que doesse. Durante um tempo ainda pensei fazer um compromisso com ele, para que deixasse a dita voluntariamente, mas o grau de vício era tal que dificilmente teríamos sucesso.
E assim foi. Ontem foi o day one de uma nova era. A chucha perdeu-se no momento em que a atirou a contragosto para dentro do carro antes de seguir caminho para a praia. Quando voltou já lá não estava.
Chorou por ela, mas acabou por adormecer. Entre as duas e as três berrou como se não houvesse amanhã. Hoje não falou nela (sem ser para dizer à tia ao telefone que tinha dormido sem ela) e depois disso apenas se lembrou à hora da sesta. Sem birras de maior.
Deve ser duro para ele, mas tem mesmo de ser. E, sem surpresa, ele está a ser muito valente e quescido. Muito mais preparado do que alguma vez achei que estivesse.
Um orgulho, é o que é.

quarta-feira, julho 22, 2009

Na sexta feira passada

Além da praia tiveram direito a piquenique na mata dos medos.
Fui espera-lo à camioneta e dela desaguaram um rebanho de meninos neste estado:

E isto, afiançaram-me, foi já depois de uma esfrega de toalhitas. Pareciam que tinham estado numa mina a trabalhar. O melhor é que acho mesmo que a diversão superou o nível de sujidade...

terça-feira, julho 21, 2009

Filho feliz

Diz-me ele

-Hoje, na camioneta, dei festinhas à Mariana (filha da auxiliar com oito ou nove anos) quando ela estava a dormir.

O tipinho é apaixonado por ela, chegando ao ponto de não permitir que mais nenhum miúdo lhe dê a mão.

segunda-feira, julho 20, 2009

Verbos que ele inventa

Magiar (as in fazer magia, desaparecer)

Foi uma semana com a tia e os primos

E parece que está bem e feliz. Piscina, praia, bicicleta, muita rua, tudo a que tem direito.
Mesmo assim, não se coíbe de dizer ao telefone: mãe anda buscar-me, vá lá...
:)

terça-feira, julho 14, 2009

Acho graça

Que quando tinha interesses femininos, muita gente me dizia: ah isso passa.
Agora que tem uns interesses completamente másculos isso é usado para sublinhar a testosterona que lhe corre nas veias. E que, supostamente, já é para ficar.

Acho importante dizer

Que estou quase a ser banida do banho. Tirando fazer questão de lhe lavar a cabeça e esfregar o corpo como deve de ser, ele exige fazer tudo sozinho.
Resultado, às vezes molha-me toda, ou o chão, mas não faz mal.

*Agora já nem para tirar as t-shirts precisa de mim. Está crescido.

sábado, julho 11, 2009

Agora que vejo o fundo do tacho

Finalmente permito-me pensar nesta longuíssima gravidez. E de como os filhos relativizam a importância de tudo o resto.
Ontem, se tivesse continuado tarde e noite fora (e até tinha energia para isso), tinha acabado. E acabar é o que mais desejo nesta altura. Mas o relógio indicava a hora de o ir buscar e lá fui sentir-lhe os abraços do reencontro e as saudades de um dia separados. Vinha a correr rua abaixo e eu a pensar nisto: estou prestes a completar o desafio sem nunca o ter ido buscar tarde, sem nunca abdicar da sua presença ao final do dia, sem nunca pôr o filho de papel à frente do filho de carne e osso. E acabando (mal ou bem, melhor ou pior) mesmo assim.
Não é acabar que me deixa mais orgulhosa de mim, é ter conseguido (ou feito questão de) que a vida continuasse com as prioridades no seu devido lugar.

Uma semana de colónia

E acho que quem ficou exausta fui eu. Levantar às sete e meia todos os dias, quando não se está habituado, é um sacrifício. Mais os stresses e as birras matinais, só para chatear (não come, nem se quer vestir e diz não a tudo - àquela hora tira-me do sério). Mas enfim: chegar à escola e vir-me contar maravilhado que havia piscinas na praia, muitas, muitas e que brincaram com a água e que sei lá mais o quê, compensa.
Venha a próxima semana.

sexta-feira, julho 10, 2009

Ontem fomos com os primos ao parque

Parecia outro filho. Correu que se fartou, o que tendo em conta que já tinha tido uma manhã de praia é obra. Foi gozão, riu-se à gargalhada, correu atrás deles, fez asneiras, procurou-lhes a mão e o consolo.
Uma alegria.

terça-feira, julho 07, 2009

Magia

- Mãe, a camioneta não anda sozinha sabes?
- Não?
- Não, tem um senhor... e tem mudanças!

...

- Pai, sabes vi uma nuvem a mexer! Só-zi-nha!

...

-Então a praia Lourenço?
-Vi muitos aviãos e um licópito. Disse adeus às pessoas.
-
Muitos aviões?
-Sim, dois.

segunda-feira, julho 06, 2009

Abro a mochila

E não vejo a pá (fui comprar uma pequena ontem de propósito):
A pá Lourenço?
Não sei!
Mas esqueceste-te ou emprestaste?
Tem a Margarida, ou o Duarte ou x ou y ou z.
Mas Lourenço o que é que aconteceu à pá?
Ó mãe, não me perguntes mais isso!!

...
Quando chega o pai, ele pergunta-lhe:
Lourenço, a pá?
Perdi.


Quem sai aos seus... :P

Enternece-me

Saber que, espontaneamente, o cunhado é aos olhos dele o pai Nestor.

Perguntou

No outro dia, se o que o senhor barrigudo tinha na barriga era um bebé. Disse-lhe que não e ri-me, mas continuou intrigado com o facto de se não era um bebé, então afinal o que seria que o senhor tinha lá dentro.

Demasiado cedo para explicações científicas sobre a obesidade e as formas andróginas de engordar?

domingo, julho 05, 2009

Best off



Com uma retro-escavadora, pois claro!

Sem tempo

Nem muita paciência. Pelo meio uns dias de ria, a relaxar com uma certa angústia no peito (isso mesmo, o paradoxo em todo o seu esplendor). Um filho crescido cheio de conversas geniais (sou incapaz de as reproduzir), que desenvolveu ainda mais a paixão por retro-escavadoras (e portões de garagem e mangueiras). Uma festa da escola, passagem de modelos e desistência a meio da performance da ginástica (viu a mãezinha e desatou num pranto!). Uma ida ao zoo, onde vimos os bichos quase todos (muitos deles a dormir). E um domingo sem ele, a trabalhar arduamente.
Grande semana, se formos a ver.
Amanhã (de madrugada quase) começa a colónia da escola.