segunda-feira, março 31, 2008

Às árvores,

Aos cactos e plantas em geral, que para ele picam, ai ai, picam, juntaram-se agora as palmeiras (mameiras, na sua versão). Desde que percebeu que não são ananáses gigantes fica muito feliz sempre que se cruza com uma. Quando são várias é a felicidade total.
Habemus botanicus!

(Plas)titina


Bolos imaginários.

Hoje

Fui acordá-lo, levantou-se de um pulo, sentou-se na cama e perguntou: Inês?
Voltámos ao esquema de sobrinha cá em casa. Escusado será dizer qual o membro da família que ficou mais feliz!

sexta-feira, março 28, 2008

Ontem

Foi dia de brincar com a plasticina que tinha comprado há umas semanas. "Titina!", dizia felicíssimo.
A melhor parte foi quando percebeu que aquilo quase parecia um bolo, com a faquinha de plástico que acompanha o produto, lá espetada no meio. "Patati tá você, deta data queiiiida, tata ...idades, ... pámas, ehhhh!" Em loop.
A parte pior foi quando nos distraímos dois segundos e quando olhámos para ele tinha a boca toda azul. Toca de correr para a casa de banho e lavar a boca e a língua à força. A festa com a "titina" tinha ingloriamente terminado.

Tão querido

Para ele as coisas são imediatamente cor-de-laranjas. E algumas são de facto. Em alternativa experimenta o preto (pêto). Raramente acerta.

Um

dois, tês, tato, tês, xeis, oito, xeis.

Nada mau.

quarta-feira, março 26, 2008

Há pouco

Para me compensar dizia: «(de)péxa, mamã vêi o cão!» para que me apressasse a mudar-lhe a fralda enquanto o cão dos vizinhos uivava no terraço.

Parece

Que também entrámos naquele esquema do «não, esta é que foi MESMO a maior birra de todos os tempos». O dócil bebé é substituido por um pequeno demónio e nada o consegue acalmar. Hoje aconteceu outra vez. Não quis sair da sala na creche, depois não quis sair da escola, depois lá veio ao cólo e chegou a sorrir e perguntar pela lua. Ao chegar a casa o descalabro. Não queria entrar no elevador, não, não, não. Finjo que entro e seguro a porta a ver se se comove. Chora desesperado por mim, mas assim que me vê, vira costas e diz, não. Pego-o ao cólo e preparo-me para a birra em casa. Mais de vinte minutos no hall a chorar horrores. Se saia da vista dele, gritava por mim, se me chegava perto empurrava-me. Queria a chucha, mas assim que lha dava, atirava-a pelo ar. Decido pô-lo na cama, antes que se magoe de tanto rebolar no chão frio. Gritou mais uns vinte minutos, suado e ranhoso, no esquema chucha, não, chucha, não, até que se cansou e chuchou mesmo. Tive de me manter longe mas perto mais cinco minutos e pronto, lá se riu. Ufa, que cansaço.
Incrivelmente, durante os quase 45 minutos que isto durou, mantive-me calma, estupidamente calma. Logo hoje que tinha planeado um final de tarde com tempo para brincadeiras...
A vida das mães tem momentos muito frustrantes, é bom não nos esquecermos disso.

segunda-feira, março 24, 2008

Tenho de lhe arranjar isto

Um candeeiro, desenhado pelo Buzz Aldrin para a Habitat. Quem o conhece sabe o fascínio que tem pela Lua. Fascínio que partilha, aliás, com o seu amigo Pedro.

É oficial

As birras deixaram de ser mini. Hoje, cansado provavelmente, deu-lhe uma como nunca me lembro. Começou na conversa do não, não, não, o habitual. Depois foi em crescendo. Às tantas chorava horrores, pedia a chucha, mas assim que lha dávamos deitava-a para o chão e chorava ainda mais a pedir a chucha. Vá lá entendê-los. Foi dormir mais cedo a ver se lhe passava a telha. Quando adormeceu ainda soluçava.

Da páscoa

Fez de tudo um pouco (brincar*, cair, magoar-se**, falar, cantar***, dormir, saltar uma sesta****, dar miminhos*****, bater******, etc...).


*Sózinho já consegue andar com o carrinho para a frente e adora empilhar legos. Se calha ter companhia fica meio maluco e muito feliz a imitar tudo o que os outros fazem.
** Caiu de costas de um escorrega. Cá de cima quando tentava sentar-se. Miraculosamente assustou-se mais do que se magoou.
***Fala e canta que se farta. Não percebo para aí 35% do que ele diz, o que lhe desagrada profundamente. É afinado nas melodias e já acerta em trechos de letras (óia a boua, manhéi...).
**** Foi na sexta. Aguentou-se bem, divertido a aproveitar um dia maravilhoso. Depois caiu-lhe a ficha e chorou até adormecer exausto e feliz na cama da Madalena.
***** Dá miminhos a todos e a rodos. Ontem deu «patinhas» (festinhas) em todos os bonsais da Tia Sofia (Fufia). Ele sabe distinguir os bonsais das plantas normais. Acho isso delicioso.
****** Tem a mão leve demais para o meu gosto. Está sempre a jeito quando algo lhe desagrada. Ralhamos ou fingimo-nos tristes com a sua atitude e depressa nos chama para nos abraçar ou dar beijos.

quarta-feira, março 19, 2008

Agora as frases

Já não são a exepção, mas a regra.

O rapaz canta (ii)

O «atirei o pau ao gato» mas não aprecia a primeira estrofe (tão violenta enfim). Obriga-me sempre a passar de seguida à segunda, com a historia da pulga e do pé. Um delírio.

segunda-feira, março 17, 2008

Mais uma

Mulher no mundo. Num dia já de si feliz, pois faz anos a S., nasce uma Matilde. Um quarto filho muito desejado de uma mãe que aos 44 não se conformava com a ideia de que não ia ter mais nenhum bebé.

domingo, março 16, 2008

Agora que está

Cada vez mais querido e fala tanto deixou de comer. Aproxima-se o babete e já está a repetir «Não!» até à nausea (alterna com o «mau mau»). Só não diz que não à fruta. Espero que as reservas dos tempos de enfardanço ainda cheguem para mais uns dias de pura birra*.
Haja paciência!

Uma senhora cumprimentou-o

No elevador e não parou de repetir: «Munhoite!»

sábado, março 15, 2008

Acho que nunca falei

Na luz magnífica que atravessa esta casa no final da tarde.

Ontem foi dia do Pai na escola

Houve lanche e convívio entre pais e filhos. Os pequenos puderam gozar-se do excelente pátio que têm e vieram de lá os dois muito felizes. Dizem que foi o Lourenço que fez o carrinho em gesso que está agarrado ao porta-chaves (estereótipos do costume, enfim), mas eu não acredito.

O Lourenço, alheio à efeméride, deu largas à ultima mania (a «abáfi» (árvore) que pica, ai, ai, pica).

Nasceu

O Manuel, nascimento que pude seguir in loco e com relatos saidos do telemóvel para uma sala de espera ansiosa cheia de avós (mais esta amiga cuja inquietude a obrigou a estar por perto).
É tamanha a alegria que me escapam as palavras.

sexta-feira, março 14, 2008

Da sala do ctg

Anunciam-me ao telefone dores «tipo cólicas» e confirma-se a perda de líquido. Não passará de hoje (amanhã) suspeito. Vêm aí o Manuel.
Maldita a constipação que poderá impedir de estar mais perto...

Ora bem

Cada vez que vê um elevador quer carregar nos botões. Exprime-o com firmeza empregando a seguinte expressão em voz bastante alta: «cagáiiii; cagáiiiii!».

O rapaz canta

O balão do João, bala, bla, bla e a parte mais gira:
"e o vento a supáiiiii; leva o balão pelo áiiiiii; fica então, o joão, a choramingáaiiiiii!"

quinta-feira, março 13, 2008

Hoje

Ca-mi-so-la: amisoca (a Inês dizia pitisola*).

* Ainda a propósito dos bebés quase a nascer na Mac: quando o irmão nasceu ela dizia que a mãe estava na «mirtinidade alfeiro da costa». Tinha quatro anos.

Falo-lhe na Guida

E ele fala na «Uice» que lhe apertou o nariz e no Pêuo que, a acreditar na sua versão, também lhe apertou o nariz (???). Disse-lhe que a Tati também lá estava naquele dia e ele lembra-se de a ver entrar no «popó» dos «bêbês».

Falo-lhe na Sofia

E ele fala no «Uís», na qualquercoisamila, e, pasme-se, na planta que pica (ai ai e abana o braço). Lembro-lhe que lá se vêem os aviões e ele lembra-se que eles vão para o (aero)pôto.

Baralha-se um bocado

Com o esse, essa, aquele, aquela, isto, meu e teu.

Sabe o nome das cores

Mas não as identifica...

quarta-feira, março 12, 2008

Ontem disse-me

«óbiada mamã», no supermercado.

terça-feira, março 11, 2008

Por estes dias

Sofro de inquietude. Não da má, ansiedade com o futuro próximo ou por causa de demasiada quietude. Aí sei o que fazer, sair, ver pessoas, conviver devolve-me o equilíbrio. A minha inquietude de hoje tem a ver com um parto que se aproxima. Um bebé especial, nascido da barriga da amiga mais antiga. Temos partilhado mais tempo do que o costume estes últimos dias de preparativos e, apesar de já não termos 15 anos e termos vidas a sério, é poderoso o sentimento que nos une a alguém como se fossemos irmãs. Foi uma amizade improvável, se calhar. Não fosse o Ginásio Clube Português, perto da minha casa, nunca teríamos passado tardes a conversar em cima da cama, discordando em tanta coisa, mas empatizando na atitude, na lealdade, no fundamental. Manteve-se assim ao longo de anos de conversas intermináveis às quais nunca falta assunto, do banal ao essencial. E por maior que fosse a distância conjuntural (fases da vida e algumas chatices também, por causas tão importantes como a roupa, por exemplo) sempre a quis perto nos momentos importantes. Se havia alguém que fazia sentido estar perto era ela. E esteve sempre, assim como eu sempre estive lá, nos bons e maus momentos (saindo a correr para estar perto, mesmo que as palavras faltassem). Não é, por isso, nada estranho que ela tenha sido a primeira pessoa, para além do pai e da avó, a conhecer o Lourenço.
É com uma emoção indescritível (inquietude, lá está) que acompanho as últimas horas (e as novidades e os preparativos) antes da chegada do Manuel, que nascerá amanhã sem falta. O meu novo «sobrinho» não podia ter melhor mãe.

Adenda: já não há certezas que nasça amanhã, virá quando tiver de ser...

segunda-feira, março 10, 2008

Falta só um mês

Para completar 2 anos de vida. Tantos, tantos de mimos e coisas boas.
Sempre foi querido, mas isto de falar tem mesmo muita graça. Só este fim de semana:
Consegui que eliminasse a horrenda «caca» do vocabulário e a substituísse pela, muito mais silábica, «pucaíiiia».
Surpreendeu-me falando nos botões enquanto lhe desapertava o casaco, por exemplo.
Já não diz «baxi» mas «ba-ou-a» que é vassoura para quem ainda não diz bem os ésses e os érres.
Veio para casa a falar na «íiice» (sábado) e ontem no «páuo» e na «ana» (fomo-nos despedir duma barriga muito muito amiga).

sexta-feira, março 07, 2008

"Estiveste em casa da avó..."

«Kica!» (que é mais ou menos Kali ao contrário).

Private joke

Para a Guida entender: o Lourenço chama à almofada o que a Alice chamava à bolacha.

Ele

É dos que arranca as crostas (iec) e dos que lambe a manteiga no pão.

Dos filhos e dos planos

Ontem combinámos que acordaríamos mais cedo para trabalhar muito, precisamos desesperadamente de avançar nos respectivos trabalhos. Hoje tudo a postos e filho na rua a caminho da creche. Depois, um curto circuito na creche trá-lo de volta. Apetecia-me tanto gozar este tempo só com ele, ainda por cima tão bem disposto. Não dá, resigno-me e empandeiro-o para a avó onde, espero eu, tudo vá correr bem.

quinta-feira, março 06, 2008

93

É a quantidade imensa de anos de vida que a bivó Zé completa hoje. Por não haver palavras para dar conta de tamanha benção fico-me por um singelo: Parabéns Avó (mãe de uma, avó de seis, bisavó de sete por enquanto)!

quarta-feira, março 05, 2008

Ainda sobre

O trabalho da Fotossintese. Por razões de força maior (a hora tardia neste caso) a conclusão foi, digamos, escrita por mim. Dizia ela: «como é que consegues fazer tão rápido?», «muitos anos disto» respondi enquanto pensava nos parágrafos arrancados a ferros no suceder de dias que parecem não ter fim à vista.

terça-feira, março 04, 2008

A minha sobrinha

Merece um louvor: teve Bom (alto) a matemática. Para quem se iniciou nestas lides com um rotundo dois no 1º período não é mesmo nada mau. Por causa dela, hoje passei a tarde a aprender o que é a fotossíntese, para um trabalho de grupo cuja primeira versão mereceu nada mais que um esgar de nojo da professora. Tive(mos) de intervir, eu ajudei nas frases completas, pontos finais e paráfrases, ela ensinou-me funcionalidades fantásticas do Word 2007. Um verdadeiro trabalho de equipa.
No entretanto o priminho pequeno matou as saudades da Inêsss, que às vezes ainda é «pa», e pode reeditar os banhos a dois. O primo médio, também presente, teve oportunidade de contar que não era uma coisa e tinha outra: não era alérgico a nada (fabuloso) e tinha um chapéu novo do sporting.

O meu filho

Também já sabe o meu nome: «iiiia». Já o pai é o «tonto». Compreende-se. O nome dele é bem mais difícil que o meu.

O meu filho

Já sabe contar até três (embora omita o dois, pormenor de somenos importância) e entrou no fascinante mundo dos plurais. Para reforçar a aprendizagen carrega nos ésses finais: «tálçassssssss» (calças); «botasssssss»; «patasssss» (plantas).

segunda-feira, março 03, 2008

Esteve

No parque e na praia. Molhou os pés, mas prefere a água da piscina, tão quentinha, onde já dá mergulhos que nem gente grande.

O meu filho

É muito meiguinho. Este fim de semana partilhou mimos com os amigos (até já nomeia alguns) e os filhos destes a rodos. Abraçaram-se e beijaram-se profusamente. Gosto muito de os ver assim, (tão) crescidos e amigos.

Já sabe

Cantar os dois primeiros versos dos parabéns (o restante inventa), principalmente aquela parte do «blablabla, nesta data queiiiida». Depois ri-se envergonhado.

Vomitou de novo

De domingo para segunda. Não muito, mas ainda assim vomitou e deixou-nos acordados das três e tal até para lá das cinco. Ficou em casa por precaução e dormiu uma sesta de quatro horas inteirinhas interrompidas por uma campainha. Bolas*, quatro horas é uma grande sesta.

*Não sei como (mas sei) aprendeu demasiado bem a dizer bolas e pôça quando alguma coisa cai ou lhe corre mal. Shame on us. Devia ter lido com mais atenção aquela newsleter do babycenter.com onde alertavam para termos tento na língua.

Para o Lou

A palavra «TU» quer dizer fazer sozinho. Talvez por lhe dizermos «faz tu, faz tu». Não sei. Mas tem graça quando agarra a escova de dentes e diz com ar assertivo «Tu!» e a enfia na boca chupando a pasta com sabor a pastilha elástica.