terça-feira, agosto 29, 2006

O meu filho é tronchudo


Fomos à pediatra que pesou, mediu e fez tudo aquilo que os médicos fazem aos pacientes deitados na marquesa. Nos entretantos, o bebé gargalhou para a médica, animado com o gesticular dela.
Pesa bastante, tende a ser rodinhas baixas, e tem uma cabecita a dar para o grande (acima da curva 95 dos percentis). Nada que o peso sentido nos braços não denunciasse. Quanto à dimensão da cabeça, não me apoquenta, ainda hoje é raro encontrar um chapéu que me sirva. A genética faz das suas, afinal. Que sirva para guardar ideias. Muitas.
Vamos comer sopas, já amanhã. E com tudo isto, sinto que a amamentação está a chegar ao fim. Já foi bom. Muito bom.
As babas são muitas. Perguntou se algum de nós teve dentes cedo. Infelizmente não faço ideia. Por isso, é possível que os dentes já venham a caminho.
De resto é um bebé normal. Faz tudo o que é normal na sua idade. Esperto, activo, atento e cada dia mais curioso. Amplia as fronteiras do seu mundo todos os dias.

segunda-feira, agosto 28, 2006

Um grande, grande obrigado




À Família Silva e à Família Cavaco, que ontem deram início à biblioteca privada do Lourenço.

We got ourselves a new friend

sexta-feira, agosto 25, 2006

Fui ao Ikea



E não resisti. Trouxe uma avestruz, um elefante envergonhado, uma tartaruga musical, e um camelo às bolas (em memória do saudoso areias, heroi durante uma curta fase da minha infância).

A última moda

É adormecer aqui e acordar acolá, com os pés para a cabeça, ou cá mais abaixo enroladinho no canto da grande cama que o bebé tem.



Esta noite o burro zurrou, o passarinho cantou (os bonecos pendurados na cama accionados com os pés), e o bebé nem deu por nada...

Ontem


Fui ver o pequeno Raúl. Nasceu na véspera de cesareana, como o Lourenço. Peguei-lhe ao colo e repeti o que muitas mães disseram ao pegar no Lourenço, ainda na maternidade: «Eu nunca tive um filho deste tamanho!»

(o Lourenço com dois dias, prestes a ir para casa)

E, no entanto, tive.

terça-feira, agosto 22, 2006

Ultimamente

Vejo que se entretem muitas vezes sozinho. Na cama, rodeado de brinquedos, fala com ele e com o seu mundinho. Dá aos pés e expolora as mãos. Fica muito feliz quando vê uma cara, prefere claramente a companhia. Mas já não se importa de ficar um pouco só com ele. Um pouco, só. Que se for muito tempo também fico com saudades.

Vacinas (take 3)

O tipinho nem miou. Sorriu para a enfermeira, para nós, e foi como se nada fosse. Eu, que tenho horror a agulhas, acho que isto não é normal.

segunda-feira, agosto 21, 2006

O bebé recuperou a voz...

... mal chegou a casa. Já os meus contactos, enfim, ficaram perdidos para sempre. E eu nem sequer fiquei muito chateada. A combinação bebé+hospital faz-nos concentrar nas coisas verdadeiramente importantes da vida.

A 1ª doença

Uma laringite viral levou-nos a voz do bebé. E levou-nos às urgências onde passámos sete horas a fazer nada de especial. E levou-nos o telemóvel através de um larápio infiltrado dentro do serviço. Há dias levados da breca...

quarta-feira, agosto 16, 2006

Comer papa é bom!

E eu gosto...

Rotina

Andamos à procura da rotina certa. Banho antes da papa ou mais ao fim da noite? Acordar para comer à meia noite? Ou esperar que acorde? Amamentando é mais difícil, parece-me, estabelecer horários. Todos os dias muda e é complicado estabelecer as quantidades de leite ingerido. Por estes dias andamos a tentar que o Lourenço deixe de mamar a meio da noite cada vez que desperta de um ciclo de sono. A ver se se vai habituando a dormir mais horas de seguida sem comer pelo meio. Até nem é difícil. Basta algum embalo e volta a adormecer. Nós vamos somando noites dormidas aos bocados. Não é assim tão perturbador, se bem que na altura custa muito acordar aos tropeções para cuidar do bebé. Há-de passar. Todos os dias são aprendizagens. Cada dia sabemos melhor o que fazer para resolver cada situação, conhecer-lhe as nuances, os pequenos sinais. Já não é só gostar (muito) do bebé. É gostar (muito, muito) deste bebé.

segunda-feira, agosto 14, 2006

De um dia para o outro

Roda 360º sobre si próprio. Parece um compasso.
Passa a vida a afinar a voz num ahhhhhh em diferentes tons.
Dá palmadas enérgicas em qualquer superfície. Mãe, pai, cama, cadeira, tudo.

No fim de semana

Íamos ficando fechados no Parque do Monteiro-Mor. O guarda ia a passar à frente do portão fechado. «Ó da casa!» foi o grito que me ocorreu. Lá veio abrir-nos o portão e chegámos seguros a casa. Da próxima (em breve, aquilo é tão bonito), ir mais cedo e pôr um lembrete no telemóvel a lembrar que o parque tem hora para fechar.

Papa (take 2)

Tudo certo. Prato vazio. Bebé satisfeito. Prova superada. Viva, viva!

Papa (take 1)

Tudo a postos.

Mas... hora errada (demasiada fome); consistência errada (demasiado líquida); estratégia errada (dar de mamar um pouco antes para aliviar o desespero). Resultado: berreiro inaudito, papa escorrida por todo o lado e três míseras colheres engolidas.

quinta-feira, agosto 10, 2006

Aos quatro meses


Interage cada vez mais. «Conversa» com os bonecos e com as pessoas.Chucha na chucha, nos dedos, nas orelhas da Miffy, em todos os bonecos, nas minhas mãos, em todas as mãos se deixassem. Enfim, a boca é uma das portas para explorar o mundo.
Faz um beicinho lindo quando fica sentido ou se assusta. Gosta cada vez mais de estar virado de barriga para baixo. Ainda agora estava para ali a tentar chegar a uma almofada colorida, batendo desesperadamente com o bracinho na cama e dando aos pés. Ri à gargalhgada com mais frequência, mas sempre a propósito de nada (como tossir e bater com a roda do carrinho no passeio simultaneamente: desmanchou-se!). Gosta de machonice. E de música. Desde que mudou para a cama grande dorme melhor. E nós também. Daqui a pouco a primeira papa. As pilhas da máquina já estão a carregar. O mundo está num rebuliço, mas para nós são dias felizes estes...

Quatro meses

Já?

Lenga lenga favorita

Era uma vez um rei
com uma grande barriguinha
comia, comia
e mais fome tinha

(Devidamente acompanhada de melodia e repetida até à nausea a partir do banco da frente do carro quando viajamos sozinhos os dois. Acalma quase todos os desesperos e solidões.)

No Jardim da Estrela


Compõem-se fins de tarde fresquinhos. Em boa companhia.

segunda-feira, agosto 07, 2006

Memorabilia (2)


Quem é que dormiu na cama de grades, no seu quarto, sem sobressaltos a registar senão um burro pendurado nas grades a zurrar (accionado por um pé maroto a meio da noite)?

(em treino de ambientação há três semanas atrás)

O berço estava definitivamente um tamanho abaixo do necessário. Convencemo-nos de que uma das razões para os maus sonos eram os pés e os braços permanentemente a encontrar obstáculos de verga. Já a dormir na cama dele, uma parede a separar-nos, olhei para o berço vazio e senti-nos a crescer: onde está o bebé?

domingo, agosto 06, 2006

Ontem

No Jardim da Estrela vi um bebé com mais cabelo que o meu.

As noites

Têm sido terríveis. Esqueceu-se da fórmula mágica (seis (quase sete) + quatro horas de sono limpinhas) com que nos tinha começado a brindar há um mês. Agora, quase com quatro meses, voltou a querer comer de quatro em quatro horas ou mesmo (terror dos terrores) de três em três. Acordo com aquela sensação de ter sido atropelada por um carro do lixo. Valha-nos a facilidade em adormecer. Come, vai para a cama e dorme. Isso e ter um acordar (ao contrário do meu, diga-se de passagem) muito bem disposto e sorridente.

Esta semana

Aconteceram coisas que, para nós, são importantes. O samba crescente na banheira obrigou a que o banho passasse definitivamente a ser dado na casa de banho. É uma nova etapa que obrigou ao repensar a logística da coisa. Nada demais. O Lourenço não deu pela diferença. Já as nossas costas agradecem.
Fomos, pela primeira vez desde que o bebé nasceu, sair os dois sem ele. Já tínhamos ido uma vez ao supermercado enquanto a minha irmã tomava conta dele. Mas isso não conta. Não há qualquer glamour romântico numa visita ao Continente. Desta vez a minha mãe ficou em casa com ele enquanto íamos comer uma pizza. Portámo-nos todos bem. Afinal, consegui ficar pelos dois telefonemas. Tem graça que ficando ele com o pai, fico muito mais descansada. Prolongo a saída sem culpas. Já com outras pessoas (e nada tem a ver com a capacidade dessa pessoa em tratar dele) é diferente. Enfim, acho que todas as mães e pais passam por esse sentimento.
Avizinha-se a primeira papa. Tudo a postos: papa comprada, louças desembrulhadas, colheres macias e babetes coloridos.

Efemérides

Há um ano fiz um teste de gravidez que deu positivo. Havia alguma expectativa, mas nenhum sintoma. Nesse dia fomos levar uma querida amiga ao aeroporto. Ela voltava a casa, no Brasil, depois de uma segunda temporada em Portugal. Emocionam-me as despedidas, mas nunca, como naquele dia, chorei assim. Uma nostalgia inexplcável fazia com que as lágrimas jorrassem, sem que conseguisse parar. O A. dizia apenas «Deixa lá, havemos de lá ir para o ano!». Mas não era isso. Ou melhor, não era só isso. Algo se estava a passar. No caminho de casa decidi que ia comprar um teste. O A. iria fazer uma visita aos pais. Decidi fazê-lo sozinha. O resultado foi o que se sabe. E, em abono da verdade, só me lembro da sensação de estranheza quase vazia que se seguiu. Será verdade? Nada me parecia real. Enquanto o A. não chegava a casa sentei-me no sofá à espera. Não sentia nada de especial, talvez uma alegria contida, misturada com receio. Um único pensamento martelava na minha cabeça: agora, sim, era a sério.

quinta-feira, agosto 03, 2006

Babybjörn

Temo que não vou utilizá-lo por muito mais tempo. Os sete quilos do rapaz são excessivos para as minhas costas. Mas gosto muito (o pai então é fã, pode ser que as costas dele resistam mais algum tempo). Primeiro, encostadinho a mim, adormecia com o embalo, enquanto íamos às compras aqui no bairro. Agora, virado para o mundo, é uma alegria. Giro é vê-lo «comprar» os sorrisos dos transeuntes e logistas com um qualquer agitar de braços e pernas, sem falar do olhar (permanentemente) espantado.

É difícil

Captar o seu sorriso. Pode estar que tempos em delírio sorridente que mal vou buscar a máquina, passa a fixá-la muito sério, acabando a brincadeira. Já aconteceu vezes sem conta. Quer isto dizer que entre as minhas macacadas e a máquina, tem ganho a máquina.


Tirando algumas deliciosas exepções.

terça-feira, agosto 01, 2006

Outras vezes


Parece que brinca às escondidas.
Agora não estou cá!

A dormir

Parece, às vezes, uma velhinha com os braços chegados ao peito a fazer malha.

Intermezzo

Vírus no PC. Muita chatice. Laptop novo numa óptima promoção. Tudo a postos para recomeçar.